1.Para iniciar: contemplar a cidade onde vive (descobrir um lugar onde é possível ver parte do bairro, cidade...). Pedir para partilhar o que o grupo de catequistas vê – cuidado para não ressaltar somente o negativo...
2. Proclamar Lc 10,1-22 – (Missão discípulos)
3. Partilha Dois a dois: conversar sobre os desafios e alegrias de viver a missão de ser catequista na cidade, no bairro onde atua, de assumir a missão no mundo de hoje.
(juntar duas duplas e partilhar o que refletiram).
4. Preces espontâneas...
5. Pai Nosso
6. Rezemos juntos:
Senhor, queremos comprometer-nos com a missão que tu nos confiaste:
anunciar a tua Palavra aos nossos catequizandos e a todos que nos são confiados.
Saibamos observar a sede e a fome dos catequizandos e abrir estradas até o coração de cada um, onde a tua graça quiser fazer germinar os frutos
do teu Reino de paz, misericórdia, amor e alegria. Amém.
Refrão: E pelo mundo eu vou, cantando o teu amor, pois disponível estou para servir-te Senhor.
Refrão meditativo...
Leitura da Palavra de Deus: Lc 7,36-50
Poema: A mulher do perfume
Tinha observado teu rosto resoluto e ameaçado.
O rumor da morte movia-se em rajadas de palavras entrecortadas pelas ruas de Jerusalém
e aparecia incisivo na intensidade de teu olhar.
Faltavam dois dias para celebrar a Páscoa.
Sua intuição feminina (Mc 14,3-11), tão próxima da dor, sentiu com igual intensidade
a certeza de tua morte e a alegria de tua vida.
Procurou seu melhor perfume, quebrou o frasco, derramou a essência de nardo sobre tua tensa cabeça,
e ungiu com seus dedos suaves a angústia de teu futuro.
O perfume tão fino encheu a casa de festa.
Alheios a tua encruzilhada, com mesquinha contabilidade, os varões se indignaram
invocando os pobres e criticando o desperdício.
Nunca tiveste onde reclinar tua cabeça ungida.
Mas defendeste este gesto de ternura que antecipava tua páscoa,
com o frasco em pedaços como teu corpo quebrado, e com fragrância de nardo
aroma de ressuscitado por todo o universo.
Ao sustentar um pobre que se afunda no abismo, uma vida que se afasta incontida para a morte,
uma angústia cidadã de raízes seculares, sempre temos entre as mãos tua cabeça para ser ungida com perfume festivo.
Este evangelho da páscoa humana deve anunciar-se
em todos os idiomas, pelos séculos dos séculos.
(Benjamim Gonzales Buelta sj)
Silêncio...
Partilha... (repetir o que chamou atenção no texto bíblico e no poema)
Preces espontâneas
Unção com perfume... (ungir o grupo com óleo perfumado)
Vilarejo (Marisa Monte)
Há um vilarejo ali / Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa / Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração / Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe / Paraiso se mudou para lá
Por cima das casas, cal / Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes / Sonho semeando o mundo real
Toda gente cabe lá / Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa/ Vem andar e voa / Vem andar e voa
Lá o tempo espera / Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar / Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando / Os caminhos, os vestidos, os destinos e essa canção
Tem um verdadeiro amor / Para quando você for
Bem-Aventuranças
Foi então que tu me respondestes Senhor: Bem-aventurados os que no coração se reconhecem pobres pois é deles tudo o que há-de-vir.
Bem-aventurados os que existem mansamente pois a terra os escolherá para herdeiros.
Bem-aventurados os que rompem o acordo de implacáveis certezas
Pois são outros os caminhos da consolação.
Bem-aventurados os que sentem, pela justiça, fome e sede verdadeiras: não ficarão saciados.
Bem-aventurados os que estendem largos gestos de misericórdia
Pois a misericórdia os iluminará.
Bem-aventurados os que se afadigam pela paz:
Isso os torna filhos de Deus.
Bem-aventurados os que não turvam seu olhar puro
Pois no confuso do mundo verão passar o próprio Deus.
(Pe. José Tolentino Mendonça)
Partilha (da música e do texto bíblico)...
Vilarejo nos faz pensar num lugar onde não há dor, guerra, fome, discórdia... Um Paraíso! Lugar bom, uma realidade de vida feliz, onde há pão para todos e muito amor.
Nós cristãos damos outro nome a isso: Reino de Deus! E, também imploramos por ele. Sem esquecer, é claro, que o construímos também nos pequenos gestos de paz, amor, amizade, bondade, ternura e beleza em nosso dia-a-dia. A música Vilarejo é um convite à esperança, a leveza, ao sorriso... É o lugar de Bem-aventurados...
Felizes os que tem fome e sede... Os que não estão saciados... Os que amam... (esses são sinais do Reino)
Preces espontâneas...
Benção ou Pai Nosso
Equipe de Catequese do IRPAC- Instituto Regional de Pastoral Catequética do Leste 2
Refrão meditativo: Deus é Amor. Arrisquemos viver por Amor. Deus é amor. Ele afasta o medo.
Recordação da vida: Lembrar do caminho percorrido durante o último ano. O que mais marcou sua vida, o que foi motivo de alegria... Quais os principais desafios enfrentados... Perceber quais as marcas de Deus na sua vida, sinais do seu chamado... (também na catequese).
Um Poema: ÚNICO
Quando me chamas
por meu nome,
nenhuma outra criatura
volta para ti seu rosto
em todo o universo
Quando te chamo
por teu nome,
não confundes minha voz
com nenhuma outra criatura
em todo o universo
(Benjamin González Buelta sj)
Leitura do Evangelho de Lucas 4,14-21
Partilha...
(Sem dúvida marcante na vida de Jesus é a consciência de sua missão, do seu chamado. É enviado para anunciar a misericórdia de Deus. Deus nos chama de maneira única para também realizar a mesma missão de Jesus. Somos únicos e muito amados por Ele. Como posso continuar atendendo ao chamado Dele na minha vida? No meu dia-a-dia que marcas de amor e misericórdia posso deixar?
Vamos fazer uma oração diferente: vá dizendo devagarinho, em silêncio, os nomes de todo o mundo que você encontrou ou lembrou durante esses dias, as pessoas que você ama, as pessoas que compartilham a missão de catequista, como estivesse colocando num altar numa oferta ao Senhor. Saboreie cada nome, torne a pessoa presente na sua ternura e a coloque com respeito e esperança no colo de Deus. Pense em você, repita o seu nome, saboreie seu nome. Nome pelo qual Deus te chama... sinta tudo o que você é. Coloque você mesmo numa oferta ao Senhor. Procure alguém ao seu lado, repita o nome dessa pessoa em voz alta olhando nos seus olhos...)
Música: Missão de todos nós
O Deus que me criou/ me quis me consagrou para anunciar o seu amor!
Eu sou como a chuva em terra seca/ pra saciar, fazer brotar/ Eu vivo para amar e pra servir!
É missão de todos nós/ Deus chama / eu quero ouvir a sua voz!
Eu sou como flor por sobre o muro/ Eu tenho mel, sabor do céu/ Eu vivo pra amar e pra servir!
Eu sou como estrela em noite escura/ Eu levo a luz, sigo a Jesus/ Eu vivo para amar e pra servir!
Eu sou como abelha na colméia/ Eu vou voar, vou trabalhar/ Eu vivo pra amar e pra servir!
Eu sou, sou profeta da verdade/ Canto a justiça e a liberdade. Eu vivo pra amar e pra servir!
(se possível montar um presépio e ao redor dele várias velas coloridas, de vários formatos)
Refrão meditativo: ó Luz do Senhor que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós.
