Ir ao Encontro de Jesus: Caminho Verdade e Vida!
“Não é o muito saber que sacia e satisfaz a alma, mas sentir e saborear as coisas internamente” Santo Inácio de Loyola
A oração é fundamental, um encontro amoroso do catequista/orante com Deus.
Preparação:
Aproximar do lugar escolhido para o encontro, no tempo marcado, conscientizar-se de estar na presença de Deus, crer que Ele nos vê e nos olha com infinita ternura e expressar nossa resposta ao seu amor com nosso olhar e com outros gestos corporais. Esse diálogo de olhares, a percepção de que Deus nos olha com amor infinito, deixar-nos habitar e envolver por esse olhar, faz parte do ritual de entrada na oração. Ele é já uma forma de oração.
“Quando buscamos a Deus, é porque Ele já nos buscou primeiro. O fato de sentir sua ausência, a necessidade de encontrar-nos com Ele, o desejo de fazer Exercícios Espirituais, nos está revelando que nos falta algo fundamental. Esta é uma das muitas maneiras como Deus nos busca. O Espírito de Deus abre nossa existência para o Absoluto desde o centro mesmo de nossa pessoa limitada. ‘Deus nos faz falta’.” [EE.EE]
Fundo Musical...
Deixa que a respiração profunda do teu Ser aconteça. Só isso. Não interrogues, nem busques. Deixa que seja Deus a procurar-te. Não caminhes. Deus virá ao teu encontro. Não procures contemplar. Permite, antes, que Deus contemple. Não rezes. Deixa que em silêncio, Ele reze o que tu és.
ORAÇÃO: com o poema “NADA PARA PEDIR-TE” (Benjamim Gonzalez Buelta)
Hoje não tenho nada para pedir-te.
nem te trago nenhuma queixa.
Eu apenas busco um encontro
desde o infinito que pulsa em mim.
Pobre de mim se atasse
tua resposta a minha pergunta
tão medida, ou a meu lamento tão ferido!
Pobre de mim se já soubesse a resposta!
Talvez só encontrasse para minha sede,
minha própria água reciclada,
o eco de meu monótono dizer-me,
meu passado umedecido pelo suor ou pelo pranto.
Necessito-te mais além do que sei ou do que digo de mim mesmo.
Hoje descubro, já presente, no amor com que me atrais,
a paixão com que me buscas.
Texto Bíblico: Jo 15, 1-5 (Silêncio para meditar a Palavra)
Depois de um silêncio pacificador, procure estar presente a Deus.
- Leia sem pressa, a passagem bíblica, uma ou duas vezes: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo meu ramo que não dá fruto, ele poda. E limpa as que dão fruto para que deem mais fruto. Vocês estão limpos, graças à palavra que lhes comuniquei. Permaneçam em mim, como eu permaneço em vocês. Se um ramo não ficar unido à videira, sozinho não pode dar fruto. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim. Eu sou a videira e vocês os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, este dá muito fruto. Sem mim vocês nada podem fazer”.
Dir.: Deixando-nos conduzir pelo Espírito Santo, falamos com o Filho que assumiu nossa carne humana e foi visto com os nossos olhos, e com o Pai que o Filho revelou. Tão importante como falar com Deus, ou mais, é escutar a sua voz. A voz de Deus pode ser muito suave e delicada. Por isso, para poder ouví-la, precisamos silenciar-nos, interiormente concentrados e pacificados.
- Observe: Que comparação faz Jesus? Ele comenta que podem acontecer várias coisas com um ramo. Quais?
- Reflita: O que você entende com esta comparação de Jesus? Que tipo de ramo é você? Que tipo de ramo é a catequese de sua comunidade? Que luzes esta parábola traz para esse retiro? Como pode iluminar nossa espiritualidade cristã e de catequistas? Que lhe causa essa passagem: Alegria? Temor? Confiança? Tristeza? Algum bom desejo?
- Deixe brotar em seu coração os sentimentos e ações: admire, louve, agradeça, peça perdão ou a graça da qual sente necessidade para ser livre você e sua ação catequética.
Dir.: A partir dessa reflexão queremos alcançar a graça de conhecer e experimentar o amor e a bondade, a misericórdia e a fidelidade de Deus, que nos foram revelados em Jesus Cristo, na sua pessoa e na sua missão, ao longo dos mistérios de sua vida, do primeiro, a Encarnação, até o último, a Ascenção.
