Oração ao Criador
Senhor e Pai da humanidade,
que criastes todos os seres humanos com a mesma dignidade, infundi nos nossos corações um espírito fraterno.
Inspirai-nos o sonho de um novo encontro, de diálogo, de justiça e de paz.
Estimulai-nos a criar sociedades mais sadias e um mundo mais digno,
sem fome, sem pobreza, sem violência, sem guerras.
Que o nosso coração se abra
a todos os povos e nações da terra,
para reconhecer o bem e a beleza
que semeastes em cada um deles,
para estabelecer laços de unidade, de projetos comuns,
de esperanças compartilhadas. Amem.
Papa Francisco
In: Encílica Fratelli Tutti
Senhor, faze com que, todos os dias, tenhamos a capacidade de passar da mera evocação dos símbolos à concretude do real, verdadeiramente atentos à gestação do mundo e empenhados em descrevê-la. Que saibamos apreciar a flagrante imediaticidade com que a vida se dá, mas também as suas camadas profundas, ocultas, quase geológicas.
Que, no instante e na duração, saibamos proteger, hoje e sempre, aquilo que é vivo, que é minúsculo, que está desperto e fremente, e a sua obra maravilhosa. E que façamos isso não como mestres, mas sim como colaboradores de uma imensidão que nos supera e ao mesmo tempo nos engloba.
Recebemos a aurora e o verde azulado dos bosques. Recebemos o silêncio intacto dos espaços. Recebemos a música do vento. Mas também recebemos a sofrida marcha da história. O fragmentário desígnio da nossa conversa humana. Essa espécie de parto interminável que torna todos os inquilinos da Terra semelhantes, entre dor e esperança.
Curva-te benigno, Senhor, sobre o nosso esforço de semeadores mais do que de ceifeiros, sobre o nosso esforço de operários, artífices, carregadores de água e construtores. E que a nossa oração se prolongue confiante quanto uma sintonia renovada com o Espírito, entre a leveza do dom e o empenho na luta.
Dom José Tolentino Mendonça
In: Avvenire, 01-10-2020 (tradução de Moisés Sbardelotto)
Palavra de Deus!
A voz, o rosto, a tenda, as trilhas
Tua Palavra na vida: melodia penetrante...
que revelando as verdades vai renovando o viver!
Alguém cantando ...
(Ouvir uma canção, cantar um refrão...)
Deuteronômio 4,12; Gênesis 1,3; João 1,1-3; Segunda Timóteo 3,15-17
Uma voz que aquece o coração e mobiliza a nossa atuação...
Que as verdades têm renovado o nosso viver?...
“Não fecheis o vosso coração...” [Salmo 95(94)]
Tua Palavra na vida é espelho que bem reflete...
onde nos vemos, sinceros, como a imagem de Deus.
Todo dia o sol levanta...
Olhando o espelho, o ícone Jesus, Pastor Belo...
João 1,14a; João 12,20-21;
Hebreus 1,1-2; Colossenses 1,15-17
Um rosto que nos contempla e nos convida a segui-lo...
Que rostos têm mobilizado a nosso agir?...
“O Senhor é o meu pastor...” [Salmo 23(22)]
Tua Palavra na vida: morada que nos acolhe...
fonte e bom alimento, paz que nos há de benzer!
Era uma casa, muito engraçada...
Olhando a porta de sua casa, abrindo uma janela...
João 1,35-39; Atos 2,42; Romanos 10,13-17; Lucas 24, 29-32; Colossenses 3,16-17; Lucas 8,21; Mateus 7, 24-27
Os quatro pilares da Casa da Palavra: Ensino, Fração do Pão, Oração, Comunhão...
Temos construídos nossos encontros a partir destes pilares?...
“Senhor, quem entrará em sua casa...” [Salmo 15(14)]
Tua Palavra na vida é luz que os passos clareia...
Olhando para os chinelos, contemplando a rua...
Isaías 2,1-3; Mateus 28,18-20; Isaías 55,10-12, Apocalipse 21,1-8
As esquinas onde cruzamos os caminhos de Deus: as periferias existenciais, as novas praças....
Nossos olhos, nossas mãos: compromisso com a misericórdia...
Rezar o “Teu nome, Senhor, é maravilhoso...” [Salmo 8]
Com os pés nos chão...
com os olhos no horizonte,
com as mãos na massa!
Abre a tua mão para o teu irmão [Deuteronômio 15,11]
Fé ativa, firme esperança, amor capaz de sacrifício!