Com.: Em nossa caminhada encontramos dificuldades, alegrias, tristezas... hoje celebramos a caminhada da catequese em 2015.
Todos: Agradecemos por um ano de caminhada, buscando a unidade na formação para o trabalho da Catequese de Iniciação Cristã em nossa comunidade (paróquia, diocese)...
Salmo 15
Refrão: Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto de vós felicidade sem limites!
- Guardai-me ó Deus, porque vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor: nenhum bem eu posso achar fora de vós!”
Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!
- Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
- Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!
Um poema:
Nuvens
Roseana Murray
Caminhar em nuvens
é o mais lento
e duro aprendizado:
há que esquecer
todo o peso
terrestre
e transformar pedras
em luz,
palavras em estrelas.
Caminhar em nuvens
é árduo ofício:
há que pintar as mãos
e os gestos de azul
e oferecer ao outro
o mapa da delicadeza. (do livro Manual da Delicadeza de A a Z)
Partilha... (pedir para dois a dois refletirem sobre o salmo e o poema. Pensar se durante o ano "oferecemos aos outros o mapa da delicadeza". Se conseguimos transformar pedras em luz, palavras em estrelas, missão por excelência do catequista. Não podemos esquecer que Deus caminha conosco e, mesmo em meio ao duro aprendizado de "caminhar em nuvens", lembrar quais felicidades marcaram o caminho da catequese neste ano que termina. Em seguida, partilhar com todos as reflexões feitas).
Com.: Cada um de nós é Luz, revela a Luz, deixa marcas não tanto pelo que faz, mas pelo que é. Agradeçamos a Deus pela Luz que cada um trouxe para a vida do mundo, da Catequese e para a construção do Reino...
Todos: Nós te agradecemos, Deus da Luz, por nos ter chamado, pela sua Companhia e inspiração em nossa caminhada.
(abraço da paz em cada um diz para o outro qual luz ele representa na sua vida)
Ana Angélica Ribeiro
Equipe de Catequese do Regional Leste 2
Pai,
rogo-te que me guardes
nesse silêncio
para que eu aprenda dele
a palavra da tua paz,
a palavra da tua misericórdia
e a palavra da tua mansidão
para com o mundo.
E que por mim, talvez,
tua palavra de paz
possa ser ouvida onde,
por muito tempo,
não foi possível
a ninguém ouvi-la.
Thomas Merton
In: Reflexões de um espectador culpado. Petrópolis: Vozes, 1970, p. 206.
Refrão Orante:
Eis-me aqui, Senhor! Eis-me, aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor.
Pra fazer Tua Vontade, pra viver no Teu amor, eis-me aqui, Senhor!
Recordação da vida: Recordar pessoas e situações vividas que marcaram nossa vida na caminhada catequética.
Escuta da Palavra
Canto de escuta: Fala, Senhor, fala da vida. Só tu tens palavras eternas, queremos ouvir! (bis)
Proclamação da Palavra: Isaías 43,1-7
Poema: Conversão
Senhor,
pronuncio nomes
que em mim não se converteram
em tua imagem,
carrego golpes
que em mim não se converteram
em tua ternura,
ardem-se insultos
que em mim não se converteram
em tua humildade,
cercam-me situações
que em mim não se converteram
em tua presença.
converte-me, Senhor em
tua imagem,
tua ternura,
tua humildade,
tua esperança.
Converte-me, Senhor, em ti!
(Benjamim Gonzales Buelta sj)
Silêncio, meditação, partilha
Pai Nosso...
Equipe do site
Senhor, tende misericórdia dos que andam de ônibus e sonham, no longo percurso, com o conforto solitário dos automóveis. Mas tende misericórdia também dos que andam de automóvel e enfrentam a cidade movediça de seres agressivos e sem direção.
Tende misericórdia das famílias da periferia, dos jovens e adolescentes da periferia que sonham com um futuro tão improvável quanto o país que lhes foi prometido.
Mas tende misericórdia, também, das famílias de classe média, dos jovens de classe média, dos ricos e remediados, pois todos precisam, igualmente, de tua proteção e teus cuidados.
Tende misericórdia dos pobres que enriqueceram, dos ricos que perderam tudo, mas livrai-nos a todos da riqueza que empobrece e dá-nos a bênção da simplicidade que enriquece.
Tende misericórdia dos homens públicos e, em particular, dos políticos que, com sua fala fácil e olhar brilhante, vendem, de quatro em quatro anos, a segurança de promessas vazias. Mas dá-nos sabedoria para perceber a diferença entre favor e obrigação e discernimento para escolher o melhor caminho e ao lado de quem caminhar.
Tende misericórdia da moça feia que vive para dar casa arrumada, comida na mesa e roupa lavada à moça bonita. Mas tende mais misericórdia ainda da moça bonita que não percebe que há uma beleza que pulsa em outras veias, que vibra em outros corações.
Tende misericórdia, Senhor, de todos os homens e mulheres, de todas as classes, cores e credos. Pois que ninguém mais carece e merece tanto amor, cuidado, carinho e sinceridade, que ninguém mais precisa tanto de alegria e serenidade que nós, teus filhos e filhas de todas as idades.
Tende misericórdia, Senhor, dos santos e dos pecadores, mulheres e homens perdidos ou encontrados em seus amores, dos meninos envelhecidos, dos velhos humilhados. Sede piedoso com todos, que tudo merece misericórdia, enfim. E se misericórdia vos sobrar, Senhor, tende misericórdia de mim!
Eduardo Machado
educador e escritor
(inspirado no poema “Desespero da Piedade“, de Vinicius de Moraes)
Em Nazaré
Maria de Nazaré, rogai por nós.
Menina que encantou os olhos de Deus, rogai por nós.
Amada de José, rogai por nós.
Jovem questionadora, rogai por nós.
Servidora do Senhor, rogai por nós.
Mulher do Sim sempre renovado.
Aquela que medita o sentido dos fatos, rogai por nós.
Educadora de Jesus, rogai por nós.
Aquela que vê Deus nos véus do cotidiano, rogai por nós.
Mãe do Deus conosco, rogai por nós.
Na casa de Isabel - Magnificat
Maria missionária, rogai por nós.
Símbolo da solidariedade, rogai por nós.
Feliz porque acreditou nas promessas de Deus, rogai por nós.
Amiga de Isabel, rogai por nós.
Cantora das obras de Deus, rogai por nós.
Símbolo de inteireza, rogai por nós.
Profetiza da justiça, rogai por nós.
Esperança de libertação, rogai por nós.
Em Belém
Maria de Belém, rogai por nós.
Companheira de José, rogai por nós.
Jovem Mãe de Jesus, rogai por nós.
Amiga dos pastores, rogai por nós.
Primeira testemunha da encarnação, rogai por nós.
Símbolo da alegria, rogai por nós.
No templo de Jerusalém
Maria de Jerusalém, rogai por nós.
Mulher oferente, rogai por nós.
Peregrina na fé, rogai por nós.
Aquela que crê, sem tudo compreender, rogai por nós.
Nos caminhos da Palestina
Maria da palestina, rogai por nós.
Primeira discípula do Senhor, rogai por nós.
Aquela que acolheu a Palavra de Deus, rogai por nós.
Aquela que guardou a palavra no coração, rogai por nós.
Aquela que frutificou a Palavra, rogai por nós.
Nossa irmã na fé, rogai por nós.
Pedagoga da fé em Caná, rogai por nós.
Atenta às necessidades humanas, rogai por nós.
Coração livre, aberto e desapegado, rogai por nós.
Em Jerusalém
Maria de Jerusalém, rogai por nós.
