Nem sempre está tudo bem. No entanto, é essa a resposta que continuamos a dar na maioria das vezes em que a pergunta “como estás?” nos é feita.
Mas, então, será que gostamos de mentir?
Julgo que não. Mas gostamos de nos proteger. De nos reservar. De fingir uma versão nossa que, às vezes, só existe mesmo para dar de comer às idealizações dos outros. Não conseguimos dizer a verdade sobre como nos sentimos também por outra razão. Ninguém nos ensinou. Ninguém nos autorizou. Ninguém nos disse que não somos menos por não estar sempre bem.
O problema é que ainda precisamos de aprender que não há nada de mal em ser como somos. Ou em estar como estamos.
Ainda assim, parece-nos mais fácil criar rugas de expressão regadas pelos sorrisos forçados que, tantas vezes, temos de atirar aos outros. Jogamos, todos os dias, uma espécie de jogo do mundo ao contrário:
Estamos mal e fingimos estar bem.
Estamos bem e teimamos em acreditar que, por isso, alguma coisa tem de estar mal.
Queremos seguir a nossa vocação, mas decidimos que vamos continuar reféns do pagamento das mesmas contas.
Brilham-nos os olhos pelos sonhos que trazemos dentro, mas apagamo-nos nas expectativas dos outros, no julgamento dos que passam por nós, nas mentiras que nos contam como verdades.
Entramos no carro, mas o que queríamos era apanhar um avião.
Somos pessoas tranquilas, mas, sem perceber como, os dentes lá nos vão arregaçando as mangas da raiva que nem sabíamos que tínhamos.
Ouvimos podcasts de motivação e empoderamento, mas rendemo-nos ao piloto automático.
Vivemos como podemos. Fazemos o melhor que sabemos. Dizemos o que temos de dizer para sobreviver numa sociedade em que estamos todos a fazer teatro. Vamos caminhando como quem quer acreditar que há de dar tudo certo. Mesmo que uns dias dê. E outros não.
Marta Arrais
In: imissio.net 24.05.23
Quem não cometeu nenhuma loucura por amor nos tempos mais recentes, por mais que julgue o contrário, está parado no caminho da vida. Está em modo de sobrevivência.
Amar é uma loucura, porque qualquer gesto de amor envolve algo mais do que lógica. Amar é exceder o normal, ir mais além, sair de si e entregar-se, de forma tão bela quanto destemida.
Que nome têm aqueles que andam por aqui, indiferentes a tudo o que importa, assistindo apenas ao passar dos dias, preocupados com os seus hábitos e as suas insignificâncias?
Os burros são sérios, julgam-se certos e defendem as suas ideias até ao limite. Os loucos são tão livres que, se for preciso, duvidam até de si mesmos!
A criação é um gesto de amor, uma insensatez brilhante. As mais belas obras que existem no mundo são resultado de uma certa dose de loucura. Nem muita, nem pouca. Apenas a que é necessária ao compromisso de amar, dando de si ao mundo o que têm de melhor!
Os loucos são honestos e puros? Ou será que é a honestidade e a pureza que são verdadeiras loucuras?
O amor exige-nos que abandonemos seguranças e certezas. Só um grande espírito é capaz de fazer tudo quanto o amor lhe pede!
Nem todos os dias são em forma de sorriso. Às vezes, também há dias cinzentos. Que te pesam na alma. Que te apertam o coração. Há dias assim.
E depois, um abraço. Um abraço que te abraça além do abraço. Um abraço que te chama, que te acolhe e que te deixa ficar. E tu, que te deixas ficar e (de)morar, como quem não conhece lugar mais bonito do que este. Para ser. Para estar. Para existir.
Um abraço que te abriga. Um abraço onde te deixas (re)pousar. E todo o peso do mundo e todo o aperto da vida, que guardaste em ti, começam a desatar-se de ti. Desatam-se, pouco a pouco, e devolvem-te a respiração, enquanto te percorrem a alma, o coração, o sorriso, o olhar.
Desatam-se de ti porque há um novo laço a envolver-te. Mais forte do que todos os pesos do mundo. Mais forte do que todos os apertos da vida. Mais forte do que todos os dias cinzentos.
Há aquele abraço. Que te envolve bem e que se enlaça a ti. Enlaça-se mesmo a ti. Por fora e por dentro. Como quem não conhece definição de amor mais bonita do que esta: um abraço que te chama, que te acolhe e que te deixa ficar. Um abraço a ser-te tudo. Um abraço a salvar-te.
Um abraço a provar-te que os milagres acontecem: que até uma alma pesada e um coração apertado podem ser salvos. Que até os dias que não são em forma de sorriso podem ser em forma de amor. E que não há forma mais bonita do que esta. Para ser. Para estar. Para existir.
Sabes o valor infinito que tem abraçar alguém?
Daniela Barreira
In: imissio.net 15.05.23
imagem: pexels.com/Helene Lopes
Foi eleito no final da segunda sessão desta terça-feira, 25 de abril, como presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leomar Antônio Brustolin, arcebispo de Santa Maria (RS).
O prelado atuava como membro da Comissão para a Doutrina da Fé desde 2019. Ele também coordena a comissão que está responsável pelo processo, em curso, de atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE).
Em sua primeira manifestação ao episcopado brasileiro, dom Leomar Brustolin justificou as razões de aceitar o desafio de conduzir a comissão: “Porque todos nós cremos que a transmissão da fé para as novas gerações é um dos maiores desafios para a nossa missão e também por dar continuação à animação bíblica, eu aceito!”.
Biografia e trajetória eclesial
Leomar Antônio Brustolin nasceu no dia 15 de agosto de 1967, no município de Caxias do Sul (RS), a 128 km da capital Porto Alegre. Cursou Filosofia na Universidade de Caxias do Sul (UCS) e Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), concluindo em 1990.
Foi ordenado presbítero em 20 de dezembro de 1992. Obteve o mestrado em Teologia Sistemática na Faculdade Jesuíta de Belo Horizonte (MG), concluindo em 1993, e concluiu o doutorado em Teologia Sistemática na Pontifícia Università San Tommaso de Roma – Angelicum, Itália, em 2000.
Atuou na Diocese de Caxias do Sul até ser nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre – a ordenação episcopal ocorreu em 25 de março de 2015, na sua cidade de origem, sob a presidência de Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre.
