Recolhe-te e encontra no silêncio tempo para pensares, depois começa a fixar palavras numa folha de papel que expressem o que há em ti de mais profundo. Devagar, pois a mão não acompanha a velocidade do pensamento, antes o obriga a abrandar, permitindo que reflitas e saboreies cada frase.
É bom entregar o que temos de mais íntimo a Deus, de forma ponderada, mais ainda se o fazemos como se estivéssemos a depositar um tesouro num esconderijo. A verdade é que arrancar palavras da tristeza e das preocupações resulta num alívio e numa paz sem igual, como se, ao partilhá-las, nos livrássemos de parte delas.
Escreve a verdade. A tua verdade. Ainda que não seja a verdade de mais ninguém. Os teus sonhos mais loucos, mas também os teus anseios mais simples.
Quase todos temos um coração que ainda não envelheceu… é bom deixá-lo ser livre e escutá-lo com atenção.
Escrever uma oração permite-nos visitar partes de nós que costumamos manter fechadas. Como se percorrêssemos o museu do nosso íntimo. Profundo, rico e único.
Escreve uma oração que não imite nenhuma outra. Escreve-a de tal forma tua que ninguém a consiga imitar.
Deixa nascer em ti o que, como um fogo, se eleva até ao céu. Purifica-te, queimando em ti egoísmos, orgulhos e demais impurezas.
Agradece. Pede perdão. Pede ajuda. Medita. Entrega o teu silêncio. Entrega-te, como se te oferecesses aos braços do amor que te fez existir.
Lembra-te do que foste, do que és e do que queres ser… escreve-o para que o possas ler e assim te sentires ainda mais comprometido. Obriga-te a ser tão bom quanto te é possível, fixando objetivos nobres, confiando que és capaz de os alcançar, apesar de todos os sacrifícios que terás de suportar para o conseguires.
Nunca esperes resposta. Ela surgirá, mas não no tempo nem no modo que imaginas.
O mais excelente da oração é transfigurar quem a faz.
No final, deita o papel fora. Não te preocupes, nem uma letra se perderá.
José Luis Nunes Martins
in: imissio.net 15.03.24
imagem: pexels. om
Metro de Lisboa.
Chego, no meio das pessoas que passam, apressadas, na correria do dia, da vida. Do coração. Olho à minha volta. Há pessoas que conversam. Outras, sozinhas, apenas esperam.
À minha frente, alguém, de costas para mim, vai limpando o rosto. Há lágrimas que teimam em aparecer sem escolher quando nem onde. Ela, sozinha, enquanto espera (ou desespera), vai limpando as lágrimas que teimam em cair.
O metro chega. Entramos as duas. Eu fico junto à porta, ela procura um lugar mais isolado. Talvez só precise de um abrigo. Há silêncio. Pessoas que quase não se olham. Não se vêem. Não escutam o pedido de um abraço dos corações que, muitas vezes, têm ao seu lado. Precisamos tanto de reparar, não precisamos?
A viagem chega ao fim. Ela aproxima-se de mim para sair. Saímos as duas e, enquanto saímos, eu estendo-lhe um post-it. Ela hesita, durante instantes, e aceita-o.
"O teu sorriso é a melhor parte do dia de alguém", lê. Ela, de olhos brilhantes, solta um ligeiro sorriso. Eu sorrio-lhe de volta e sigo o meu caminho, de coração abraçado.
Às vezes, um ligeiro sorriso de um coração que dói, salva o nosso dia também.
É isto: a vida torna-se bonita pelo amor que se vai deixando pelo caminho. E encontrando também.
Pode até nem parecer nada. Mas, às vezes, pode ser tanto. Pode ser tudo. Para alguém. E para nós também.
Daniela Barreira
In: imissio.net 19.02.24
imagem: pexels.com
Nos dias 31 de janeiro a 01 de fevereiro de 2024, na Casa Dom Luciano em Brasília, acontece o Encontro anual da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Presente no encontro o Dom Rino Fisichella e Pe. Eugenio Bruno, do Dicastério para a Evangelização. Participam também os bispos referenciais e coordenadores da catequese dos Regionais da CNBB, além do GREBICAT (Grupo de Reflexão Bíblico-Catequética).
Na pauta do encontro os seguintes temas:
- Memória da História Catequese no Brasil (Pe. Janison)
- Apresentação dos projetos da Comissão nacional bíblico-Catequética
- Apresentação da realidade da Catequese no Brasil (por grandes Regiões)
- Diretório para a Catequese
- Ministério do Catequista
O encontro é especial pela participação, análise e orientações de Dom Rino para a Catequese hoje. Além disso destaca-se a partilha fraterna e troca de experiências.
Se procuras ser feliz, então a lógica não é algo por que te devas guiar. O amor, por exemplo, apesar de poder começar ainda um pouco dentro da lógica, segue muito para além dela, acabando tão longe que chega a rir-se do seu começo!
As emoções não são lógicas! A imaginação também não. A única lógica que te pode ajudar é a de que tudo o que há de grande é composto por pequenas partes. A mesma lógica que garante que um grande caminho começa com um simples passo! No entanto, e escapando a todos os raciocínios mais corretos, a verdade é que o teu destino pode ser caminhar sem fim e não ser um lugar a que chegas com um passo final! Isto faz algum sentido? Não!
Os outros costumam ser para nós uma espécie de porta-voz da razão. A inteligência é importante, mas quando é apenas inteligência não é grande coisa!
O pensamento humano é limitado e incapaz de lidar com a verdade mais profunda. Compreender envolve muito mais as emoções do que a razão. Poderá alguém estabelecer o que está certo e errado através de uma fórmula e um cálculo? A felicidade não é contabilidade!
