Dirg.: É em nome do Pai que nos chamou a vida, do Filho que nos ensinou a amar e do Espírito que nos inspira a viver no amor, que nos reunimos para este Encontro.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo (bis)
Música: Humano Demais (Pe. Fábio de Melo)
Eu fico tentando compreender o que nos teus olhos pôde ver
Aquela mulher na multidão que já condenada acreditou
que ainda havia o que fazer, que ainda restara algum valor
E ao se prender em teu olhar, por certo haveria de vencer.
E assim fizeste a vida retornar aos olhos dela
E quem antes condenava se percebe pecador
Teu amor desconcertante, força que concerta o mundo
Eu confesso não saber compreender.
Sou humano demais pra compreender, humano demais pra entender
Este jeito que escolheste de amar quem não merece
Sou humano demais pra compreender, humano demais pra entender
que aqueles que escolheste e tomaste pela mão
Geralmente eu não os quero do meu lado.
Eu fico surpreso ao ver-te assim trocando os santos por Zaqueu
E tantos doutores por Simão, alguns sacerdotes por Mateus.
E, mesmo na cruz, em meio à dor, um gesto revela quem tu és.
Te tornas amigo do ladrão só pra lhe roubar o coração.
E assim foste o contrário, o avesso do avesso
E por mais que eu me esforce não sei bem se te conheço
Tu enxergas o profundo, eu insisto em ver a margem.
Quando vês o coração eu vejo a imagem.
Leitura: Filipenses 3,7-14
Momento de partilha e reflexão...
Rezemos juntos:
Ó Deus, Amado de nossas vidas,
Parceiro de tantas horas certas e incertas;
Amigo em tantos momentos de solidão e angústias.
Nós te agradecemos pela inspiração e companhia nos caminhos da vida e da catequese.
Aumenta em cada um de nós a Paixão pelo teu Filho e o desejo pelo Reino.
Faz de nós testemunhas do teu amor desconcertante.
Fica conosco nestes novos tempos. Envia Teu Espírito para curar as feridas da vida comunitária e quebrar os muros do orgulho, da arrogância e do medo.
Amém!
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
15.06.2013
Símbolos: Bíblia, Círio Pascal ou uma vela grande e, ao redor, línguas de fogo (feitas de cartolina vermelha). Em cada língua de fogo, escrito um dos frutos do Espírito Santo (amor, alegria, paz, bondade, união, fraternidade, perdão, misericórdia, doação, serviço, paciência, mansidão... (cf. Gl 22,23).
Acolhida: Hoje, estamos reunidos para celebrar a grande festa de Pentecostes a fim de que possamos ficar sempre mais unidos no amor e na força do Espírito Santo. Podemos cantar (letra adaptada)
Nós estamos aqui reunidos, como estavam em Jerusalém
Pois, só quando vivemos unidos é que o Espírito Santo nos vem.
Ninguém pára esse vento passando; ninguém vê e ele sopra onde quer.
Sua força reúne as Igrejas numa nova maneira de ser.
De diversas culturas congrega este povo que o Divino conduz.
Como fogo que aquece e ilumina, nos confirma no Cristo Jesus.
Hoje o mundo recebe o Espírito, entre povos há um só coração.
Como mãe que acalenta e consola, nos reúne na paz, comunhão.
Oração: Senhor, iluminai nosso ser, fortalecei nossa vontade, para que o Espírito Santo nos transforme sempre mais em verdadeiros discípulos e missionários do vosso Reino. Amém.
Reflexão: Jesus estava cheio do Espírito Santo. O Espírito está presente no momento da anunciação do nascimento (Lc 3,22); no Batismo (Lc 3,22), quando Jesus é tentado no deserto (Lc 4,1ss) e quando proclama a sua missão (Lc 4,16-19).
Jesus dá o Espírito Santo aos apóstolos no dia da Páscoa (Jo 20,19-23) e desce sobre seus seguidores, apóstolos e mulheres (Atos 2,1ss)
Primeira leitura: Jo 20,19-23. Alguns instantes de silêncio.