Dom Leomar foi professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e coordenador do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Teologia da PUCRS. Tem experiência na área de Teologia Sistemática, atuando em ensino, pesquisa e extensão com Antropologia Teológica, Catequética e Pastoral Urbana, coordenou o Grupo de Pesquisa Antropologia Teológica, ética e pastoral. De 2015 a 2021 atuou como bispo Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre.
Em 02 de junho de 2021 o Papa Francisco o nomeou para a Arquidiocese de Santa Maria, tomando posse canônica no dia 15 de agosto, no Santuário Basílica da Medianeira, tornando-se o 2º Arcebispo Metropolitano de Santa Maria. Como autor, coautor e organizador já lançou dezenas de obras que abordam temáticas como Catequese, Mariologia, Escatologia, Pastoral e Ética, entre outros.
Na CNBB, ainda como sacerdote atuou participou, no período de 2013 e 2014, da Comissão do Tema Central da 51ª Assembleia Geral da CNBB – “Comunidade de Comunidades, uma nova paróquia”. Em 2015, foi nomeado membro da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB e bispo referencial para Educação e Cultura no Regional Sul 3 da CNBB.
A Comissão para a Animação Bíblico-Catequética
A Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem a missão de animar, acompanhar, promover e orientar a caminhada Bíblico-Catequética da Igreja no Brasil.
Atua para promover tudo o que está ligado à evangelização no âmbito da difusão da Palavra de Deus e no campo do aprimoramento e do aprofundamento na busca de caminhos para a vida catequética em tempos culturais agitados e em processo de mudança tão grande.
Fotos: Victória Holzbach (Sul 3) – Comunicação 60ª AG CNBB.
In: site da cnbb 25.04.23
Vivemos para agradar. Para fingir. Para fazer de conta. Moldamo-nos para pertencer e para nos convencermos a nós (e aos outros) que vamos na direção oposta do vento que nos sopra dentro do coração. É mais fácil ser-se o que não se é. Viver uma vida que alguém desenhou, pensou ou perspetivou. E enquanto nos vamos adaptando às expectativas alheias, já nem sabemos quem somos. Perdemo-nos da nossa raiz e da luz que, em vez de brilhar, só conseguirá apagar-se.
Quando nos perguntam de que é que precisamos, não sabemos responder. Abrimos os olhos e a vida de espanto e de dor. Sabemos lá do que precisamos. Sabemos lá o que queremos. Fomos andando para a frente sem saber se era por aí o caminho. E é assim que, um dia, damos por nós a precisar de voltar para trás. Damos por nós a seguir uma urgência de compreender o que ficou por desatar, por viver, por descobrir.
A nossa vida não é de ninguém. Não pertence a um grupo. A uma rede social. A uma pessoa ou a vários. Não se restringe a um trabalho, a uma profissão ou a uma vocação. A nossa vida é única. Como um fio de água que faz o rio crescer, mas que ninguém vê. A vida rasgou-nos para nos construir naquilo que precisamos de ser. E o tempo passa demasiado depressa para vivermos para as aparências. Para as necessidades dos amigos, da família, dos maridos, das mulheres, dos namorados ou das namoradas. Ninguém te pode explicar como é que (te) vais fazer feliz. Como é que podes aproveitar o teu caminho para deixar marca.
Essa responsabilidade é tua. Esse presente foi-te dado a ti.
Não passes a bola a mais ninguém.
Viver é agora. E aqui.
Viver é o que tu quiseres. É aquilo em que acreditas. É a pessoa que amas. Seja ela quem for.
Viver é ser capaz de fazer o que só te cabe a ti.
Viver é contigo. E só podes ser tu.
Marta Arrais
In: imissio.net 19.04.23
Deixo-me encantar.
Deixo-me encantar por aqueles abraços que abrigam. Por aqueles abraços que se deixam (de)morar.
Deixo-me encantar por aquelas mãos que amparam e que confortam.
Deixo-me encantar por aqueles olhos que brilham. E por aqueles olhos que olham bem dentro, que tocam.
Deixo-me encantar por aqueles sorrisos que abraçam o coração.
Deixo-me encantar por aqueles beijos que curam a alma.
Deixo-me encantar por aquelas palavras (e por aqueles silêncios) que falam com amor. Que falam de amor.
Deixo-me encantar por aquele céu cheio de estrelas. E de lua.
Deixo-me encantar por aqueles sempres que ainda existem e que são mesmo para sempre.
Deixo-me encantar por aquelas pessoas que fazem sorrir. Por aquelas pessoas que são amor em forma de gente.
Deixo-me encantar pelo amor. Que torna tudo mais bonito. Que salva.
Deixo-me encantar.
Deixo-me encantar porque, enquanto os dias passam, são estes pequenos nadas que me vão mostrando tudo. Tudo o que há de mais bonito. Para encontrar, para conhecer, para sentir, para viver.
Tudo o que há de mais bonito para ser.
Daniela Barreira
in: imissio.net 17.03.23
imagem: pexels.com
A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu nesta quarta-feira, 4 de janeiro, as inscrições para o encontro “Catequese Renovada – 40 anos” que acontecerá de 1º a 3 de setembro de 2023, em Aparecida (SP), no Santuário Nacional de Aparecida.
O encontro tem o objetivo de revisitar o documento “Catequese renovada: orientações e conteúdo” aprovado na 21ª Assembleia Geral da CNBB, em abril de 1983 e reimpulsionar sua recepção na Igreja no Brasil. De acordo com a assessora da Comissão, Mariana Aparecida Venâncio, trata-se do documento mais importante para a Igreja do Brasil em termos de catequese, até a publicação do novo Diretório Nacional de Catequese (DNC). O documento, que impulsionou a renovação da catequese nestes últimos 40 anos, CR permanece como uma grande referência para a catequese no Brasil.
Para garantir a inscrição, com R$ 250,00 até dia 2 de abril e R$ 280,00 até 10 de agosto deste ano, é necessário entrar no hot site do evento (link) e preencher, se cadastrar na página de serviços da CNBB e preencher o formulário. A inscrição inclui a participação nas atividades, os lanches entre as atividades do dia e o kit do evento (que será entregue no primeiro dia no credenciamento).
Garanta a sua inscrição:
Para se inscrever, basta acessar o hot site do evento.
Hoje, as histórias de amor parece que acabam pouco depois de começarem. Poucos são os que julgam que o verdadeiro romantismo não está no primeiro beijo, mas sim no abraço que se dá todos os dias, mesmo quando não há grande vontade, e que dura anos. Muitos. Todos.