Quem orienta a sua vida pela lógica, acaba a fazer dela uma história sem sentido!
Não tenhas medo do que não tem lógica! A verdade é muito maior do que a nossa capacidade de a entender. Confia. Confia em ti. Confia. De olhos bem abertos, mas também com o coração ao alto!
Não faças o que tem lógica, só por ter lógica, mesmo que isso te pareça fazer sentido!
Sê um exemplo de bravura para os outros. Não sejas mais um dos que defendem a segurança das escolhas lógicas… Confia em quem te pede um conselho e escuta-o, escuta-o, fá-lo falar mais e escuta-o sempre até que nele a lógica comece a não fazer sentido e… o sentido comece a fazer sentido!
Faz o que fizer sentido, mesmo que não te pareça ter lógica!
O sentido da vida não é deste mundo!
José Luis Nunes Martins
In: imissio.net 26.01.24
imagem: pexels.com
Dedicamos muito tempo da nossa vida a lutar contra a escuridão. As tempestades parecem suceder-se ao ponto de, por vezes, nem sabermos sequer se ainda é a mesma. Mas passam. Todas passam. Porque na vida o pouco que fica não é a tristeza.
Sentes-te perdido, mas não estás. A guerra constante contra tudo o que nos rouba a paz que merecemos consome muitas das nossas forças. Sentimo-nos longe de casa, longe do caminho, longe até do que somos.
O sentido da tua vida, mesmo quando estás no meio de uma trovoada, deve ser manteres-te fiel ao que amas e à certeza de que és amado. As tempestades passam, o amor não.
É difícil manter o rumo quando é necessário enfrentar os medos, em direção aos sonhos. Muita gente passa a sua vida a fugir dos medos, deixando que sejam eles, na verdade, a determinar um caminho que não leva a lado algum e que apenas serve para desperdiçar esta preciosa vida que nos foi confiada.
Não te esqueças de ir ao encontro de quem está em dificuldade a fim de o socorrer, animar e proteger. Não desistas dos outros nem de ti. Assume com coragem os teus momentos mais frágeis e pede ajuda. Acredita que pedir ajuda é mesmo o contrário de desistir.
A cada madrugada de bonança na vida agradece o que a tempestade curou e fortaleceu em ti. Algumas vezes terás tido grandes perdas… mas continuas aqui e isso é sinal de que, apesar de tudo, venceste a escuridão.
Em breve, a paz será atacada por mais uma tempestade qualquer e tu terás de decidir mais uma vez se lutas ou não, se acreditas no amor ou se é desta que decides que já não queres ter mais forças…
A tempestade passará. E tu?
José Luis Nunes Martins
In: imissio.net 15.12.2023
imagem: Eugene Delacroix
Terei eu razão para estar triste, se quem amo está feliz?
Qualquer um de nós pode ser bom, mas para amar é preciso ser muito mais do que bom. O amor exige uma entrega completa, sem condições nem contrapartidas. Amar é uma loucura aos olhos da maior parte dos que vivem neste mundo!
Ninguém é capaz de controlar o que acontece na sua existência, menos ainda pode proteger outra pessoa de tudo quanto lhe pode suceder. Amar é viver numa inquietude sem fim por causa de todos os males que podem atacar quem amamos.
Terei eu razão para estar contente por alguma coisa, se quem amo é infeliz?
Há quem julgue que ama e sabe amar ao ponto de não ter dúvidas, e vive tranquilo porque está convencido de que já faz tudo o que é preciso. Ora, isso é um sinal claro de que não ama. Quem ama vive a dúvida de nunca saber se haverá algo mais ou diferente que deva fazer.
Amar é decidir ser instrumento da felicidade alheia. Isso implica combater todos os dias o egoísmo que é natural à nossa condição. O orgulho não faz sentido quando se ama, apesar de ser um sentimento que consideramos normal, justo e importante.
Haverá algum sentido profundo e humano numa vida que, por todos os meios, busca o seu próprio prazer e foge da dor?
Se amas e vives em paz e em contentamento, ou não é amor ou a paz e o contentamento que sentes devem-se à tranquilidade e à alegria de quem amas!
José Luis Nunes Martins
In: imissio.net 8.12.23
A Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a partir desta terça-feira, 17 de outubro, a pesquisa: “A Catequese, hoje, no Brasil” que tem o objetivo de colaborar para levantar um diagnóstico sobre a catequese a serviço da Iniciação à Vida Crista, hoje, no país.
De acordo com o assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, padre Wagner Carvalho, a pesquisa é um instrumento de escuta da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB aos catequistas presentes em todo o Brasil.
A quem se destina
O levantamento é direcionado “a todos os que estão empenhados no processo da catequese” no Brasil”. Trata-se de um questionário, organizado na plataforma Microsoft Forms, com 11 blocos de questões que buscam levantar, entre outras, informações sobre a que regional pertencem, idade, escolaridade, como é o envolvimento com a comunidade e como avalia a participação na catequese.
No formulário, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB reforça que os dados são anônimos e que não é necessário a identificação para respondê-lo. Participe!
Responda ao questionário: “Catequista, queremos conhecer…”
Não sabemos cuidar do que é nosso. Ou melhor, sabemos cuidar dos nossos. Do que está fora de nós. Colecionamos sacrifícios e malabarismos em prol dos outros. Dos filhos, dos pais, dos irmãos, dos amigos, dos que nos são mais ou menos sangue.
No entanto, quando chega a hora de olharmos para a casa de dentro tudo se descompõe. O que estava desarrumado, desarrumado fica. O que está por amar, por amar fica. O que precisa de ser intervencionado, amputado fica.
