Preparar os seguintes símbolos: Crucifixo de costas para os participantes; uma Bíblia fechada e uma vela apagada.
Acolhimento: Todos temos ainda na memória a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, e também celebrada em muitas paróquias e dioceses. Grande foi o ânimo e a vontade de sermos, na vida prática, verdadeiros discípulos e missionários de Cristo.
Vamos iniciar nossa celebração, cantando o Hino da Jornada da Juventude (pode ser também o Hino da CF 20l3)
CANTO:
Sou marcado desde sempre com o sinal do Redentor
Que sobre o monte, o Corcovado, abraça o mundo com seu amor.
Cristo nos convida: “Venham, meus amigos!”
Cristo nos envia: “Sejam missionários!”
Juventude, primavera: esperança do amanhecer;
Quem escuta este chamado acolhe o dom de crer!
Quem nos dera fosse a terra, fosse o mundo todo assim!
Não à guerra, fora o ódio, só o bem e a paz não ter fim.
Do nascente ao poente, nossa casa não tem porta,
Nossa terra não tem cerca, nem limites o nosso amor!
Espalhados pelo mundo, conservamos o mesmo ardor.
É tua graça que nos sustenta, nos mantém fiéis a Ti, Senhor.
Atendendo ao teu chamado: “Vão e façam entre as nações,
Um povo novo, em unidade, para mim seus corações!”
Anunciar teu Evangelho a toda a gente é transformar
O velho homem em novo homem, em mundo novo que vai chegar.
Dirigente: Vamos observar os símbolos. Que nos dizem?
Como catequistas, o Senhor nos faz um apelo forte para sermos discípulos e missionários. Somos enviados aos nossos catequizandos, seu ambiente, sua realidade, a sua família e educadores. Somos também chamados a testemunhar no nosso dia a dia quem é Jesus Cristo, qual sua mensagem. Para muitos a cruz está “de costas”, a Bíblia ainda fechada, a Luz de Cristo apagada.
Somos chamados a anunciar aos nossos catequizandos (seja qual for a sua idade) a cruz e ressurreição de Cristo, abrir-lhes a Palavra de Deus, iluminar seu caminho pela Luz de Cristo.
Vamos ouvir a leitura, preparando nossos corações cantando
É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa.
Tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal.
Tenho medo de não responder, de fingir que não escutei.
Tenho medo de ouvir teu chamado,
Virar do outro lado e fingir que eu não sei.
É como chuva que lava...
Leitura de Mc 8,27-34
Alguns instantes de silêncio
Vamos refletir: (em grupos)
1. Quais são as nossas resistências aos apelos que chegam a nós, catequistas?
2. Em nossa Catequese, colocamos Jesus Cristo no centro da nossa mensagem?
3. Levamos os catequizandos a uma relação profunda e pessoal com Jesus, à participação da Eucaristia como encontro da comunidade, ao amor aos irmãos e ao engajamento para um mundo melhor?
Partilha
Oração:
- Alguém vira o crucifixo e pronuncia uma breve oração. Em seguida, guardem-se alguns instantes de silêncio.
- Depois, todos cantam: Eis-me aqui, Senhor, eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor (2x) Eis-me aqui, Senhor.
-Outra pessoa abre a Bíblia e faz ema breve oração. Alguns instantes de silêncio.
-Todos cantam: Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor,
Lâmpada para meus pés, Senhor; Luz para meu caminho (2x)
- Uma terceira pessoa acende a vela. Breve oração. Silêncio.
- Todos cantam: Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que eu te siga, respondo: “Eis-me aqui!”
Envio (pelo padre ou coordenador(a):
Cristo os envia para anunciar seu Reino. Ele os convida e espera sua resposta.
Ele será seu apoio, sua luz que os acompanha sempre: o Pai misericordioso, o Filho, que nos ilumina e acompanha, o Espírito Santo, que nos congrega no amor.
AMÉM, AMÉM, AMÉM.
Canto final:
Quero ouvir teu apelo, Senhor, ao teu chamado de amor responder.
Na alegria te quero servir e anunciar o teu Reino de amor.
E pelo mundo eu vou, cantando o teu amor,
Pois, disponível estou para servir-te, Senhor. (bis)
Abraço
Confraternização
Inês Broshuis
Comissão para Animação Bíblico-Catequética do Leste 2 e da arquid. de Belo Horizonte
01.08.2013
As 14 estações via-sacra presidida pelo papa Francisco na noite desta sexta-feira, dia 26 de julho, no Rio de Janeiro, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, contaram com a participação de cerca de 700 voluntários, além de atores profissionais.
Ao longo do percurso de 900 metros, os últimos passos da Paixão de Cristo foram coreografados sob a direção do encenador e realizador de televisão Ulysses Cruz.
Peregrinos de várias nacionalidades transportaram a cruz, enquanto que para a coreografia das estações foram escolhidas pessoas em representação de minorias e grupos considerados socialmente mais frágeis.
Os textos das meditações foram redigidos pelo Padre Zezinho e Padre Joãozinho. Apresentamos os vídeos correspondentes às 14 estações, separados pelas meditações proferidas, e o vídeo com as palavras proferidas pelo papa Francisco.
Saudação
- Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Amém.
- Nós te adoramos e te bendizemos, Senhor Jesus Cristo, redentor da humanidade.
- Tua entrega na cruz nos dá a Vida, mostra o Caminho, revela a Verdade!
Oração
- Oremos.
Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo
e escolheste homens e mulheres para que,
por Ele, com Ele e n’Ele, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações.
Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos
os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito,
os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.
Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.
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1.ª Estação
Jesus é condenado à morte
Um inocente foi condenado.
Ele trouxe um projeto de vida.
Ele quis libertar os irmãos.
Veio propor que seu povo tomasse a história nas mãos.