Os verdadeiros heróis do amor são os que encontram forma de o promover e renovar vezes sem conta, aconteça o que acontecer, porque não são simples vítimas de uma paixão que lhes toma conta da vida, mas sim protagonistas de uma aventura que nasce da sua vontade.
É romântico encontrar formas de compatibilizar: disponibilidades e horários de trabalho, ideias diferentes sobre temas tão triviais como um rolo de papel higiénico, e perspetivas desiguais face à gestão financeira, educação dos filhos, familiares problemáticos, e, talvez o mais importante: opiniões diferentes sobre quais devem ser os objetivos comuns, enquanto casal, e como os conjugar com os que são exclusivos de cada um dos membros.
O amor é um esforço constante para superar barreiras, não é ficar sentado num trono e receber tudo de todos, sem sequer ter de pedir…
Porque são poucos os que amam? Porque isso implica perdoar, ouvir antes de falar, compreender o que o outro nos está a tentar dizer mesmo quando não consegue, muito sentido de humor, criatividade e alguma loucura, e, muito importante: não deixar de ver o outro sempre como alguém bom, apesar de tudo.
Amar implica sacrifícios sem fim. Perder-se-á se não formos capazes de lutar, várias vezes ao dia, contra os nossos egoísmos e orgulhos, com a força que tantas vezes não temos, a firmeza de quem confia em absoluto e a coragem de quem é capaz de se esquecer de si.
É preciso ceder. É preciso pedir desculpa, mesmo quando não sentimos grande culpa. É preciso ceder. É preciso aceitar que o outro tem falhas, insuficiências e defeitos, mas também que nós os temos. É preciso ceder.
O amor não é paixão. É algo que se constrói numa vida partilhada, cheia de coisas que não aparecem em nenhuma obra de arte.
O amor vence quando duas pessoas reais e honestas assumem o compromisso de o fazer vencer.
José Luis Nunes Martins
In: imissio.net 03.06.23
imagem: pexels.com
Pessoas que nos abraçam e nos deixam (de)morar.
Pessoas que nos abrigam dentro da sua mão dada.
Pessoas que nos sorriem do coração e que nos fazem sorrir o coração.
Pessoas que nos olham nos olhos e nos vêem por dentro.
Pessoas que nos curam com beijos de ternura.
Pessoas que nos são colo sempre seguro.
Pessoas que nos falam com palavras, com gestos e com silêncios.
Pessoas que nos escutam as palavras, os gestos e os silêncios.
Pessoas que, longe ou perto, nos estão sempre perto.
Pessoas que nos abraçam a alma e que nos sentem o coração.
Pessoas que nos querem bem de verdade.
Pessoas que nos tatuam amor no coração.
Pessoas que nos inspiram a ser do bem.
Pessoas que nos fazem acreditar.
Pessoas que nos são tanto. Que nos fazem ser tanto.
Pessoas que nos salvam, mesmo sem saberem. Só por serem, por estarem, por existirem.
O lado bonito da vida. O lado bonito de tudo.
O amor em forma de gente.
Que as saibamos agradecer sempre.
E ser também.
Daniela Barreira
In: imissio.net 16.01.23
imagem: pexels.com
Esperança.
Precisamos tanto de a encontrar: a esperança. De a encontrar e de deixar que ela nos envolva e nos conforte.
Não é sempre fácil... encontrá-la. E talvez, exatamente por isso, o verdadeiro sentido de tudo seja nós procurarmos, todos os dias, sê-la. Ser essa esperança. Fazer essa esperança existir, ser verdade.
Um sorriso do coração. Dar a mão como quem segura. Um abraço mais forte. Um olhar mais fundo, um olhar de verdade. Falar (e escutar) com amor. Cuidar com ternura, ser vida que cuida. Um gesto de amor. Ser do bem.
Pode ser a parte mais bonita do dia de alguém. Pode ser luz na vida de alguém. Pode fazer sorrir o coração de alguém. Pode abraçar a alma de alguém. Pode ser tanto. Pode ser tudo. Pode mudar o mundo de alguém.
E talvez seja um pedacinho de esperança a acontecer. Talvez seja um pedacinho de esperança a envolver e a confortar. Um pedacinho de esperança a existir, a ser verdade. Para alguém. E para nós também.
Esperança.
Que a encontremos. Que ela nos envolva bem e nos conforte. Que nunca nos falte. E que a sejamos. Que a façamos existir, ser verdade. Que nunca a deixemos faltar.
Talvez seja esse o verdadeiro sentido de tudo. E o nosso também.
Sejamos Natal. Feliz Natal.
Daniela Barreira
In: imissio.net 19.12.22
Ainda há coisas boas, sabes? Por mais que pareçam mostrar-te que não. Por mais que pareçam fazer-te sentir e acreditar que não. Por mais que (quase) consigam. Ainda há coisas boas.
Sabes?
Os abraços fortes que te abraçam por dentro e por fora.
As mãos que se enlaçam às tuas para sempre.
Os olhos que olham dentro dos teus.
Os sorrisos que te salvam o coração.
Os beijos que te curam a alma.
Os colos que se fazem casa.
As tuas pessoas.
Os "gosto de ti" do coração.
As palavras que falam com amor.
Os silêncios que falam mais do que as palavras.
Ouvir o coração bater.
A magia do céu cheio de lua e de estrelas.
Os olhos a brilhar.
As lágrimas que acabam em sorrisos.
Os risos que acabam em dores de barriga.
Os sempres que sabes que são mesmo para sempre.
Os corações que tatuas com a tua vida e as vidas que te tatuam o coração.
Viveres e seres, sempre, com o coração.
Viveres e seres, sempre, com amor.
No final é (só) isto: o amor.
Ainda há coisas boas, sabes? Pode não estar tudo bem. E o mal pode até contagiar. Mas deixa-me contar-te uma coisa: o amor, o bem, também contagia. Tanto. Se o deixares acontecer. Se o fizeres existir, ser verdade.
E, enquanto não te esqueceres disto, ainda há coisas boas. Sempre. Mostra-as. Vive-as. Sê-as. Todos os dias. E nunca te esqueças delas, por favor.
Daniela Barreira
In: imissio.net 21.11.22
imagem: pexels.com
Será que há um Deus capaz de dar fé a uns, mas a outros não? Será que somos nós que devemos inventar aquilo em que acreditamos a partir do nada?