Vivemos uma vida profundamente incompleta e nem nos apercebemos. Dedicamo-nos a uma causa com as entranhas acesas e nem duvidamos. Apostamos as fichas todas no cuidado de quem mora conosco, mas não sabemos cuidar da nossa casa. Do nosso coração. Da nossa alma.
De vez em quando, e porque o corpo é sábio, lá vem uma onda desgovernada em forma de calafrio. De gripe. De depressão. De pânico. De pedra na vesícula. De descomando físico. E surpreendemo-nos muito porque até somos vegan. E até fazemos exercício físico. E até bebemos 2 litros de água por dia. Mas deixámo-nos secar por dentro. A nossa criança interior morre à sede. As nossas necessidades espirituais e emocionais pedem esmola. O nosso coração já nem sabe se é órgão ou contorno e esqueleto.
Não vale passar a vida a cuidar dos outros se não soubermos olhar para o que precisamos. Às vezes só precisamos de um copo de água. Ou da alma lavada com a água fria de quem sabe ver e olhar para dentro. Outras vezes precisamos de não estar sozinhos. De ser amados. De ser vistos. De ser respeitados. De que nos digam que estamos no caminho certo. De que nos digam que estamos a fazer o melhor que podemos. Mas a primeira pessoa que deve dizer todas essas palavras-consolo somos nós próprios. Porque enquanto formos órfãos de nós, nunca teremos paz ou pão.
Que nos seja cada vez mais fácil olhar para nós como olhamos para os outros. Que a esperança que depositamos naquilo em que acreditamos nos seja estendida. Que o amor que dedicamos aos nossos seja alargado ao que mora, tantas vezes errante, dentro de nós.
Não te esqueças de ti.
Marta Arrais
In: imissio.net 04.10.23
Gostaria de prestar uma simples homenagem a Dom Eurico que, durante dois mandatos, foi o bispo referencial da catequese no Regional Leste 2 (1990 a 1998). Ele assumiu a catequese logo após Dom Mario Gurgel, então bispo de Itabira-Cel. Fabriciano.
Na linha do seu antecessor, Dom Eurico apoiou e participou ativamente do Instituto Regional de Pastoral Catequética (IRPAC). Fez o curso completo. Acompanhava os alunos e dava suporte à equipe de professores.
Dom Eurico era um defensor da Catequese Renovada que conhecia quase de cor. Ajudou muito a Comissão a defender uma catequese de interação fé e vida. Num momento ainda difícil de se compreender qual o conteúdo da catequese, ele insistia naquilo que o Documento diz: o centro é o anúncio de Jesus Cristo. Por isso, a catequese é cristocêntrica.
Nos Encontros Regionais com Coordenadores Diocesanos de Catequese, também foi presença constante, ajudando na análise da realidade da catequese, incentivando a formação dos catequistas. Com ele, na Comissão, foram produzidos subsídios simples para os catequistas, como o “Pedra em Lapidação, Catequista em formação”.
Depois de atuar especificamente na Comissão de Catequese, Dom Eurico assumiu a então Comissão Regional do Ensino Religioso e Ecumenismo.
Sua grande área de atuação foi o Ensino Religioso Escolar (ERE). Dom Eurico se especializou nisso. Conhecia tudo sobre as leis do ERE e cercou-se de pessoas especialistas em Ensino Religioso. A Comissão liderada por ele teve uma intensa atuação junto à Secretaria de Estado da Educação. Também ajudou outras Igrejas Cristãs na compreensão da especificidade do ERE.
Teria muito mais coisas a dizer sobre Dom Eurico, um bispo simples, desvestido de qualquer formalidade. Seu rosto sério nos enganava, pois, seu sorriso farto revelava sua alegria e bom humor, um coração aberto. Fez a diferença onde atuou.
Lucimara Trevizan
Comissão para Animação Bíblico-Catequética do Regional Leste 2 (Minas Gerais)
(Dom Eurico faleceu em Juiz de Fora-MG no dia 30 de setembro de 2023)
Ninguém se cura sozinho. Ninguém ultrapassa as tempestades, os barcos revirados, a água que se engole ou o vento cortante sem a ajuda de ninguém. O processo de cura de cada um, ainda que profundamente individual e altamente solitário, é (ainda) um processo de comunidade. De partilha profundíssima capaz de revolver crenças, raízes e, até, a própria alma. É sobre estas pessoas que vale a pena falar. Sobre os que nos mudam a vida para melhor, sem contrapartidas e, tantas vezes, com prejuízo pessoal.
Este texto é para quem não se assusta com a nossa escuridão.
Para quem entra no barco, segura nos remos e diz: “vamos por aqui”.
Para quem nos acende a luz de dentro com a sua.
Para quem vem para ficar.
Para quem nos diz o que precisamos de ouvir.
Para quem nos mostra o que precisamos de ver.
Para quem nos revela as fotografias da alma, que nem sabíamos que existiam, algures por ali.
Para quem é genuinamente bom.
Para quem luta do lado do Bem.
Para quem se atreve a ficar connosco quando somos pouco, fazemos pouco e sabemos ainda menos.
Para quem nos segura o leme quando a nossa vida é um navio prestes a embater no maior iceberg.
Para quem não desiste de nós e não se perturba pelas nossas fragilidades.
Para quem nos encontra a meio caminho.
Para quem reza por nós.
Para quem se preocupa.
Para quem cuida de nós com o carinho que nem sempre merecemos ou sabemos retribuir.
Que saibamos cuidar das nossas pessoas-leme. Das nossas pessoas-resgate. Que vêm para nos mostrar que o Bem há de ganhar sempre. Seja qual for o mal que nos apareça.