Segunda leitura: Gl 5,22-23
Cada um(a) tira, agora, uma língua de fogo e reflete o que significa o dom escrito nela para nós catequistas e para a Igreja hoje.
Depois, pode-se partilhar a reflexão e ver quais as conseqüências para nossa missão de catequistas.
Canto:
O Espírito do Senhor repousa sobre mim, o Espírito do Senhor me escolheu, me enviou.
Para dilatar o seu Reino entre as nações, para anunciar a boa nova a seus pobres.
Para proclamar a alegria e a paz. Exulto de alegria em Deus, meu Salvador
Para dilatar o seu Reino entre as nações, consolar os esmagados pela dor.
Para proclamar sua graça e salvação e acolher quem sofre e chora, sem apoio, sem consolo.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim...
Oração: Vamos colocar a língua de fogo de volta e façamos uma breve oração espontânea.
Pai Nosso...
Abraço da paz.
Bênção: O Deus que derramou em nossos corações o Espírito do seu Filho nos encha de força para assumirmos nossa missão com muito ânimo e coragem. Amém.
Canto final:
Ninguém pára este vento passando, ninguém vê e ele sopra onde quer.
Sua força transforma a Igreja numa nova maneira de ser.
Inês Broshuis
Comissão de Catequese da Arquidiocese de BH e do Regional Leste 2 da CNBB
14.05.2013
A minha alma engrandece o Senhor,
e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
porque ele olhou para a humildade de sua serva.
Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz,
porque o Todo – poderoso fez para mim coisas grandiosas.
O seu nome é santo,
e sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que o temem.
Ele mostrou a força de seu braço:
dispersou os que têm planos orgulhosos no coração.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Encheu de bens os famintos
e mandou embora os ricos de mãos vazias.
Acolheu Israel, seu servo,
lembrando-se de sua misericórdia,
conforme prometera a nossos pais,
em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre. Lc 2, 46-55
Introdução
Esse hino é de estilo bíblico, cheio de citações do Antigo testamento. É o canto dos pobres que reconhecem a vinda de Deus para libertá-los através do seu Messias. Deus fica ao lado dos pobres e realiza uma transformação radical na história. Pobres e oprimidos serão libertados e assumirão a liderança de uma história nova. Jesus inaugurará este novo Reino.
Maria, serva do Senhor, faz parte desse povo humilde e, de certo modo, o representa.
1º momento
Maria sabe reconhecer as maravilhas que Deus operou nela. Ela louva e agradece ao Senhor por isso.
Será que nós podemos cantar como Maria? Quais as grandes coisas que Deus fez em nós? Muitas vezes temos uma visão negativa de nós mesmos e ignoramos os muitos dons que nos foram concedidos.
Reflita sobre as maravilhas que Deus operou em você (dons e talentos, ambiente familiar, trabalho, saúde, dons espirituais...). Nomeio-os (ou escreva-os). Depois, pode repetir, diversas vezes, os versículos do primeiro bloco, sentindo toda gratidão pelas graças recebidas.
2º momento
Leia os versículos do segundo bloco. Observe os contrastes nesses versículos. Querem dizer que Deus se coloca ao lado dos fracos e pobres. Ele toma sua defesa. Aqui está um recado para nós. Hoje, Deus age através de nós para que haja mais igualdade entre poderosos e humildes, entre ricos e pobres.
Seu ambiente reflete esse “sonho” de Deus? Você Poe fazer algo para que esse sonho se realize?
3º momento
No primeiro capítulo do primeiro livro de Samuel, você pode ler a bela narrativa de Ana, que era estéril, mas, depois de muitas lágrimas e orações, conseguiu a graça de conceber um filho. Deu à luz Samuel, o grande sacerdote, profeta e juiz. Ela entoou um cântico de louvor.
Leia 1 Sm 2, 1-10.