Se Deus me batesse à porta será que eu abriria a porta? Será que escolheria acreditar que quem estava a chamar-me não era Ele? Afinal, se Deus existir, por que razão quereria falar comigo?
Ou, se na verdade Deus existe e me ama, então faz sentido que esteja à minha porta e me chame! Mas, porque me respeita, só entra no meu coração se eu O convidar.
Quando amo alguém e me dou a essa pessoa, é essencial que eu encontre abertura. Sem a sua concordância, não chego ao seu coração. A porta do íntimo só abre para fora. Por mais força que alguém faça para entrar, só quem lá vive pode destrancar e abrir a porta.
Se alguém resolver trancar e selar a sua caixa do correio para não receber correspondência, de quem é a responsabilidade de não a receber? De quem lha envia? Do carteiro?
Deus dá o primeiro passo, mas se eu não quiser ir à porta, não vou. Se eu estiver convencido de que não preciso de nada nem de ninguém para ser feliz, então, ainda que alguém me chame.
Se alguém me ama, não deixará de tentar encontrar forma de eu o saber. Mas só o conseguirá se, em algum momento, eu não estiver fechado e virado para mim mesmo. Há até quem procure bastar-se a si mesmo, julgando-se Deus da sua própria vida. Quererá alguém assim saber a verdade a seu respeito? Irá escutar o que lhe dizem? Não. Até porque julga que um Deus nunca ouve ninguém!
A fé é uma paixão caridosa e vivida a dois, chega-te de fora, como quem te bate à porta. Abre!
José Luis Nunes Martins
In: imissio.net 18.11.22
Chega a ser ridícula a forma como nos dispomos a viver a nossa vida. Estamos nos inícios de novembro e já as lojas se encheram de decorações de Natal, de saldos, de oportunidades “únicas” para não desperdiçar uma época que, claramente, tem tudo que ver com consumos e promoções.
No entanto, quase arrisco dizer que o problema nem são as montras, as black Friday, as falsas promoções e os “imbatíveis” descontos. O problema é o “timing”. O momento em que tudo isto sucede e acontece. Será viável, ou apenas ridículo, viver o Natal em novembro? Que mensagem passa, para a dimensão mais interior do que somos, quando somos obrigados a pré-celebrar? A viver uma data antes de tempo?
A verdade é que esta necessidade social de viver tudo antes de tempo nos coloca perante um cenário de ansiedade praticamente invisível. Se eu não me alegrar com as canções natalícias em novembro, se não gostar de ver tudo decorado para o Natal quando ainda agora comprei o material escolar, é porque estou a perder alguma coisa. É porque estou a ser deixado para trás.
Não consigo compreender esta necessidade que temos de viver tudo antes de tempo. De viver para o futuro. Para o que ainda não aconteceu. Também me incluo no grupo de pessoas que o faz, mas gostava de deixar de o fazer. Gostava que o fizéssemos. Que pudéssemos ignorar essas decorações por um momento ( e essa imposição de viver o Natal mais cedo) e que nos pudéssemos focar naquilo que nos está a acontecer agora. Na pessoa de quem nos temos de despedir. Na pessoa a quem precisamos de apoiar. Na pessoa em quem nos apoiamos. No dia que nos deu aprendizagens, luzes ou desânimos. No momento que nos é dado a viver agora.
Não estamos à frente do nosso tempo se quisermos viver tudo antecipadamente. Não somos melhores nem mais evoluídos. Somos, isso sim, menos conscientes do que realmente nos ocupa e nos acontece.
Ocupa-te das tuas raízes e da tua árvore de dentro antes de te preocupares com a de Natal. Vê que folhas precisas de limpar, que áreas precisas de regar e concentra-te no tanto que há a fazer do lado de dentro.
Marta Arrais
09.11.22
In: imissio.net
Que nunca nos esqueçamos de deixar um abraço de amor pelo caminho. Talvez esse abraço faça sorrir o coração de alguém.
Que nunca nos esqueçamos de estender uma mão de amor pelo caminho. Talvez essa mão abrigue a vida de alguém.
Que nunca nos esqueçamos de deixar um sorriso de amor pelo caminho. Talvez esse sorriso seja a parte mais bonita do dia de alguém.
Que nunca nos esqueçamos de deixar um olhar de amor pelo caminho. Talvez esse olhar abrace a alma de alguém.
Que nunca nos esqueçamos de deixar um gesto de amor pelo caminho. Talvez esse gesto mude o mundo de alguém.
Que nunca nos esqueçamos de ser vida de amor pelo caminho. Talvez essa vida ilumine alguém.
Que nunca nos esqueçamos de deixar amor pelo caminho. Talvez esse amor seja tanto para alguém.
Talvez cure. Talvez salve. Talvez seja tudo.
É isso: talvez esse amor seja tudo. Para alguém. E para nós também.
(E é.)
Daniela Barreira
17.10.22
In: imissio.net
Está em curso uma terceira guerra mundial “em pedaços”, afirma reiteradamente o Papa Francisco, explicando, na Carta Encíclica Fratelli Tutti – sobre a amizade social: há uma luta de interesses em que todos se colocam contra todos. Nesta luta, vencer se torna sinônimo de destruir, inviabilizando o levantar a cabeça para reconhecer o vizinho, ou ficar ao lado de quem está caído à beira da estrada. E, assim, pela força do ódio, que vai tomando o lugar do amor, da gratidão e do bem, instaura-se uma insana batalha, onde se busca destruir, inescrupulosamente, até mesmo a reputação alheia. Equivocadamente, pensa-se que essa destruição pode significar uma “escada” para a autopromoção. Esse tipo de pensamento não é novidade e acompanha o ser humano em todos os tempos. Talvez, o que vem mudando sejam os instrumentos para atacar a moral do semelhante, especialmente em razão das facilidades oferecidas pelo campo tecnológico. Mas, ao se reconhecer que a busca pela destruição do próximo é problema histórico, constata-se: a humanidade é permanentemente chamada a protagonizar a fraternidade.