Marta Arrais
In: imissio.net 20.09.23
Imagem: pexels.com
O amor é firme, paciente e tranquilo. Aprende-se a amar e a humildade de nunca se dar por satisfeito é a razão pela qual não tem fim. Aqueles a quem amamos vão tendo necessidades diferentes, pelo que para ir ao seu encontro devemos estar atentos a eles, mais do que à nossa forma de amar.
O amor é a resposta à vida. Só existe por ela e para ela, portanto, deve acompanhá-la sempre, adaptando-se a cada dia, a cada paisagem e a cada falta. O amor compensa todas as perdas porque é infinito e eterno, assim confiemos e nos entreguemos a ele.
Os males aprendem-se sem mestre e são muito mais difíceis de perder que os bens, para os quais é sempre preciso que a vontade esteja disposta a alguns sacrifícios. O sacrifício mais comum que o amor nos propõe é o abandono de nós mesmos e dos nossos desejos mais superficiais. É preciso renunciar ao poder e à vontade de dominar para servir, amando, aqueles de quem queremos ser instrumentos de alegria e felicidade.
Encontrar uma pessoa que ame é muito raro. Muitos são os que falam sobre o amor, mas falta-lhes sempre a consciência do que é a existência. Julgamo-nos quase sempre como estando e sendo acima dos outros, com feridas sempre mais dolorosas que os demais, com tragédias profundas e sonhos que, com injustiça, nunca se cumpriram… enfim, somos vítimas do que está à nossa volta. Ora, o amor não é algo que desça sobre nós e nos acerte como uma seta de um qualquer arqueiro divino. Isso é paixão e passa quase sempre muito depressa. O amor decide-se, é uma resposta voluntária e consciente cuja prática se deve renovar através de ações concretas a cada dia, ainda que depois de assim ter sido durante muitos anos até aí.
Não se ama de um momento para o outro. O amor faz-se grande através daquelas quase infinitas pequenas coisas que fazemos mesmo sem testemunhas, da mesma forma que as faríamos diante de uma multidão.
O amor aprende-se e precisa que quem é amado se abra um pouco, para dar algum sinal sobre aquilo que julga precisar para ser feliz.
Amar é uma decisão que exige um esforço da vontade e que se deve concretizar numa infinidade de obras, belas, verdadeiras e úteis.
Nada falta a quem ama, porque só o amor é o bastante.
José Luis Nunes Martins
In: imissio.net 01.09.23
Viver implica resistir a muitas perdas. Começamos com nada e partiremos sem levar coisa alguma. Tomamos quase sempre como justo o bem que nos chega, e como injusta e absurda a perda dos bens que, na verdade, nunca foram nossos.
À medida que os anos passam em silêncio, cresce a necessidade de fazermos amizade com a solidão. Por mais que nos sintamos cansados de nós mesmos, a verdade é que a vida é um caminho no qual andamos quase sempre sozinhos, pelo que ou nos fazemos amigos de nós próprios ou andaremos sempre em má companhia.
Quanto mais velhos estamos, maior é a tendência para nos abrigarmos no passado, porque a verdade é que por mais longo que tenha sido o caminho que já fizemos, a esperança exige que nos inclinemos para o futuro e isso é, por si só, cada vez mais desafiante. Os passos que demos, estão dados e já não nos doem, os que faltam dar, esses sim, parece que já começaram a ferir.
A sabedoria que chega na velhice talvez não seja resultado de muita experiência, mas da distância face aos acontecimentos que permite ver tudo de forma mais clara e evidente. Os conselhos dos mais velhos não são histórias concretas da sua vida, mas sim o que fariam hoje se estivessem no nosso lugar, tendo presentes os seus fracassos e a clareza com que hoje compreendem os seus porquês.
Ao longe vê-se melhor. E os anos levam-nos para um lugar distante e mais alto.
O melhor do que somos revela-se quando a vida nos maltrata. A velhice é um tempo de verdade revelada, pelo que podemos observar de nós mesmos, no que fomos, no que somos e na forma como encaramos a incerteza do amanhã.
É a vontade de amar que dá sentido à vida e a justifica em absoluto.
Cada dia a mais será um dia a menos. Os dias que nos são dados não são mais do que momentos que havemos de perder. Seria bom que todos assumíssemos o fim de cada dia como uma perda irremediável – pior ainda se não o aproveitámos.
José Luis Nunes Martins
In: imissio.net 18.08.23
A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza o encontro “Catequese Renovada – 40 anos” que acontecerá de 1º a 3 de setembro, em Aparecida (SP), no Santuário Nacional de Aparecida.
O encontro tem o objetivo de revisitar o documento “Catequese renovada: orientações e conteúdo” aprovado na 21ª Assembleia Geral da CNBB, em abril de 1983 e reimpulsionar sua recepção na Igreja no Brasil. De acordo com a assessora da Comissão, Mariana Aparecida Venâncio, trata-se do documento mais importante para a Igreja do Brasil em termos de catequese, até a publicação do novo Diretório Nacional de Catequese (DNC). O documento, que impulsionou a renovação da catequese nestes últimos 40 anos, CR permanece como uma grande referência para a catequese no Brasil.
Cerca de 1.500 catequistas de todo Brasil participarão do encontro.
29.08.23
A paz de um sorriso.
A paz de um sorriso que acontece sempre no momento certo.
A paz de um sorriso de quem te quer bem. A paz de um sorriso de alguém que não conheces, mas que te olha e sorri. A paz de um sorriso teu.
A paz de um sorriso que chega e que te abraça o coração. Que te envolve a alma.
A paz de um sorriso que te abriga do mundo. A paz de um sorriso que é lugar disso mesmo: de paz. Que te serena. Que te ajuda a (re)pousar. A paz de um sorriso que surge como balão de oxigénio. Que te ajuda a respirar.