Observe as semelhanças com o cântico de Maria. Quais versículos mostram isso?
4º momento
Reze ou cante o cântico de Maria.
(Você pode escrever o seu próprio “Magnificat” bem dentro da realidade em que vive, mostrando a salvação que Deus operou em você e no seu ambiente.)
Inês Broshuis
Equipe do Catequese Hoje
Abertura:
D: Vem, ó Deus. Vem caminhar com teu povo, pois tu somente és nossa força.
Todos: E, em ti, nós colocamos a nossa confiança.
D: Vem, ó Deus. Vem caminhar atrás de nós, ao nosso lado, à nossa frente; pois tu somente és nossa proteção, companhia e direção.
Todos: E, em ti, nós colocamos a nossa confiança.
D: Vem, ó Deus. Ajuda-nos a louvar-te através desse encontro. Ilumina a nossa vida e a nossa Arquidiocese.
Todos: E, em ti, nós colocamos a nossa confiança.
D.: Senhor, queremos celebrar o nosso louvor e agradecimento pela tua presença no meio de nós e dizer a nossa alegria por este encontro.
Todos: Bendito seja Deus Pai que nos amou primeiro e marcou a vida de cada um e de cada uma com sinais de ternura; bendito seja o Filho que morreu e ressuscitou por nós, para que pudéssemos participar de sua vida plena; bendito seja o Espírito Santo, Amor que vive em nossos corações, presente gratuito do amor do Pai e do Filho.
Uma estória para refletir:
É bem conhecida a parábola da flauta mágica. Em resumo ela narra a aventura do caçador que domava as feras com ajuda de uma flauta mágica, para abatê-las, sem problemas. A flauta possuía a propriedade de emitir melodias que enfeitiçavam as feras, fazendo-a bailar diante do predador, morrendo, sem oferecer resistência. Certa vez, porém, um leão não obedeceu a música e devorou o caçador enquanto tocava desesperadamente a sua flauta. O leão era surdo. Diante dele a flauta perdeu a sua serventia.
A parábola da flauta mágica tem algo a dizer. Com este encontro queremos “repensar” a Catequese que fazemos. Não se pode pretender abrir perspectivas de futuro, buscar novas respostas aos novos desafios se as pessoas já não entendem o som das “nossas flautas” e pedem uma nova música, ou seja, outra linguagem e outra sensibilidade aos novos sinais.
O leão era surdo. É preciso perguntar se a mensagem que estamos transmitindo é captada e assimilada pelas pessoas, dentro e fora da comunidade. É preciso ter coragem de quebrar a flauta mágica, de renunciar as receitas prontas, vazias e sem sentido, admitindo que nada é definitivo para quem peregrina no tempo.
(pausa para partilha dois a dois)
Preces:
D.: Peçamos a Deus que caminhe conosco e nos ajude a transformar a Catequese que fazemos.
1-Em tuas mãos, Senhor, entregamos o peso e o calor da caminhada como Igreja, nossos encontros de catequese, nossas atividades pastorais e nossas alegrias.
Todos: Santifica teu povo, Senhor!
2-Sustenta e anima, ó Deus da Vida, nossos passos no caminho do amadurecimento da fé.
Todos: Santifica teu povo, Senhor!
3-Ilumina nossas reflexões e conflitos na busca por uma boa formação de catequistas.
Todos: Santifica teu povo, Senhor!
4-Que este Encontro faça brotar em nós, Senhor, força e ânimo para a vida e fortaleça o amor pela Catequese e pela Tua Igreja.
Todos: Santifica teu povo, Senhor!
Pai Nosso...
Todos: Senhor Jesus, aqui estamos mais uma vez para dizer com sinceridade o desejo de sermos semeadores do teu Reino. Que o Espírito Santo que colocaste em nosso coração e mantém viva a tua presença em nós, oriente os passos que devemos dar, para que, fortalecidos com tua graça, possamos ser sinal de Comunhão. Amém.