E foi condenado a morrer.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui atraído pelo teu divino Coração. Venho das fronteiras do mundo. Sou missionário e encontro no meu caminho muitos jovens inocentes que todos os dias são condenados à morte pela pobreza, pela violência e por todo o tipo de consequências do pecado que nos machuca desde as origens da humanidade. Quero seguir teus passos na certeza de que tudo posso n’Aquele que me fortalece e se Deus é por nós, quem será contra nós? (Cf. Fil 4, 13; Rm 8, 31-32).
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2.ª Estação
Jesus toma a cruz aos ombros
Assumiu uma cruz que não era dele.
Ele disse que a vida é coragem.
Que é preciso lutar sem cessar.
Veio ensinar que é preciso mudar
o que é trevas em luz.
E eis que lhe dão uma cruz.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui convertido pelo teu divino Coração. Tomaste sobre os ombros minhas dores e misérias (cf. Is 53, 4). Era minha a cruz que te feriu. Quero completar o teu sacrifício em minha vida, deixando-me tocar por tão grande amor e dando testemunho com as palavras e com o exemplo ali onde o mundo precisa. Levarei para sempre a tua cruz no meu peito e as tuas palavras no meu coração. Quero ser instrumento deste amor que nunca se cansa de amar.
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3.ª estação
Jesus cai pela primeira vez
A cruz foi ficando pesada.
Ele disse que a vida é ternura.
Que é preciso saber perdoar.
Veio mostrar que até mesmo quem erra
tem Deus como Pai.
E ao peso da cruz ele cai.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Nas quedas sou animado pelo teu humilde Coração. Sou voluntário numa comunidade de recuperação de jovens que caíram na dependência química. São vítimas de um comércio violento e cruel. São desfigurados e correm o risco de permanecer no chão. Vejo teu rosto na face de cada um deles. Ensina-me a ser como o bom samaritano que, para além dos discursos, tem coragem de levantar quem está caído à beira do caminho e cuidar de suas feridas (cf. Lucas 10, 25-37). Neste gesto de solidariedade salutar, ensina-me que somente em ti encontraremos a total transfiguração.
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4.ª estação
Jesus encontra sua aflita mãe
Dor de filho, dor de mãe!
Ele via o valor das mulheres.
E as mulheres buscou libertar.
Veio mostrar que a mulher traz em si
o mistério do ser.
E vê sua mãe a sofrer.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Contemplo a profunda comunhão de amor entre o teu Coração e o coração de tua mãe. É uma comunhão redentora! Aquela troca silenciosa de olhares no caminho da cruz fala mais do que qualquer discurso ou palavra. A dor do filho é realmente a dor da mãe. Isto faz-me pensar nas lutas em favor da vida da sua concepção até ao seu fim natural. Nós s mulheres temos uma vocação muito forte para defender tudo o que vive. Não podemos aceitar a violência de quem se acha no direito de interromper uma vida indefesa. Queremos proclamar com tua mãe: O Senhor fez em mim grandes coisas. Derruba do trono os arrogantes e eleva os humildes. Manifesta a força de seu braço e sustenta-nos nos caminhos da nova evangelização (cf. Lc 1, 46-55).
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5.ª estação
Simão Cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz
Converteu-se enquanto ajudava Jesus.
Sua cruz carregava cansado.
Esmagado de tanta opressão.
E eis que um colono que chega
do campo levou sua cruz.
Sofria também com Jesus.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui chamado pelo teu divino Coração. Sou um jovem vocacionado a caminho do sacerdócio. O teu apelo ressoa muito forte no meu interior: Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz e siga-me! Mas nem sempre compreendo que a luz passa pela cruz. Ao carregar um pouco do teu fardo quero aprender os caminhos da configuração a ti. Que um dia eu possa dizer: eu vivo, mas não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim (cf. Gal 2, 20). Faz de mim um ministro transparente. Livra-me da tentação dos primeiros lugares e ensina-me a ser um bom pastor, que dá a vida para congregar teu povo na unidade.
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6.ª estação
Verónica enxuga o rosto de Jesus
A mulher que não se calou.
Tinha um rosto de homem do povo.
Tinha marcas de luto e de dor.
Tanto sofreu que de escarros e sangue se desfigurou.
Mas alguém o seu rosto enxugou.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Sou consagrada ao teu divino Coração no serviço ao meu irmão. Não posso me calar quando encontro nas vias-sacras da vida tantas vítimas de uma « cultura de morte »: mulheres prostituídas e famílias na miséria, enfermos sem atendimento e idosos desprezados, migrantes sem terra e jovens desempregados, pessoas excluídas da cultura digital e minorias tratadas com preconceito... a lista é grande, meu Senhor. Ao enxugar as lágrimas, o suor e o sangue do rosto destes irmãos e irmãs vejo maravilhada que a tua face fica estampada no lenço da minha solidariedade (cf. Mt 25, 31-46). Ensina-me a sempre unir mística e militância, fé e vida, céu e terra, porque o Pai é nosso e somos irmãos, mas o pão também é nosso e somos cristãos, ou seja, gente que acredita no milagre de repartir.
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7.ª Estação
Jesus cai pela segunda vez
Quem caiu subindo, caiu para o alto!
Ele disse que a vida é um presente.
Para quem não parou nem cansou.
Leva nos ombros com garra e coragem
a cruz dos irmãos.
E mais uma vez cai ao chão.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-nos aqui! Encontramos em teu Coração a nossa morada. Desde que começamos a namorar, ensaiamos o jeito certo de construir uma família que tem papel fundamental na transmissão da fé e da vida. Contemplando a tua paixão, entendemos que tudo isso foi por amor. Aprendemos, porém, que as nossas paixões não são um fundamento seguro. Só constrói sobre a rocha, quem edifica no amor (cf. Mt 7, 24-27). Dá-nos a sabedoria de começar a construção pelos fundamentos e não pelo telhado. Ensina-nos que cada escolha exige renúncias. Se cairmos, Senhor, seja sempre avançando e nunca desistindo. Mesmo nas quedas, não permita que nos afastemos de ti.
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8.ª Estação
Jesus consola as mulheres de Jerusalém
Vocação de mulher: do berço até à cruz.
No caminho por onde ele ia.
