INHABITAÇÃO
Cada um de meus segundos
Bebe de tua eternidade.
Cada um de meus espaços
é pele de tua mão aberta.
Inspiro na brisa
o alento que expiras.
Com teu índice e polegar
juntas os lábios de minha ferida.
Molha-se meu pincel criador
nas cores de tua fantasia.
Tua ressurreição percorre
meus átomos, desejos e vácuos.
Meu credo é de últimos,
de ossos, de perguntas.
Em teu mistério vivo
Como testemunha na luz!
Em teu mistério vives
Como a luz na testemunha!
Benjamín González Buelta sj
Mantra: Indo e vindo, trevas e luz, tudo é graça, Deus nos conduz...
Palavra:
“Javé disse a Abrão: "Saia de sua terra, do meio de seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei.
Eu farei de você um grande povo, e o abençoarei; tornarei famoso o seu nome, de modo que se torne uma bênção.
Abrão partiu conforme lhe dissera Javé” (Gn 12, 1-4).
Peregrino
Quando teu navio
ancorado muito tempo no porto,
te deixar a impressão enganosa
de ser uma casa,
quando teu navio
começar a criar raízes
na estagnação do cais,
faze-te ao largo.
É preciso salvar a qualquer preço
a alma viajora de teu barco
e tua alma de peregrino...
D. Hélder Câmara
És incompreensível.
Mas a escuridão
de teu mistério,
é mais luminosa
que nossas ideologias
pequenas luzes penduradas
nas encruzilhadas.
És inacessível.
Mas tua distancia
é mais acolhedora
do último reduto de meu ser,
que todos os braços
que se fecham com amor
sobre meus ombros.
És indizível.
Mas teu nome
humildemente orado,
vai emanando silencioso
mais sabedoria
que as torrentes de palavras
que circulam pela terra.
És imanipulável.
Mas teu desígnio
traz até minhas veias,
uma gota de vida eterna
que faz brotar
desde o centro de minha realidade
todas as minhas criações.
Benjamín González Buelta sj
Narrador(a)- Estamos no Tempo da Quaresma. Nele, a Igreja nos convida a refletir e caminhar à luz do tema da Campanha da Fraternidade. No calendário litúrgico, o calendário da Igreja, a Quaresma é um período de 40 dias que vai da quarta-feira de Cinzas até o Domingo de Ramos, que abre a Semana Santa.
O número quarenta tem um significado especial. Antigamente, antes do desenvolvimento das vacinas e dos antibióticos, uma das formas de evitar a transmissão de doenças era colocar as pessoas com suspeita de doenças contagiosas em “quarentena”, isoladas das outras, até que se recuperassem, que estivessem curadas.
Leitor 1- Na linguagem bíblica, o número quarenta também tem esse simbolismo de purificação e renovação. Na parábola da Arca de Noé (Gn 7,17-24), por quarenta dias caíram as águas do dilúvio sobre a Terra, preparando uma nova criação. Por quarenta anos o povo hebreu vagou pelo deserto (Nm 33,1-39), guiado por Moisés, até chegar e conquistar a Terra Prometida. Jesus ficou 40 dias no deserto, em jejum e oração (Mt 4,1-11), preparando-se para iniciar sua vida pública. O Tempo da Quaresma é, pois, um tempo de purificação e preparação.
Leitor 2- Mas nos purificamos e nos preparamos para quê?
Todos- Para a festa da Páscoa, o mistério maior da Fé Cristã.
Leitor 1- Mas a maior festa cristã não é o Natal?
Narrador(a)- Não, no Natal celebramos a vida que nasce em Jesus. Na Páscoa, celebramos a vida que renasce por Jesus, que vence a morte, superando todos os limites da experiência humana.
No Natal Jesus nasce. Torna-se um homem como tantos. Vive sua vida no meio de nós. Suas ideias e ações o colocam em confronto com os poderosos do seu tempo. O conflito é inevitável. As consequências também. Ele é preso, julgado, condenado e morto. Seu corpo é colocado num túmulo. Vamos lembrar e celebrar tudo isso na Semana Santa.
Leitor 2- Até aí, Jesus é um personagem que, como tantos outros na História, deu a vida por suas ideias, por seus ideais.
Que pessoas podemos lembrar que viveram e até morreram por um ideal, por um sonho, pela liberdade, pela dignidade humana? Pessoas que são a força de uma família, de um grupo, de uma comunidade; pessoas que são luz e que geram vida para outras pessoas; pessoas “pascais”.
Momento de partilha
Narrador(a)- Essas pessoas morreram por causa das suas ideias, dos seus ideais. Jesus também. Mas, na madrugada daquele domingo, Ele salta da História para o mistério da nossa Fé.
Todos- Jesus está vivo. Nele a Vida RENASCE. E para sempre, pois os dons de Deus são assim, irrevogáveis.
Narrador(a)- Por isso nos preparamos, durante a Quaresma, para celebrar a Páscoa.
Mas vamos lembrar esses acontecimentos num passeio pela memória, um olhar sobre a História...
Leitor 3- A primeira experiência pascal é do povo hebreu, cerca de 1300 anos antes de Cristo. Muita gente se lembra de alguma coisa dessa história. A saga dos descendentes de José do Egito, que se multiplicaram em terra estrangeira e se viram submetidos a cruel escravidão. Deus VÊ a realidade do seu povo, ouve o seu clamor e se compadece.
Narrador(a)- E do olhar, à ação: Deus toca o coração de Moisés e o envia como o libertador. Vem então o confronto com o Faraó, as pragas e flagelos. No último, o Anjo do Senhor passa e fere de morte os primogênitos do Egito, inclusive a casa do Faraó, que, vencido, cede. Moisés inicia, então, a caminhada com o povo Hebreu em busca da Terra que Deus lhes prometera.
Leitor 4- Mas o Faraó se arrepende e envia seus exércitos contra os fugitivos. Eles se veem cercados, acuados diante do Mar Vermelho. Mais uma vez, a força de Deus os conduz na travessia, numa passagem cheia de simbolismo. De um lado fica a escravidão, o sofrimento. Do outro, a promessa de uma terra onde jorra leite e mel, onde se poderá viver em liberdade, louvando o Deus de Israel.
Conquistada a terra, o povo hebreu assimila essa história e a transforma em rito no qual celebra, todos os anos, a passagem da escravidão para a liberdade. É o Pêssach, a Páscoa Judaica que o povo hebreu celebra até hoje.
Narrador(a)- Mais de mil anos depois de Moisés, encontramos Jesus com seus amigos ao redor de uma mesa. Como bons judeus, eles se reúnem para celebrar a Páscoa Judaica. O rito é cheio de gestos, cantos, símbolos e alegria. Toda uma história que começou na casa de Abraão é ali celebrada. À mesa, ervas amargas lembram a escravidão. Mas o cordeiro pascal, o pão, o vinho, falam de fartura e da alegria de ser o povo escolhido por Javé.
Leitor 1- Mas algo misterioso acontece naquela ceia. Jesus, em dado momento, apropria-se dos símbolos da Páscoa Judaica e dá a eles um outro sentido, mais amplo, universal. Já não é mais apenas um povo, fechado em si mesmo, em suas tradições, que é chamado a sentar-se à mesa do Senhor. Jesus convida a passar a uma ‘nova e eterna aliança com todos os homens...’.