Equipe do Catequese Hoje
15.04.2013
Animador: Em nome do Pai que nos chamou a vida, do Filho que nos ensinou a amar e do Espírito que nos inspira a viver no amor.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo (bis)
Para refletir:
“Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e de uma dureza assombrosas. Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca.
É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro”. R.Alves
“Páscoa é ter diante de si os desafios da vida. É preciso remover as pedras que foram soterrando a vida dentro de nós e romper os muros que cercam nosso coracão. Viver como ressuscitados é reconhecer que nossa vida está “estreita” e que precisamos nos situar num horizonte diferente. Viver é “re-criar-se”.
Em Jesus acontece algo totalmente novo; Ele traz uma nova maneira de viver que não cabe nos nossos esquemas.. A ressurreição é uma novidade que rompe velhos barris”. Pe. Adroaldo Palaroso sj
Momento de reflexão...
Preces:
Ao Cristo, nosso Senhor, que morreu e ressuscitou, rezemos:
Todos: Escuta-nos, Senhor da Paixão.
- Fizeste de nós um povo consagrado ao Senhor nosso Deus. Faze que dediquemos, com alegria, toda a nossa vida ao louvor do seu nome e ao anúncio do seu Reino.
- Cristo, vencedor da morte e autor da vida, faze que passemos este dia na alegria do teu louvor.
- Que a Luz da tua Ressurreição ilumine todas as nossas comunidades e nos mantenha vigilantes na esperança, na fé e no amor.
- Que a força do teu amor nos ajude a encaminhar os trabalhos da catequese e nos dê paciência para enfrentar os desafios e desânimos.
Pai Nosso...
Benção:
Animador: Que a Força que abriu o sepulcro nos abençoe em nossas fraquezas;
Que o Amor que venceu a morte nos ajude a vencer a indiferença e nos auxilie neste tempo de discernimento e de transformação!
Que a presença do Consolador nos faça dormir tranquilos e acordar em paz.
Todos: Amém!
-Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Aleluia!
-Para sempre seja louvado!
Equipe do Catequese Hoje
28.03.2013
“Tenho, no meu jardim, um pé de rosmaninho. Ele é, em tudo, igual a todos os outros pés de rosmaninho que há por este mundo. Aquele cheirinho gostoso, quando a gente esbarra nas folhas; brancas, com uma gota de rosa, milhares de florinhas, quanto chega o tempo; e as abelhas sem conta ajuntam e zumbem. Gosto de me deitar na rede, perto dele, quando as noites são frescas e há aquela brisa... Às vezes descubro que estou conversando com ele e já cheguei mesmo a agradar as suas folhas, como se ele sentisse. Nunca se sabe ao certo...
Igual a todos os demais exceto uma coisa. Foi meu pai que me deu a mudinha, galho lascado, faz tempo. Meu pai já morreu. O rosmaninho guardou o seu gesto. Como se, do arbusto, saíssem fios de memória que me ligam a alguém que já não está mais presente. Fios, claro, que ninguém vê. Só eu. Ou aqueles a quem eu quiser revelar este segredo. O espaço em torno daquele rosmaninho é mágico – para mim, que vejo os fios. Os amigos que não sabem o segredo, sentem o perfume, vêem o verde... Se eu lhes perguntar sobre o arbusto me dirão que o estão vendo. Sua fala me repetirá sobre aquela presença silenciosa e fiel: o pé de rosmaninho. Mas não sairá daí. A boca está prisioneira dos olhos. Pregada no chão. Faltam-se as palavras que lhe permitiriam voar... Somente eu, a partir do rosmaninho, poderei falar de uma ausência: alguém que não está ali, que já esteve... E da planta pulo para um rosto; e me lembro de risos, alegrias, tristezas... É por isto que o espaço em torno do rosmaninho é mágico. A memória faz a imaginação voar, e ela enche o ar com coisas humanas, que têm a ver com a amizade e a lealdade dos muitos anos vividos juntos.