Pe. Paulo Roberto Rodrigues
Campinas-SP
1. Acolhida
2. Acolhendo a Palavra
Canto de aclamação (à escolha)
Leitura: Mc 4,35-41
3. Meditar a Palavra...
A outra margem implica ser capaz de abraçar a dúvida e a certeza, de projetar-nos lá para a frente, sem medo de perder as raízes do passado, da segurança. É um convite a caminhar, a buscar, a ser melhor. Você é capaz de atravessar a outra margem para ir ao encontro do novo? Tua fé te dá coragem para superar o medo? A catequese que fazemos é capaz de atravessar a outra margem ou ficamos sempre nos mesmos esquemas? (A partilha e reflexão podem ser em duplas com partilha em plenário)
4. Rezar a Palavra
Querido Jesus, faz-nos trilhar o caminho da fé e da confiança. Abraça o que somos e o que não somos ainda e ensina-nos a amar com coragem.
Todos: Fica conosco, Senhor!
Guia-nos, Senhor Jesus, nas tempestades da vida. Para as pessoas que vivem no medo, na dúvida, na discórdia, queremos ser tua Luz.
Todos: Fica conosco, Senhor!
Querido Jesus, aumenta em nós a confiança no teu amor.
Todos: Fica conosco, Senhor!
Preces espontâneas...
Pai-nosso...
5. Oração final: Senhor, fica conosco no percurso do nosso caminho como catequistas, para que tudo o que fizermos, tenha um novo sabor e inspiração. Animados pelo teu Espírito de Amor possamos continuar a tua missão. Isso te pedimos em nome dele, Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém!
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado!
6. Abraço da Paz.
REDESCOBRIR O CAMINHO DA FÉ
1.Refrão meditativo: (à escolha)
2.Acolhendo a Palavra
Canto de aclamação (à escolha)
Leitura: Mc 10,46-52
3.Meditar a Palavra:
Leitor 1:
“Não vês que somos viajantes?
E tu me perguntas: Que é viajar?.
Eu respondo com uma palavra: É AVANÇAR!
Experimenta isto em ti.
Que nunca te satisfaças com aquilo que és,
para que sejas, um dia, aquilo que ainda não és.
Avança sempre: não fiques parado no caminho”
(Santo Agostinho).
Leitor 2:
“A fé traz consigo um salto em frente, portas que se escancaram, caminhos ao sol, algo de mais ilógico e belo. Acreditar é adquirir beleza do viver.
Alguém deu-se conta dele, alguém o toca com uma voz amiga, e ele sai do seu naufrágio humano... Chamado com amor, a sua vida reacende-se, põe-se de pé, precipita-se, ainda sem ver, para uma voz, orientado por uma palavra boa que ainda vibra no ar. Sentir que alguém nos ama, torna-nos muito fortes” (Ermes Ronchi).
(dois a dois)
- O que mais chama atenção nestas reflexões? Que implicações têm para nós, catequistas?
4.Preces espontâneas...
5. Pai-nosso...
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado!
6.Abraço da paz.
Senhor da nossa Vida,
dono do tempo e do mundo:
A grandeza do teu Amor lança um olhar de Misericórdia para a Humanidade,
e acompanha-a em cada dia,
neste vale de esperança onde reclama por dias inteiros de Luz.
Mas também nas trevas, és Tu quem nos dizes que o Sol é,
mesmo quando o Céu se enche de nuvens escuras que ofuscam o olhar.
Senhor da Presença,
em dias longos de vida suspensa,
és Tu quem nos sussurras palavras e silêncios prenhes de Ser,
e nos dizes que a cooperação é o caminho para crescermos como pessoas e como irmãos, anulando a tentação de fechar portas.
Senhor do passado, do presente e do futuro,
de novo nos lembras que a Tua história começa nos últimos e frágeis,
e que também nós - cacos partidos e vulneráveis – precisamos da cola da compaixão para renovar o alento.
Senhor da Eternidade,
transforma o nosso Ser naquela massa com que os sonhaste e, nela e por ela,
possamos cada dia agradecer-Te pelas imensas maravilhas que operas no universo.
E que os nossos territórios internos se tornem lugares de encontros fecundos!
Cristina Duarte
In: imissio.net 30.04.2020
REZAR O VAZIO
"Ensina-nos Senhor a rezar este vazio. O vazio trazido por um medo que não conhecíamos e que parece agora um inquilino da nossa alma. O vazio dos espaços confinados. O vazio da vida, de repente, em suspenso. O vazio das horas que quem está sozinho conta de forma diferente. O vazio das incertezas que se amontoam e das quais ainda não falamos. O vazio dos olhos dos que vemos sofrer e o vazio dos muitos que sofrem sem que nós o vejamos. O vazio dos cuidadores ao final de turnos extenuantes. O vazio dos que tiveram de continuar expostos, dia a dia, para que outros ficassem a salvo. O vazio de tudo aquilo que, de um momento para o outro, ficou adiado. O vazio daquela mulher idosa que passa o dia com o rosto encostado à janela. O vazio das ruas donde nos chega um silêncio que não é um silêncio, mas uma espécie de ação de despejo da vida quotidiana. O vazio dos encontros e das conversas. O vazio que os amigos pressentem. O vazio das risadas. O vazio de todos os abraços não dados. O vazio da espontaneidade dos gestos. O vazio da proximidade interditada. O vazio desta primavera [ou deste outono] que está a passar sem que notemos. O vazio do sacerdote que celebra diariamente na igreja vazia. O vazio das nossas igrejas onde Tu Senhor continuas presente, e dali nos ensinas a transformar os vazios".