Leitor 2- Jesus Parte o pão e revela que o seu corpo também será ‘partido’. O vinho, brinde à vida, antecipa o sangue que será derramado em gesto de amor pleno. E ao final, Ele convida a fazer de tudo isso memória viva da sua presença; “Eu estarei com vocês todos os dias...”.
Todos- Desde então, desde sempre, Ele está no meio de nós...
Leitor 3- As horas seguintes confirmam cada palavra dita ao redor daquela mesa. Em Jesus, uma passagem também acontece. Ele passa pela escravidão feita de traição, prisão, julgamento, tortura e condenação. Na cruz, o sinal de uma derrota aparentemente total. Aquele que passou pela vida fazendo o bem é agora prisioneiro de um túmulo de morte.
Leitor 4- Mas, no amanhecer do domingo, o dia do Senhor... a travessia se completa. Passando da escravidão da Morte para liberdade da Vida, Deus faz a nova Páscoa acontecer. A Ressurreição é a Páscoa de Jesus de Nazaré.
Narrador(a)- Mas essa é outra história, ou melhor, a continuação da história que vamos celebrar, no Domingo de Páscoa...
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Apresentação do cartaz da Campanha da Fraternidade 2014
Tema– Fraternidade e Tráfico Humano
Lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”
Oração da CF-2014: Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados, fazei que experimentem a libertação da cruz e a ressurreição de Jesus. Nós vos pedimos pelos que sofrem o flagelo do tráfico humano. Convertei-nos pela força do vosso espírito, e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos. Comprometidos na superação deste mal, vivamos como vossos filhos e filhas, na liberdade e na paz. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Eduardo Machado
professor e coordenador de pastoral do colégio Imaculada em BH
1. Acolhida
D: Nesta manhã de janeiro, louvemos juntos a Deus, que nos chamou à Vida e nos quer anunciadores do seu Reino no mundo:
Todos: Em coro a Deus louvemos, eterno é seu amor
Por nós fez maravilhas, louvemos ao Senhor!
D: Celebremos o que nos une: a fé na Trindade Santa, que nos dá a vida, nos oferece um caminho de salvação e nos ilumina com a verdade.
Leitor 1: Glória ao Pai de todos, que nos faz irmãos e irmãs da mesma grande família de Deus.
Todos: Glória ao Deus que nos faz viver e nos chama a ser catequistas na sua Igreja!
Leitor 2: Glória ao Filho Jesus, que com sua vida nos ensina a viver.
Todos: Glória a Jesus, Caminho, Verdade e Vida!
Leitor 3: Glória ao Espírito Santo, luz que nos anima e orienta.
Todos: Glória ao Espírito de amor, que nos faz profetas de esperança!
2. Leitura 1 Rs 19,1-8
“Acab contou a Jezabel tudo que Elias tinha feito e como tinha passado ao fio da espada todos os profetas de Baal. Então Jezabel mandou um mensageiro a Elias para lhe dizer: “Os deuses me cumulem de castigos, se amanhã, a esta hora, eu não tiver feito contigo o mesmo que fizeste com a vida desses profetas”. Elias ficou com medo e, para salvar sua vida, partiu. Chegou a Bersabéia de Judá e ali deixou o seu servo. Depois, adentrou o deserto e caminhou o dia todo. Sentou-se, finalmente, debaixo de um junípero e pediu para si a morte, dizendo: “Agora basta, Senhor! Tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais”. E, deitando-se no chão, adormeceu à sombra do junípero. De repente, um anjo tocou-o e disse: “Levanta-te e come!” Ele abriu os olhos e viu junto à sua cabeça um pão assado na pedra e um jarro de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. Mas o anjo do Senhor veio pela segunda vez, tocou-o e disse: “Levanta-te e come! Ainda tens um caminho longo a percorrer”. Elias levantou-se, comeu e bebeu, e, com a força desse alimento, andou quarenta dias e quarenta noites, até chegar ao Horeb, o monte de Deus”.
3. Estamos sempre a caminho e não podemos nos esquecer de que, mesmo nos piores trechos, Deus caminha conosco.
(acende-se uma vela – e espontaneamente vamos lembrando (em uma palavra) os sinais de que Deus nos sustenta na caminhada catequética, apesar dos “desertos” das tristezas e das tempestades de areia no grupo de catequistas e na comunidade)
Todos: Em coro a Deus louvemos, eterno é seu amor
Por nós fez maravilhas, louvemos ao Senhor! (a cada 5 ou 6 palavras)
4. No desejo de que o curso seja “alimento” e “sustento” para nossa vida e caminhada catequética, rezemos juntos o Pai Nosso.
Bênção
D.: O Deus da compaixão acenda em nós o fogo do seu amor, e nos abençoe agora e sempre.
Todos: Amém!
-Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado!
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
25.01.2014
Para a Celebração vamos precisar de:
- Um presépio
- Uma vela de Natal, bem bonita.
- Um retrato de cada pessoa ou família
- Reproduzir este roteiro para que todos possam acompanhar.
- Um coração cheio de amor.
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ACOLHIDA
Anfitrião (ã) - Estamos reunidos em nome de Deus que é Pai, e Filho e Espírito Santo, em nome de Deus que, na Trindade, se revela família. Amém!
Todos: Somos da família de Deus, seus filhos e filhas amados, reunidos na alegria, em torno da mesa, farta ou simples, da troca de presentes, de afetos, de saudades...
Leitor - Mas o Natal pode e deve ser ainda mais. Nele celebramos a Vida que nasce com Jesus. No Natal, Ele se faz um de nós.
Leitora - É tempo, portanto, de rever essa vida divina que nasce em nós, todos os dias, pensar em como a vivemos e, em especial, como con-vivemos, confirmar o caminho, melhorar o jeito de caminhar.
Leitor - Natal é tempo de, pelo perdão, reatar laços; pela esperança, reabrir horizontes; pela fé, celebrar a alegria; pelo amor, semear no coração os sentimentos que queremos fazer brotar ao longo do ano e da vida: solidariedade, generosidade, carinho, atenção, ternura, sensibilidade para com o outro.
Todos - Por tudo isso, celebramosem família. Afinal, no Natal podemos dizer, mais que em qualquer outro tempo e lugar: ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS!
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Diante do Presépio
Descobrindo Deus que nasce em todas as coisas
E todas as coisas renascendo em Deus...
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1- Os donos da casa onde será celebrada a Ceia de Natal deverão preparar o Presépio num lugar de destaque.
2- Junto ao Presépio, uma vela bem bonita, que os donos da casa acenderão rezando, com todos, a seguinte prece:
“Que a Luz de Deus, que veio a nós por Jesus,
brilhe em nosso coração, em nossa família e ilumine o mundo”.
3- Em seguida, cada família ou pessoa colocará sua foto no presépio, lembrando e sinalizando que somos todos, ao lado de Maria e José, da família de Jesus.
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Rito da Palavra:
Anúncio do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas - Lc 2,1-14
Leitor 1- “Naqueles dias, o Imperador Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento em todo o Império. Todos deveriam ir registrar-se em sua terra natal. José, que era da família e descendência de Davi, subiu da cidade de Nazaré, onde morava, até Belém, a cidade de Davi, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam em Belém, se completaram os dias para o parto e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles dentro da casa.