A paz de um sorriso que te conforta, como que a dar-te a mão. A paz de um sorriso que é colo nos dias duros. Que te ampara. A paz de um sorriso que te faz sentir que vai ficar tudo bem.
A paz de um sorriso que te faz sorrir de volta. A paz de um sorriso que te enternece. Que te dá vida. A paz de um sorriso que é a parte mais bonita do teu dia. Que torna o teu mundo melhor.
A paz de um sorriso que te toca a alma, que te vê de verdade. A paz de um sorriso que, ao longe ou de perto, diz tudo. Sem ser preciso dizer. A paz de um sorriso que é feito de sentir. E de tanto sentido.
A paz de um sorriso que é sol nos dias cinzentos, luz na escuridão, paz na tempestade. A paz de um sorriso que te mostra o lado mais bonito da vida. De tudo. A paz de um sorriso que te faz acreditar.
A paz de um sorriso que muda tudo. Que faz milagres acontecer. A paz de um sorriso que te cura. Que te salva.
A paz de um sorriso que te faz parar e recordar o essencial. O mais importante. A paz de um sorriso que te recorda a beleza e o valor das coisas simples. Das coisas mais bonitas: as coisas do coração.
A paz de um sorriso que te sorri com o coração. A paz de um sorriso em forma de amor. A paz de um sorriso que se tatua em ti para sempre.
A paz de um sorriso. Que pode até nem parecer nada. Mas que, sendo apenas a paz de um sorriso, pode ser tanto. Pode ser tudo.
Daniela Barreira
In: imissio.net 21.08.23
CARTA AOS CATEQUISTAS 2023
A ALEGRIA DO ENCONTRO
Estimado e estimada catequista
Com satisfação queremos cumprimentá-lo(a) pela data festiva na qual comemoramos sua vocação. Uma primeira palavra que lhe dedicamos é gratidão por tanto comprometimento a serviço da transmissão da fé a todos que lhe são entregues para essa iniciação. Sabemos muito bem dos desafios e preocupações do caminho, por outro lado, conhecemos o incansável esforço que você realiza para responder generosamente à missão que o Senhor lhe confiou de ser catequista em nosso Brasil.
Igualmente, queremos fazer memória agradecida dos 40 anos do caminho percorrido em nosso país com a publicação do Documento Catequese Renovada. Desde então, muito se tem crescido num processo catequético de integração entre fé e vida, culto e misericórdia, verdade sobre Deus e verdade sobre a pessoa. Avancemos ainda mais nesse itinerário.
Uma expressão deve ser reforçada em nossa catequese: trata-se de “encontro”. O núcleo de toda evangelização consiste em favorecer um encontro vivo com o SenhorJesus, de forma pessoal comunitária. Todos sabemos que “a catequese está orientada a formar pessoas que conheçam cada vez melhor Jesus Cristo e o seu Evangelho de salvação, que vivam um encontro profundo com Ele e que escolham o seu estilo de vida e os seus próprios sentimentos (cf. Fl 2,5), comprometendo-se a realizar a missão de Cristo, ou seja, o anúncio do Reino de Deus, nas situações históricas em que vivem” (Diretório da Catequese, 75).
Esse encontro depende de uma catequese centrada no querigma, naquele primeiro anúncio que converte a vida, a tal ponto de podermos testemunhar, com palavras muito simples: “o que Cristo fez por mim, pode fazer por você também”. Isso depende necessariamente de nosso exemplo de vida, como bem nos recordou São Paulo VI: "O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, ou então, se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas" (Evangelli Nuntiandi,41).
Para que nossa catequese fomente encontro com Jesus é preciso conversão docatequista e de toda a comunidade cristã, para passar de um estilo escolar para uma catequese de inspiração catecumenal, pois o encontro não se realiza apenas por meio de conhecimentos cerebrais, mas numa relação pessoal com Jesus Cristo, vivido em dinâmica vocacional segundo a qual Deus chama, e o ser humano responde.
Enfim, caro irmão e irmã, permaneça firme na tarefa de colaborar para que a sua comunidade persevere no ensinamento dos apóstolos (At 2,42). Que nenhum medo, incerteza ou cansaço seja maior do que a garantia da presença Daquele que lhe chamou. Ele é fiel e jamais abandona seu rebanho. Portanto, trabalhemos juntos esperando o Reino de Deus e promovendo a cultura do encontro.
Sob o olhar da Senhora da Conceição Aparecida, colocamos sua vida, sua família e sua comunidade. A Mãe de Deus lhe alcance muitas graças ao catequizar.
Com nosso abraço fraterno e bênção.
Dom Leomar Antônio Brustolin
Arcebispo de Santa Maria (RS)
Presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB
CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
DIA DO CATEQUISTA
PROPOSTA:
Roteiro preparado para a celebração eucarística com bênção dos catequistas.
Comentário Inicial:
Convocados pelo Senhor, reunimo-nos para celebrar a Páscoa de Cristo na vida de nossa comunidade de fé. Fazendo memória do dia dos catequistas, neste ano em que celebramos os 40 anos do documento Catequese Renovada, nossos sentidos nos remetem ao primeiro catequista: Jesus de Nazaré. É Ele o modelo perfeito para a missão do catequista: saía ao encontro, dialogava, dava-se a conhecer, revelava-se com gestos e palavras, cumpria a vontade do Pai e anunciava o Reino de Deus, convidava os discípulos de ontem e convida os discípulos de hoje a testemunharem com a alegria do Evangelho.
Nesta celebração eucarística, guiados pelos seus ensinamentos, peçamos sabedoria para continuarmos construindo o Reino de Deus, anunciando a Palavra e testemunhando, no mundo, os valores do evangelho.
Liturgia da Palavra
Introdução para a liturgia da Palavra, com essas ou outras palavras, onde for costume.