A sofrer quase só sem ninguém.
Algumas mulheres chorando seguiram Jesus sofredor.
Eram mães solidárias na dor.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! No teu Coração tão humano aprendi o valor salvífico do sofrimento e da dor. Completo na minha carne o que falta aos teus sofrimentos pelo teu Corpo, que e´ a Igreja (cf. Col 1, 24). Não posso esquecer que a redenção se realizou pela tua cruz, ou seja, pelo teu sacrifício. Isto me ensina que a dor faz parte da condição humana e é tocada inteiramente pelo teu amor que salva. Isto não me leva a uma resignação alienada, mas faz-me consciente de que algumas dores são oportunidades para me unir à tua cruz. É um mistério que apenas quem sofre unido a ti pode discernir na medida certa. Ensina-me que na hora da dor melhor do que falar sobre Deus é falar com Deus. A prece consola mais que a explicação.
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9.ª Estação
Jesus cai pela terceira vez
Depois disso, não mais caiu!
Outra queda e já é a terceira.
E ele cai de cansaço no chão.
É como tantos que sofrem de fome de amor e de pão.
E sucumbem de tanta opressão.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! No teu Coração de mestre encontrei a Verdade. Venho do mundo dos estudos. Eles fazem parte da minha missão neste momento. O conhecimento e a ciência me encantam, mas muitas vezes me seduzem e até induzem a imaginar que não preciso de ti. Mas o meu coração tem sede de um amor e de uma verdade que superam os amores e as verdades desta terra. Apenas na tua Verdade encontro a sabedoria eterna. E neste tesouro encontro as forcas para não mais cair. Apenas quem encontra a Verdade, para além dos limites do corpo, fica verdadeiramente de pé
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10.ª Estação
Jesus é despojado de suas vestes
Era pobre e mais pobre morreu!
Arrancaram-lhe as vestes que tinha.
Sortearam a que lhe restou.
Tão despojado e não tendo mais nada
a si mesmo se deu.
Era pobre e mais pobre morreu.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Teu Coração me ensina tantas maneiras de promover a comunhão. Faço parte desta geração que nasceu conectada por meio da Internet. Sei que as redes sociais são uma possibilidade para construir relações verdadeiras, mas exigem muita atenção para não ficar refém das forças de dispersão que despojam a juventude de sua identidade. A manipulação da inteligência é uma delas. Isto pode-nos levar à alienação dos direitos religiosos, sociais e até políticos. Olhando para o teu despojamento total no caminho da cruz, eu peço em nome de minha geração: que a tua graça nos ensine os caminhos para evangelizar o « continente digital » e nos deixe atentos à possível dependência ou confusão entre o real e o virtual, correndo o risco de dispensar o encontro com as pessoas por contactos na rede.
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11.ª Estação
Jesus é pregado na cruz
Feita de dois riscos foi a sua cruz.
Tendo dois assaltantes ao lado.
Foi pregado na cruz que levou.
Crucificado, agredido insultado, Jesus perdoou.
Ao algoz que o feriu e matou.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! No teu divino Coração encontrei a verdadeira liberdade. Estou consciente daquilo que disse João Paulo II: «a pior das prisões é um coração fechado ». Milhões de jovens estão presos, cumprindo pena por um erro cometido. Teu olhar de perdão no alto da cruz me faz pensar que é possível mudar de vida. Ensina-me que a tua cruz uniu a terra e o céu e os teus braços abertos acolhem a todos, até quem está na prisão (cf. Mt 25, 43). É bom saber que amas não apenas quem é justo e santo, mas também o pecador (cf. Rm 5, 8). Obrigado, Senhor, pela tua imensa compaixão!
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12.ª Estação
Jesus morre na cruz
O autor da vida aceitou morrer.
Esmagado ferido e vencido.
Derrotado ele nem reagiu.
Agonizou e expirou como quem nada pode fazer.
É a vida que vemos morrer.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Em teu Coração encontrei a vida e a vida em plenitude. Conheces bem os limites de minha condição física. Vivo um tempo difícil de purificação. A doença é a minha cruz. Aceita-me unido a ti neste momento. A certeza de que estás comigo faz cada minuto valer a pena. Gostaria de viver muitos anos, mas o que é isso diante da eternidade? Então, Senhor, fortalece em mim a fé, a esperança e a caridade. E que eu escute de tua boca a frase que consolou tantos doentes e sofredores: «Tua fé te salvou, vai em paz!» (cf. Lc 8, 48).
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13.ª Estação
Jesus é descido da cruz
Maria e os discípulos o descrucificaram.
Parecia estar tudo acabado.
Jesus Cristo descia da cruz.
Morto e sem vida Maria o recebe sem nada falar.
É meu povo que eu vejo a chorar.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! É maravilhoso escutar as lições do teu divino Coração. Passo os dias no silencio de sons e palavras. Não consigo ouvir com os ouvidos, mas escuto tua voz em meu coração. Ao ver-te descido da cruz, repousar no
colo piedoso de tua querida mãe, sinto que todos os discursos são insuficientes e uma única palavra já é demais. Existem momentos em que o silêncio e a contemplação falam muito mais. Ensina-me a descrucificar os meus irmãos. Que o meu testemunho seja
um silencioso grito de amor e de solidariedade.
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14.ª Estação
Jesus é sepultado
Semeado no silêncio fecundo.
Sepultado na rocha mais fria.
Nada mais se podia esperar.
Ia com ele o projeto de vida que veio ensinar.
É meu povo escondido e a rezar
Senhor Jesus, Cristo Redentor, aqui estamos, envia-nos! (cf. Is 6, 8). Queremos ser um só coração e uma só alma. Iremos a todas as nações da terra para dar testemunho de que encontramos o verdadeiro caminho para a vida. A semente de tua Palavra caiu em nossos continentes. Não ficará sepultada na terra. Ensina-nos a cultivá-la, para que nasçam os frutos de uma nova evangelização.
– Que o Leste Europeu seja marcado pela paz e pela liberdade religiosa.