Leitor 2: Naquela região havia pastores que passavam a noite nos campos, cuidando dos rebanhos. Um anjo do Senhor apareceu a eles e a glória do Senhor os envolveu em luz e eles ficaram com muito medo. Mas o anjo disse aos pastores;
Leitor 3 (jovem ou criança): Não tenham medo! Eu anuncio a vocês uma Boa Notícia que será uma grande alegria para todos; hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o nosso Senhor. Procurem por Ele. Vocês o reconhecerão quando encontrarem um recém nascido, envolto em panos simples e deitado numa manjedoura.
Leitor 1: De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão de anjos. Cantavam louvores a Deus dizendo:
Todos: Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens e mulheres por Ele amados!”
Leitor 1- Essas são para nós, ontem, hoje e sempre, PALAVRAS DA SALVAÇÃO.
Todos: Glória a vós, Senhor!
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Partilha da Palavra
Aqui, fica aberto um breve tempo para os que se sentirem motivados comentarem sobre os SENTIMENTOS presentes em seu coração. Não é uma interpretação intelectual do texto, mas uma partilha de vida a partir da pergunta: “O que Deus está dizendo ao meu coração nesta noite de Natal? Que SENTIMENTOS estão presentes no meu coração?”
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Após a partilha.
Canto: Noite Feliz (ou outro canto, à escolha do grupo)
Oração para antes da Ceia:
Todos - “Senhor, nosso Deus; desde aquela Noite Santa, quando o Céu encontrou-se com a Terra, a História humana tornou-se o Lugar do Sagrado e a vossa presença acabou com a solidão de todos os Homens. Nossa mesa, hoje, é altar. Nosso coração é manjedoura, pronta para acolher vosso Filho no meio de nós e levá-lo ao mundo.
Nós vos pedimos que, renovados por este encontro, possamos também nós ser sinal da presença do Amor em nossa família e pelos caminhos que trilhamos no cotidiano.
Abençoa esses alimentos que são sinal de festa, alegria e fartura. Que essa fartura não nos deixe esquecer os necessitados do mundo. Assim, Senhor, dai Pão a quem tem fome e fome de Justiça a quem tem Pão. Amém!
Anfitrião: - Na alegria do Natal, saudemo-nos uns aos outros, em Cristo, dizendo:
“Que a Paz do Menino Jesus esteja em seu coração!”
Eduardo Machado
Educador e escritor
17.12.2013
material: velas, presépio, estrelas...
Música: Na bruma leve das paixões que vem de dentro, tu vens chegando pra brincar...
(refrão) Tu vens, Tu vens, eu já escuto os teus sinais...
Com.: Viemos por desertos do Oriente da vida em busca de um Menino. Montados em camelos de cansaços, viajamos noites de solidão e dezembro. Uma estrela veio à nossa frente..
Dir.: No princípio era o amor, e o amor era a vida.
Todos: E o amor se fez criança e viveu entre nós.
Leitor 1.:“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz...”
(acendem-se as velas)
Todos: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre homens e mulheres a quem Ele quer bem”.
Anúncio
Com.: “Havia naquela região pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho. Um anjo do Senhor lhes apareceu, e a glória do Senhor os envolveu de luz. Os pastores ficaram com muito medo. O anjo então lhes disse: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor! E isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura”.
Leitor 2: “Onde está o rei dos judeus que acaba de Nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.
Com.: São tão poucos os que olham para o céu! Na ironia do nosso cotidiano, dentro de nossas casas ou dos aranha-céus cada vez mais altos, as pessoas se distanciam mais e mais do reino-dos-céus. Os pastores contemplavam as estrelas. Não por opção romântica ou por interesse astronômico, mas porque o firmamento era o seu teto, a luz companheira e as estrelas suas conselheiras. Olhar para o céu. Ouvir as estrelas. Aconselhar-se com a luz... Isto é o Natal: levantar a cabeça, reconquistar a dignidade, ser visitado por Deus, encontrar a Beleza perdida...
(Convidar a olhar o céu de si mesmo. Aconselhar-se com a luz. Revisitar seus sonhos...)
Iluminação...
Dir.: Querido Deus, Luz de nossas vidas. Trazemos nessas estrelas, nossos sonhos e desejos. Queremos ser visitados por Tua Estrela: o menino Jesus. Acreditamos que é possível começar de novo e, mais que isso, queremos nascer de novo.
(colocam-se no presépio as estrelas. Cada um pode dizer seu sonho )
Todos: Menino-Deus, guarda nossos sonhos e alimenta em nós a Esperança e a alegria de Viver!
Benção:
Com.: Deus de ternura e bondade, que assumindo nossa carne no seio de Maria, compreendestes a fraqueza humana... Ilumina nossos passos para trilhar os caminhos da Paz e da verdadeira Fraternidade. Por N.S.JC ...
Todos: Amém!
Com.: Cada um é uma estrela, é Luz na vida do mundo, do outro, da comunidade. O jeito de ser e viver iluminam a caminhada e tornam a vida mais leve. Que Bom que você existe!
(abraços da paz. Ao abraçar cada um diz ao outro: Que bom que você existe!)
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
02.12.2013
(Obs: esta celebração pode ser realizada no encerramento das atividades do ano com o grupo de catequistas. É preciso providenciar uma vela para cada pessoa presente)
Dirigente: Em nome do Pai....
Aqui estamos querido Deus, Sol, Luz de nossas Vidas.
(gesto de inclinação)
Todos: Ó Senhor, que visitas o mundo, enche nossa vida de Esperança, abre nosso caminho para celebrar tua chegada.
Dirigente: Nós te agradecemos, Deus da Luz, pela companhia e inspiração neste ano que passou.
Todos: Toda a glória seja a Ti, ó grande Deus, pelo Teu filho Jesus, luz em meio às trevas e esperança do mundo, a quem Tu envias para libertar a terra inteira.
Palavra
Is. 9,1.5 : “ O povo que andava nas trevas viu uma grande luz, e uma luz brilhou para os que habitavam um país tenebroso. Porque nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado: sobre o seu ombro está o manto real, e ele se chama “Conselheiro Maravilhoso”, “Deus Forte”, “Pai para sempre”, “Príncipe da Paz”.
(momento de silêncio)
Com: Cada um de nós é Luz, revela a Luz, deixa marcas não tanto pelo que faz, mas pelo que é. Agradeçamos a Deus pela Luz que cada um trouxe para a vida do mundo, da Igreja, para a construção do Reino, para vida familiar. Luz que revela a verdade de cada um e é sinal de Vida em Plenitude que Há-de-Vir.
As velas de várias cores, tamanhos e cheiros representam cada um nós. A beleza está na diferença, no colorido e perfume que cada um é.
(Cada um recebe uma vela. Nela há o nome de uma pessoa e a luz que ela revela. Entregar a vela e um abraço para o(a) dono(a) da vela).
Com.: A vela apagada fica triste e sem graça. O segredo é manter a chama do amor acesa, mesmo que a vela vá se consumindo...
Também não podemos querer a Luz, o Sol, a Vida... só para nós...
É preciso consentir em se gastar para que algo novo apareça e aconteça...
(Acender as velas na chama uns dos outros...)
Todos: Toda a glória seja a Ti, Deus da Luz, pelo Dom de Teu Filho, luz em meio às trevas e esperança do mundo, a quem Tu enviaste para trazer liberdade aos cativos e sonho aos cansados. Junto aos pastores e aos anjos, permite-nos louvar Teu nome e contar a todos Sua história, a fim de que todos acreditem e se alegrem e reconheçam Teu grande Amor. Amém
Oração final:
Dirigente: Peçamos a bênção de Deus para nós e para nosso mundo.