Para os cristãos, protagonizar a fraternidade é possível quando se reconhece a centralidade de Cristo Jesus, Mestre e Senhor, na vida e na história. Nessa centralidade reside o desafio de se respeitar diferenças, tornando-as sempre uma riqueza. Isto significa jamais seguir o caminho da destruição. Assim, quando se considera a sociedade contemporânea, a fé cristã, por sua força de correção, pode indicar caminhos e dinâmicas no processo de iluminação da cidadania e na organização política. Mas é preciso absoluto respeito aos princípios que permitam reconhecer a distinção entre o campo da política e a vivência da fé. Quando não há clareza sobre as fronteiras de cada campo, corre-se o risco de um desvirtuamento da fé, impedindo-a de ser o luzeiro que orienta direções, promove reconciliações e até a relativização de escolhas, especialmente daqueles que se apresentam como “donos da verdade”.
A fé não pode ser reduzida a instrumento para embates no campo político, pois a sua vivência autêntica dissipa a busca pela destruição do outro, reconfigurando discursos e escolhas. A fé cristã tem propriedades específicas com dinâmicas experienciais fortes, capazes de alertar sobre o perigo de semear o ódio, de convencer a respeito da honestidade, que faz parte da vocação de toda pessoa para promover a bondade, o bem comum e uma ordem social justa. Cristãos autênticos não buscam destruir. (Re)constroem com a força da verdade, com a primazia do bem e do respeito moral. O ódio é perigoso e estará sempre na contramão da verdadeira fraternidade ensinada por Jesus. Fraternidade é, pois, o grande investimento a ser feito para efetivar o bem, com a correção de rumos e com a reabilitação da verdade. Sem esse investimento, prevalece um “vale tudo” ensandecido, com ataques a pessoas, instituições, povos e nações. Perde-se a razoabilidade mínima, gera-se descrédito, pois disseminam-se afirmações e informações distantes da verdade, obscurecendo mentes e corações, para se alcançar propósitos a qualquer preço.
O ódio cega, traz justificativas para atitudes inconsequentes, até mesmo quando reputações e vidas estão em jogo. No caminho do ódio, torna-se perdedor não somente adversários e a sociedade, mas, também, aquele que investe na destruição, em nome de um êxito ilusório. O Papa Francisco adverte a respeito do comum mecanismo político contemporâneo de exasperar, exacerbar e polarizar. Um método para negar ao outro o direito de existir e pensar de modo diferente. A partir desse mecanismo, recorre-se à estratégia de ridicularizar e de insinuar suspeitas a respeito de condutas, buscando impor um tipo de repressão àqueles com quem se diverge. Um recurso fundamentado no ódio, que manipula e acirra a revolta. Um grave equívoco, pois a verdade sempre prevalece. O bem sempre vence o mal.
Quem se deixa inocular pelo veneno do ódio age em clara oposição à autenticidade da fé cristã. E pode-se correr o sério risco de não se perceber agente do desamor, quando, dentre outros aspectos, deixa-se escravizar pelo mundo obscuro do mercado, da idolatria do dinheiro e, até mesmo, de uma baixa autoestima. Ilusoriamente, tenta-se reagir, buscar reconhecimento, pisando nos outros, com mecanismos de desmoralização. Quem procura construir a própria reputação a partir desses mecanismos não será reconhecido por sua relevância, ou verá, a seu tempo, a própria imagem desmoronar, esvaindo-se feito um castelo na areia. Por isso mesmo, há tanto descrédito em relação à autoridade política, pois muitos que ocupam as instâncias do poder não priorizam a missão de edificar e promover a cidadania. Ao invés disso, atuam a partir dos mecanismos de desmoralização, buscando simplesmente destruir pessoas com perspectivas divergentes.
O horizonte cristão investe no protagonismo da fraternidade – inegociável recurso para um qualificado serviço à sociedade, à promoção da vida como dom de Deus a cada pessoa, sem exceção. Todos, indistintamente, merecem respeito. Oportuno é sempre se recordar de um princípio proclamado pelo apóstolo Paulo: a plenitude da lei é o amor. O amor que vence todo tipo de ódio. Na tarefa de impulsionar o bem comum, os cristãos, ao lado de dos homens e mulheres de boa vontade, por vocação e missão, devem sempre, e cada vez mais, protagonizar a fraternidade.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
14.10.22
In: site da Arquidiocese de Belo Horizonte-MG
Quantas vezes erramos nos nossos julgamentos apenas porque estamos fatigados? Por que razão o cansaço nos faz aceitar com tanta facilidade coisas a que diríamos não noutro momento qualquer?
A fadiga afeta-nos o discernimento a um tal ponto que o descanso devia ser obrigatório a fim de evitar a nossa própria destruição.
Seja o cansaço o resultado de um exercício repetitivo do qual nos aborrecemos até ao limite, quer a fadiga resulte de um esgotamento de forças, em ambos os casos é sempre um desgosto. Pois ainda que muitas vezes nos fique a honra de termos cumprido, ou mesmo excedido, o nosso dever, a fadiga é sempre um preço a pagar e não um prazer do qual se desfrute.
Mas o que nos cansa a alma? Viver sem esperança, numa rotina vazia de sentido. Talvez porque tenhamos desistido de lutar… ou de sonhar. Quantas vezes o medo se disfarça de cansaço? Tantas quantas a esperança e a coragem nos dão forças!
E há um tempo ainda mais perigoso do que o cansaço, que é o que algumas vezes lhe sucede, se não houver descanso: o tempo do desinteresse, da desmotivação completa, do já nada importa.
O meu mundo e o dos meus seria muito melhor se eu descansasse mais, me empenhasse em recuperar forças quando já não as tenho, e respeitasse os meus limites.
Para termos paz e sermos felizes, importa que ninguém confunda a necessidade e o dever de descansarmos com uma vontade perversa de desistir e de se entregar.
Se estou cansado, não decido, descanso.
José Luis Nunes Martins
In: imissio.net 14.10.22
O mundo não é cor-de-rosa.
Insistem em repetir-me, às vezes, como quem tenta acordar-me para a realidade. Como quem quase parece tentar acusar-me de não ver bem. De só ver o lado bonito. Como se o lado bonito fosse o lado errado. E como se continuar a acreditar fosse sinónimo de fragilidade, de ilusão.
O mundo não é cor-de-rosa.
Eu sei. Eu também vejo. (Eu sei tanto.)
Mas eu também sei que é quando o mundo está cinzento, que um gesto de amor, mesmo o mais pequenino, lhe dá mais cor: É quando o mundo está cinzento, que um abraço que acolhe lhe dá mais cor. É quando o mundo está cinzento, que uma mão que se estende lhe dá mais cor. É quando o mundo está cinzento, que um sorriso do coração lhe dá mais cor. É quando o mundo está cinzento, que um olhar do fundo da alma lhe dá mais cor. É quando o mundo está cinzento, que uma presença que conforta lhe dá mais cor. É quando o mundo está cinzento, que alguém que faz sorrir lhe dá mais cor.