Firme junto à cruz, rogai por nós.
Símbolo do sofrimento assumido, rogai por nós.
Ícone da fé, rogai por nós.
Perseverante em oração no cenáculo, rogai por nós.
Testemunha da ressurreição de Jesus, rogai por nós.
Batizada no Espírito em Pentecostes, rogai por nós.
Na Terra e no Céu
Maria, tão humana e tão divina, rogai por nós.
Glorificada junto de Deus, rogai por nós.
Filha predileta do Pai, rogai por nós.
Mãe, educadora e discípula do Filho, rogai por nós.
Templo do Espírito Santo, rogai por nós.
Modelo dos cristãos, rogai por nós.
Símbolo humano da ternura de Deus, rogai por nós.
Mãe das mães, rogai por nós.
Aquela que está mais perto de Deus e mais perto de nós, rogai por nós.
Colo de Deus em feição humana, rogai por nós.
Ir. Afonso Murad
Estamos, Senhor, em família, ao redor de ti.
Convoca-nos, como sempre, a viver por ti.
Se tu não fores presença, tudo ficará sem sentido,
tudo será como se quiséssemos deter a água em nossas mãos.
T: EIS-ME, AQUI, SENHOR. EIS-ME AQUI, SENHOR! .
Dá-nos a força do teu Espírito, a alegria da amizade,
a alegria de sermos irmãos,
filhos do mesmo Pai, família de Deus.
Se tu não vens, tudo ficará em palavras,
em projetos, em ideias sem vida.
Quando tu vens e contamos contigo,
até o difícil se converte em alegre espera:
“o que semeamos com lágrimas,
colheremos cantando”.
T: VEM, ESPÍRITO SANTO, VEM! VEM. ILUMINAR!
Com Maria, ajuda-nos a ser perseverantes,
a escutar-nos e a acolhermo-nos como diferentes
e a viver a certeza de que tu, o Amigo,
vives e fazes de todos nós uma só família,
um só coração. Amém.
Leitura: Lc 1,26-38
Preces espontâneas
Canto: Pelas estradas da vida
(Tradução e adaptação – Elena Oyarzábal- Caminos de encuentro-Acción Cultural Cristiana-Salamanca-España)
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Celebração do Dia Nacional do Catequista
30 de agosto de 2015
Educar na fé, para a paz, a justiça e a caridade
Introdução:
Este ano a Igreja no Brasil está envolvida em dois projetos interligados: a lembrança dos 50 anos da conclusão do Concílio Vaticano II e a celebração do Ano da Paz, motivado pela situação nacional e mundial, onde a violência se destaca. Ambos os projetos valorizam a vocação dos/as catequistas, que são dedicados transmissores dos valores cristãos e animadores do processo de crescimento na fé. Celebrar o Dia do Catequista é mostrar a importância desse trabalho e das pessoas nele envolvidas. A Igreja agradece a Deus por seus catequistas e convida as comunidades a demonstrar carinhosamente o reconhecimento de valor desse apostolado.
Propomos aqui uma celebração para ser integrada (simbologia, cantos, comentários...) na liturgia Eucarística ou da Palavra daquele fim de semana. Mas pode ser realizada também como encerramento de uma tarde de reflexão. O importante é comunicar a nossos/as catequistas que reconhecemos a importância de sua contribuição para a vida da Igreja e a construção de um mundo melhor.
CELEBRAÇÃO:
Preparação do local: Preparar uma mesa onde serão colocados: a Bíblia, o Compêndio do Vaticano II, documentos importantes para a catequese (algum desses, por exemplo: Catequese Renovada, o Catecismo, Evangelii Nuntiandi, Evangelii Gaudium, Aparecida, Diretório Nacional da Catequese, Diretrizes da CNNB e Itinerário Catequético ), materiais usados na catequese e/ou fotos de eventos catequéticos.
Comentarista: Junto com os nossos catequistas, vamos todos cantar agradecendo a Deus este ministério tão essencial em nossas comunidades.
(catequistas fazem procissão de entrada e formam grupo próximo à mesa).
Canto Inicial: (de D. Pedro Brito Guimarães e Fr. Fabreti)
Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! / Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor,
Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor, / Eis-me aqui, Senhor!
O Senhor é o pastor que me conduz, / Por caminho nunca visto me enviou.
Sou chamado a ser fermento, sal e luz / E por isso respondi: Aqui estou!
Ele pôs em minha boca uma canção,/ Me ungiu como profeta e trovador
Da história e da vida do meu povo /E por isso respondi: Aqui estou!
Comentário: Celebramos o Dia do Catequista neste ano em que estamos também fazendo a memória dos 50 anos que se seguiram ao Concílio Vaticano II. A catequese tem um papel importante na divulgação e na prática daquilo que Concílio ofereceu à Igreja.
Catequista 1: (colocando na mesa o compêndio do Concílio)
Queremos que o nosso trabalho ajude a por em ação o que o Concílio Vaticano II nos propôs e agradecemos a Deus por todos os passos que a Igreja deu nesse caminho.
Todos: Obrigado Senhor!
Catequista 2: (colocando na mesa documentos da Igreja que foram importantes para a catequese nesse período pós conciliar)
Queremos sempre aprender mais, conhecer e dar a conhecer as orientações da nossa Igreja. Agradecemos pelo valioso apoio que a Igreja nos dá para podermos ser fiéis a Jesus e contribuir para um mundo melhor.
Todos: Obrigado Senhor!
Catequista 3: (colocando na mesa alguns materiais usados pedagogicamente na catequese)
Com criatividade e fidelidade, queremos ser capazes de transmitir, de modo eficiente, o que Jesus deseja comunicar a seus seguidores. Agradecemos por todos os que nos ajudaram e continuam nos ajudando na formação permanente para o bom desempenho da nossa missão.
Todos: Obrigado Senhor!
Catequista 4: (colocando na mesa fotos de eventos catequéticos)
Nosso trabalho é fonte de alegria. Nossos catequizandos são presentes preciosos que Deus colocou em nosso caminho. Agradecemos ao Senhor por todos os que caminham conosco e nos fazem também aprender sempre mais sobre a fraternidade e a obra maravilhosa de Deus visível em cada pessoa.
Todos: Obrigado Senhor!
Catequista 5: (colocando a Bíblia em lugar de destaque na mesa)
A tua Palavra, Senhor, é a grande luz para a nossa vida e o nosso apostolado. Queremos estar sempre a serviço dessa Palavra e levar ao mundo a paz que ela nos chama a construir.
Todos: Obrigado Senhor!
Comentarista: Cantemos - Agora é tempo de ser Igreja (M. Luiza Ricciardi)
Agora é tempo de ser Igreja, / Caminhar juntos, participar!
Somos povo escolhido e na fronte assinalados / Com o nome do Senhor, que caminha ao nosso lado.
Somos povo em missão, já é tempo de partir./ É o Senhor quem nos envia em seu nome a servir.
Ato penitencial
Dirigente: Nossos catequistas precisam de apoio, valorização e oportunidades para desenvolverem sempre mais seus dons. Nem sempre oferecemos a eles o que poderia tornar mais eficiente o seu trabalho. Por isso pedimos: Senhor tende piedade de nós!
Todos: Senhor tende piedade de nós!
Dirigente: Nossos catequistas são um sinal visível do amor de Deus. Nem sempre a comunidade sabe acolher e agradecer este testemunho feito de renúncias. Por isso pedimos: Cristo tende piedade de nós!
Todos: Cristo tende piedade de nós!