Todos: Que o Sol aqueça sempre nossas vidas e dissipe de nossa terra toda a escuridão! Amém!
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
19.11.2013
Acolhida
Dir.: Louvemos juntos a Deus, que nos chamou a Vida e nos quer anunciadores do seu Reino, no mundo:
Todos: Em coro a Deus louvemos, eterno é seu amor. Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor!
L1: Glória ao Pai de todos, que nos faz irmãos e irmãs da mesma grande família de Deus.
Todos: Glória ao Deus que nos faz viver e nos chama a defender a Vida.
L2: Glória ao Filho Jesus, que com sua vida nos ensina a viver.
Todos: Glória a Jesus, Caminho, Verdade e Vida.
L3: Glória ao Espírito Santo, luz que nos anima e orienta.
Todos: Glória ao Espírito de amor, que nos faz profetas de esperança.
Leitura 1 Rs 19,1-8
“Acab contou a Jezabel tudo que Elias tinha feito e como tinha passado ao fio da espada todos os profetas de Baal. Então Jezabel mandou um mensageiro a Elias para lhe dizer: “Os deuses me cumulem de castigos, se amanhã, a esta hora, eu não tiver feito contigo o mesmo que fizeste com a vida desses profetas”. Elias ficou com medo e, para salvar sua vida, partiu. Chegou a Bersabéia de Judá e ali deixou o seu servo. Depois, adentrou o deserto e caminhou o dia todo. Sentou-se, finalmente, debaixo de um junípero e pediu para si a morte, dizendo: “Agora basta, Senhor! Tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais”. E, deitando-se no chão, adormeceu à sombra do junípero. De repente, um anjo tocou-o e disse: “Levanta-te e come!” Ele abriu os olhos e viu junto à sua cabeça um pão assado na pedra e um jarro de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. Mas o anjo do Senhor veio pela segunda vez, tocou-o e disse: “Levanta-te e come! Ainda tens um caminho longo a percorrer”. Elias levantou-se, comeu e bebeu, e, com a força desse alimento, andou quarenta dias e quarenta noites, até chegar ao Horeb, o monte de Deus”.
Momento de Reflexão e partilha...
Este texto nos ajuda a perceber que estamos sempre a caminho e não podemos esquecer de que mesmo nos piores trechos Deus caminha conosco.
(acende-se uma vela – e espontaneamente vamos lembrando (em uma palavra) os sinais de que Deus nos sustenta na caminhada apesar dos “desertos” das tristezas e das tempestades de areia na vida pessoal e na catequese que fazemos. À medida em que vela passa as pessoas partilham brevemente. No final canta-se várias vezes o refrão abaixo)
Todos: Em coro a Deus louvemos, eterno é seu amor. Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor!
Pai Nosso...
Rezemos juntos:
Ó Deus, tu nos amas com amor de mãe e em nome de Maria, mãe de Jesus, nós te pedimos, derrama em nossos corações a graça do teu Espírito, para que as nossas energias e todo o nosso viver sejam consagrados a ti. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!
-Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado!
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
03.11.2013
“O reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra.” Marcos 4,31-32
Semear a novidade
É verdade.
Parte da semeadura
cairá no caminho,
entre espinhos,
entre as pedras,
sobre costumes duros,
entre cobiças asfixiantes
e ombros golpeados.
E se perderá a palavra.
Mas como verdade mais profunda,
sinto a urgência
de afundar a mão
nas sementes da alma,
e lançar ao ar a vida
sem discriminar os terrenos,
nem calcular a resposta,
nem acumular o ganho.
E ao seguir o caminho,
que me reste a alegria
da mão aberta,
sem velhas posses
nos punhos fechados
que já não podem acolher
a novidade que presenteias.
Reflexão...
Pai Nosso...
Rezemos juntos:
Ó Deus, tu nos amas com amor de mãe. Pela memória de Maria, mãe de Jesus, nós te pedimos, derrama em nossos corações a graça do teu Espírito para sejamos semeadores de um novo jeito de fazer catequese. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!
-Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado!
Equipe do Catequese Hoje
01.10.2013
Chegada – silêncio – oração pessoal
Mantra: Ó Luz do Senhor que vem sobre a terra, inunda meu ser; permanece em nós.
(acendem-se as velas)
Graça a ser pedida: Senhor, que eu me deixe encontrar por Ti!
Cântico dos Cânticos 3, 1-4
1 Sobre o meu leito, de noite, procurei aquele que o meu coração ama; procurei-o e não o achei!
2 Levantar-me-ei e percorrerei a cidade, pelas ruas e pelas praças procurarei aquele que o meu coração ama; procurei-o e não o achei.
3 Encontraram-me os guardas que fazem a ronda da cidade: “Vistes, acaso, aquele que meu coração ama?”
4 Mal passara por eles, encontrei aquele que meu coração ama. Segurei-o e não mais o larguei.
(Tradução Bíblia, Edições Loyola)
Aclamação: Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor; lâmpada para os meus pés Senhor, luz para o meu caminho!
Evangelho – Mt 25,1-13
Partilha:
Que “óleo” falta (ou quanto falta) na catequese que fazemos?
Somos lâmpadas acesas na catequese?
Deixo o desânimo, as dores, tristezas, decepções... atrapalharem o encontro com o “Amado”?
Poema: LUZ
...
Tu nos ofereces ser luz desde dentro,
corpos acesos com teu fogo inextinguível na medula do osso
sarças ardentes nas solidões do deserto que buscam o futuro
rescaldo de lar que congrega os amigos
compartilhando pão e peixes
ou relâmpago profético que risque a noite tão dona da morte.
Tu nos ofereces ser luz do povo
fogueira de Pentecostes
na persistente combustão de nossos dias
acesos por teu Espírito,
ser luz em ti, que és a luz,
fundido inseparavelmente
nosso fogo com teu fogo.
Benjamin Gonzalez Buelta sj
Oração: Senhor, fica conosco neste dia, para que tudo o que fizermos tenha um novo sabor e inspiração. Animados pelo teu Espírito de Amor, possamos continuar a sua missão. Isso te pedimos em nome dele, Jesus Cristo, nosso Amado.
Amém!
Abraço da paz!
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
16.09.2013
Música instrumental...
Abertura:
D: Vem, ó Deus. Vem caminhar conosco, pois tu somente és nossa força.
Todos: E em ti, nós colocamos a nossa confiança.
D: Vem, ó Deus. Vem caminhar atrás de nós, ao nosso lado, à nossa frente; pois tu somente és nossa proteção, companhia e direção.
Todos: E em ti, nós colocamos a nossa confiança.
D: Vem, ó Deus. Ajuda-nos a louvar-te através desse encontro. Ilumina a nossa vida e a catequese que fazemos.
Todos: E em ti, nós colocamos a nossa confiança.
Poema
Um dia, apanhando goiabas com a menina,
Ela abaixou o galho e disse pro ar
- inconsciente de que me ensinava –
‘goiaba é uma fruta abençoada’.
Seu movimento e rosto iluminados
Agitaram no ar poeira e Espírito:
O Reino é dentro de nós, Deus nos habita.
Não há como escapar à fome da alegria!
Adélia Prado
Leitura da Palavra – Fl 4,1.4-9
Partilha...
Rezemos juntos:
Visite-nos, Senhor, tua alegria.
Seja ela o dom que sustenta esta hora da nossa vida.
Tenha o poder de reedificar o caído,
de aclarar a tenda que a noite atribulou,
de unir aquilo que a tristeza ou o cansaço interromperam.