Jesus quer falar algo muito importante, por isso decide falar mais fácil e claramente: usa uma conjunto de comparações ( ‘alegorias’). Como isso dá um resultado maravilhoso: cada vez que a gente lê esta alegoria da videira, descobre nela algo de novo. Na Bíblia, a imagem da videira é familiar: foi usada várias vezes pelos profetas. Isaías (5,1-7) compara o povo israelita a uma vinha que Deus cultivou com todo zelo, esperando que produzisse uvas deliciosas e doces. Que decepção! Só deu uvas azedas. No Salmo 80, que rezaremos, mostra o pedido para que Deus mude a devastação que a infidelidade de Israel provocou.
Deus ouve a prece de seu povo: Jesus Cristo, a grande novidade do Pai, é a videira boa que dá gosto; responde bem aos cuidados do Pai, é-lhe fiel e por isso dá frutos excelentes.
Fazer a experiência de um encontro pessoal com Jesus Cristo é a finalidade desse Retiro. Foi Ele quem nos deu a conhecer, com suas palavras e ações, o Deus que é seu Pai e nosso Pai. Depois de viver a nossa vida e morrer descendo à mansão dos mortos, Ele venceu a morte com sua ressurreição. Sua vitória sobre a morte é o penhor de nossa ressurreição e da comunhão eterna com Deus na comunhão dos santos, como professamos no Credo.
Rezemos com o Salmo 80
Rezemos com o Salmo, dirigindo nosso coração a Deus, pedindo que tome conta da sua vinha que está sendo ameaçada e invadida. A vinha representa o dom, a graça, o amor de Deus; por outro lado, ela precisa do trabalho do camponês, graças ao qual produz uvas que podem dar o vinho e, portanto, representa a resposta humana, o empenho pessoal e o fruto de obras justas.
Pastor de Israel, escutai, Vós que conduzis José como um rebanho!
Vós que estais sobre os Querubins, aparecei!
Arrancaste uma videira do Egito, expulsastes as nações para plantá-la.
Preparaste-lhes o terreno; ela deitou raízes e encheu a terra.
A sua sombra cobriu os montes e os seus ramos de cedros de Deus.
Estendia até o mar os seus ramos e até ao rio os seus rebentos.
Deus dos Exércitos, vinde de novo, olhai dos céus e vede, visitai essa Vinha!
Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou, o rebento que fortalecestes para Vós.
Pereçam diante de vossa face ameaçadora aqueles que lhe deitaram fogo e a devastaram.
Estendei a mão sobre o homem que escolhestes,
sobre o filho do homem que para Vós criastes.
E não mais nos apartaremos de Vós: fazei-nos viver e invocaremos o vosso nome.
Senhor Deus dos Exércitos, fazei-nos voltar, iluminai o vosso rosto e seremos salvos.
Um testemunho da experiência de encontro pessoal com Jesus Cristo.
Dir.: Leitura orante do testemunho pessoal com Jesus Cristo, transcrito a seguir, do famoso médico e psicoterapeuta Alberto Gorres (1918-1996). Deter-se, sem pressa de passar adiante, nos pensamentos e sentimentos que mais tocarem a cada um(a), e expressar os pensamentos e sentimentos a partir da história de minha relação pessoal com Jesus Cristo.
“Jesus Cristo é a descoberta de minha vida. Ele é para mim absolutamente digno de fé e de amor. Seu olhar me toca.
Sua palavra está próxima de mim. Eu me sinto penetrado pelo seu olhar, Totalmente compreendido por Ele, E também amado.
Ele é filantropia em pessoa. Seu amor às pessoas humanas comove.
Quando meu coração está acordado e meus olhos estão abertos, sou atingido.
Creio na sua palavra. Tudo é muito simples, quando me relaciono com Ele na vida cotidiana.
Confio nele, porque o conheço bem. A religião conhece o ser humano.
Jesus me conhece e eu o conheço Com isso disse tudo o que tenho a dizer.