20.04.2020
Cardeal José Tolentino Mendonça
MANTER O CORAÇÃO AMPLO
Ensina-nos, Senhor, nos espaços confinados do presente a manter amplo o coração.
Que a medida do nosso amor não se reduza, nem diminua o nosso compromisso, real e concretíssimo, permanente e apaixonado, para com a vida.
Que não nos deixemos infetar pelo vírus do desânimo ou do medo, que nos trancam nas voltas de um inútil redemoinho interno, sem horizonte.
Lembra-nos, Senhor, que como seres comunitários nos criaste: somos mulheres e homens que realizam a sua mais alta vocação no encontro, na partilha, no caminho feito conjuntamente e na quotidiana vivência da comunhão e do dom. Não permitas que cruzemos os braços ou coloquemos entre parêntesis os nossos deveres fundamentais para com os outros, aprisionando-nos à abstrata suspensão de uma espera sem rosto nem figura.
Dá-nos o sentido da presença, mesmo à distância, e a capacidade da ação, ainda que indireta. Na verdade, a prudência para evitar o contágio, não pode inibir, antes estimular, as mil formas que existem de manter o contato.
Por isso, Te pedimos que o Teu Espírito Santo alavanque em nós o criativo poder de esperança e ative esse desassossego de amor que é a caridade, nas suas múltiplas expressões. E que a nossa oração pessoal seja, em cada dia, uma forma de participação na grande comunidade, como a pequena gota que sabe pertencer ao vasto oceano. Pois somos chamados a aceitar as paredes, mas também a relativizá-las, como nos recorda o Teu Filho Ressuscitado.
Dom José Tolentino Mendonça
27.04.2020
FOME E SEDE DE CAMINHOS
1. Acolhida
2. Refrão meditativo: Indo e vindo, trevas e luz. Tudo é Graça. Deus nos conduz!
3. Um poema: Peregrino
Quando teu navio
ancorado muito tempo no porto,
te deixar a impressão enganosa
de ser uma casa.
Quando teu navio
começar a criar raízes
na estagnação do cais,
faze-te ao largo.
É preciso salvar, a qualquer preço,
a alma viajora de teu barco
e tua alma de peregrino... ( Dom Helder Câmara).
4. Acolhendo a Palavra
Canto de aclamação
Leitura: Mc 1,1-8
5. Meditar a Palavra (dois a dois)
a) Estamos decididos a percorrer os caminhos que a novidade de Deus nos apresenta?
b) Quais são os profetas e profetizas de nosso tempo que nos ajudam a encontrar o verdadeiro caminho?
c) Como catequistas, ajudamos os catequizandos a encontrar o verdadeiro caminho?
6.Rezar a Palavra
a)Senhor Jesus, ajuda-nos a sair do centro, das seguranças, das acomodações, dos medos e ir em busca das surpresas, das novas descobertas e ter coragem de caminhar.
Todos: Caminha conosco, Senhor!
b)Senhor Jesus, a humanidade precisa abandonar os falsos caminhos que impedem a circulação da vida, que barram as transformações sociais, que conduzem à crueldade e à violência. Faze de nós autênticos profetas que apontam teus caminhos de verdade, de vida e amor.
c)Senhor Jesus, o momento atual nos desafia a assumir esta formação com atitude de fé. Ajuda-nos a vivê-lo com amor para que possamos melhorar a catequese que fazemos e, assim, “apontar o teu caminho”.
Preces espontâneas...
Pai-nosso...
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado!
Abraço da paz.
A partir das 15 horas, não depois das 18, cada pessoa individualmente, ou a família se reúne em oração. Coloca no centro do espaço uma cruz.
1.SILÊNCIO
- A celebração deste dia começa com um profundo silêncio... Quem preside convida os presentes a olhar a cruz em silencio, reconhecendo nela o mistério do amor de Deus pela humanidade. Depois de um tempinho, faz a oração que segue:
2.ORAÇÃO
Ó Deus, tudo mudou com a paixão de nosso Senhor Jesus Cristo. Da humanidade de Adão veio o pecado e a morte. Da humanidade de Jesus veio o perdão e a vida. Concede, ó Pai, que nos tornemos semelhantes ao teu Filho, transformados na sua imagem, mulheres e homens novos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
3.SALMO 31(30),2-3.18-19.24
Unindo nossa voz à oração de Jesus, entreguemos nas mãos do Pai o grito de todos os condenados à morte. Que o Senhor responda ao clamor dos sofredores.
-Todos/as cantam o refrão e o/a salmista as estrofes.
Eu me entrego, Senhor, em tuas mãos
e espero pela tua salvação!