Seja ela o sinal da leveza com que nos vês,
a carícia que nos estendes no tempo,
o assobio que inaugura as tréguas.
Dá-nos Senhor, neste dia, a alegria como alento revitalizador.
Inscreva ela em nós o sabor da vida abundante e multiplicada;
perfume cada um dos nossos gestos com o outono dos frutos;
traga às nossas palavras a luz com que as folhas douram
e avermelham os caminhos de uma repentina doçura.
(Pe. José Tolentino Mendonça)
Oração: Senhor Jesus, aqui estamos mais uma vez reafirmando o desejo de sermos semeadores do Reino. Que o Espírito Santo que colocaste em nosso coração e mantém viva a tua presença em nós, oriente os passos que devemos dar, para que, fortalecidos com tua graça, possamos ser sinal de Comunhão. Amém.
Gesto - unção (ungir as mãos das pessoas com óleo perfumado e dar um abraço)
Equipe do Catequese Hoje
04.09.2013
Preparar os seguintes símbolos: Crucifixo de costas para os participantes; uma Bíblia fechada e uma vela apagada.
Acolhimento: Todos temos ainda na memória a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, e também celebrada em muitas paróquias e dioceses. Grande foi o ânimo e a vontade de sermos, na vida prática, verdadeiros discípulos e missionários de Cristo.
Vamos iniciar nossa celebração, cantando o Hino da Jornada da Juventude (pode ser também o Hino da CF 20l3)
CANTO:
Sou marcado desde sempre com o sinal do Redentor
Que sobre o monte, o Corcovado, abraça o mundo com seu amor.
Cristo nos convida: “Venham, meus amigos!”
Cristo nos envia: “Sejam missionários!”
Juventude, primavera: esperança do amanhecer;
Quem escuta este chamado acolhe o dom de crer!
Quem nos dera fosse a terra, fosse o mundo todo assim!
Não à guerra, fora o ódio, só o bem e a paz não ter fim.
Do nascente ao poente, nossa casa não tem porta,
Nossa terra não tem cerca, nem limites o nosso amor!
Espalhados pelo mundo, conservamos o mesmo ardor.
É tua graça que nos sustenta, nos mantém fiéis a Ti, Senhor.
Atendendo ao teu chamado: “Vão e façam entre as nações,
Um povo novo, em unidade, para mim seus corações!”
Anunciar teu Evangelho a toda a gente é transformar
O velho homem em novo homem, em mundo novo que vai chegar.
Dirigente: Vamos observar os símbolos. Que nos dizem?
Como catequistas, o Senhor nos faz um apelo forte para sermos discípulos e missionários. Somos enviados aos nossos catequizandos, seu ambiente, sua realidade, a sua família e educadores. Somos também chamados a testemunhar no nosso dia a dia quem é Jesus Cristo, qual sua mensagem. Para muitos a cruz está “de costas”, a Bíblia ainda fechada, a Luz de Cristo apagada.
Somos chamados a anunciar aos nossos catequizandos (seja qual for a sua idade) a cruz e ressurreição de Cristo, abrir-lhes a Palavra de Deus, iluminar seu caminho pela Luz de Cristo.
Vamos ouvir a leitura, preparando nossos corações cantando
É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa.
Tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal.
Tenho medo de não responder, de fingir que não escutei.
Tenho medo de ouvir teu chamado,
Virar do outro lado e fingir que eu não sei.
É como chuva que lava...
Leitura de Mc 8,27-34
Alguns instantes de silêncio
Vamos refletir: (em grupos)
1. Quais são as nossas resistências aos apelos que chegam a nós, catequistas?
2. Em nossa Catequese, colocamos Jesus Cristo no centro da nossa mensagem?
3. Levamos os catequizandos a uma relação profunda e pessoal com Jesus, à participação da Eucaristia como encontro da comunidade, ao amor aos irmãos e ao engajamento para um mundo melhor?
Partilha
Oração:
- Alguém vira o crucifixo e pronuncia uma breve oração. Em seguida, guardem-se alguns instantes de silêncio.
- Depois, todos cantam: Eis-me aqui, Senhor, eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor (2x) Eis-me aqui, Senhor.
-Outra pessoa abre a Bíblia e faz ema breve oração. Alguns instantes de silêncio.
-Todos cantam: Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor,
Lâmpada para meus pés, Senhor; Luz para meu caminho (2x)
- Uma terceira pessoa acende a vela. Breve oração. Silêncio.
- Todos cantam: Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que eu te siga, respondo: “Eis-me aqui!”
Envio (pelo padre ou coordenador(a):
Cristo os envia para anunciar seu Reino. Ele os convida e espera sua resposta.
Ele será seu apoio, sua luz que os acompanha sempre: o Pai misericordioso, o Filho, que nos ilumina e acompanha, o Espírito Santo, que nos congrega no amor.
AMÉM, AMÉM, AMÉM.
Canto final:
Quero ouvir teu apelo, Senhor, ao teu chamado de amor responder.
Na alegria te quero servir e anunciar o teu Reino de amor.
E pelo mundo eu vou, cantando o teu amor,
Pois, disponível estou para servir-te, Senhor. (bis)
Abraço
Confraternização
Inês Broshuis
Comissão para Animação Bíblico-Catequética do Leste 2 e da arquid. de Belo Horizonte
01.08.2013
As 14 estações via-sacra presidida pelo papa Francisco na noite desta sexta-feira, dia 26 de julho, no Rio de Janeiro, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, contaram com a participação de cerca de 700 voluntários, além de atores profissionais.
Ao longo do percurso de 900 metros, os últimos passos da Paixão de Cristo foram coreografados sob a direção do encenador e realizador de televisão Ulysses Cruz.
Peregrinos de várias nacionalidades transportaram a cruz, enquanto que para a coreografia das estações foram escolhidas pessoas em representação de minorias e grupos considerados socialmente mais frágeis.
Os textos das meditações foram redigidos pelo Padre Zezinho e Padre Joãozinho. Apresentamos os vídeos correspondentes às 14 estações, separados pelas meditações proferidas, e o vídeo com as palavras proferidas pelo papa Francisco.
Saudação
- Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Amém.
- Nós te adoramos e te bendizemos, Senhor Jesus Cristo, redentor da humanidade.
- Tua entrega na cruz nos dá a Vida, mostra o Caminho, revela a Verdade!
Oração
- Oremos.
Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo
e escolheste homens e mulheres para que,
por Ele, com Ele e n’Ele, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações.
Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos
os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito,
os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.
Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.
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1.ª Estação
Jesus é condenado à morte
Um inocente foi condenado.
Ele trouxe um projeto de vida.
Ele quis libertar os irmãos.
Veio propor que seu povo tomasse a história nas mãos.
E foi condenado a morrer.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui atraído pelo teu divino Coração. Venho das fronteiras do mundo. Sou missionário e encontro no meu caminho muitos jovens inocentes que todos os dias são condenados à morte pela pobreza, pela violência e por todo o tipo de consequências do pecado que nos machuca desde as origens da humanidade. Quero seguir teus passos na certeza de que tudo posso n’Aquele que me fortalece e se Deus é por nós, quem será contra nós? (Cf. Fil 4, 13; Rm 8, 31-32).
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2.ª Estação
Jesus toma a cruz aos ombros
Assumiu uma cruz que não era dele.
Ele disse que a vida é coragem.
Que é preciso lutar sem cessar.