– Que a Europa supere a agressiva onda de secularização pelo anúncio corajoso da fé.
– Que a África supere a violência e construa a Igreja como família e a família como Igreja.
– Que a América do Norte reconheça as culturas que afastam do Evangelho.
– Que a América Latina e o Caribe encontrem caminhos para superar a injustiça e a violência.
– Que a minoria cristã da Ásia seja presente como semente fecunda, mesmo quando perseguida.
– Que a Oceânia sinta mais fortemente o compromisso de anunciar o Evangelho!
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Oração
- Nós te adoramos e te bendizemos,
Senhor Jesus Cristo,
redentor da humanidade.
- Tua entrega na cruz nos dá a Vida,
mostra o Caminho, revela a Verdade!
- Oremos.
Ó Cristo, Redentor da humanidade,
Tua imagem de braços abertos
no alto do Corcovado acolhe todos os povos.
Em Tua oferta pascal,
nos conduziste pelo Espírito Santo
ao encontro filial com o Pai.
Os jovens,
que se alimentam da Eucaristia,
Te ouvem na Palavra
e Te encontram no irmão,
necessitam de Tua infinita misericórdia
para percorrer os caminhos do mundo
como discípulos missionários
da nova evangelização.
Por Cristo, nosso Senhor.
- Amém.
Alocução do papa Francisco
Oração final
- Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor Jesus ensinou:
- Pater noster, qui es in cælis:
sanctificétur nomen tuum;
advéniat regnum tuum;
fiat volúntas tua, sicut in cælo, et in terra.
Panem nostrum cotidiánum da nobis hódie;
et dimítte nobis débita nostra,
sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris;
et ne nos indúcas in tentatiónem;
sed líbera nos a malo. Amen.
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imagem: pexels.com
Oração pelas férias
Dá-nos, Senhor,
depois de todas as fadigas
um tempo verdadeiro de paz.
Dá-nos,
depois de tantas palavras
o dom do silêncio
que purifica e recria.
Dá-nos,
depois das insatisfações que travam
a alegria como um barco nítido.
Dá-nos,
a possibilidade de viver sem pressa,
deslumbrados com a surpresa
que os dias trazem pela mão.
Dá-nos
a capacidade de viver de olhos abertos,
de viver intensamente.
Dá-nos
de novo a graça do canto,
do assobio que imita
a felicidade aérea
dos pássaros,
das imagens reencontradas,
do riso partilhado.
Dá-nos
a força de impedir que a dura necessidade
esmague em nós o desejo
e a espuma branca dos sonhos
se dissipe.
Faz-nos
peregrinos que no visível
escutam a melodia secreta
do invisível.
José Tolentino Mendonça
padre e poeta
Equipe do Catequese Hoje
15.07.2013
Dirg.: É em nome do Pai que nos chamou a vida, do Filho que nos ensinou a amar e do Espírito que nos inspira a viver no amor, que nos reunimos para este Encontro.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo (bis)
Música: Humano Demais (Pe. Fábio de Melo)
Eu fico tentando compreender o que nos teus olhos pôde ver
Aquela mulher na multidão que já condenada acreditou
que ainda havia o que fazer, que ainda restara algum valor
E ao se prender em teu olhar, por certo haveria de vencer.
E assim fizeste a vida retornar aos olhos dela
E quem antes condenava se percebe pecador
Teu amor desconcertante, força que concerta o mundo
Eu confesso não saber compreender.
Sou humano demais pra compreender, humano demais pra entender
Este jeito que escolheste de amar quem não merece
Sou humano demais pra compreender, humano demais pra entender
que aqueles que escolheste e tomaste pela mão
Geralmente eu não os quero do meu lado.
Eu fico surpreso ao ver-te assim trocando os santos por Zaqueu
E tantos doutores por Simão, alguns sacerdotes por Mateus.
E, mesmo na cruz, em meio à dor, um gesto revela quem tu és.
Te tornas amigo do ladrão só pra lhe roubar o coração.
E assim foste o contrário, o avesso do avesso
E por mais que eu me esforce não sei bem se te conheço
Tu enxergas o profundo, eu insisto em ver a margem.
Quando vês o coração eu vejo a imagem.
Leitura: Filipenses 3,7-14
Momento de partilha e reflexão...
Rezemos juntos:
Ó Deus, Amado de nossas vidas,
Parceiro de tantas horas certas e incertas;
Amigo em tantos momentos de solidão e angústias.
Nós te agradecemos pela inspiração e companhia nos caminhos da vida e da catequese.
Aumenta em cada um de nós a Paixão pelo teu Filho e o desejo pelo Reino.
Faz de nós testemunhas do teu amor desconcertante.
Fica conosco nestes novos tempos. Envia Teu Espírito para curar as feridas da vida comunitária e quebrar os muros do orgulho, da arrogância e do medo.
Amém!
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
15.06.2013
Símbolos: Bíblia, Círio Pascal ou uma vela grande e, ao redor, línguas de fogo (feitas de cartolina vermelha). Em cada língua de fogo, escrito um dos frutos do Espírito Santo (amor, alegria, paz, bondade, união, fraternidade, perdão, misericórdia, doação, serviço, paciência, mansidão... (cf. Gl 22,23).
Acolhida: Hoje, estamos reunidos para celebrar a grande festa de Pentecostes a fim de que possamos ficar sempre mais unidos no amor e na força do Espírito Santo. Podemos cantar (letra adaptada)
Nós estamos aqui reunidos, como estavam em Jerusalém
Pois, só quando vivemos unidos é que o Espírito Santo nos vem.
Ninguém pára esse vento passando; ninguém vê e ele sopra onde quer.
Sua força reúne as Igrejas numa nova maneira de ser.
De diversas culturas congrega este povo que o Divino conduz.
Como fogo que aquece e ilumina, nos confirma no Cristo Jesus.
Hoje o mundo recebe o Espírito, entre povos há um só coração.
Como mãe que acalenta e consola, nos reúne na paz, comunhão.