Desde sempre, a Palavra de Deus sustentou a fé da Igreja. É Nela que vivemos a fidelidade ao ensinamento de Jesus e nos responsabilizamos pelo presente, condições indispensáveis para que o catequista desempenhe, em nome da Igreja, a sua missão evangelizadora no mundo. Ouçamos atentamente a mensagem do Senhor.
Oração da comunidade e bênção sobre os catequistas
Seguindo o modelo do ritual de bênçãos: “Segue-se a oração comum, como na celebração da missa ou do modo aqui proposto; o celebrante conclui a oração com a fórmula da bênção, se não for mais oportuno usar esta fórmula no fim da celebração da missa, como oração sobre o povo. Dentre as intercessões propostas, o celebrante poderá escolher as que julgarem mais apropriadas, ou acrescentar outras condizentes com as circunstâncias e os lugares” (RITUAL DE BÊNÇÃOS, n. 375)
Presidente da celebração: Irmãos e irmãs, apresentemos, com confiança, as súplicas da nossa comunidade em oração, para que Deus continue enviando ministros e ministras a serviço da iniciação à vida cristã.
R.: Senhor, ouvi a nossa oração.
- Pela Igreja, comunidade materna e missionária, para que continue gerando, pela iniciação à vida cristã, novos filhos e filhas e enviando-os a serem luz e sal no mundo, rezemos ao Senhor.
- Pelo Papa Francisco, grande catequista da Igreja, para que o seu ministério continue ajudando a Igreja a ser mais sinodal e ministerial, rezemos ao Senhor.
- Pelos ministros ordenados – bispos, presbíteros e diáconos -, primeiros responsáveis pela catequese nas dioceses e paróquias, para que, juntamente com os ministros leigos e leigas, transmitam a fé com alegria e ardor missionário, rezemos ao Senhor.
- Pelos catequistas - guardiães da memória de Jesus - para que, sentindo-se chamados por Deus a se colocarem a serviço da iniciação à vida cristã, possam ser verdadeiros acompanhantes e mestres na fé, rezemos ao Senhor.
- Por nossa comunidade eclesial missionária, ouvinte da Palavra e dos sinais dos tempos, para que, estando presente no mundo por meio do exercício do apostolado dos leigos e das leigas, possa contribuir para a transformação do mundo revelando os valores cristãos na sociedade, rezemos ao Senhor.
Outras orações da comunidade...
Pode-se convidar os catequistas para próximo de quem preside e conclui as orações com a bênção sobre os catequistas.
O presidente da celebração diz a oração de mãos estendidas (Cf. RITUAL DE BÊNÇÃOS, n. 376):
Dignai-vos, Senhor,
Confirmar em seu propósito,
com a vossa bênção + paterna,
estes vossos filhos e filhas
que anseiam por entregar-se
ao trabalho da catequese,
para que se esforcem por instruir os seus irmãos e irmãs
em tudo que aprenderam com a meditação da Palavra
de acordo com a doutrina da Igreja,
e juntamente com eles alegremente vos sirvam.
Por cristo, nosso Senhor.
Amém
Celebração no Dia do Catequista
"Vocação: Graça e Missão”
40 ANOS DO DOCUMENTO CATEQUESE RENOVADA
(Proposta de Celebração para ser feita com Grupo de Catequistas)
Material e ambientação: cadeiras em círculo, espaço celebrativo, onde serão colocados: círio, bacia com água perfumada, ramo para aspergir, Bíblia, documentos Vat. II, Medellìn, Puebla, Santo Domingo, Catequese Hoje (Catechesi Tradendae) e Catequese Renovada, flores e um bolo (sem velas) que dê para ser partilhado com o grupo. Velinhas de aniversário para todos os participantes. Em quatro delas, um cartão, cada qual com uma característica: Concepção de revelação; Princípio de interação fé-vida; Comunidade catequizadora e Novo perfil do catequista, para serem lidas e acesas em momento oportuno.
1. Canto de abertura
Amigo, sê bem-vindo! / Vem trazendo amor e paz. / Corações também amigos / tu aqui encontrarás! (Ir. Míria T. Kolling)
2. Acolhida
Animador(a): A celebração do Dia do Catequista, neste ano, tem um significado especial: no Ano Vocacional, nos 40 anos do documento Catequese Renovada, somos convidadas(os) a louvar a Deus pela graça da vocação e assumir um renovado compromisso com a missão de catequizar. Ser catequista é graça, é dom! Expressemos esta alegria com sorrisos e abraços fraternos.
3. A Palavra que nos convoca
(Durante o canto, introduz-se a Bíblia, o Círio, um recipiente com água perfumada e ramo verde para aspersão)
Canto: Jesus, tu és a luz dos olhos meus. Jesus, brilhe esta luz nos passos meus seguindo os teus. (Ir. Míria T. Kolling)
- Proclamação: Lc 4, 14-21
- Ressonância da Palavra (relacionar com os motivos da Celebração: Dia do catequista. Ano Vocacional e 40 anos do CR)
4. Batismo, fonte da vocação e missão
Animador(a): O batismo é fonte da nossa vocação e da nossa missão de catequistas. Renascidos em Cristo, ungidos pelo Espírito, somos família de Deus e, na Igreja e em nome dela, estamos a serviço da iniciação à vida cristã e do acompanhamento das pessoas, na grande aventura do caminho da fé. Queremos ser companheiros(as) de caminhada de quantos querem assumir o projeto de vida de Jesus
Animador(a): Renovemos nossos compromissos batismais, com a mão direita estendida para o Círio.
a) Cremos em Deus Pai misericordioso, fonte de todo bem; em Jesus, que nos liberta, nos convida a segui-lo e a ser catequista e no Espírito que nos conduz e fecunda nossa ação?