Veio ensinar que é preciso mudar
o que é trevas em luz.
E eis que lhe dão uma cruz.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui convertido pelo teu divino Coração. Tomaste sobre os ombros minhas dores e misérias (cf. Is 53, 4). Era minha a cruz que te feriu. Quero completar o teu sacrifício em minha vida, deixando-me tocar por tão grande amor e dando testemunho com as palavras e com o exemplo ali onde o mundo precisa. Levarei para sempre a tua cruz no meu peito e as tuas palavras no meu coração. Quero ser instrumento deste amor que nunca se cansa de amar.
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3.ª estação
Jesus cai pela primeira vez
A cruz foi ficando pesada.
Ele disse que a vida é ternura.
Que é preciso saber perdoar.
Veio mostrar que até mesmo quem erra
tem Deus como Pai.
E ao peso da cruz ele cai.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Nas quedas sou animado pelo teu humilde Coração. Sou voluntário numa comunidade de recuperação de jovens que caíram na dependência química. São vítimas de um comércio violento e cruel. São desfigurados e correm o risco de permanecer no chão. Vejo teu rosto na face de cada um deles. Ensina-me a ser como o bom samaritano que, para além dos discursos, tem coragem de levantar quem está caído à beira do caminho e cuidar de suas feridas (cf. Lucas 10, 25-37). Neste gesto de solidariedade salutar, ensina-me que somente em ti encontraremos a total transfiguração.
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4.ª estação
Jesus encontra sua aflita mãe
Dor de filho, dor de mãe!
Ele via o valor das mulheres.
E as mulheres buscou libertar.
Veio mostrar que a mulher traz em si
o mistério do ser.
E vê sua mãe a sofrer.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Contemplo a profunda comunhão de amor entre o teu Coração e o coração de tua mãe. É uma comunhão redentora! Aquela troca silenciosa de olhares no caminho da cruz fala mais do que qualquer discurso ou palavra. A dor do filho é realmente a dor da mãe. Isto faz-me pensar nas lutas em favor da vida da sua concepção até ao seu fim natural. Nós s mulheres temos uma vocação muito forte para defender tudo o que vive. Não podemos aceitar a violência de quem se acha no direito de interromper uma vida indefesa. Queremos proclamar com tua mãe: O Senhor fez em mim grandes coisas. Derruba do trono os arrogantes e eleva os humildes. Manifesta a força de seu braço e sustenta-nos nos caminhos da nova evangelização (cf. Lc 1, 46-55).
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5.ª estação
Simão Cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz
Converteu-se enquanto ajudava Jesus.
Sua cruz carregava cansado.
Esmagado de tanta opressão.
E eis que um colono que chega
do campo levou sua cruz.
Sofria também com Jesus.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui chamado pelo teu divino Coração. Sou um jovem vocacionado a caminho do sacerdócio. O teu apelo ressoa muito forte no meu interior: Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz e siga-me! Mas nem sempre compreendo que a luz passa pela cruz. Ao carregar um pouco do teu fardo quero aprender os caminhos da configuração a ti. Que um dia eu possa dizer: eu vivo, mas não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim (cf. Gal 2, 20). Faz de mim um ministro transparente. Livra-me da tentação dos primeiros lugares e ensina-me a ser um bom pastor, que dá a vida para congregar teu povo na unidade.
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6.ª estação
Verónica enxuga o rosto de Jesus
A mulher que não se calou.
Tinha um rosto de homem do povo.
Tinha marcas de luto e de dor.
Tanto sofreu que de escarros e sangue se desfigurou.
Mas alguém o seu rosto enxugou.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Sou consagrada ao teu divino Coração no serviço ao meu irmão. Não posso me calar quando encontro nas vias-sacras da vida tantas vítimas de uma « cultura de morte »: mulheres prostituídas e famílias na miséria, enfermos sem atendimento e idosos desprezados, migrantes sem terra e jovens desempregados, pessoas excluídas da cultura digital e minorias tratadas com preconceito... a lista é grande, meu Senhor. Ao enxugar as lágrimas, o suor e o sangue do rosto destes irmãos e irmãs vejo maravilhada que a tua face fica estampada no lenço da minha solidariedade (cf. Mt 25, 31-46). Ensina-me a sempre unir mística e militância, fé e vida, céu e terra, porque o Pai é nosso e somos irmãos, mas o pão também é nosso e somos cristãos, ou seja, gente que acredita no milagre de repartir.
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7.ª Estação
Jesus cai pela segunda vez
Quem caiu subindo, caiu para o alto!
Ele disse que a vida é um presente.
Para quem não parou nem cansou.
Leva nos ombros com garra e coragem
a cruz dos irmãos.
E mais uma vez cai ao chão.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-nos aqui! Encontramos em teu Coração a nossa morada. Desde que começamos a namorar, ensaiamos o jeito certo de construir uma família que tem papel fundamental na transmissão da fé e da vida. Contemplando a tua paixão, entendemos que tudo isso foi por amor. Aprendemos, porém, que as nossas paixões não são um fundamento seguro. Só constrói sobre a rocha, quem edifica no amor (cf. Mt 7, 24-27). Dá-nos a sabedoria de começar a construção pelos fundamentos e não pelo telhado. Ensina-nos que cada escolha exige renúncias. Se cairmos, Senhor, seja sempre avançando e nunca desistindo. Mesmo nas quedas, não permita que nos afastemos de ti.
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8.ª Estação
Jesus consola as mulheres de Jerusalém
Vocação de mulher: do berço até à cruz.
No caminho por onde ele ia.
A sofrer quase só sem ninguém.
Algumas mulheres chorando seguiram Jesus sofredor.
Eram mães solidárias na dor.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! No teu Coração tão humano aprendi o valor salvífico do sofrimento e da dor. Completo na minha carne o que falta aos teus sofrimentos pelo teu Corpo, que e´ a Igreja (cf. Col 1, 24). Não posso esquecer que a redenção se realizou pela tua cruz, ou seja, pelo teu sacrifício. Isto me ensina que a dor faz parte da condição humana e é tocada inteiramente pelo teu amor que salva. Isto não me leva a uma resignação alienada, mas faz-me consciente de que algumas dores são oportunidades para me unir à tua cruz. É um mistério que apenas quem sofre unido a ti pode discernir na medida certa. Ensina-me que na hora da dor melhor do que falar sobre Deus é falar com Deus. A prece consola mais que a explicação.
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9.ª Estação
Jesus cai pela terceira vez
Depois disso, não mais caiu!
Outra queda e já é a terceira.
E ele cai de cansaço no chão.
É como tantos que sofrem de fome de amor e de pão.
E sucumbem de tanta opressão.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! No teu Coração de mestre encontrei a Verdade. Venho do mundo dos estudos. Eles fazem parte da minha missão neste momento. O conhecimento e a ciência me encantam, mas muitas vezes me seduzem e até induzem a imaginar que não preciso de ti. Mas o meu coração tem sede de um amor e de uma verdade que superam os amores e as verdades desta terra. Apenas na tua Verdade encontro a sabedoria eterna. E neste tesouro encontro as forcas para não mais cair. Apenas quem encontra a Verdade, para além dos limites do corpo, fica verdadeiramente de pé
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10.ª Estação
Jesus é despojado de suas vestes
Era pobre e mais pobre morreu!
Arrancaram-lhe as vestes que tinha.
Sortearam a que lhe restou.
Tão despojado e não tendo mais nada
a si mesmo se deu.