É quando o mundo está cinzento, que um gesto de amor lhe dá mais cor.
O mundo não é cor-de-rosa. Eu sei.
Mas eu também sei que é quando o mundo está cinzento, que faz tanta falta ver o lado bonito. E que é quando o lado bonito já não se vê, que faz tanta falta nós sermos esse lado bonito. Fazê-lo existir. Ser esse gesto de amor. E dar mais cor ao mundo. Todos os dias.
(Afinal, não é para isso que cá andamos?)
Talvez, um dia, continuar a acreditar possa voltar a ser sinónimo de força, de milagres a acontecer. De verdade. E de mais cores bonitas tatuadas pelo mundo.
Daniela Barreira
In: imissio.net 19.09.22
imagem: pexels.com
Brasília - DF, 22 de agosto de 2022
Carta aos Catequistas
Querido Catequista!
Querida Catequista!
Mais uma vez me apresento para um reconhecimento afetuoso e repleto de gratidão, neste Dia do Catequista a ser festejado no dia 28 de agosto. Faço-o em nome da Comissão Bíblico-catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Nunca é demais recordar, querido irmão e irmã catequista, que a Catequese, juntamente com a Liturgia e a Pregação dos Apóstolos, está na base da formação do Novo Testamento. Em outras palavras, o que hoje temos por Palavra de Deus foi antes Catequese dos primeiros cristãos. Cada Catequista de hoje está em linha de continuidade com aquelas vivências mais apaixonadas e alegres da fé partilhada nos primeiros dias da nossa Igreja.
O evangelista Mateus, aliás um excelente catequista, pode nos ajudar a compreender o sentido deste nosso “ministério”, como chama um outro catequista por excelência, o Papa Francisco. “Ide... fazei discípulos... ensinai” (Mt 28,19.20). São as últimas palavras do Senhor. E a catequese está no centro da missão para a qual Ele constituíra os seus enviados. Mas também um outro evangelista, desta vez Marcos, nos recorda o caráter precioso da missão do próprio Senhor: “Tomado de compaixão... começou a lhes ensinar muitas coisas” (Mc 6,34). Queridos Catequistas, seu ministério não é mera “colaboração” com a comunidade. É parte constitutiva da própria identidade da Igreja.
Mateus diria que a Igreja que valoriza a catequese e seus catequistas será rica de sua identidade missionária. Marcos, por sua vez, diria seria uma rica das compaixões do Senhor por seu povo. Eis aí, nobres Catequistas, o traço feliz que podem Vocês conferir à dimensão evangelizadora da Igreja. Isso não escrevo por mero elogio de ocasião. É para ajudá-los a despertar para a nobreza do que o próprio Senhor lhe reservou já naquele primeiro convite que lhe chegou para tornar-se Catequista. Lembra quando foi? Lembra por que aceitou? O que no início pareceu “generosidade de quem quis ajudar” é hoje missão de aproximar o Senhor Jesus aos catequizandos e de aproximar os catequizandos ao seu Senhor. Será preciso amá-Lo. E amá-los.
É verdade que há situações de desânimo, de cansaço, de desencorajamento. Também de lágrimas, de incertezas, de incompreensões... Mas Paulo, outro Catequista dos primeiros tempos da Igreja, e dos bons, também ele ferido por adversidades e até rejeições, pediu ao Senhor que o poupasse de certas dificuldades. Mas parece que o mesmo percebeu que um caminho marcado por facilitações arrisca ser pobre da força de Deus. Veja o seu testemunho: “Basta-te a minha graça; pois é na fraqueza que a força se realiza plenamente... Com efeito, quando sou fraco, então sou forte” (2Cor 12,9-10). Nunca dialogou com Paulo sobre certos entraves na Catequese? O Espírito de Deus que o acompanhou ontem, quer sustentá-lo ou sustentá-la no ministério catequético hoje.
Ahh... estava esquecendo. Percebeu quanto a Iniciação à Vida Cristã confere projeta luzes transfiguradoras para a sua missão de Catequista e para a evangelização? Há maravilhas pelo Brasil afora. É provável que alguma experiência feliz tenha acontecido em sua paróquia, ou na Diocese, ou nas vizinhanças. Recomendo-lhe vivamente de ir até lá para conhecer, para ouvir, para perguntar, para aprender... São testemunhos maravilhosos. Afloram muitos e criativos encantos pela evangelização.
Dom José Antônio Peruzzo
Arcebispo de Curitiba - PR
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética
SER CATEQUISTA É VIVER EM COMUNHÃO
Sugestões para a celebração do Dia do(a) Catequista 2022
Preparação: convidar catequistas, catequizandos, o sacerdote e um representante de cada pastoral da comunidade. Combinar com antecedência o que cada pessoa irá fazer.
- Fazer cópias para todos.
- Preparar lembranças simbólicas para os catequistas: ex.: cartões com uma frase da leitura proclamada, algum texto ilustrado de um documento sobre catequese etc.
Ambiente: organizar um espaço celebrativo, onde colocar velas, flores e a Bíblia, que será entronizada, o Catecismo da Igreja Católica, o doc. Catequese Renovada e outros e os materiais das diversas pastorais. Onde houver possibilidade, folhas e uvas, imitando uma parreira.
ROTEIRO DA CELEBRAÇÃO
1.ACOLHIDA
Receber com afeto cada participante e convidar para que expressem gestos de acolhida, conforme os costumes do lugar.
DIRIGENTE 1: Catequese é uma missão que exige responsabilidade, dedicação e amor. Tudo isso se torna semente de alegria pelo bem que podemos realizar. Nossa alegria vem dos(as) companheiros(as) que caminham conosco e da aprendizagem recíproca. Vem, principalmente, da presença de Deus que nos anima e estimula a crescer na fé, na fraternidade e a desenvolver os dons que nos oferece.
Canto: (pode ser escolhido outro, mais conhecido pelos participantes)
(Ir. Miria T. Kolling)
Vamos caminhando lado a lado
Somos teus amigos, ó Senhor.
Tua amizade é nossa alegria
Por isso te louvamos com amor!