Oração: Senhor, iluminai nosso ser, fortalecei nossa vontade, para que o Espírito Santo nos transforme sempre mais em verdadeiros discípulos e missionários do vosso Reino. Amém.
Reflexão: Jesus estava cheio do Espírito Santo. O Espírito está presente no momento da anunciação do nascimento (Lc 3,22); no Batismo (Lc 3,22), quando Jesus é tentado no deserto (Lc 4,1ss) e quando proclama a sua missão (Lc 4,16-19).
Jesus dá o Espírito Santo aos apóstolos no dia da Páscoa (Jo 20,19-23) e desce sobre seus seguidores, apóstolos e mulheres (Atos 2,1ss)
Primeira leitura: Jo 20,19-23. Alguns instantes de silêncio.
Segunda leitura: Gl 5,22-23
Cada um(a) tira, agora, uma língua de fogo e reflete o que significa o dom escrito nela para nós catequistas e para a Igreja hoje.
Depois, pode-se partilhar a reflexão e ver quais as conseqüências para nossa missão de catequistas.
Canto:
O Espírito do Senhor repousa sobre mim, o Espírito do Senhor me escolheu, me enviou.
Para dilatar o seu Reino entre as nações, para anunciar a boa nova a seus pobres.
Para proclamar a alegria e a paz. Exulto de alegria em Deus, meu Salvador
Para dilatar o seu Reino entre as nações, consolar os esmagados pela dor.
Para proclamar sua graça e salvação e acolher quem sofre e chora, sem apoio, sem consolo.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim...
Oração: Vamos colocar a língua de fogo de volta e façamos uma breve oração espontânea.
Pai Nosso...
Abraço da paz.
Bênção: O Deus que derramou em nossos corações o Espírito do seu Filho nos encha de força para assumirmos nossa missão com muito ânimo e coragem. Amém.
Canto final:
Ninguém pára este vento passando, ninguém vê e ele sopra onde quer.
Sua força transforma a Igreja numa nova maneira de ser.
Inês Broshuis
Comissão de Catequese da Arquidiocese de BH e do Regional Leste 2 da CNBB
14.05.2013
A minha alma engrandece o Senhor,
e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
porque ele olhou para a humildade de sua serva.
Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz,
porque o Todo – poderoso fez para mim coisas grandiosas.
O seu nome é santo,
e sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que o temem.
Ele mostrou a força de seu braço:
dispersou os que têm planos orgulhosos no coração.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Encheu de bens os famintos
e mandou embora os ricos de mãos vazias.
Acolheu Israel, seu servo,
lembrando-se de sua misericórdia,
conforme prometera a nossos pais,
em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre. Lc 2, 46-55
Introdução
Esse hino é de estilo bíblico, cheio de citações do Antigo testamento. É o canto dos pobres que reconhecem a vinda de Deus para libertá-los através do seu Messias. Deus fica ao lado dos pobres e realiza uma transformação radical na história. Pobres e oprimidos serão libertados e assumirão a liderança de uma história nova. Jesus inaugurará este novo Reino.
Maria, serva do Senhor, faz parte desse povo humilde e, de certo modo, o representa.
1º momento
Maria sabe reconhecer as maravilhas que Deus operou nela. Ela louva e agradece ao Senhor por isso.
Será que nós podemos cantar como Maria? Quais as grandes coisas que Deus fez em nós? Muitas vezes temos uma visão negativa de nós mesmos e ignoramos os muitos dons que nos foram concedidos.
Reflita sobre as maravilhas que Deus operou em você (dons e talentos, ambiente familiar, trabalho, saúde, dons espirituais...). Nomeio-os (ou escreva-os). Depois, pode repetir, diversas vezes, os versículos do primeiro bloco, sentindo toda gratidão pelas graças recebidas.
2º momento
Leia os versículos do segundo bloco. Observe os contrastes nesses versículos. Querem dizer que Deus se coloca ao lado dos fracos e pobres. Ele toma sua defesa. Aqui está um recado para nós. Hoje, Deus age através de nós para que haja mais igualdade entre poderosos e humildes, entre ricos e pobres.
Seu ambiente reflete esse “sonho” de Deus? Você Poe fazer algo para que esse sonho se realize?
3º momento
No primeiro capítulo do primeiro livro de Samuel, você pode ler a bela narrativa de Ana, que era estéril, mas, depois de muitas lágrimas e orações, conseguiu a graça de conceber um filho. Deu à luz Samuel, o grande sacerdote, profeta e juiz. Ela entoou um cântico de louvor.
Leia 1 Sm 2, 1-10.
Observe as semelhanças com o cântico de Maria. Quais versículos mostram isso?
4º momento
Reze ou cante o cântico de Maria.
(Você pode escrever o seu próprio “Magnificat” bem dentro da realidade em que vive, mostrando a salvação que Deus operou em você e no seu ambiente.)
Inês Broshuis
Equipe do Catequese Hoje
Abertura:
D: Vem, ó Deus. Vem caminhar com teu povo, pois tu somente és nossa força.
Todos: E, em ti, nós colocamos a nossa confiança.
D: Vem, ó Deus. Vem caminhar atrás de nós, ao nosso lado, à nossa frente; pois tu somente és nossa proteção, companhia e direção.
Todos: E, em ti, nós colocamos a nossa confiança.
D: Vem, ó Deus. Ajuda-nos a louvar-te através desse encontro. Ilumina a nossa vida e a nossa Arquidiocese.
Todos: E, em ti, nós colocamos a nossa confiança.
D.: Senhor, queremos celebrar o nosso louvor e agradecimento pela tua presença no meio de nós e dizer a nossa alegria por este encontro.
Todos: Bendito seja Deus Pai que nos amou primeiro e marcou a vida de cada um e de cada uma com sinais de ternura; bendito seja o Filho que morreu e ressuscitou por nós, para que pudéssemos participar de sua vida plena; bendito seja o Espírito Santo, Amor que vive em nossos corações, presente gratuito do amor do Pai e do Filho.