Era pobre e mais pobre morreu.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Teu Coração me ensina tantas maneiras de promover a comunhão. Faço parte desta geração que nasceu conectada por meio da Internet. Sei que as redes sociais são uma possibilidade para construir relações verdadeiras, mas exigem muita atenção para não ficar refém das forças de dispersão que despojam a juventude de sua identidade. A manipulação da inteligência é uma delas. Isto pode-nos levar à alienação dos direitos religiosos, sociais e até políticos. Olhando para o teu despojamento total no caminho da cruz, eu peço em nome de minha geração: que a tua graça nos ensine os caminhos para evangelizar o « continente digital » e nos deixe atentos à possível dependência ou confusão entre o real e o virtual, correndo o risco de dispensar o encontro com as pessoas por contactos na rede.
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11.ª Estação
Jesus é pregado na cruz
Feita de dois riscos foi a sua cruz.
Tendo dois assaltantes ao lado.
Foi pregado na cruz que levou.
Crucificado, agredido insultado, Jesus perdoou.
Ao algoz que o feriu e matou.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! No teu divino Coração encontrei a verdadeira liberdade. Estou consciente daquilo que disse João Paulo II: «a pior das prisões é um coração fechado ». Milhões de jovens estão presos, cumprindo pena por um erro cometido. Teu olhar de perdão no alto da cruz me faz pensar que é possível mudar de vida. Ensina-me que a tua cruz uniu a terra e o céu e os teus braços abertos acolhem a todos, até quem está na prisão (cf. Mt 25, 43). É bom saber que amas não apenas quem é justo e santo, mas também o pecador (cf. Rm 5, 8). Obrigado, Senhor, pela tua imensa compaixão!
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12.ª Estação
Jesus morre na cruz
O autor da vida aceitou morrer.
Esmagado ferido e vencido.
Derrotado ele nem reagiu.
Agonizou e expirou como quem nada pode fazer.
É a vida que vemos morrer.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Em teu Coração encontrei a vida e a vida em plenitude. Conheces bem os limites de minha condição física. Vivo um tempo difícil de purificação. A doença é a minha cruz. Aceita-me unido a ti neste momento. A certeza de que estás comigo faz cada minuto valer a pena. Gostaria de viver muitos anos, mas o que é isso diante da eternidade? Então, Senhor, fortalece em mim a fé, a esperança e a caridade. E que eu escute de tua boca a frase que consolou tantos doentes e sofredores: «Tua fé te salvou, vai em paz!» (cf. Lc 8, 48).
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13.ª Estação
Jesus é descido da cruz
Maria e os discípulos o descrucificaram.
Parecia estar tudo acabado.
Jesus Cristo descia da cruz.
Morto e sem vida Maria o recebe sem nada falar.
É meu povo que eu vejo a chorar.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! É maravilhoso escutar as lições do teu divino Coração. Passo os dias no silencio de sons e palavras. Não consigo ouvir com os ouvidos, mas escuto tua voz em meu coração. Ao ver-te descido da cruz, repousar no
colo piedoso de tua querida mãe, sinto que todos os discursos são insuficientes e uma única palavra já é demais. Existem momentos em que o silêncio e a contemplação falam muito mais. Ensina-me a descrucificar os meus irmãos. Que o meu testemunho seja
um silencioso grito de amor e de solidariedade.
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14.ª Estação
Jesus é sepultado
Semeado no silêncio fecundo.
Sepultado na rocha mais fria.
Nada mais se podia esperar.
Ia com ele o projeto de vida que veio ensinar.
É meu povo escondido e a rezar
Senhor Jesus, Cristo Redentor, aqui estamos, envia-nos! (cf. Is 6, 8). Queremos ser um só coração e uma só alma. Iremos a todas as nações da terra para dar testemunho de que encontramos o verdadeiro caminho para a vida. A semente de tua Palavra caiu em nossos continentes. Não ficará sepultada na terra. Ensina-nos a cultivá-la, para que nasçam os frutos de uma nova evangelização.
– Que o Leste Europeu seja marcado pela paz e pela liberdade religiosa.
– Que a Europa supere a agressiva onda de secularização pelo anúncio corajoso da fé.
– Que a África supere a violência e construa a Igreja como família e a família como Igreja.
– Que a América do Norte reconheça as culturas que afastam do Evangelho.
– Que a América Latina e o Caribe encontrem caminhos para superar a injustiça e a violência.
– Que a minoria cristã da Ásia seja presente como semente fecunda, mesmo quando perseguida.
– Que a Oceânia sinta mais fortemente o compromisso de anunciar o Evangelho!
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Oração
- Nós te adoramos e te bendizemos,
Senhor Jesus Cristo,
redentor da humanidade.
- Tua entrega na cruz nos dá a Vida,
mostra o Caminho, revela a Verdade!
- Oremos.
Ó Cristo, Redentor da humanidade,
Tua imagem de braços abertos
no alto do Corcovado acolhe todos os povos.
Em Tua oferta pascal,
nos conduziste pelo Espírito Santo
ao encontro filial com o Pai.
Os jovens,
que se alimentam da Eucaristia,
Te ouvem na Palavra
e Te encontram no irmão,
necessitam de Tua infinita misericórdia
para percorrer os caminhos do mundo
como discípulos missionários
da nova evangelização.
Por Cristo, nosso Senhor.
- Amém.
Alocução do papa Francisco
Oração final
- Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor Jesus ensinou:
- Pater noster, qui es in cælis:
sanctificétur nomen tuum;
advéniat regnum tuum;
fiat volúntas tua, sicut in cælo, et in terra.
Panem nostrum cotidiánum da nobis hódie;
et dimítte nobis débita nostra,
sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris;
et ne nos indúcas in tentatiónem;
sed líbera nos a malo. Amen.
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imagem: pexels.com
Oração pelas férias
Dá-nos, Senhor,
depois de todas as fadigas
um tempo verdadeiro de paz.
Dá-nos,
depois de tantas palavras
o dom do silêncio
que purifica e recria.
Dá-nos,
depois das insatisfações que travam
a alegria como um barco nítido.
Dá-nos,
a possibilidade de viver sem pressa,
deslumbrados com a surpresa
que os dias trazem pela mão.
Dá-nos
a capacidade de viver de olhos abertos,
de viver intensamente.
Dá-nos
de novo a graça do canto,
do assobio que imita
a felicidade aérea
dos pássaros,
das imagens reencontradas,
do riso partilhado.
Dá-nos
a força de impedir que a dura necessidade
esmague em nós o desejo
e a espuma branca dos sonhos
se dissipe.
Faz-nos
peregrinos que no visível
escutam a melodia secreta
do invisível.
José Tolentino Mendonça
padre e poeta
Equipe do Catequese Hoje
15.07.2013
Dirg.: É em nome do Pai que nos chamou a vida, do Filho que nos ensinou a amar e do Espírito que nos inspira a viver no amor, que nos reunimos para este Encontro.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo (bis)
Música: Humano Demais (Pe. Fábio de Melo)
Eu fico tentando compreender o que nos teus olhos pôde ver
Aquela mulher na multidão que já condenada acreditou
que ainda havia o que fazer, que ainda restara algum valor
E ao se prender em teu olhar, por certo haveria de vencer.
E assim fizeste a vida retornar aos olhos dela
E quem antes condenava se percebe pecador
Teu amor desconcertante, força que concerta o mundo
Eu confesso não saber compreender.