Cristo é modelo de amizade,
Pois nos deu a vida por amor.
Dele recebemos força e alegria
Para nos doarmos aos irmãos.
Seja o nosso encontro com o Pai
Um sinal da nossa união,
Para que, vivendo nós a sua graça,
Levemos paz e amor aos corações!
CATEQUISTAS: Nós, catequistas, agradecemos esta comunidade que nos acolhe e nos dá a certeza de que não estamos sozinhos. Queremos celebrar nosso dia, em comunhão com as outras pastorais que conosco fazem parte do processo de evangelização.
(Os representantes de outras pastorais se apresentam. Se houver materiais a serem expostos devem ser mostrados e, depois, colocados sobre a mesa).
TODOS: Na catequese ensinamos e aprendemos, / convivendo com os diversos campos da pastoral da nossa Igreja. / Nós te agradecemos,/ Senhor,/ por tantos companheiros que caminham nas diversas áreas em que Deus nos chama a ser presença de fraternidade.
CATEQUISTAS: Na catequese, temos muitos textos que ajudam na nossa formação. Este ano, lembramos especialmente os 30 anos do Catecismo que a Igreja nos deu e os 40 anos que estamos quase completando do documento Catequese Renovada (2023), que nos dá orientações e conteúdos de muita importância.
UM CATEQUISTA APRESENTA O CATECISMO AO GRUPO: A Igreja nos deu em 1992 esse material de apoio e consulta, que começa assim: “Deus, infinitamente perfeito e Bem-aventurado em si mesmo, em um desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para participar da sua vida bem-aventurada” (CIgC, 1).
TODOS: Queremos, / Senhor, / comunicar e viver tua mensagem de amor, / sendo testemunhas do teu projeto de bem-aventurança.
UM CATEQUISTA APRESENTA O DOCUMENTO CATEQUESE RENOVADA: Neste documento, a Igreja nos orienta para o desenvolvimento de uma catequese em comunidade, inculturada, que atenda ao princípio da interação vida e fé. Uma frase aqui citada ficou bem conhecida: “As situações históricas e as aspirações autenticamente humanas são parte indispensável do conteúdo da catequese”.
TODOS: Queremos, / Senhor, / que a catequese em nossa comunidade transforme a nossa vida e a de outros, /e nos ajude a olhar com os teus olhos a realidade em que vivemos./ Queremos ser construtores de um mundo que saiba viver o amor e a justiça /que sempre quiseste ver entre nós.
CANTO: (pode ser outro, à escolha da comunidade)
(José A. Santana)
O nosso Deus com amor sem medida
Chamou-nos à vida, nos deu muitos dons.
Nossa resposta ao amor será feita
Se a nossa colheita mostrar frutos bons.
Mas é preciso que o fruto se parta
E se reparta na mesa do amor (2x)
Participar é criar comunhão,
Fermento no pão, saber repartir.
Comprometer-se com a vida do irmão,
Viver a missão de se dar e servir.
Os grãos de trigo em farinha se tornam,
Depois se transformam em vida no pão.
Assim também quando participamos,
Unidos criamos maior comunhão.
2.A PALAVRA NOS REÚNE
DIRIGENTE 2: Entre todos os textos que somos chamados a consultar, a Bíblia é a fonte de vida para a comunidade, o caminho de uma leitura orante, de uma comunicação permanente com Deus. Nela se apoiam a catequese, a nossa vida, as nossas decisões e vivência da verdadeira fraternidade (Entrada solene da Bíblia, durante o canto).
CANTO: (pode ser outro à escolha do grupo de catequistas)
(Pe. José Cândido da Silva)
Toda Bíblia é comunicação
De um Deus amor, de um Deus irmão.
É feliz quem crê na revelação
Quem tem Deus no coração.
Jesus Cristo é a Palavra,
Pura imagem de Deus Pai.
Ele é vida e verdade,
A suprema caridade.
Vinde a nós, ó Santo Espírito,
Vinde nos iluminar.
A palavra que nos salva
Nós queremos conservar.
LEITOR: Leitura de Jo 15, 1-17
(Silêncio, interiorização)
DIRIGENTE 1: (Fará uma breve reflexão sobre o texto lido, ressaltando a importância da comunidade ser a realização do amor do Deus Trindade, vivendo os valores da comunhão, participação, missão. Acentuará a relação comunidade-catequese).
DIRIGENTE 2: (Divide os participantes em grupos de 4 a 6 pessoas, unindo catequistas, catequizandos e agentes de outras pastorais e movimentos. Pede que reflitam sobre as perguntas abaixo e alguém anote para o plenário).
3.A PALAVRA NA VIDA
- Grupos
- Nossa comunidade está dando sinais de que está vivendo a alegoria da videira, proposta por Jesus?
- Como e em que ocasiões, catequese e outras pastorais podem caminhar de mãos dadas, em nossa comunidade?
- A catequese pode contribuir melhor para que nossa comunidade cresça e produza frutos? Como? E a comunidade pode ajudar mais a caminhada da catequese? Dê sugestões.
- Partilha: (Alguém anota as respostas que poderão orientar a prática catequética. Faz a síntese e apresenta ao grupo).
- Canto: Eis-me aqui, Senhor!
(Pe. Pedro Brito Guimarães)
Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor!
Pra fazer Tua Vontade, pra viver do Teu Amor
Pra fazer Tua Vontade, pra viver do Teu amor
Eis-me aqui, Senhor!
4. A PALAVRA SE FAZ ORAÇÃO
DIRIGENTE 1: Como irmãos e irmãs, sabendo que nossa força vem do Alto, supliquemos confiantes:
-Pai querido, dono da vinha, cuida de nós, do nosso pároco, dos catequistas, dos catequizandos, das famílias e dos demais agentes de pastoral. Que permaneçamos sempre unidos a teu Filho Jesus, reforcemos os laços de comunhão entre nós a fim de que nossa comunidade produza muitos frutos.
Todos: Pai de bondade, protege tua vinha, a nossa comunidade!
-Senhor Jesus, queremos permanecer como ramos vivos, participantes de tua própria vida. Que as famílias e os catequistas assumam juntos a missão de formar novos discípulos missionários teus, testemunhando os valores do Reino.
Todos: Jesus, conserva-nos unidos a ti e entre nós!
-Espírito Santo, seiva divina que alimenta nossa vida de comunidade e o ministério que assumimos, faz com que nosso amor não tenha fronteiras e que nossa comunidade se abra sempre mais aos prediletos do Reino.