Uma estória para refletir:
É bem conhecida a parábola da flauta mágica. Em resumo ela narra a aventura do caçador que domava as feras com ajuda de uma flauta mágica, para abatê-las, sem problemas. A flauta possuía a propriedade de emitir melodias que enfeitiçavam as feras, fazendo-a bailar diante do predador, morrendo, sem oferecer resistência. Certa vez, porém, um leão não obedeceu a música e devorou o caçador enquanto tocava desesperadamente a sua flauta. O leão era surdo. Diante dele a flauta perdeu a sua serventia.
A parábola da flauta mágica tem algo a dizer. Com este encontro queremos “repensar” a Catequese que fazemos. Não se pode pretender abrir perspectivas de futuro, buscar novas respostas aos novos desafios se as pessoas já não entendem o som das “nossas flautas” e pedem uma nova música, ou seja, outra linguagem e outra sensibilidade aos novos sinais.
O leão era surdo. É preciso perguntar se a mensagem que estamos transmitindo é captada e assimilada pelas pessoas, dentro e fora da comunidade. É preciso ter coragem de quebrar a flauta mágica, de renunciar as receitas prontas, vazias e sem sentido, admitindo que nada é definitivo para quem peregrina no tempo.
(pausa para partilha dois a dois)
Preces:
D.: Peçamos a Deus que caminhe conosco e nos ajude a transformar a Catequese que fazemos.
1-Em tuas mãos, Senhor, entregamos o peso e o calor da caminhada como Igreja, nossos encontros de catequese, nossas atividades pastorais e nossas alegrias.
Todos: Santifica teu povo, Senhor!
2-Sustenta e anima, ó Deus da Vida, nossos passos no caminho do amadurecimento da fé.
Todos: Santifica teu povo, Senhor!
3-Ilumina nossas reflexões e conflitos na busca por uma boa formação de catequistas.
Todos: Santifica teu povo, Senhor!
4-Que este Encontro faça brotar em nós, Senhor, força e ânimo para a vida e fortaleça o amor pela Catequese e pela Tua Igreja.
Todos: Santifica teu povo, Senhor!
Pai Nosso...
Todos: Senhor Jesus, aqui estamos mais uma vez para dizer com sinceridade o desejo de sermos semeadores do teu Reino. Que o Espírito Santo que colocaste em nosso coração e mantém viva a tua presença em nós, oriente os passos que devemos dar, para que, fortalecidos com tua graça, possamos ser sinal de Comunhão. Amém.
Equipe do Catequese Hoje
15.04.2013
Animador: Em nome do Pai que nos chamou a vida, do Filho que nos ensinou a amar e do Espírito que nos inspira a viver no amor.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo (bis)
Para refletir:
“Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e de uma dureza assombrosas. Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca.
É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro”. R.Alves
“Páscoa é ter diante de si os desafios da vida. É preciso remover as pedras que foram soterrando a vida dentro de nós e romper os muros que cercam nosso coracão. Viver como ressuscitados é reconhecer que nossa vida está “estreita” e que precisamos nos situar num horizonte diferente. Viver é “re-criar-se”.
Em Jesus acontece algo totalmente novo; Ele traz uma nova maneira de viver que não cabe nos nossos esquemas.. A ressurreição é uma novidade que rompe velhos barris”. Pe. Adroaldo Palaroso sj
Momento de reflexão...
Preces:
Ao Cristo, nosso Senhor, que morreu e ressuscitou, rezemos:
Todos: Escuta-nos, Senhor da Paixão.
- Fizeste de nós um povo consagrado ao Senhor nosso Deus. Faze que dediquemos, com alegria, toda a nossa vida ao louvor do seu nome e ao anúncio do seu Reino.
- Cristo, vencedor da morte e autor da vida, faze que passemos este dia na alegria do teu louvor.
- Que a Luz da tua Ressurreição ilumine todas as nossas comunidades e nos mantenha vigilantes na esperança, na fé e no amor.
- Que a força do teu amor nos ajude a encaminhar os trabalhos da catequese e nos dê paciência para enfrentar os desafios e desânimos.
Pai Nosso...
Benção:
Animador: Que a Força que abriu o sepulcro nos abençoe em nossas fraquezas;
Que o Amor que venceu a morte nos ajude a vencer a indiferença e nos auxilie neste tempo de discernimento e de transformação!
Que a presença do Consolador nos faça dormir tranquilos e acordar em paz.
Todos: Amém!
-Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Aleluia!
-Para sempre seja louvado!
Equipe do Catequese Hoje
28.03.2013
“Tenho, no meu jardim, um pé de rosmaninho. Ele é, em tudo, igual a todos os outros pés de rosmaninho que há por este mundo. Aquele cheirinho gostoso, quando a gente esbarra nas folhas; brancas, com uma gota de rosa, milhares de florinhas, quanto chega o tempo; e as abelhas sem conta ajuntam e zumbem. Gosto de me deitar na rede, perto dele, quando as noites são frescas e há aquela brisa... Às vezes descubro que estou conversando com ele e já cheguei mesmo a agradar as suas folhas, como se ele sentisse. Nunca se sabe ao certo...
Igual a todos os demais exceto uma coisa. Foi meu pai que me deu a mudinha, galho lascado, faz tempo. Meu pai já morreu. O rosmaninho guardou o seu gesto. Como se, do arbusto, saíssem fios de memória que me ligam a alguém que já não está mais presente. Fios, claro, que ninguém vê. Só eu. Ou aqueles a quem eu quiser revelar este segredo. O espaço em torno daquele rosmaninho é mágico – para mim, que vejo os fios. Os amigos que não sabem o segredo, sentem o perfume, vêem o verde... Se eu lhes perguntar sobre o arbusto me dirão que o estão vendo. Sua fala me repetirá sobre aquela presença silenciosa e fiel: o pé de rosmaninho. Mas não sairá daí. A boca está prisioneira dos olhos. Pregada no chão. Faltam-se as palavras que lhe permitiriam voar... Somente eu, a partir do rosmaninho, poderei falar de uma ausência: alguém que não está ali, que já esteve... E da planta pulo para um rosto; e me lembro de risos, alegrias, tristezas... É por isto que o espaço em torno do rosmaninho é mágico. A memória faz a imaginação voar, e ela enche o ar com coisas humanas, que têm a ver com a amizade e a lealdade dos muitos anos vividos juntos.