1.Em tuas mãos eu entrego o meu espírito,
Ó Senhor Deus, és tu quem me vai salvar;
Tu não suportas quem serve a falsos deuses,
Somente em ti, ó Senhor, vou confiar!
2.Não me envergonho, Senhor, de te implorar;
Envergonhados eu veja os malfazejos,
Emudecidos na região dos mortos,
Quem contra o justo só fala com desprezo!
3.Amai a Deus! O Senhor guarda os fiéis!
Vão pagar caro os soberbos, seus rivais!...
De coração sede firmes, corajosos,
Vós todos que no Senhor sempre esperais!
4.Glória a Deus Pai, porque tanto nos amou;
Glória a Jesus, que se deu por nosso bem;
Glória ao Divino, que é fonte deste amor:
Nós damos glória agora e sempre. Amém!
4.LEITURA DO EVANGELHO – JOÃO 19,14-18.25-30
- Um leitor ou leitora, leia pausadamente.
Leitura da Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo.
Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus: “Eis o vosso rei” Eles, porém, gritavam: “Fora! Fora! Crucifica-o!” Pilatos disse: “Hei de crucificar o vosso rei?” Os sumos sacerdotes responderam: “Não temos outro rei senão César”. Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram. Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado “Calvário”, em hebraico “Gólgota”. Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Dessa hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse: “Tenho sede”. Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. Ele tomou o vinagre e disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
-Todos se inclinam em silêncio
5.ADORAÇÃO DA CRUZ
- Uma pessoa tome nas mãos a cruz e mantenha erguida. Quem preside diz ou canta:
Eis o lenho da cruz do qual pendeu a salvação do mundo. Vinde adoremos!
-Quem preside faz o convite:
Inclinemos nosso coração, adoremos o mistério do amor que venceu a morte com sua própria morte. Recordamos as dores de toda a humanidade nestes tempos de pandemia. Em silêncio, digamos com toda a confiança as últimas palavras que Jesus escutou antes da sua morte:
“Senhor, lembre-se de mim”.
-Alguém entoa o canto que segue, e todos repetem a ultima linha de cada estrofe:
- Bendita e louvada seja no céu a divina luz
E nós também cá na terra, louvemos a santa cruz. (bis)
- Sustenta gloriosamente, nos braços o bom Jesus.
Sinal de esperança e vida o lenho da santa cruz. (bis)
- Cordeiro imaculado, por todos morreu Jesus;
Pagando as nossas culpas, é rei pela sua cruz. (bis)
- Ao povo aqui reunido, dai graça, perdão e luz;
Salvai-nos, ó Deus clemente, em nome da santa cruz. (bis)
6.SÚPLICA
-Quem coordena faz o convite:
Invoquemos a Cristo, dizendo com confiança:
Salva-nos, Senhor.
-Olha a humanidade, aterrorizada pelo medo e pela angústia.
Salva-nos, Senhor.
-Olha para os doentes e os moribundos, oprimidos pela solidão.
Salva-nos, Senhor.
-Olha para os médicos e os agentes da saúde, exaustos de cansaço.
Salva-nos, Senhor.
-Olha para os políticos e os governantes, que carregam o peso das decisões.
Salva-nos, Senhor.
7.PAI NOSSO
Oremos a oração que Jesus nos ensinou. Pai nosso...
8.ORAÇÃO SOBRE A FAMíLIA
Que a tua bênção, ó Deus, desça abundante sobre esta família, neste dia em que celebramos o mistério do amor que venceu a morte. Venha o teu perdão e o teu consolo, cresça a nossa fé em ti, a concórdia entre nós e liberdade para a qual Cristo nos libertou. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
-A cruz seja colocada diante da porta da casa, como sinal de agradecimento pela salvação que vem do Senhor.
Ione Buyst
Abril de 2020
SEMANA SANTA EM CASA
Domingo de Ramos
MEMÓRIA DA ENTRADA DE JESUS EM JERUSALÉM
Esta oração pode ser feita individualmente ou em família. De Manhã ou à tarde. Cada pessoa recebe um ramo verde de qualquer planta.
1.ABERTURA
-A celebração começa com este ou outro canto que a família conheça.
Hosana, Hei! Hosana, Ha! Hosana, Hei! Hosana, Hei! Hosana, Ha! (bis) - Ele é o santo, é o filho de Maria, é o Deus de Israel, é o filho de Davi. R.
- Santo é o seu nome,
é o Senhor Deus do universo. Glória ao Deus de Israel, nosso rei e salvador! R.
2.MOTIVAÇÃO
Com esta oração iniciamos a grande semana santa, o coração do ano litúrgico. Neste domingo lembramos a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém, um pobre, montado num jumentinho aplaudido pelo povo como salvador. Vamos nós também erguer nossos ramos, lembrando-nos de todas as pessoas que neste momento tão difícil são sinais da páscoa de Jesus para a humanidade.