Dirigente: A catequese a serviço da Iniciação à Vida Cristã é um projeto que envolve a comunidade toda e todas as pastorais. Não despertamos ainda o suficiente para abraçar com nossos catequistas essa causa. Por isso pedimos: Senhor tende piedade de nós!
Todos: Senhor tende piedade de nós!
Canto: (fr. Fabreti)
Cristo, quero ser instrumento de tua paz e do teu infinito amor.
Onde houver ódio e rancor, que eu leve a concórdia, que eu leve o amor.
Onde há ofensa que dói que eu leve o perdão,
Onde houver a discórdia que eu leve a união e tua paz!
Mesmo que haja um só coração que duvida do bem, do amor e do céu,
Quero com firmeza anunciar a Palavra que traz a clareza da fé!
Onde houver erro, Senhor, que eu leve a verdade, fruto de tua luz.
Onde encontrar desespero, que eu leve a esperança de teu nome, Jesus.
Onde encontrar um irmão a chorar de tristeza, sem ter voz e nem vez,
Quero bem no seu coração semear alegria, pra florir gratidão.
Mestre, que eu saiba amar, compreender, consolar e dar sem receber.
Quero sempre mais perdoar, trabalhar na conquista e vitória da paz.
Proclamação da Palavra
(Sugerimos aqui que sejam lidos os textos da liturgia deste domingo, com comentários espontâneos que liguem a Palavra ao trabalho catequético, à construção da paz e à valorização das orientações do Concílio)
Dt 4,1-2.6-8
É um texto que pede que sejam guardados os mandamentos, um tema que a catequese ajuda bem a desenvolver.
Sl 14
Diz que o insensato pensa que Deus não existe e, por isso se extravia. A catequese é um trabalho para dar a conhecer e seguir a orientação de Deus.
Tg 1,17-18.21b-22.27
Adverte: “sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes”. A catequese, os ensinamentos do Concílio e a proposta do Ano da Paz são estímulos para uma prática que vai muito além do mero conhecimento da Palavra.
Mc 7, 1-8.14-15.21-23
Fala da verdadeira pureza, que vem do coração e de vencer as tentações do mal. O mundo precisa desse tipo de pureza para viver os valores do Reino, que a catequese apresenta e chama a por em prática.
Compromisso e envio
Comentarista: A “Gaudium et Spes”, Constituição do Vaticano II sobre a Igreja no Mundo de Hoje, começa assim:
“As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade humana que não encontre eco em seu coração...”
Entre outras coisas, contamos com a catequese para apresentar ao mundo uma Igreja solidária e capaz de prestar serviço diante das alegrias, esperanças, tristezas e angústias humanas.
Catequista: Agradecemos a Deus por nossa vocação e lhe pedimos a graça necessária para dar conta desse serviço, com fidelidade, discernimento e muito amor. Oferecemos ao Senhor os dons que nos permitem servir nessa missão. Estamos aqui, Senhor, e como fez nossa mãe Maria, pedimos que se faça em nós o que a tua Palavra quiser construir.
Dirigente: Pedimos ao Senhor que abençõe nossos catequistas e catequizandos, que a comunidade e as famílias sejam capazes de apoiá-los e que, todos juntos, sejamos construtores de um mundo de paz, fraternidade, respeito ao outro e amor fraterno. Assim o pedimos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Que o Senhor nos acompanhe e nos fortaleça para sermos discípulos fiéis de Jesus.
Todos: Amém!
Canto final: (Ir. Miria)
Quero ouvir teu apelo, Senhor, / Ao teu chamado de amor responder.
Na alegria te quero servir /E anunciar o teu Reino de amor.
E pelo mundo eu vou cantando teu amor,/ Pois disponível estou para servir-te, Senhor!
Dia a dia tua graça me dás, / Nela se apoia o meu caminhar.
Se estás a meu lado, Senhor, /O que então poderei eu temer?
(Celebração enviada pela comissão nacional de Catequese da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)
O instante, entendido como substantivo, significa um momento muito breve.
Desde os primórdios, o ser humano desenvolveu a habilidade de registrar, de algum modo, instantes de sua vida: da pintura rupestre que ilustra uma caçada às fotos digitais conhecidas por nós, todas não passam de tentativas de registrar um fato significativo do cotidiano e da própria existência.
Para além da técnica desenvolvida, contudo, nós, seres humanos, temos a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar experiências vividas. É a memória.
Seguramente, todos nós já experimentamos em nossa vida pequenos momentos que ficaram eternizados em nossa memória, porque moveram nosso afeto, porque nos afetaram. Portanto, poderíamos dizer que a memória tem relação direta com o nosso afeto. Eternizamos aquilo que faz sentido no nosso horizonte de vida. Nas palavras de Adélia Prado, “o que a memória amou fica eterno”.
Olhando para nossa vida, que momentos são esses que nos marcaram e que constituem nossa própria identidade?
Momento de oração:
Colocar-se na presença de Deus, tomando consciência de si mesmo, diante Dele, desejando um encontro pessoal.
Graça a ser pedida: Senhor, dá-me reconhecer e saborear os instantes que compõem minha vida.
Feito pra acabar - Marcelo Jeneci
Quem me diz
Da estrada que não cabe onde termina
Da luz que cega quando te ilumina
Da pergunta que emudece o coração
Quantas são
As dores e alegrias de uma vida
Jogadas na explosão de tantas vidas
Vezes tudo que não cabe no querer
Vai saber
Se olhando bem no rosto do impossível
O véu, o vento, o alvo invisível
Se desvenda o que nos une ainda assim
A gente é feito pra acabar
A gente é feito pra dizer que sim
A gente é feito pra caber no mar
E isso nunca vai ter fim
Motivo – Cecília Meireles
Eu canto porque o instante existe
E a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
(MEIRELES, C. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001).
Após a leitura dos textos, à luz das imagens apresentadas, trazer à memória instantes significativos de sua vida.
Concluir com uma conversa íntima com o Senhor, agradecendo por este encontro.
Juliano Oliveira
Diretor da formação cristã do Colégio Loyola-BH
Na liturgia da Igreja Católica, o Tempo Pascal se encerra com a celebração de Pentecostes. Celebrar o Tempo Pascal é celebrar o Deus que constrói uma história de salvação com a humanidade, que se manifesta em Jesus Cristo com o rosto humano de Pai Misericordioso e que nos cumula, com o envio de seu Espírito Santo, de dons e nos confirma na missão de testemunhar e anunciar Jesus Cristo ao mundo.
Esse é o percurso proposto nos Exercícios Espirituais de Santo Inácio: que o exercitante se experimente criatura amada e perdoada por Deus, chamada à construção do Reino de Deus por meio da contínua configuração com Jesus Cristo.
A ação do Espírito Santo, portanto, plenifica a nossa vida e nos faz copartícipes da obra de salvação.
Retomar os instantes significativos da sua vida à luz da ação contínua de Deus e de suas marcas na própria vida (teografia), tornando novas todas as coisas.
Colocar-se na presença de Deus, tomando consciência de si mesmo, diante Dele, desejando um encontro pessoal.
Graça a ser pedida na oração: Conhecimento de tanto bem recebido, para em tudo amar e servir.
Para refletir:
João 14, 15-20; 25-26
“Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis.
Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. (...)
Tenho-vos dito isto, estando convosco. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”.