Coisa bonita esta: que haja coisas que são mais que coisas, coisas que nos fazem lembrar... A flor seca dentro do livro. Às vezes um perfume que a gente sente, andando na rua. E, lá do fundo, vem a estranha sensação de estarmos ligados, por aquele perfume, a alguém, a algum lugar, longe, no passado. O repicar de um sino, que me leva para mundos onde nunca estive. O cantar de um galo, que nos vem de espaços que não mais existem. Ou um brinquedo, uma boneca velha, esquecida. Uma comida com gosto de saudade. Coisas presentes que nos abrem o mundo as ausências... Saudade não será isto? Sentir que algo está faltando, alguém, que o coração deseja, está longe... Mas não basta a ausência. Há muitas coisas que se perderam e ficaram para trás, das quais não sentimos saudade. É que a gente não amava. A saudade nasce quando existe amor e ausência...
Quando as coisas despertam saudades e fazem brotar, no coração, a memória do amor e o desejo da volta, dizemos que são sacramentos. Sacramento é isto: sinal visível de uma ausência, símbolo que nos faz pensar em retorno. Como aconteceu com Jesus que, logo antes da partida, realizou um memorial de saudade e espera. Juntou seus amigos, seguidores, partiu o pão e lhes deu de comer, tomou o vinho e com eles bebeu dizendo que, depois daquilo, viria a separação e a saudade. Eles seriam como uma noiva de quem o noivo é roubado... Tempo de lágrimas, de espera... E, por onde quer que fossem, encontrariam os sinais de uma Ausência imensa... E o coração ficaria inquieto, sem descanso... E cada palavra sua se transformaria numa oração, porque oração é a palavra balbuciada com desejo...
Deus mora na saudade, ali onde o amor e ausência se assentam.
Ah! É preciso não esquecer a saudade. É ela que faz toda a diferença".
(In: Alves, Rubem. Creio na Ressurreição do corpo. Editora Paulus, 2005)
Leitura Mt 5, 3-10:
“Bem-aventurados os que têm saudade de Deus, o Reino dos Céus lhes pertence.
Bem-aventurados os tristes, consolo lhes será dado.
Bem-aventurados os de espírito manso, a terra lhes será dada como posse.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, eles serão satisfeitos.
Bem-aventurados os que mostram misericórdia, porque receberão misericórdia.
Bem-aventurados aqueles cujos corações são puros, eles verão a Deus.
Bem-aventurados os que lutam pela paz, Deus os chamará de filhos.
Bem-aventurados os que têm sofrido perseguição por causa da justiça o Reino dos Céus lhes pertence.
Vóis sois o sal da terra. Ora, se o sal perde seu sabor, com que se salgará? Não servirá para mais nada, senão para ser jogados fora e pisado pelas pessoas”.
Para refletir:
Saudades de Cristo: o que é isto? Saudades de Deus? Você já sentiu? Como? Quando?
A Igreja é uma comunidade de saudade? Quando as pessoas oram “Venha o teu Reino”, será que elas sentem aquela nostalgia de quem perdeu um ente querido?
A catequese que fazemos leva à intimidade, relacionamento com Deus, a sentir saudade Dele?
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
15.03.2013
Sugestão: para um tempo de oração pessoal e silenciosa.
- Iniciar com o Sinal da Cruz.
- Lembrar os acontecimentos que mais marcaram sua vida no ano que passou: o que foi alegria, o que causou dor, tristeza, o que você amou...
- Lembrar das pessoas que você ama... e colocá-las no coração de Deus.
- Ler em silêncio e devagar o Livro do Eclesiástico 17, 1-13.
Um pensamento: “Os poetas são aqueles que, em meio a dez mil coisas que nos distraem, são capazes de ver o essencial e chamá-lo pelo nome. Quando isso acontece o coração sorri e se sente em paz. Encontrou aquilo que procurava. Kirilov, personagem de Dostoievski, assim descreve o encontro com o essencial:
“Há momentos em que a gente sente de súbito a presença da harmonia eterna. É um sentimento claro, indiscutível, absoluto. Apanhamos de repente a natureza inteira e dizemos ‘é exatamente assim!’. É uma alegria tão grande! Se durasse mais de cinco segundos a alma não suportaria e teria de desaparecer. Nesses cinco segundos vivo uma experiência inteira, e por eles daria toda a minha vida, pois eles bem o valem”. Rubem Alves
reflexão... (você já encontrou o essencial? Que caminhos há diante de você?)
Uma prece:
Deus de misericórdia e amor. Estás presente em todo lugar e em todos os seres.
És a suprema bem-aventurança e a Essência de todas as coisas.
Dá-nos um coração compreensivo, dá-nos equilíbrio e ânimo,
Dá-nos fé, sabedoria, força para caminhar na estrada de Jesus.
Livra-nos do egoísmo, do poder, do ódio, purifica nosso coração com tua graça.
Seja-nos concedido ver-Te em toda parte, servir-Te sempre com alegria.
Acompanha-nos nestes dias, protege-nos nas dificuldades.
Dá-nos coragem para romper com tudo o que nos separa de Ti.
Por Jesus Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém!
Equipe do site
01.01.2013
Surgiu, há muitos anos, do meio da habitação das nuvens e do sol, um menino que cantava de maneira tão bela, que as pessoas de perto e de longe acorriam para vê-lo e ouvi-lo. O menino se chamava Milomaki. À melodia de seus cantos todos silenciavam. O vento suspendia a sua respiração, o marulhar das águas emudecia. O farfalhar das folhas cessava. Até os pássaros retinham o seu trinar e os homens se encantavam. Por uns poucos instantes, as angústias, os medos, a dor e as discórdias abandonavam a alma de todos. E, por entre os lábios, saíam, dos corações, sinceros sorrisos. E Milomaki cantava.