- Momento para recordar
3.LEITURA BÍBLICA - Mateus 21,1-11
Alguém, faça pausadamente a leitura:
Leitura do Evangelho de Mateus.
Naquele tempo, Jesus e seus discípulos aproximaram-se de Jerusalém e chegaram a Betfagé, no monte das Oliveiras. Então - uma - - disser alguma coisa, direis: ‘ ’ Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta". Então os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes havia mandado. Trouxeram a jumenta e o jumentinho e puseram sobre eles suas vestes, e Jesus montou. A numerosa multidão estendeu suas vestes pelo caminho, enquanto outros cortavam ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho. As multidões que iam na frente de Jesus e os que o seguiam, gritavam: "Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! H Galileia". Palavra da Salvação.
4.MEDITAÇÃO
- Os presentes podem dizer o que chamou à atenção no Evangelho. Em seguida, alguém lê o texto a seguir.
Quando pensamos em nossas vidas, quando as vemos pelo seu exterior, percebemos inúmeros fracassos. Mas, em segredo, podemos pressentir que estes fracassos, são, talvez, a nossa maior sorte. Porque através deles nos libertamos de nossas ilusões sobre nós mesmos. Para muitos, os fracassos os afundam num abismo de impotência e agressividade; para outros, ao contrário, os fracassos os convertem em seres incrivelmente sensíveis, compassivos, humildes... nos revelam aspectos novos de nós mesmos e nos ajudam a conhecer-nos mais. Oxalá a humanidade aprenda a mudar de rumo em seu caminho. [Pe Adroaldo Palaoro sj]
5.PRECES:
Invoquemos o Cristo, nosso salvador, repetindo com confiança: Nós te adoramos, ó Cristo.
-Salvador do mundo, Jesus, Filho de Davi.
Nós te adoramos, ó Cristo.
-Vencedor do pecado e da morte.
Nós te adoramos, ó Cristo.
-Socorro dos pobres e desamparados.
Nós te adoramos, ó Cristo.
-Amigo dos pecadores e dos humildes.
Nós te adoramos, ó Cristo.
-Vida e ressurreição.
Nós te adoramos, ó Cristo.
6.PAI NOSSO
Que toda a nossa oração chegue a ti, em nome de Jesus por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou: Pai nosso...
7.ORAÇÃO DE BÊNÇÃO
Ó Deus, crianças e pobres aclamaram Jesus quando ele entrou em Jerusalém. Junto com eles, nós te bendizemos com ramos nas mãos, sinal da vitória pascal do Cristo e te suplicamos. Abençoa nossa família e vizinhos, consola com a força do teu Espírito a humanidade inteira. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
- Abençoe-nos o Pai e o Filho e o Espírito Santo.
Amém.
Terminando a oração, coloca-se os raminhos na porta de entrada ou na janela da casa, que ficará como sinal de fé na vitória de Cristo sobre o mal.
Ione Buyst
Roteiro publicado com autorização da autora 04/Abril/2020 -
Meu jardim apronta das suas.
Encantou-me a Primavera tão sedutora!
Desenhou-se corpo humano...dois deles...
parecem deliciar-se num abraço aconchegante e terno.
Crescem para a altura da Luz.
Os corpos alimentados pela claridade, se proliferam em tantos e lindos!
À força do Amor e da Luz não há obstáculo que a impeça de amar em plenitude!
Rita de Cássia Rezende
Pouso Alegre-MG
‘Senhor,
Vem em nosso auxílio
E sê o nosso refúgio, proteção e salvação,
Nestes tempos que correm e sempre.
Reconhecemos que, muitas vezes,
Quase só nos lembramos de Ti
Quando precisamos da tua ajuda
E passamos por situações difíceis.
Desculpa-nos por isso
Mas não deixes de olhar para nós
E cuidar de todos e cada um
Com o teu amor e misericórdia.
Quando menos o esperávamos
Voltamos a tomar consciência
Da nossa fragilidade, debilidade e finitude.
É verdade que a dor, o sofrimento,
A doença e a morte
Fazem parte da nossa vida,
Mas custa-nos a aceitar
E a compreender essas realidades tão humanas.
Nestes tempos em que a apreensão
E a ansiedade tomam conta de nós,
Acolhe-nos no teu regaço paternal
E defende-nos de todo o mal.
Não permitas que sejamos derrotados
Pelas enfermidades do corpo e do espírito
E dá-nos força, coragem e confiança.
Ilumina, inspira e guia os profissionais de saúde
Que tudo fazem para salvar as nossas vidas
E protege todas as pessoas que trabalham
Para que a nossa vida possa continuar a acontecer.
Vem até nós e fica connosco,
Tu que é o Princípio e o Fim
E dás sentido e plenitude a todas as coisas.
Tem piedade de nós,
Tu que és o Caminho, a Verdade e a Vida.