O ROSTO RISONHO DE DEUS – Rubem Alves
“(...) Deus, para falar de si, tornou-se homem. Fala sobre Deus é fala sobre um homem. A palavra se fez carne. Nosso irmão. Um de nós. Nasceu, viveu, morreu... Se alguém me perguntasse: “Quem é você?! Sabe o que eu diria? Primeiro, vou dizer o que eu não diria. Nada falaria sobre meus intestinos, sobre meus dentes, sobre minha pressão arterial. Sabe por quê? Estas coisas não nos ajudam a sorrir um para o outro. Mas tudo ficaria diferente se eu falasse sobre meus sonhos, as coisas de que gosto, saudades e esperanças. Aí, neste dizer de desejos, talvez descubramos que podemos nos tornar amigos, caminhar juntos... Ou talvez descubramos que nada temos em comum, que nossas solidariedades são distintas. Ah! É sempre assim. ‘Como andarão dois juntos se não estiverem de acordo?’ E os fortes e os fracos tomam caminhos diferentes, os que querem preservar o presente e os que querem que deste presente surja um novo mundo...
Nós não somos a substância de que somos feitos: carne, ossos, sangue. Somos os nossos desejos, as nostalgias, o amor que nasce desta carne, pelo sopro milagroso de um vento que anda por aí... Como se o Espírito de Deus nos engravidasse. ‘Quem é nascido da carne é carne. É-vos necessário nascer de novo’ (...).”
ALVES, R. Creio na Ressurreição do corpo: meditações. São Paulo: Paulus, 1984. p.30-31.
Concluir com uma conversa íntima com o Senhor, agradecendo por este encontro.
Juliano Oliveira
Diretor da Formação cristã do Colégio Loyola-BH.
Mantra: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser permanece em nós ... ( 3X)
L1- Em nome do Pai, do Filho e Espírito Santo nos reunimos para alimentarmos da Palavra para caminhar vivendo a Palavra.,
L2 - O ministério de Jesus se prolonga no testemunho dos seus seguidores, Os discípulos, dão sequência ao que Jesus fez, ampliando o seu campo de ação: Jesus anuncia o evangelho na Galileia; os discípulos, deverão fazê-lo pelo mundo inteiro e a toda criatura.
TODOS: Então, a Igreja é o lugar dos identificados com Cristo. Ser de Cristo, trabalhar para Cristo, é não só ser da Igreja, é ser Igreja, sentir-se Igreja.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 16,15-20
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, e disse-lhes: 'Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados'. Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus. Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.
Mantra: Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser permanece em nós ... ( 3X)
Silêncio .....
O seguidor de Jesus é impelido continuamente a uma vivência “froiteiriça”: arrancar-se, desinstalar-se, abrir-se a situações novas, assumir novos riscos, renovar-se sem cessar, adaptar-se às condições de tempo e lugar, tenacidade com uma boa dose de paixão ...
Dizer "fronteira" é como dizer novidade; fronteira significa lugares novos, experiências novas, desafios novos. Comporta emoção e descoberta, com sabor do risco, do perigo, da ousadia ...
PARTILHA... O que Jesus "falou" ao nosso coração ...
Receita de desamarrar os nós
Desamarre os nós dos sapatos, depois desamarre os pés, desamarre os laços inúteis
os nós do que não serve mais. Desarnarre o barco do cais, os nós das janelas
e então deixe que o vento ...
(In: Receitas de Olhar, Roseana Murray )
Rezemos: Senhor, que vossa Palavra nos alimente e revigore cotidianamente, para que possamos nos libertar dos nós que imobilizam e, abrir-nos à ação do vosso Espírito que nos capacita vivenciar sua Palavra, a ser Igreja que sai e produz frutos: amor e justiça que gera vida'. Amém.
Ana Angélica Ribeiro
Equipe de Catequese do Regional Leste 2
Mc 4,35-41
“Naquele dia, ao entardecer, (Jesus) disse: ‘Passemos para a outra margem’. Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele. Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água. Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada.
Acordaram-no e disseram-lhe: ‘Mestre, não te importas que pereçamos? Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: ‘Cala-te, acalma-te!’ O vento serenou e fez-se grande calma. Depois disse-lhes: ‘Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?’ E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: ‘Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?’
dois textos para meditar:
“A pergunta sobre o motivo da rejeição das “novas escolas de arte” (e com que veemência às vezes!) é fácil de responder: é que o olho acostumado às “receitas” do antigamente não sabe assimilar à primeira vista as “receitas” recém-descobertas. Isso requer tempo. Eu chamar-lhe-ia “conservadorismo dos olhos”. Wassily Kandinsky (1866-1944)
Aprendiz de viajante
Hoje sei que o viajante ideal é aquele que, no decorrer da vida, se despojou das coisas materiais e das tarefas quotidianas. Aprendeu a viver sem possuir nada, sem um modo de vida. Caminha, assim, com a leveza de quem abandonou tudo. Deixa o coração apaixonar-se pelas paisagens enquanto a alma, no puro sopro da madrugada, se recompõe das aflições da cidade. A pouco e pouco, aprendi que nenhum viajante vê o que outros viajantes, ao passarem pelos mesmos lugares, vêem. O olhar de cada um, sobre as coisas do mundo, é único, não se confunde com nenhum outro. Al Berto (1948-1997)
Reflexão... partilha... (o que os textos me provocam...)
Preces espontâneas
Pai Nosso
Oração Senhor, fica conosco no percurso do caminho do nosso grupo de catequistas, para que tudo o que fizermos, tenha um novo sabor e inspiração. Animados pelo teu Espírito de Amor, possamos continuar a sua missão. Isso te pedimos em nome dele, Jesus Cristo, nosso Senhor.
Amém!
Lucimara Trevizan
Equipe do site
“Ele tinha a condição divina, mas não se apegou à sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.
Por isso, Deus o exaltou grandemente, e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome; para que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho no céu, na terra e sob a terra; e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.” Filipenses 2,6-11
Um poema:
Tua vida se via destruída
mas tu alcançavas a plenitude.
Aparecias crucificado como um escravo
mas chegavas a toda liberdade.
Havias sido reduzido ao silêncio
mas eras a palavra maior do amor.
A morte exibia sua vitória
mas a derrotavas para todos.
O Reino parecia esvair-se contigo
mas o edificavas com entrega absoluta.
Acreditavam os chefes que te haviam tirado tudo
mas tu te entregavas para a vida de todos.
Morrias como um abandonado pelo Pai
mas Ele te acolhia em um abraço sem distâncias.
Desaparecias para sempre no sepulcro
mas inauguravas uma presença universal.
Não é apenas aparência de fracasso
a morte do que se entrega a teu desígnio?
Não somos mais radicalmente livres
quando nos abandonamos em teu projeto?
Não está mais próxima nossa plenitude
quando vamos sendo despojados em teu mistério?
Não é a alegria tua última palavra
em meio às cruzes dos justos?
Benjamin González Buelta sj
*Celebração para vivência do Tríduo Pascal*
MOMENTO: O PÃO DO CÉU SE FEZ PÃO DOS HOMENS
Material e ambientação: sala em círculo. Pão grande redondo. Panos coloridos. Flores. Bíblia. Vela ornamental. Pedra. Vaso de flores. Coração.
Refrão meditativo: “O Pão da vida, a comunhão, nos une a Cristo e aos irmãos. E nos ensina a abrir as mãos para partir, repartir o pão. E nos ensina a abrir as mãos para partir, repartir o pão”. (Enquanto se canta, entronizar o pão, colocando-o em local devidamente ornado com flores e panos coloridos, no centro da sala).
Iluminando com a Palavra de Deus
a) Canto de escuta: Guarda a Palavra, guarda-a no coração. Que ela entre em tua alma, e penetre os sentimentos! Busca, noite e dia, a luz, o amor de Deus:se guardares a Palavra, ela te guardará! (bis).
b) Proclamação: Jo 6, 1-13.35-40
c) Silêncio. Meditação. Partilha.