Coisa bonita esta: que haja coisas que são mais que coisas, coisas que nos fazem lembrar... A flor seca dentro do livro. Às vezes um perfume que a gente sente, andando na rua. E, lá do fundo, vem a estranha sensação de estarmos ligados, por aquele perfume, a alguém, a algum lugar, longe, no passado. O repicar de um sino, que me leva para mundos onde nunca estive. O cantar de um galo, que nos vem de espaços que não mais existem. Ou um brinquedo, uma boneca velha, esquecida. Uma comida com gosto de saudade. Coisas presentes que nos abrem o mundo as ausências... Saudade não será isto? Sentir que algo está faltando, alguém, que o coração deseja, está longe... Mas não basta a ausência. Há muitas coisas que se perderam e ficaram para trás, das quais não sentimos saudade. É que a gente não amava. A saudade nasce quando existe amor e ausência...
Quando as coisas despertam saudades e fazem brotar, no coração, a memória do amor e o desejo da volta, dizemos que são sacramentos. Sacramento é isto: sinal visível de uma ausência, símbolo que nos faz pensar em retorno. Como aconteceu com Jesus que, logo antes da partida, realizou um memorial de saudade e espera. Juntou seus amigos, seguidores, partiu o pão e lhes deu de comer, tomou o vinho e com eles bebeu dizendo que, depois daquilo, viria a separação e a saudade. Eles seriam como uma noiva de quem o noivo é roubado... Tempo de lágrimas, de espera... E, por onde quer que fossem, encontrariam os sinais de uma Ausência imensa... E o coração ficaria inquieto, sem descanso... E cada palavra sua se transformaria numa oração, porque oração é a palavra balbuciada com desejo...
Deus mora na saudade, ali onde o amor e ausência se assentam.
Ah! É preciso não esquecer a saudade. É ela que faz toda a diferença".
(In: Alves, Rubem. Creio na Ressurreição do corpo. Editora Paulus, 2005)
Leitura Mt 5, 3-10:
“Bem-aventurados os que têm saudade de Deus, o Reino dos Céus lhes pertence.
Bem-aventurados os tristes, consolo lhes será dado.
Bem-aventurados os de espírito manso, a terra lhes será dada como posse.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, eles serão satisfeitos.
Bem-aventurados os que mostram misericórdia, porque receberão misericórdia.
Bem-aventurados aqueles cujos corações são puros, eles verão a Deus.
Bem-aventurados os que lutam pela paz, Deus os chamará de filhos.
Bem-aventurados os que têm sofrido perseguição por causa da justiça o Reino dos Céus lhes pertence.
Vóis sois o sal da terra. Ora, se o sal perde seu sabor, com que se salgará? Não servirá para mais nada, senão para ser jogados fora e pisado pelas pessoas”.
Para refletir:
Saudades de Cristo: o que é isto? Saudades de Deus? Você já sentiu? Como? Quando?
A Igreja é uma comunidade de saudade? Quando as pessoas oram “Venha o teu Reino”, será que elas sentem aquela nostalgia de quem perdeu um ente querido?
A catequese que fazemos leva à intimidade, relacionamento com Deus, a sentir saudade Dele?
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
15.03.2013
Sugestão: para um tempo de oração pessoal e silenciosa.
- Iniciar com o Sinal da Cruz.
- Lembrar os acontecimentos que mais marcaram sua vida no ano que passou: o que foi alegria, o que causou dor, tristeza, o que você amou...
- Lembrar das pessoas que você ama... e colocá-las no coração de Deus.
- Ler em silêncio e devagar o Livro do Eclesiástico 17, 1-13.