Tu, que tudo sabes e tudo podes,
Tem compaixão de nós
E dá-nos humildade, bom senso e sabedoria
para enfrentar esta adversidade.
Vem curar-nos com a tua Graça,
E livra-nos desta epidemia.
Abençoa o nosso lar, a nossa família,
os nossos colegas e amigos,
a nossa comunidade...,
o nosso país e todo o mundo.
Muito obrigado, bom Deus!
Amem’.
Paulo Costa
In; imissio.net 17.03.2020
Que eu saiba ter calma quando tudo está um caos.
Que eu saiba ser gota de água quando tudo arde.
Que eu saiba ser bonança quando tudo é tempestade.
Que eu saiba fazer diferente quando todos fazem igual.
Que eu saiba esperar quando todos querem passar à frente.
Que eu saiba dar do que tenho quando todos querem guardar o que é seu para si.
Que eu saiba ser abraço quando todos os outros se afastam e têm medo da proximidade física.
Que eu saiba ser presença acesa quando todos mergulham no seu individualismo.
Que eu saiba ser mansidão quando o mundo me fere com a aspereza dos seus gritos.
Que eu saiba ser paz quando a espada da guerra me atravessa.
Que eu saiba ser ternura quando todos os outros são caras fechadas.
Que eu saiba ser companhia quando reina a solidão.
Que eu saiba ser consolo quando tudo for choro.
Que eu saiba ser forte quando todos os outros abandonarem o barco.
Que eu saiba, sempre, ser o que fizer mais falta.
Marta Arrais
In: imissio.net 11.03.2020
Testemunhas de Santidade
(inspirada na Exortação Apóstólica sobre a Santidade)
1.Acolhida
2.Refrão: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar (bis).
Somos povo escolhido, na fronte assinalados/Com o nome do Senhor que caminha ao nosso
lado.
3.Acolhendo a Palavra
Aclamação (à escolha)
Leitura: 1 Cor 1,1-9
(Lembrar os nomes de pessoas que não foram canonizadas, mas são santas; daqueles que viveram, serenos e brandos, sem darem nas vistas e que no fim dos tempos hão de seguir o Cordeiro; dos que olharam o mundo com amor e os homens como irmãos).
Colocar faixas ao redor da Bíblia com nomes desses santos não canonizados e de santos canonizados que são da devoção do grupo.
4.Preces: A flor do mundo é a santidade.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Ouvi-nos no silêncio dos nossos corações.
Ouvi-nos no coração do silêncio.
Ouvi-nos a todos, que não temos voz.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Atendei-nos, somos teus servos inúteis.
Atendei-nos e vede o nosso arrependimento.
Atendei-nos, Senhor, e livrai-nos do medo.
Pai Santo, tende piedade de nós.
Tende piedade dos pobres sem palavras para exprimir a sua devoção em versos.
Tende piedade dos poetas com palavras que não exprimem nada.
Tende piedade e dai-nos palavras d'espanto.
Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Tende piedade dos ricos, que não são pobres d'espírito.
Tende piedade dos pobres, que não são ricos d'espírito.
Tende piedade de nós e conduzi-nos à luz musical do Espírito Santo.
Santa Mãe de Deus, rogai por nós.
João Baptista, rogai por nós.
Santos Apóstolos e Evangelistas, rogai por nós.
Santos Discípulos do Senhor, rogai por nós.
Rogai por nós e livrai-nos das doenças.
Rogai por nós e dirigi os nossos passos.
Rogai por nós e mostrai-nos o caminho das Bem-Aventuranças.
Todos os Santos de Deus, rogai por nós.
Rogai por nós e dai-nos maior fé.
Rogai por nós e dai-nos mais esperança.
Rogai por nós e dai-nos caridade e amor. Amém
5.Canto
Cristo, quero ser instrumento de tua paz e do teu infinito amor. Onde houver ódio e rancor que eu leve a concórdia, que eu leve o amor.
Onde a ofensa que dói, que eu leve o perdão. Onde houver a discórdia, que eu leve a união de tua paz!
-Onde encontrar um irmão, a chorar de tristeza sem ter voz e nem vez. Quero bem no seu coração semear alegria pra florir gratidão.
-Mestre que eu saiba amar, compreender, consolar e dar sem receber. Quero sempre mais perdoar trabalhar na conquista e vitória da paz.
Equipe do Site.
Ousadia e ardor
(inspirada na Exortação Apostólica sobre a Santidade)
- Acolhida e abraço da paz
- Recordação da vida: memória de ações no mundo e em nossa realidade que revelam a capacidade do ser humano em superar obstáculos e defender a vida.
- Acolhendo a Palavra
Aclamação (à escolha)
Leitura: Lc 8,22-25
Reflexão:
- A santidade requer ousadia e ardor, «impulso evangelizador que deixa uma marca neste mundo». Francisco adverte contra estar paralisado «pelo medo e o calculismo». Esse medo pode manifestar-se de várias maneiras: «Individualismo, espiritualismo, confinamento em mundos pequenos, dependência, instalação, repetição de esquemas pré-estabelecidos, dogmatismo, nostalgia, pessimismo, refúgio nas normas» (GeE 134).