Recordação da vida:
a) Memória: convidar cada participante a recordar situações em que experiências de solidariedade, amor ao próximo, socorro aos necessitados, partilha da palavra com alguém em situação extremada de desespero, etc., trouxeram alegrias e bons resultados.
b) Partilha dois a dois
c) Partilha em grupo: pedir a quem puder partilhar sua experiência que se dirija ao pão no centro da sala, pegue um pedaço, fale de suas memórias e coma o pedaço de pão. Cantar, de vez em quando, o mesmo refrão meditativo do início.
d) Canto A ti, meu Deus, elevo meu coração, elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz. A ti, meu Deus, eu quero oferecer meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer.
A tua ternura Senhor vem me abraçar. E a tua bondade infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração. Eu quero sentir o calor de tuas mãos.
Louvores
Animador: o pão do céu fez-se pão dos homens! Deus, que um dia fez-se carne para ficar mais perto de nós, pela eucaristia, nos sinais do pão e do vinho, também nos garantiu sua presença e sua vida. Elevemos a Jesus Cristo nossos louvores e gratidão pelo dom da eucaristia.
Todos (cantando): “Vós sois o caminho, a verdade e a vida, o Pão da alegria descido do céu!”.
Leitor 1: A eucaristia é vida! Senhor, nós vos louvamos pela vida a nós doada, e vos pedimos que nos ajudeis a defender e construir a vida onde quer que estejamos (entra uma bonita vela acesa, a ser colocada ao redor do pão).
Todos (cantando): “Vós sois o caminho, a verdade e a vida, o Pão da alegria descido do céu!”
Leitor 2: A eucaristia é força! Senhor, nós vos louvamos e vos bendizemos porque nos sustentais com vossa palavra e com vosso corpo e sangue, e vos suplicamos: fortalecei nossa caminhada, para que sejamos firmes e corajosos no testemunho do vosso reino (entra uma pedra, a ser colocada ao redor do pão).
Todos (cantando): “Vós sois o caminho, a verdade e a vida, o Pão da alegria descido do céu!”.
Leitor 3: A eucaristia é amor! Senhor, nós vos rendemos graças por vosso amor extremado, provado na entrega da própria vida pela salvação de todos! Nós vos pedimos a vossa graça, para que amemos a todos, especialmente os empobrecidos e os que não têm o amor de outras pessoas (entra um coração, a ser colocado ao redor do pão).
Todos (cantando): “Vós sois o caminho, a verdade e a vida, o Pão da alegria descido do céu!”.
Leitor 4: A eucaristia é alegria! Senhor, vós nos ensinastes que não pode haver alegria para todos, se não houver justiça, fraternidade e paz. Nós vos louvamos porque sois a razão maior de nossa alegria, e vos pedimos: fazei que sejamos geradores da alegria e da paz aos nossos irmãos, no empenho por um mundo justo e solidário (entra um bonito vaso de flores, a ser colocado ao redor do pão).
Todos (cantando): “Vós sois o caminho, a verdade e a vida, o Pão da alegria descido do céu!”.
(outros louvores podem ser inseridos, de acordo com a realidade do grupo).
Oração: “Senhor Jesus Cristo, no admirável sacramento da Eucaristia vós nos destes o memorial da vossa paixão, morte e ressurreição. Dai a todos nós, que celebramos tão grande mistério, colher os frutos da redenção em nosso dia a dia. Por Cristo Senhor nosso. Amém!”.
Canto: Pão em todas as mesas
A mesa tão grande e vazia de amor e de paz! De paz! Aonde há o luxo de alguns, alegria não há, jamais! A mesa da Eucaristia nos quer ensinar, que a ordem de Deus, nosso Pai, é o pão partilhar!
Refr.: Pão em todas as mesas. Da Páscoa, nova certeza : a festa haverá, e o povo a cantar, Aleluia .
As forças da morte: a injustiça e a ganância de ter - de ter, agindo naqueles que impedem ao pobre viver – viver. Sem terra, trabalho e comida, a vida não há, - não há. Quem deixa assim, e não age, a festa não vai celebrar.
MOMENTO: OLHARÃO PARA AQUELE QUE TRANSPASSARAM
Material e ambientação: todos em círculo. Sala na penumbra. Pano roxo estendido no chão. Sobre o pano, num plano mais elevado, um crucifixo grande, transpassado por uma faixa branca. Círio e flores. Velas para todos. O presidente da celebração não precisa ser necessariamente sacerdote, caso não haja confissão sacramental.
1. Mantra: Tudo por causa de grande amor! Tudo por causa de grande amor! Tudo, tudo por causa de um grande amor! Por causa de um grande amor!
2. Recordação da vida: convidar os participantes a tocarem na cruz e, emprestando sua voz à voz de algum sofredor, empaticamente apresentar em alta voz seu clamor (por exemplo, alguém se lembra de uma mãe que sofre com o filho nas drogas e diz: “Senhor, tem pena de mim e de meu filho viciado”). A cada três clamores, cantar: “Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito!”.
3. Iluminação bíblica
• Canto: “Palavra de salvação somente o céu tem pra dar. Por isso meu coração se abre para escutar, se abre para escutar” (bis).
• Proclamação: Jo 19,28-37
• Silêncio. Meditação. Partilha
Mostrar a cruz de Jesus não como castigo que os homens lhe impuseram, nem como uma imposição do Pai a Jesus, mas como de fato ela é: consequência das escolhas conscientes de Jesus e de seu amor pelos pequeninos, pecadores e excluídos. Falar da cruz como prova de amor, e situar o pecado como fechamento do coração ao amor de Deus, o que leva à ruptura com os irmãos e com o próprio Senhor.
4. Rito do Exorcismo
a) Motivação: o presidente da celebração motiva cada participante a reconhecer sua condição de pecador e o quanto seus pecados continuam impondo a cruz e o sofrimento a Jesus. Um bom exame de consciência pode ser proposto, ajudando cada participante a ter mais clareza quanto à abrangência e extensão de seus pecados. Níveis pessoal, comunitário, social, etc.
b) Confissão dos pecados (quando se tratar da celebração sacramental da reconciliação, aqui é o momento adequado para as confissões particulares [penitente-sacerdote]. Se não houver, seguir a celebração normalmente ).
(Todos ajoelhados, rezam): Jesus, que por amor deste a vida para nos salvar e, desse modo, revelaste de modo pleno o amor de Deus por cada um de nós: tem compaixão de mim, pecador(a)! Quero amar do mesmo modo que tu nos amas, mas sei que sou fraco(a) e nem sempre consigo viver em sintonia com teu projeto. Reconheço minha condição de pecador(a). Conto com teu perdão e tua graça, para transformar meu coração e ser um(a) cristão (ã) melhor. Amém!
c) Oração de exorcismo: “Deus e Pai das luzes, pela morte e ressurreição de vosso Cristo expulsastes as trevas do ódio e da mentira, e fizestes jorrar sobre a família humana a luz da verdade e do amor, concedei aos que escolhestes e chamastes ao convívio dos filhos da vossa adoção, passarem da escuridão à claridade e, libertados de todo mal, serem filhos da luz para sempre. Amém”! (Rica, n. 171. Adaptação).
5. Canto:
• Seu nome é Jesus Cristo e passa fome e grita pela boca dos famintos e a gente, quando vê, passa adiante, às vezes, pra chegar depressa à Igreja. Seu nome é Jesus Cristo e está sem casa e dorme pela beira das calçadas; e a gente, quando vê, aperta o passo e diz, que ele dormiu embriagado.