Todos: Espírito de amor, fortaleça-nos no amor aberto e generoso!
DIRIGENTE 2: Trindade Santa, fonte de todo amor, a melhor comunidade, que permaneçamos sempre no amor! Ajuda-nos para que, vivendo em comunhão, nossa comunidade seja “origem, fonte e meta” da catequese. Que em nosso nome e enviados por nós, nossos catequistas sejam nossos porta-vozes e que juntos possamos contribuir para que em nossa sociedade haja vida e vida plena para todos!
TODOS: Assim seja! Amém
5.ENCERRAMENTO
DIRIGENTE 1: (Agradece a presença e manifesta a alegria do encontro. Pede uma salva de palmas para os catequistas e alguns catequizandos distribuem as lembranças).
Canto: Nossos catequistas serão abençoados...
DIRIGENTE 2: Para que permaneçamos unidos, como vinha do Senhor e alegres na missão, peçamos a Maria que nos acompanhe, hoje e sempre:
CANTO FINAL: Pelas estradas da vida...
Dia do Catequista
Celebração Eucarística
Roteiro preparado para a celebração eucarística com bênção dos catequistas.
Comentário Inicial:
Convocados pelo Senhor, reunimo-nos para celebrar a Páscoa de Cristo na vida de nossa comunidade de fé. Fazendo memória do dia dos catequistas, nossos sentidos nos remetem ao primeiro catequista: Jesus de Nazaré. É Ele o modelo perfeito para a missão do catequista: saía ao encontro, dialogava, dava-se a conhecer, revelava-se com gestos e palavras, cumpria a vontade do Pai e anunciava o seu Reino, convidava os discípulos de ontem e convida os discípulos de hoje a testemunharem com alegria o Evangelho.
Nesta celebração eucarística, guiados pelos seus ensinamentos, peçamos sabedoria para continuarmos construindo o Reino de Deus, anunciando a Palavra e testemunhando, no mundo, os valores do Evangelho.
Liturgia da Palavra
Introdução para a liturgia da Palavra, com essas ou outras palavras, onde for costume.
Desde sempre, a Palavra de Deus sustentou a fé da Igreja. É Nela que vivemos a fidelidade ao ensinamento de Jesus e nos responsabilizamos pelo presente, condições indispensáveis para que o catequista desempenhe, em nome da Igreja, a sua missão evangelizadora no mundo. Ouçamos atentamente a mensagem do Senhor.
Oração da comunidade e bênção sobre os catequistas
Seguindo o modelo do ritual de bênçãos: “Segue-se a oração comum, como na celebração da missa ou do modo aqui proposto; o celebrante conclui a oração com a fórmula da bênção, se não for mais oportuno usar esta fórmula no fim da celebração da missa, como oração sobre o povo. Dentre as intercessões propostas, o celebrante poderá escolher as que julgar mais apropriadas, ou acrescentar outras condizentes com as circunstâncias e os lugares” (RITUAL DE BÊNÇÃOS, n. 375)
Presidente da celebração: Irmãos e irmãs, apresentemos, com confiança, as súplicas da nossa comunidade em oração, para que continue enviando ministros e ministras a serviço da iniciação à vida cristã.
R.: Senhor, ouvi a nossa oração.
Pela Igreja, comunidade materna e missionária, para que continue gerando, pela iniciação à vida cristã, novos filhos e filhas e enviando-os a serem luz e sal no mundo, rezemos ao Senhor.
Pelo Papa Francisco, grande catequista da Igreja, para que o seu ministério continue ajudando a Igreja a ser mais sinodal e ministerial, rezemos ao Senhor.
Pelos ministros ordenados – bispos, presbíteros e diáconos -, responsáveis pela catequese nas dioceses e paróquias, para que, juntamente com os ministros leigos e leigas, transmitam a fé com alegria e ardor missionário, rezemos ao Senhor.
Pelos catequistas - testemunhas da fé - para que, sentindo-se chamados por Deus a se colocarem a serviço da Iniciação à vida cristã, possam ser verdadeiros acompanhantes e mestres na fé, rezemos ao Senhor.
Por nossa comunidade eclesial missionária, ouvinte dos sinais dos tempos, para que, estando presente no mundo por meio do exercício do apostolado dos leigos e das leigas, possa contribuir para a transformação do mundo revelando os valores cristãos na sociedade, rezemos ao Senhor.
Outras orações da comunidade...
Pode-se convidar os catequistas para próximo de quem preside e conclui as orações com a bênção sobre os catequistas.
O presidente da celebração diz a oração de mãos estendidas (Cf. RITUAL DE BÊNÇÃOS, n. 376):
Dignai-vos, Senhor,
Confirmar em seu propósito,
com a vossa bênção + paterna,
estes vossos filhos e filhas
que anseiam por entregar-se
ao trabalho da catequese,
para que se esforcem por instruir os seus irmãos e irmãs
em tudo que aprenderam com a meditação da Palavra
de acordo com a doutrina da Igreja,
e juntamente com eles alegremente vos sirvam.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém
Acreditar que, um dia, a paz ainda nos serena a alma.
Acreditar que, um dia, a luz ainda nos ilumina o caminho.
Acreditar que, um dia, o alento ainda nos abraça os dias.
Acreditar que, um dia, a força ainda nos inunda a vida.
Acreditar que, um dia, um milagre ainda nos salva.
Acreditar que, um dia, um olhar ainda nos cura por dentro.
Acreditar que, um dia, um sorriso ainda nos toca o coração.
Acreditar que, um dia, uma mão ainda ampara tudo o que somos.
Acreditar que, um dia, um abraço ainda nos abriga de tudo.
Acreditar que, um dia, um gesto de amor ainda é tudo.
Acreditar que, um dia, a gentileza ainda nos mostra o segredo de viver.
Acreditar que, um dia, alguém ainda nos inspira a ser do bem.
Acreditar que, um dia, nós ainda fazemos corações sorrir.
Acreditar que, um dia, as pessoas ainda se são sempre perto.
Acreditar que, um dia, o amor ainda nos muda o mundo.
Acreditar que, um dia, esse amor ainda nos faz sentido. E ainda é sentido.
Acreditar que, um dia, esse dia ainda é todos os dias.
Daniela Barreira
In: imissio.net 20.06.22
Imagem: pexel.com
Página 2 de 11