- «Deus é sempre novidade, que nos impele a partir sem cessar e a mover-nos para ir mais além do conhecido, rumo às periferias e aos confins. Leva-nos aonde se encontra a humanidade mais ferida e aonde os seres humanos, sob a aparência da superficialidade e do conformismo, continuam à procura de resposta para a questão do sentido da vida» (GeE 135).
Quais são as margens para onde precisamos ir?
O que fazer para recuperar a ousadia e ardor? Na nossa catequese o quê necessita de ousadia e ardor?
- Preces espontâneas...
- Pai-nosso...
- Canto final: Navegar
Outra vez, me vejo só, com meu Deus./ Não consigo mais fugir, fugir de mim.
Junto às águas deste mar vou lutar./ Hoje quero me encontrar/ buscar o meu lugar
Vou navegar, nas águas deste mar / Navegar... eu quero me encontrar.
Navegar... não posso mais fugir / Vou procurar, nas águas mais profundas.
No mar... feliz eu vou seguir / Só amar, buscar o meu lugar.
Sem dúvidas, sem medo de sonhar!
Ó Jesus, com fé eu te seguirei. / Só contigo sou feliz, tu és em mim!
Teu Espírito de amor criador / me sustenta no meu sim, / me lança neste mar!
Vivo a certeza desta missão. / Já não posso desistir, voltar atrás.
Mãe Maria vem tomar minha mão / E me ajuda a ser fiel.
Só Cristo é luz e paz!
Equipe da Especialização em Catequética da PUC-MG
1.Acolhida
2.Acolhendo e meditando a Palavra: Lc 2,46-55
“A minha alma engrandece o Senhor,e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
porque ele olhou para a humildade de sua serva.
Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz,
porque o todo-poderoso fez para mim coisas grandiosas.
O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que o temem.
Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que têm planos orgulhosos no coração.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Encheu de bens os famintos e mandou embora os ricos de mãos vazias.
Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia,
conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre.
1º momento
Maria sabe reconhecer as maravilhas que Deus operou nela. Ela louva e agradece ao Senhor por isso. Maria se alegra e se declara feliz. Será que nós podemos cantar como Maria? Quais as grandes coisas que Deus fez em nós? Muitas vezes temos uma visão negativa de nós mesmos e ignoramos os muitos dons que nos foram concedidos.
Reflita sobre as maravilhas que Deus operou em você (dons e talentos, ambiente familiar, trabalho, saúde, dons espirituais...).
Ler novamente os versículos do primeiro bloco, sentindo toda gratidão pelas graças recebidas.
2º momento
Leia os versículos do segundo bloco. Observe os contrastes nesses versículos. Querem dizer que Deus se coloca ao lado dos fracos e pobres. Ele toma sua defesa. Aqui está um recado para nós. Hoje, Deus age através de nós para que haja mais igualdade entre poderosos e humildes.
Nosso mundo, nosso país reflete esse “sonho” de Deus? O que podemos fazer para que esse sonho se realize.
Partilha/louvor
Em forma de louvor fazer o próprio “Magnificat”, mostrando a salvação que Deus operou em você e no seu ambiente.
Refrão: O Senhor fez em mim maravilhas, santo é o seu nome! (bis).
4. Ave Maria...
Maria é aquela que nos mostra o caminho da santidade e nos acompanha. Rezemos juntos a Ave Maria...
Alegria e sentido de humor
1. Acolhida
Refrão: Te amarei, Senhor, te amarei, Senhor. Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de ti
2. Recordação da vida: recordar grandes experiências de alegria na vida e na missão como catequista
3. Acolhendo a Palavra
Aclamação: (à escolha)
Leitor 1: Jo 15,9-11
Leitor 2: 1 Ts 1,6
Leitor 3: Fl 4,4 (repetir o versículo duas vezes)
4. Partilha..
- O santo é capaz de viver com alegria e sentido de humor. Sem perder o realismo, ilumina os outros com um espírito positivo e rico de esperança. Os santos são alegres e cheios de bom humor, segundo Francisco, não são tímidos, rabugentos, amargos ou melancólicos. A alegria vem de saber que somos infinitamente amados (GeE 122).
- Ele contrasta essa alegria espiritual com a falsa alegria oferecida pela cultura consumista de hoje. «O consumismo só atravanca o coração; pode proporcionar prazeres ocasionais e passageiros, mas não alegria». A alegria vem de dar e amar. «Concentrando-nos, sobretudo, nas nossas próprias necessidades, condenamo-nos a viver com pouca alegria» (GeE 128).
Como ajudar os catequizandos a experimentar a alegria de serem amados por Deus?
Como cultivar a alegria e o bom humor?