Entre nós está e não o conhecemos. Entre nós está e nós o desprezamos. (Bis)
• Seu nome é Jesus Cristo e é analfabeto e vive mendigando um subemprego, a gente, quando vê, diz: “é um à-toa!” melhor que trabalhasse e não pedisse. Seu nome é Jesus Cristo e está banido, das rodas sociais e das Igrejas, porque dele fizeram um Rei potente, enquanto que ele vive como pobre.
MOMENTO: A VIDA NOVA EM CRISTO
Material e ambientação: pia batismal (ou bacia com água), Bíblia, cópia do Credo Niceno-constantinopolitano para cada participante, velas para todos, círio pascal, flores.
1. Refrão orante: “Banhados em Cristo, somos uma nova criatura! As coisas antigas já se passaram, somos nascidos de novo! Aleluia! Aleluia! Aleluia!”.
2. Na fonte salvadora: motivar o grupo a se reunir ao redor da pia batismal (bacia com água) para fazer memória de acontecimentos da vida ligados ao significado da água no batismo: dar a vida, purificar, morrer, gerar, transformar... (Depois de algumas expressões do grupo, repetir o mantra: “Banhados em Cristo”).
3. ORAÇÃO SOBRE A ÁGUA: “Senhor da vida, cujo Espírito pairava sobre as águas, desde o início da criação, nós vos pedimos: enviai vossa bênção sobre esta água. Seja ela para nós um sinal do vosso amor que tudo purifica e renova. E que, ao fazermos memória do nosso batismo, recordemos o vosso chamado a sermos, no mundo, testemunhas da vossa luz. Pelo Cristo Ressuscitado, vosso Filho e Senhor nosso. Amém!”.
4. PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA
a) Canto de Escuta: “Deixa-me ficar em paz, Senhor, para ouvir (meditar, viver) tua Palavra. No coração do meu silêncio, deixa-me ficar em paz!”.
b) Proclamação: Rm 6, 3-11
c) Silêncio. Meditação. Partilha
5. ENTREGA DO CREIO (entregar a cópia do Credo Niceno-constantinopolitano para cada participante).
a) Convite: Queridos(as) eleitos(as) de Deus, queiram aproximar-se para recitar as palavras da fé que lhes foram entregues no dia do batismo e vocês procuraram guardar com pureza de coração. Elas são o símbolo, isto é, o resumo de nossa fé. São poucas palavras, mas contêm grandes mistérios (cf. Rica, n. 198).
b) Entrega do Creio: em procissão, todos se aproximam para receber uma cópia do Símbolo. Durante a entrega, cantar:
Sim, eu quero que a luz de Deus, que um dia em mim brilhou,/ jamais se esconda e não se apague em mim o seu fulgor./ Sim, eu quero que o meu amor ajude o meu irmão/ a caminhar, guiado por tua mão, / em tua Lei, em tua luz, Senhor! (bis)
Esta vida nova, comunhão com Deus,/ no Batismo aquele dia eu recebi./ Vai aumentando e sempre vai me transformando,/ até que Cristo seja todo o meu viver.
Quando eu sou um sol a transmitir a luz,/ e meu ser é templo onde habita Deus./ Todo o céu está presente dentro em mim/, envolvendo-me na vida e no calor.
c) Oração: “Concedei, Senhor, que estes vossos filhos, tendo acolhido o vosso plano de amor e os mistérios da vida de vosso Cristo, possam sempre proclamá-los com palavras e vivê-los pela fé, cumprindo em ações a vossa vontade. Por Cristo nosso Senhor. Amém!” (Rica, n.197)
d) Recitação do Símbolo: Todos recitam o Creio.
6. ASSINALAÇÃO DA CRUZ COM ÁGUA ABENÇOADA: todos são convidados a passar pela água abençoada, tocar nela e traçar na própria fronte o sinal da cruz (conservar fundo musical).
7. RITO DA LUZ
a) Acolhida do círio: Minha luz é Jesus! E Jesus me conduz pelos caminhos da paz!
b) Motivação: motivar o grupo a fazer preces espontâneas ligadas aos efeitos do “fogo” na vida cristã: iluminar, queimar, aquecer, purificar, destruir, impulsionar...
c) Oração da luz (Pedir que todos se ajoelhem durante a oração): “Ó Deus, que em Cristo nos tornastes luz do mundo, fazei que caminhemos sempre como filhos da luz para que, perseverando na fé, possamos ir ao encontro do Senhor com todos os santos no reino celeste. Amém!” (Rica, n. 226. Adaptação).
d) Caminhada com o círio à frente até a saída da sala: o círio pode ser levado em procissão por alguém, passando por cada participante. Durante sua passagem, todos acendem suas velas, cantando: “Ó luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós!”.
8. RESSUSCITOU COMO DISSE!
a) Canto de escuta: É uma luz tua Palavra, é uma luz pra mim, Senhor! Brilhe esta luz, tua Palavra, brilhe esta luz em mim, Senhor!
b) Proclamação do Evangelho: Jo 20,1-11
c) Canto: Sequência Pascal:
• Cantai, cristãos, afinal: “Salve, ó vítima Pascal”
Todos: Cordeiro inocente, o Cristo abriu-nos do Pai o aprisco!
• Por toda ovelha imolado, do mundo lava o pecado
Todos: Duelem forte e mais forte: é a vida que enfrenta a morte!
• O Rei da vida, cativo, é morto, mas reina vivo
Todos: Responde, pois ó Maria: no teu caminho o que havia?
• "Vi Cristo ressuscitado, o túmulo abandonado
Todos: Os anjos da cor do sol, dobrado ao chão o lençol"
• O Cristo, que eleva aos céus, caminha à frente dos seus!
Todos: Ressuscitou de verdade. Ó Rei, ó Cristo, piedade!
d) Votos pascais: o primeiro participante passa uma flor para quem está a seu lado, fazendo-lhe um voto pascal, como por exemplo: “Que a Páscoa lhe traga muitas alegrias!”. Ao final, todos de mãos dadas cantam: Ressuscitou como disse! Ressuscitou como disse! Ressuscitou, aleluia! Aleluia! Aleluia!
9. Despedida: Pres.: Deus da luz vos torne reflexos do seu amor e da sua bondade no meio do mundo carente do vosso testemunho cristão!
Todos: Amém!
Pres.: Cristo, Luz do mundo, que, pela sua Páscoa vos fez novas criaturas, vos dê a graça de permanecer fiéis no seu seguimento.
Todos: Amém!
Pres.: O Espírito Santo vos inunde com a luz de seus dons para que sejais capazes de dissipar toda a treva com vossas atitudes e compromisso cristão.
Todos: Amém!
Pres.: Abençoe-nos Deus todo-poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo! Amém!
Pe. Vanildo de Paiva
Psicólogo, especialista em catequese e liturgia.
Senhor, dá-nos a alegria que enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus, deixando-se salvar por ele e assim serem libertados do pecado, do vazio existencial, da tristeza individualista, da consciência isolada.
Não permitas, Senhor, que nossa vida interior se fecha em nossos próprios interesses, não deixando assim espaço para os outros, onde não se ouve a tua voz, onde não se goza da doce alegria do teu amor.
Inspira-nos, Senhor, a diminuir nosso ritmo de vida, para olhar nos olhos e escutar, para acompanhar quem ficou caído à beira do caminho, para reconhecer o outro, curar feridas, construir pontes, estreitar laços e ajudar e ajudar "a carregar a carga uns dos outros".
Enche-nos, Senhor, do entusiasmo de fazer o bem, de acolher o amor infinito e inabalável que nos dás.
Permite-nos, Senhor, levantar a cabeça e recomeçar, com uma ternura que nunca nos deixa e que sempre nos pode restituir a alegria e a bondade.