Um pensamento: “Os poetas são aqueles que, em meio a dez mil coisas que nos distraem, são capazes de ver o essencial e chamá-lo pelo nome. Quando isso acontece o coração sorri e se sente em paz. Encontrou aquilo que procurava. Kirilov, personagem de Dostoievski, assim descreve o encontro com o essencial:
“Há momentos em que a gente sente de súbito a presença da harmonia eterna. É um sentimento claro, indiscutível, absoluto. Apanhamos de repente a natureza inteira e dizemos ‘é exatamente assim!’. É uma alegria tão grande! Se durasse mais de cinco segundos a alma não suportaria e teria de desaparecer. Nesses cinco segundos vivo uma experiência inteira, e por eles daria toda a minha vida, pois eles bem o valem”. Rubem Alves
reflexão... (você já encontrou o essencial? Que caminhos há diante de você?)
Uma prece:
Deus de misericórdia e amor. Estás presente em todo lugar e em todos os seres.
És a suprema bem-aventurança e a Essência de todas as coisas.
Dá-nos um coração compreensivo, dá-nos equilíbrio e ânimo,
Dá-nos fé, sabedoria, força para caminhar na estrada de Jesus.
Livra-nos do egoísmo, do poder, do ódio, purifica nosso coração com tua graça.
Seja-nos concedido ver-Te em toda parte, servir-Te sempre com alegria.
Acompanha-nos nestes dias, protege-nos nas dificuldades.
Dá-nos coragem para romper com tudo o que nos separa de Ti.
Por Jesus Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém!
Equipe do site
01.01.2013
Surgiu, há muitos anos, do meio da habitação das nuvens e do sol, um menino que cantava de maneira tão bela, que as pessoas de perto e de longe acorriam para vê-lo e ouvi-lo. O menino se chamava Milomaki. À melodia de seus cantos todos silenciavam. O vento suspendia a sua respiração, o marulhar das águas emudecia. O farfalhar das folhas cessava. Até os pássaros retinham o seu trinar e os homens se encantavam. Por uns poucos instantes, as angústias, os medos, a dor e as discórdias abandonavam a alma de todos. E, por entre os lábios, saíam, dos corações, sinceros sorrisos. E Milomaki cantava.
Os que ouviam Milomaki, assim que voltavam para casa, já não eram mais ou mesmos. Como que encantados pela delicadeza daquela voz e daquele menino celestial tornavam-se suaves demais para a guerra e para as lutas e para as discórdias. Pelos cantos de Milomaki inundados de beleza como brilhos do sol e de elegância como filhos da lua, já não prestavam mais como serviçais e escravos de seus senhores. Pois pareciam agora, também eles, filhos e filhas dos deuses como aquele menino que à terra desceu como uma pétala de luz.
Nunca nesta terra permanecemos os mesmos quando os ouvidos dos nossos corações ouvem cantilenas de amor. E foi por isso que os parentes dos assim encantados decidiram aprisionar Milomaki. Apanharam-no e determinaram que o iriam queimar numa grande fogueira porque ele havia raptado do seu poder os seus irmãos.
O jovem menino celestial continuou cantando de maneira maravilhosa até o fim. E quando as chamas já lambiam o seu corpo ele cantou: “Agora eu morro, meus filhos. Agora eu deixo este mundo”. E, quanto mais inflava o seu corpo pelo calor das chamas, mais belos sons ainda ele cantava. “Agora, parte-se o meu corpo, - dizia ele – agora, eu estou morto”. E o seu corpo estourou. E dali saíram pétalas de amor. Ele morreu e foi devorado pelas chamas.
A alma de Milamaki subiu para os céus enquanto o seu corpo em forma de cinzas desceu à terra. E daquele lugar onde repousaram suas cinzas cresceu, ainda no mesmo dia, uma folha verde e longa que se formou, a olhos vistos, maior e maior. E distendeu-se e já era no dia seguinte uma grande árvore. A primeira palmeira, porque antes a palmeira não existia. As pessoas, porém, faziam da maneira da palmeira grandes flautas e essas reproduziam as maravilhosas variações do canto que um dia cantara entre os homens Milomaki. E os homens tocam até hoje os cantos de Milomaki, todas as vezes que os frutos da floresta se tornam maduros. Eles dançam em honra do deus que um dia passou entre os homens e cantou e criou os frutos todos e todos os homens.