5. Preces
- Querido Deus, muitas vezes esquecemos do seu amor e deixamos imperar em nós a melancolia, a amargura, o pessimismo, a falta de energia e a tristeza. Ajuda-nos a ver além, a sermos a cada dia mais agradecidos.
Todos: Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de ti (bis).
- Ó Deus de amor e bondade, ajuda-nos como catequistas a cultivar o bom humor, a capacidade de rir de nós mesmos e a descobrir as pequenas alegrias com as quais nos visitas diariamente.
Preces espontâneas...
Pai-nosso...
6. Bênção: “Enfim, irmãos, alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, tende um mesmo sentir e pensar, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco. Saudai-vos uns aos outros com o beijo santo. Amém” (2Cor 13,11).
7. Canto
Ó Jesus não me deixe jamais caminhar solitário,/ pois conheces a minha fraqueza e o meu coração./Vem, ensina-me a viver a vida na tua presença,/ no amor dos irmãos, na alegria, na paz, na união.
Te amarei, Senhor, te amarei, Senhor./ Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de ti (bis)
Disse depois uma parábola sobre a necessidade de orar sempre, sem jamais cessar (cf. Lucas 18.1-8). Estas palavras, sempre e jamais, infinitas e definitivas, parecem uma missão impossível. E no entanto há quem consiga: «No fim da sua vida, o frade Francisco já não orava, tornara-se oração» (Tomás de Celano, sobre o santo de Assis).
Mas como é possível trabalhar, encontrar, estudar, comer, dormir, e ao mesmo tempo orar? Temos de entender: orar não significa dizer orações; orar sempre não quer dizer repetir fórmulas sem nunca cessar. O próprio Jesus advertiu-nos: «Quando orardes, não multipliqueis palavras, o Pai sabe…» (Mateus 6,7).
Um mestre espiritual dos monges antigos, Evágrio o Pôntico, assegura-nos: «Não vos comprazais no número de salmos que recitastes: isso lança um véu sobre o teu coração. Vale mais uma só palavra na intimidade, que mil estando longe». Intimidade: orar, por vezes, é apenas sentir uma voz misteriosa que nos sussurra ao ouvido: Eu amo-te, Eu amo-te, Eu amo-te. E tentar responder.
Orar é como querer bem, há sempre tempo para querer bem: se amas alguém, ama-lo dia e noite, sem nunca cessar. Basta apenas que seja evocado o nome e o rosto, e de ti alguma coisa se põe em viagem rumo a essa pessoa. Assim é com Deus: pensas nele, chama-lo, e de ti algo se põe em viagem na direção do eterno: «O desejo ora sempre, mesmo se a língua emudece. Se tu desejares sempre, oras sempre» (Santo Agostinho).
O teu desejo de oração é já oração. A mulher grávida, mesmo se não pensa continuamente n a criatura que vive nela, torna-se cada vez mais mãe a cada batimento do coração.
O Evangelho conduz-nos depois à escola de oração de uma viúva, uma bela figura de mulher, forte e digna, anónima e inesquecível, indómita perante o abuso. Havia um juíz corrupto. E uma viúva dirigia-se diariamente a ele, e pedia-lhe: faz-me justiça contra o meu adversário!
Uma mulher que não se rende revela-nos que a oração é um “não” gritado ao “é assim a vida”, é o primeiro choro de uma história recém-nascida: a oração muda o mundo, mudando-nos o coração. Aqui Deus não é representado pelo juiz da parábola, encontramo-lo antes na pobre viúva, que é carne de Deus em que grita a fome de justiça.
Porquê orar? É como perguntar: porquê respirar? Para viver! No fim de contas, orar é fácil como respirar. «Respirai sempre Cristo», última pérola do abade António aos seus monges, porque está próximo de nós. «Nele, com efeito, vivemos, nos movemos e existimos» (Atos 17,28). Por isso a oração é fácil como o respiro, simples e vital como respirar o próprio ar de Deus.
Ermes Ronchi
In Avvenire
Trad.: Rui Jorge Martins
Publicado em 17.10.2019 no SNPC
Li o pedido numa mensagem.
Breves segundos na tela do computador.
Fiquei a pensar, interrogada, inquieta.
Rezar com coragem, com valentia, com confiança.
Eu Te peço, Jesus, que não me falte
a valentia de tantos que não desistem de Te anunciar.
a coragem de todos os que por Ti continuam a morrer,
a confiança de tantos outros, que quase nos envergonha.
Sempre que hesitamos, justificamos, desconfiamos e criticamos,
Na aparência do correto, do expectável, do mais cômodo.
Eu Te peço, Jesus, que sejamos mulheres e homens
Valentes e corajosos, capazes de lutar por um mundo
mais justo, mais verdadeiro, mais próximo do Reino
que não Te cansas de anunciar.
Rezar com coragem.
Que desafio para o tempo que vivemos...
Isabel Figueiredo
In: Linhas tecidas com tempo. 2018
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