Que nunca nos deixemos fazer de mortos, sem ânimo, suceda o que suceder.
Que nada possa mais do que a Vida no Espírito que nos impele a ir para diante com alegria!
Não fujamos da ressurreição de Jesus, Amém!
(In: A alegria do Povo de Deus rezando com Francisco. Orações inspiradas nas palavras do Papa Francisco na Exortação Apostólica A Alegria do Evangelho. BH. Comunidade do retiro das pedras)
(Para acolher as pessoas colocar uma bacia com água perfumada e, através de um galinho verde, aspergir e abraçar cada pessoa. Providenciar um presépio e velinhas para serem acesas ao redor)
Vem Senhor, vem nos Salvar
1.Senhor, vem salvar teu povo das trevas da escravidão!
Só tu és nossa esperança, és nossa libertação.
Vem, Senhor, vem nos salvar! Com teu povo, vem caminhar.
2.Contigo o deserto é fértil, a terra se abre em flor.
Da rocha brota água viva, da treva nasce o esplendor.
3.Tu marchas à nossa frente, és força, caminho e luz.
Vem logo salvar teu povo, não tardes, Senhor Jesus!
Um Menino nos foi dado...
Dir: Em nome do Pai....
Todos: Ó Senhor, que visitas o mundo, enche nossa vida de Esperança, abre nosso caminho para a paz e para celebrar tua chegada.
(Motivar o abraço da paz)
Dir: Nós te agradecemos, Deus da Luz, pela companhia e inspiração neste ano.
Todos: Toda a glória seja a Ti, Deus da Luz, pelo Teu filho Jesus, luz em meio às trevas e esperança do mundo,
a quem Tu envias para libertar a terra inteira.
Dir: No presépio, a “criança” tem um brilho especial. Ao redor do Menino-Jesus se cria uma ordem mágica, um centro luminoso que irradia sobre todas as coisas constituindo um todo coerente e significativo. A vida com suas contradições é iluminada pela luz que se irradia do Presépio.
(lembrar a vida, projetos, sonhos, angústias, medos, contradições... tudo o que precisa ser iluminado pelo Menino...) (Silêncio)
Leitor 1: Um menino nos foi dado! Surge a esperança de que tudo pode ser modificado, de que o Novo pode irromper.
Todos: E a Ternura se fez criança e viveu entre nós.
Leitor 2: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz...”
Todos: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre homens e mulheres a quem Ele quer bem”.
(acendem-se as velas ao redor do presépio)
2. Anúncio
Is 9,1-6 - Salmo 135 - 1 Jo 1,1-5 Lc 1,67-79
partilha ou breve reflexão...
3. Preces
Dirigente: Querido Deus, Luz de nossas vidas. Acreditamos que é possível começar de novo e, mais que isso, queremos nascer de novo. Inspirados pelo Teu Filho, nosso Menino Jesus, podemos arriscar o primeiro passo ou inaugurar outro olhar sobre o caminho já andado e nele descobrir novo significado... Queremos costurar nossos sonhos, no sonho do Teu Menino: um mundo novo, cheio de amor e paz.
(Coloca-se no presépio um galinho verde, representando os sonhos, desejos para o novo que vem...).
Todos: Deus de ternura e bondade, que assumindo nossa carne no seio de Maria, compreendestes a fraqueza humana... Recebe nossos sonhos e desejos e ilumina nossos passos para trilhar os caminhos do Amor, da Paz e da verdadeira Fraternidade. Amém!
Noite feliz
Noite feliz! Noite feliz! / O Senhor, Deus de amor / pobrezinho nasceu em Belém, / eis na lapa Jesus, nosso bem. / Dorme em paz, ó Jesus! (bis)
Noite feliz! Noite feliz! / Ó Jesus, Deus da luz! / Quão afável é teu coração, / que quiseste nascer nosso irmão / e a nós todos salvar! (bis)
Noite feliz! Noite feliz! / Eis que no ar, vêm cantar / aos pastores os anjos do céu, / anunciando a chegada de Deus, / de Jesus Salvador! (bis)
Mesmo que as serras mudem de lugar,
Ou que as montanhas balancem,
Meu amor para contigo nunca vai mudar,
Minha aliança perfeita nunca há de vacilar
- diz o Senhor, o teu apaixonado. (Is 54,10)
“Não tenhas medo que fui eu quem te resgatou,
Chamei-te pelo próprio nome, tu és meu!
Se tiveres de atravessar pela água,
Contigo estarei
E a inundação não te vai submergir!
Se tiveres de andar sobre o fogo, não te vais queimar,
As chamas não te atingirão!
Pois eu sou o Senhor, o teu Deus,
O Santo de Israel, o teu Forte!
Para pagar tua liberdade eu dei o Egito!
Para ficar contigo, entreguei a Etiopia e Sabá!
Pois és muito precioso para mim,
e mesmo que seja alto o seu preço, é a ti que eu quero!
Para te comprar, eu dou, seja quem for;
Entrego nações, para te conquistar!
Não tenhas medo, estou contigo!
Is 43,1-4
Silêncio...
Deus e seus sacramentos
Difícil viver contigo.
Impossível viver sem ti.
Demasiado tarde para poder deixar-te.
Demasiado cedo para seguir tua causa sem sentir ausências.
Inevitavelmente atado a teu mistério.
Impossível encontrar outra sedução mais livre.
Não posso abarcar teus planos nem reter tua presença.
Mas ninguém me oferece mais proximidade que tu.
Somente na última solidão nos encontramos frente à frente.
Mas que seria de mim sem os miúdos sacramentos,
mananciais cotidianos onde bebo sorvo a sorvo o dom de teu futuro.
Benjamin González Buelta sj
Uma estória para refletir:
Um monge estava na cozinha lavando pratos, quando lhe aparece o anjo da morte para levá-lo à eternidade. O monge lhe diz: Agradeço ao Senhor Ter-se lembrado de mim. Mas olha aí a montanha de pratos. Não quero parecer ingrato, mas será que a eternidade não pode esperar um pouquinho até eu acabar o serviço? O anjo concordou e se foi. Dias mais tarde, estava o monge no jardim, quando veio de novo o mensageiro da eternidade. O monge lhe diz: Dá uma olhada nas ervas daninhas. Se eu me for agora, elas vão ficar aí atrapalhando a plantação. A eternidade não poderia esperar um pouco mais? E outra vez o anjo se foi. Meses mais tarde se preparava para atender um doente com febre alta, lá vem o anjo da eternidade. Dessa vez eles nem se falam, o monge apenas mostra os incontáveis doentes que precisa socorrer. O anjo não discute e vai embora.
Anos mais tarde, envelhecido e doente, o monge se recorda do anjo e pede que o Senhor o envie para buscá-lo. Nem bem terminara a oração, lá estava o anjo. Aliviado, o monge explica: Pensei que tivesses esquecido de mim ou que estivesses zangado porque te fiz esperar. Agora estou pronto e te peço: leva-me contigo para a eternidade. Com ternura o anjo lhe diz: Levar-te para a eternidade? E onde pensas que estavas? Quando lavavas os pratos, cultivavas o jardim e cuidavas dos doentes, tu já estavas na eternidade e não sabias. Mas agora saberás: neste mundo começa o que será eternamente.
(CRUZ, Therezinha M. Lima da. Este mundo de Deus. Educar para a espiritualidade do cotidiano. São Paulo, Paulus, 1999, p. 36-37)
- O que podemos aprender com essa estória?
- Contemple seu dia-a-dia e tente perceber sinais de plenitude, de eternidade.
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