Numa terra bem distante de onde um dia apareceu Milomaki contam que também lá um dia veio também dos céus uma criança tão bela que a chamaram de Emanuel: “Conosco está Deus”. Se Emanuel cantava, nunca nos disseram, mas contaram-nos que ele encantou a muitos, incontáveis. E, diante dele, petrificados se enterneciam, culpados se sentiam perdoados, humilhados se reerguiam e os pobres se sentiam ricos e pessoas já mortas voltavam a viver. Contam que também ele foi sentido como estorvo e foi assassinado. Mas nunca ele foi esquecido. E recordar Emanuel é como ouvir mais uma vez poemas celestiais e canções de um outro mundo, um mundo encantado.O Reino de Deus. A voz e os vestígios de Deus entre os homens.
Frei Prudente Nery
Frei capuchinho, teólogo, já falecido.
Para rezar e meditar com o grupo de Catequistas.
(providenciar um pequeno presépio e colocá-lo no centro da sala)
1. Saborear a Ternura de Deus
Com.: Mais um ano se passou e outro já se anuncia. Viajamos por desertos de dores, solidão, angústias, medos, mas também por oásis de alegrias, realizações, amizades, amores, na labuta diária da vida. Trazemos as marcas dessa “viagem”, poeiras e cansaços...
D: Mas, um Menino nos foi dado! Surge a esperança de que tudo pode ser modificado, de que o Novo pode irromper.
Todos: E a Ternura se fez criança e viveu entre nós!
D: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz...”
(acendem-se as velas)
Todos: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra entre homens e mulheres a quem Ele quer bem”.
2. Saborear a Suavidade do Senhor
L1: “Havia naquela região pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho. Um anjo do Senhor lhes apareceu, e a glória do Senhor os envolveu de luz. Os pastores ficaram com muito medo. O anjo então lhes disse: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor! E isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura”.
Todos: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra entre homens e mulheres a quem Ele quer bem”.
Com.: No presépio, a “criança” tem um brilho especial. Ao redor do Menino-Jesus se cria uma ordem mágica, um centro luminoso que irradia sobre todas as coisas constituindo um todo coerente e significativo. A vida com suas contradições, é iluminada pela luz que se irradia do Presépio.
(convidar a lembrar a vida, projetos, sonhos, angústias, medos, contradições... o que precisa ser iluminado pelo Menino...)
3. Saborear a fragilidade e a pequenez como plenitude
Com.: No Natal, por causa da Divina Criança, nos é permitido esquecer as amarras e os erros cometidos para sentirmo-nos livres para começar de novo. Os sonhos escondidos e nunca realizados podem vir à tona e ser de novo alimentados. Podemos aliviar um pouco o peso do próprio passado e formular um bom propósito.
D: Querido Deus, Luz de nossas vidas. Acreditamos que é possível começar de novo e, mais que isso, queremos nascer de novo. Inspirados pelo Teu Filho, nosso Menino Jesus, podemos arriscar o primeiro passo ou inaugurar um outro olhar sobre o caminho já andado e nele descobrir novo significado... Queremos costurar nossos sonhos no sonho do Teu Menino: um mundo novo, cheio de amor e paz.
(Estendendo a mão direita colocam-se no presépio os sonhos, esperanças, desejos... )
Todos: Deus de ternura e bondade, que assumindo nossa carne no seio de Maria, compreendeste a fraqueza humana... Recebe nossos sonhos e desejos e ilumina nossos passos para trilhar os caminhos do Amor, da Paz e da verdadeira Fraternidade. Amém!
Benção:
D: O Deus, Fonte da Vida Nova, nos renove na alegria da Sua luz, agora e para sempre!
Todos: Amém!
Lucimara Trevizan
Equipe do site
Página 17 de 18