T: Creio!
b) Renunciamos ao desamor, ao egoísmo, à indiferença, à falta de compromisso com a justiça e a solidariedade, que nos impedem de encantar outros para o Reino?
T: Renuncio!
c) Queremos expressar nosso amor a Deus, amando nossos catequizandos, de modo especial os que mais precisam, com ternura, misericórdia, revelando-lhes a beleza de ser discípulo missionário e viver em comunidade?
T: Quero!
- Oração: Pai de bondade, nós vos agradecemos pelos catequistas que, fiéis à graça do batismo e por fidelidade a teu filho Jesus, assumem a missão de anunciar a boa-nova do evangelho. Tu os inspiraste e atraíste. Eles te procuraram, e responderam ao chamado que um dia lhes dirigiste. Por isso, Senhor, nós te louvamos e bendizemos (cf. Rica, n. 82). Amém
(Asperge-se o grupo, enquanto se canta:)
Canto: Purifica-me, Senhor, com tuas águas (Pe. João Carlos).
5. Catequese Renovada, nossa louvação
Animador(a): 1983-2023, quarenta anos de uma trajetória marcante na história da Igreja no Brasil, na história da catequese. O esforço de leigos, religiosos, diáconos, padres e bispos para realizarem as inspirações do Concílio Vaticano II e as demais orientações que se seguiram, presentearam-nos com um Documento Mestre: o Documento 26 da CNBB – Catequese Renovada, orientações e conteúdos.
(Todos em pé. Os documentos do Vaticano II e os demais são apresentados e pede-se uma salva de palmas. O documento Catequese Renovada é introduzido separadamente, acompanhado de flores e um lindo bolo, colocado no centro do grupo. Distribuem-se as velinhas).
Canto: Catequista te escolhi, para evangelizar (Pe. Luiz A. Lima e Dalcides B) ou à escolha.
(https://pt.scribd.com/document/369131196/Cancao-Do-Catequista)
Leitor(a) 1: (Sentados) Somos agraciados com tantas riquezas pelo Documento Catequese Renovada! No decorrer destes quarentas anos, muitas conquistas e muitos desafios nos acompanharam. Hoje, entendemos a catequese como serviço à iniciação à vida cristã, que ajude a pessoa a viver em Cristo, tornando-se sua discípula, na comunidade de fé, assumindo sua missão no mundo. O suporte para tanto, encontramos nas orientações do Documento Catequese Renovada. Alguns catequistas nos ajudarão a recordar alguns de seus “clarões”, que são muitos!
(Quem tem o cartão 1 aproxima-se do centro, lê a frase, acende a vela, colocando-a sobre o bolo).
Animador(a): Nova compreensão da Revelação: Deus não revela apenas verdades sobre si mesmo, mas Ele se revela e revela o seu projeto de amor e salvação para a humanidade. O centro deste projeto é Jesus Cristo. Supera-se, assim, uma catequese meramente doutrinal. A catequese é uma mediação, na Igreja, que anuncia Jesus Cristo e convida ao encontro pessoal com Ele, na comunidade de fé e a ser sal, luz e fermento no mundo.
Leitor(a) 1: Catequese é ministério da Palavra, faz da Bíblia seu texto principal, pois anuncia Jesus, narra os fatos bíblicos, faz a leitura orante da Palavra, celebra-a na liturgia e leva à ação transformadora.
Todos: Eu louvarei, eu louvarei, eu louvarei ao meu Senhor! (Pe. José Weber)
(Quem tem o cartão 2 aproxima-se do centro, lê a frase, acende a vela, colocando-a sobre o bolo).
Animador(a): Princípio de interação vida e fé: é o grande fio condutor do jeito de fazer catequese, pois é o jeito de Deus agir com seu povo na história da salvação. Na encarnação de Jesus, Palavra e acontecimento se uniram e o rosto misericordioso do Pai foi revelado definitivamente. Jesus, com palavras e ações, sempre partindo da vida, dialogando e reunindo homens e mulheres, anuncia o Reino e transforma a realidade. Catequese é proximidade, diálogo amoroso de coração a coração, revelação da ternura de Deus, em Jesus, pela ação do Espírito.
Leitor(a) 1: O método “ver, iluminar, agir, celebrar e rever” tornou-se o método privilegiado da catequese. Os temas fundamentais da catequese: a verdade sobre Jesus Cristo, a verdade sobre a Igreja e a verdade sobre o homem e os compromissos do cristão iluminam, interpretam a realidade e provocam uma interpelação mútua, suscitando o compromisso com o sonho de Jesus “que todos tenham vida e vida plena” (Jo 10,10), na construção de um mundo justo, solidário e fraterno.
Todos: Eu louvarei, eu louvarei, eu louvarei ao meu Senhor! (Pe. José Weber)
(Quem tem o cartão 3 aproxima-se do centro, lê a frase, acende a vela, colocando-a sobre o bolo).
Animador(a): A comunidade catequizadora: origem, lugar e meta da catequese, é a primeira que, com sua vida de fé, vivência fraterna, celebração e missão, contribui para iniciar e propiciar a educação da fé. É responsável por despertar a vocação e formar os catequistas, bem como fazer com que ninguém fique excluído da catequese.
Leitor(a) 1: Cabe à comunidade empenhar-se em organizar a catequese nos diversos níveis. Porém, a catequese com adultos deve ser privilegiada a fim de que se “ultrapasse uma fé individualista, intimista e desencarnada”.
Todos: Eu louvarei, eu louvarei, eu louvarei ao meu Senhor! (Pe. José Weber)
(Quem tem o cartão 4 aproxima-se do centro, lê a frase, acende a vela, colocando-a sobre o bolo).