Sou humano demais pra compreender, humano demais pra entender
Este jeito que escolheste de amar quem não merece
Sou humano demais pra compreender, humano demais pra entender
que aqueles que escolheste e tomaste pela mão
Geralmente eu não os quero do meu lado.
Eu fico surpreso ao ver-te assim trocando os santos por Zaqueu
E tantos doutores por Simão, alguns sacerdotes por Mateus.
E, mesmo na cruz, em meio à dor, um gesto revela quem tu és.
Te tornas amigo do ladrão só pra lhe roubar o coração.
E assim foste o contrário, o avesso do avesso
E por mais que eu me esforce não sei bem se te conheço
Tu enxergas o profundo, eu insisto em ver a margem.
Quando vês o coração eu vejo a imagem.
Leitura: Filipenses 3,7-14
Momento de partilha e reflexão...
Rezemos juntos:
Ó Deus, Amado de nossas vidas,
Parceiro de tantas horas certas e incertas;
Amigo em tantos momentos de solidão e angústias.
Nós te agradecemos pela inspiração e companhia nos caminhos da vida e da catequese.
Aumenta em cada um de nós a Paixão pelo teu Filho e o desejo pelo Reino.
Faz de nós testemunhas do teu amor desconcertante.
Fica conosco nestes novos tempos. Envia Teu Espírito para curar as feridas da vida comunitária e quebrar os muros do orgulho, da arrogância e do medo.
Amém!
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
15.06.2013
Símbolos: Bíblia, Círio Pascal ou uma vela grande e, ao redor, línguas de fogo (feitas de cartolina vermelha). Em cada língua de fogo, escrito um dos frutos do Espírito Santo (amor, alegria, paz, bondade, união, fraternidade, perdão, misericórdia, doação, serviço, paciência, mansidão... (cf. Gl 22,23).
Acolhida: Hoje, estamos reunidos para celebrar a grande festa de Pentecostes a fim de que possamos ficar sempre mais unidos no amor e na força do Espírito Santo. Podemos cantar (letra adaptada)
Nós estamos aqui reunidos, como estavam em Jerusalém
Pois, só quando vivemos unidos é que o Espírito Santo nos vem.
Ninguém pára esse vento passando; ninguém vê e ele sopra onde quer.
Sua força reúne as Igrejas numa nova maneira de ser.
De diversas culturas congrega este povo que o Divino conduz.
Como fogo que aquece e ilumina, nos confirma no Cristo Jesus.
Hoje o mundo recebe o Espírito, entre povos há um só coração.
Como mãe que acalenta e consola, nos reúne na paz, comunhão.
Oração: Senhor, iluminai nosso ser, fortalecei nossa vontade, para que o Espírito Santo nos transforme sempre mais em verdadeiros discípulos e missionários do vosso Reino. Amém.
Reflexão: Jesus estava cheio do Espírito Santo. O Espírito está presente no momento da anunciação do nascimento (Lc 3,22); no Batismo (Lc 3,22), quando Jesus é tentado no deserto (Lc 4,1ss) e quando proclama a sua missão (Lc 4,16-19).
Jesus dá o Espírito Santo aos apóstolos no dia da Páscoa (Jo 20,19-23) e desce sobre seus seguidores, apóstolos e mulheres (Atos 2,1ss)
Primeira leitura: Jo 20,19-23. Alguns instantes de silêncio.
Segunda leitura: Gl 5,22-23
Cada um(a) tira, agora, uma língua de fogo e reflete o que significa o dom escrito nela para nós catequistas e para a Igreja hoje.
Depois, pode-se partilhar a reflexão e ver quais as conseqüências para nossa missão de catequistas.
Canto:
O Espírito do Senhor repousa sobre mim, o Espírito do Senhor me escolheu, me enviou.
Para dilatar o seu Reino entre as nações, para anunciar a boa nova a seus pobres.
Para proclamar a alegria e a paz. Exulto de alegria em Deus, meu Salvador
Para dilatar o seu Reino entre as nações, consolar os esmagados pela dor.
Para proclamar sua graça e salvação e acolher quem sofre e chora, sem apoio, sem consolo.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim...
Oração: Vamos colocar a língua de fogo de volta e façamos uma breve oração espontânea.
Pai Nosso...
Abraço da paz.
Bênção: O Deus que derramou em nossos corações o Espírito do seu Filho nos encha de força para assumirmos nossa missão com muito ânimo e coragem. Amém.
Canto final:
Ninguém pára este vento passando, ninguém vê e ele sopra onde quer.
Sua força transforma a Igreja numa nova maneira de ser.
Inês Broshuis
Comissão de Catequese da Arquidiocese de BH e do Regional Leste 2 da CNBB
14.05.2013
A minha alma engrandece o Senhor,
e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
porque ele olhou para a humildade de sua serva.
Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz,
porque o Todo – poderoso fez para mim coisas grandiosas.
O seu nome é santo,
e sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que o temem.
Ele mostrou a força de seu braço:
dispersou os que têm planos orgulhosos no coração.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Encheu de bens os famintos
e mandou embora os ricos de mãos vazias.
Acolheu Israel, seu servo,
lembrando-se de sua misericórdia,
conforme prometera a nossos pais,
em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre. Lc 2, 46-55
Introdução
Esse hino é de estilo bíblico, cheio de citações do Antigo testamento. É o canto dos pobres que reconhecem a vinda de Deus para libertá-los através do seu Messias. Deus fica ao lado dos pobres e realiza uma transformação radical na história. Pobres e oprimidos serão libertados e assumirão a liderança de uma história nova. Jesus inaugurará este novo Reino.
Maria, serva do Senhor, faz parte desse povo humilde e, de certo modo, o representa.
1º momento
Maria sabe reconhecer as maravilhas que Deus operou nela. Ela louva e agradece ao Senhor por isso.
Será que nós podemos cantar como Maria? Quais as grandes coisas que Deus fez em nós? Muitas vezes temos uma visão negativa de nós mesmos e ignoramos os muitos dons que nos foram concedidos.
Reflita sobre as maravilhas que Deus operou em você (dons e talentos, ambiente familiar, trabalho, saúde, dons espirituais...). Nomeio-os (ou escreva-os). Depois, pode repetir, diversas vezes, os versículos do primeiro bloco, sentindo toda gratidão pelas graças recebidas.
2º momento
Leia os versículos do segundo bloco. Observe os contrastes nesses versículos. Querem dizer que Deus se coloca ao lado dos fracos e pobres. Ele toma sua defesa. Aqui está um recado para nós. Hoje, Deus age através de nós para que haja mais igualdade entre poderosos e humildes, entre ricos e pobres.
Seu ambiente reflete esse “sonho” de Deus? Você Poe fazer algo para que esse sonho se realize?
3º momento
No primeiro capítulo do primeiro livro de Samuel, você pode ler a bela narrativa de Ana, que era estéril, mas, depois de muitas lágrimas e orações, conseguiu a graça de conceber um filho. Deu à luz Samuel, o grande sacerdote, profeta e juiz. Ela entoou um cântico de louvor.
Leia 1 Sm 2, 1-10.
Observe as semelhanças com o cântico de Maria. Quais versículos mostram isso?
4º momento
Reze ou cante o cântico de Maria.
(Você pode escrever o seu próprio “Magnificat” bem dentro da realidade em que vive, mostrando a salvação que Deus operou em você e no seu ambiente.)
Inês Broshuis
Equipe do Catequese Hoje
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