Os que ouviam Milomaki, assim que voltavam para casa, já não eram mais ou mesmos. Como que encantados pela delicadeza daquela voz e daquele menino celestial tornavam-se suaves demais para a guerra e para as lutas e para as discórdias. Pelos cantos de Milomaki inundados de beleza como brilhos do sol e de elegância como filhos da lua, já não prestavam mais como serviçais e escravos de seus senhores. Pois pareciam agora, também eles, filhos e filhas dos deuses como aquele menino que à terra desceu como uma pétala de luz.
Nunca nesta terra permanecemos os mesmos quando os ouvidos dos nossos corações ouvem cantilenas de amor. E foi por isso que os parentes dos assim encantados decidiram aprisionar Milomaki. Apanharam-no e determinaram que o iriam queimar numa grande fogueira porque ele havia raptado do seu poder os seus irmãos.
O jovem menino celestial continuou cantando de maneira maravilhosa até o fim. E quando as chamas já lambiam o seu corpo ele cantou: “Agora eu morro, meus filhos. Agora eu deixo este mundo”. E, quanto mais inflava o seu corpo pelo calor das chamas, mais belos sons ainda ele cantava. “Agora, parte-se o meu corpo, - dizia ele – agora, eu estou morto”. E o seu corpo estourou. E dali saíram pétalas de amor. Ele morreu e foi devorado pelas chamas.
A alma de Milamaki subiu para os céus enquanto o seu corpo em forma de cinzas desceu à terra. E daquele lugar onde repousaram suas cinzas cresceu, ainda no mesmo dia, uma folha verde e longa que se formou, a olhos vistos, maior e maior. E distendeu-se e já era no dia seguinte uma grande árvore. A primeira palmeira, porque antes a palmeira não existia. As pessoas, porém, faziam da maneira da palmeira grandes flautas e essas reproduziam as maravilhosas variações do canto que um dia cantara entre os homens Milomaki. E os homens tocam até hoje os cantos de Milomaki, todas as vezes que os frutos da floresta se tornam maduros. Eles dançam em honra do deus que um dia passou entre os homens e cantou e criou os frutos todos e todos os homens.
Numa terra bem distante de onde um dia apareceu Milomaki contam que também lá um dia veio também dos céus uma criança tão bela que a chamaram de Emanuel: “Conosco está Deus”. Se Emanuel cantava, nunca nos disseram, mas contaram-nos que ele encantou a muitos, incontáveis. E, diante dele, petrificados se enterneciam, culpados se sentiam perdoados, humilhados se reerguiam e os pobres se sentiam ricos e pessoas já mortas voltavam a viver. Contam que também ele foi sentido como estorvo e foi assassinado. Mas nunca ele foi esquecido. E recordar Emanuel é como ouvir mais uma vez poemas celestiais e canções de um outro mundo, um mundo encantado.O Reino de Deus. A voz e os vestígios de Deus entre os homens.
Frei Prudente Nery
Frei capuchinho, teólogo, já falecido.
Para rezar e meditar com o grupo de Catequistas.
(providenciar um pequeno presépio e colocá-lo no centro da sala)
1. Saborear a Ternura de Deus
Com.: Mais um ano se passou e outro já se anuncia. Viajamos por desertos de dores, solidão, angústias, medos, mas também por oásis de alegrias, realizações, amizades, amores, na labuta diária da vida. Trazemos as marcas dessa “viagem”, poeiras e cansaços...
D: Mas, um Menino nos foi dado! Surge a esperança de que tudo pode ser modificado, de que o Novo pode irromper.
Todos: E a Ternura se fez criança e viveu entre nós!
D: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz...”
(acendem-se as velas)
Todos: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra entre homens e mulheres a quem Ele quer bem”.
2. Saborear a Suavidade do Senhor
L1: “Havia naquela região pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho. Um anjo do Senhor lhes apareceu, e a glória do Senhor os envolveu de luz. Os pastores ficaram com muito medo. O anjo então lhes disse: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor! E isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura”.
Todos: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra entre homens e mulheres a quem Ele quer bem”.
Com.: No presépio, a “criança” tem um brilho especial. Ao redor do Menino-Jesus se cria uma ordem mágica, um centro luminoso que irradia sobre todas as coisas constituindo um todo coerente e significativo. A vida com suas contradições, é iluminada pela luz que se irradia do Presépio.
(convidar a lembrar a vida, projetos, sonhos, angústias, medos, contradições... o que precisa ser iluminado pelo Menino...)
3. Saborear a fragilidade e a pequenez como plenitude
Com.: No Natal, por causa da Divina Criança, nos é permitido esquecer as amarras e os erros cometidos para sentirmo-nos livres para começar de novo. Os sonhos escondidos e nunca realizados podem vir à tona e ser de novo alimentados. Podemos aliviar um pouco o peso do próprio passado e formular um bom propósito.
D: Querido Deus, Luz de nossas vidas. Acreditamos que é possível começar de novo e, mais que isso, queremos nascer de novo. Inspirados pelo Teu Filho, nosso Menino Jesus, podemos arriscar o primeiro passo ou inaugurar um outro olhar sobre o caminho já andado e nele descobrir novo significado... Queremos costurar nossos sonhos no sonho do Teu Menino: um mundo novo, cheio de amor e paz.
(Estendendo a mão direita colocam-se no presépio os sonhos, esperanças, desejos... )
Todos: Deus de ternura e bondade, que assumindo nossa carne no seio de Maria, compreendeste a fraqueza humana... Recebe nossos sonhos e desejos e ilumina nossos passos para trilhar os caminhos do Amor, da Paz e da verdadeira Fraternidade. Amém!
Benção:
D: O Deus, Fonte da Vida Nova, nos renove na alegria da Sua luz, agora e para sempre!
Todos: Amém!
Lucimara Trevizan
Equipe do site
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