Animador(a): Novo perfil do catequista que nós queremos reconhecer e agradecer, antes de tudo, nos autores do Catequese Renovada, os que já estão na vida eterna e feliz e os que celebram estes 40 anos conosco; nos que o acolheram “na primeira hora” e o divulgaram com tanto carinho.
(Pedir que o grupo cite alguns nomes, lembrando dos catequistas de sua comunidade)
Todos: Eu louvarei, eu louvarei, eu louvarei ao meu Senhor! (Pe. José Weber)
6. Nossa súplica confiante
(Ao redor do bolo, com as velinhas acesas, fazem-se as orações)
Leitor(a) 1: Nós, que nos rejubilamos com a celebração destes 40 anos, neste dia a nós dedicado, queremos implorar o Espírito de Deus a fim de que tenhamos o “novo perfil do catequista”. Que sejamos capazes de colaborar com sua ação, no esforço de formação contínua, a fim de correspondermos ao que a Igreja e os catequizandos esperam de nós.
a)Dá, Senhor, à tua Igreja colher os frutos de uma cultura vocacional. Que nosso testemunho como catequistas contribua para que as pessoas respondam com prontidão aos teus apelos de serviço ao Reino, nas diversas vocações.
Todos: Ó luz do Senhor, /que vem sobre a terra, / inunda meu ser, /permanece em nós!
b) Nós te apresentamos, Senhor, nossos familiares e amigos que incentivam e apoiam nossa vocação e os catequistas que se encontram em alguma dificuldade ou doença. Sustenta a todos com tua graça e com tua bênção.
c) Faz, Senhor, que nós, catequistas, nos apaixonemos sempre mais por tua Palavra, que é Jesus, e que a alegria de viver o evangelho faça de nós testemunhas capazes de chegar ao coração dos catequizamos.
d) Ajuda-nos, Senhor, a ter consciência de nossa imperfeição, a superar os desafios da vida em comunidade e da catequese, a ser criativos diante dos apelos da cultura digital e a usar a via da beleza a fim de que a catequese conduza a ti, beleza infinita.
e) Mantém, em nós, Senhor, a fidelidade ao princípio da interação vida e fé. Que a história de cada catequizando e as situações da humanidade sejam apelos para que busquemos superar a injustiça, as polarizações, a exclusão e edificar teu Reino de paz e amor.
Animador(a): Confiemos à Maria, primeira cristã e primeira catequista, estas nossas preces, saudando-a
Todos: Ave Maria...
7. Festejar é se comprometer
a) Animador(a): Cada um de nós, nesta celebração, certamente sentiu um apelo para ser e agir melhor como catequista. Somos chamados a irradiar a luz, que é Jesus, como catequistas. Olhe para esta luz e pense nesse apelo e se comprometa em realizar a “conversão” que lhe é necessária, a fim de que você seja luz. Assumindo a letra do canto, com as velinhas erguidas, festejemos o Documento Catequese Renovada, cantando:
Canto: 1. Quero ouvir teu apelo, Senhor, ao teu chamado de amor responder. Na alegria te quero servir, e anunciar o teu Reino de Amor. E pelo mundo eu vou, cantando teu amor, pois disponível estou, para servir-te, Senhor! 2. Dia a dia, tua graça me dás, nela se apoia o meu caminhar. Se estás a meu lado, Senhor, o que, então, poderei eu temer?
b) No Final, cantar parabéns aos catequistas e repartir o bolo!
Imagem: pexels.com
O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou dia 22 de junho, o nomes dos assessores que estarão a serviço do Secretariado Geral da entidade e das doze Comissões Episcopais Permanentes no quadriênio 2023-2027.
Houve alteração dos assessores da Comissão para Animação Bíblico-Catequético. São eles:
COMISSÃO EPISCOPAL PARA A ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA
Mariana Aparecida Venâncio
Leiga da arquidiocese de Juiz de Fora (MG). Doutoranda em estudos Literários, tem mestrado em Literatura Brasileira, especialização em Sagrada Escritura e graduação em Teologia. Reconduzida na assessoria da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.
Pe. Wagner Francisco de Sousa Carvalho
Do clero da diocese de Picos (PI). Doutorando em Teologia, mestre em Ciências da Educação/Catequética, bacharelado em Teologia e licenciatura em Filosofia.
O Pe. Janison de Sá Santos, passou a ser Subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB. Agradecemos ao Pe. Janison por todo trabalho na Comissão nos últimos anos. Deus lhe pague.
Damos boas-vindas ao Pe. Wagner que assume junto com Mariana (que continua como assessora para a Animação Bíblica da Pastoral) essa missão tão bonita!
Precisamos tanto de gente que cuida.
Gente que cuida com abraço que abriga e que sabe a casa.
Gente que cuida com mão que ampara e que conforta.
Gente que cuida com olhar mais fundo, que olha dentro da alma.
Gente que cuida com sorriso que abraça e que serena o coração.
Gente que cuida com beijo tão terno que parece que cura.
Gente que cuida com colo que aconchega, colo onde repousar.
Gente que cuida com palavra do coração e com silêncio que diz tudo, sem ser preciso dizer.
Gente que cuida com presença de verdade, de quem fica, de quem se importa.
Gente que cuida com amor, como quem sabe que o amor salva.
Gente que cuida não importa quando, onde, nem porquê.
Gente que cuida como quem respira, como quem existe.
Gente que cuida porque é: gente que é vida que cuida.
Gente que cuida e que, quase sem notar, fala de amor da forma mais bonita de todas: sem ser preciso falar.
Precisamos tanto de gente que cuida.
Precisamos tanto de ser gente que cuida.
Precisamos, não precisamos?
Daniela Barreira
In: imissio.net 19.06.23
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