Jesus Cristo não é um personagem da história passada. Ele faz parte da história de minha vida, de meu passado, de meu presente e de meu futuro. Ele me olha, Ele me fala, Ele me conhece. Sobretudo e apesar de tudo, Ele me ama. Por isso, posso experimentar e viver a presença de Jesus Cristo e na minha vida, posso me relacionar com Ele diariamente de muitas maneiras: na celebração dos sacramentos, especialmente da Eucaristia; no serviço aos irmãos, especialmente aos mais necessitados; na leitura orante do Evangelho, na oração pessoal, cujo conteúdo pode ser muito variado”.
Encerrar a oração com um diálogo de despedida de Jesus Cristo, rezando depois o Pai Nosso, a oração que Ele mesmo nos ensinou.
Oração final:
Faz-me trilhar, Senhor, a estrada da confiança. Dá-me um coração capaz de amar serenamente aquilo que sou ou que não sou. Ensina-me a devolver a todos os teus filhos e a todas as criaturas a extraordinária Bondade com que me amas. Ensina-me que é possível olhar a noite não para dizer que pesa em todo lugar o escuro, mas que a qualquer momento uma Luz se levantará.
Dá-me a ousadia de criar e recriar continuamente mesmo partindo daquilo que não é ideal, nem perfeito. E quando me sentir mais frágil ou sobrecarregado(a), receba com igual confiança a minha vida como Dom e cada dia como um dia Teu. (Pe. José Tolentino Mendonça)
Fundo Musical...
Dir.: No final do encontro com Deus na oração, façamos um diálogo de despedida carregado de afeto, como dialogam, no fim dos seus encontros, as pessoas que se amam. (Dar um tempo necessário para esse diálogo)
Revisão da Oração:
Terminada a oração, façamos a ‘revisão’, examinemos o que mais nos ajudou, para continuar praticando, e vejamos o que nos impediu de orar melhor, para poder superar essas dificuldades nos próximos tempos que formos orar:
-Que Palavra de Deus ou pensamento mais me tocou?
-Que sentimento predominou durante a oração?
-Senti algum apelo, desejo, inspiração?
-Tive alguma dificuldade ou resistência?
Partilhemos nossa oração pessoal com a pessoa que está do nosso lado.
(Texto elaborado a partir dos “Exercícios Espirituais na vida cotidiana”- CEI-ITAICI – Centro de Espiritualidade Inaciana e do livro “SALMOS PARA “SENTIR E SABOREAR AS COISAS INTERNAMENTE”. Uma ajuda para a experiência dos Exercícios Espirituais” de Benjamim G. Buelta)
Rita de Cássia Rezende
Coordenadora da Comissão para Animação bíblico-Catequética da Arquidiocese de Pouso Alegre-MG
NO CAMINHO DO DISCIPULADO MISSIONÁRIO, A EXPERIÊNCIA DO ENCONTRO:
“TU ÉS O MESSIAS,
O FILHO DO DEUS VIVO”
INTRODUÇÃO
Queridos/as Catequistas!
Com nossos cumprimentos e gratidão, colocamos em suas mãos uma sugestão para a Celebração do dia do Catequista, que neste ano será no dia 24 de Agosto.
Que este dia seja de alegria e, sobretudo de entrar em sintonia e comunhão com todos os catequistas do Brasil.
A missão do catequista é de gratuidade. É assim que cada catequista coloca em prática o ensinamento de Jesus, dedicando seu tempo para que adultos, jovens, adolescentes e crianças possam encontrar o caminho do discipulado missionário, a partir da experiência pessoal e comunitária com Jesus Cristo. É por isso que hoje queremos agradecer a Deus pelo ministério da catequese e dizer “obrigado” a cada um de vocês, pedindo ao Senhor que os abençoe porque vocês fizeram a opção de ser servidores do evangelho que gera Vida em abundância.
Que a experiência do encontro com Jesus Cristo, condição para exercer esse ministério, provoque sempre de novo o encantamento por esse fascinante caminho de discipulado, cheio de desafios que fazem crescer em “idade, sabedoria e graça”!
Parabéns, Gratidão e bola pra frente!!!
Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética
Orientações:
- Como no processo de Iniciação à Vida Cristã consideramos catequistas todos os que se dedicam à educação da fé, é bom destacar também aqueles que fazem parte do processo: equipe de preparação ao batismo, ao matrimônio, pastoral familiar, pastoral da criança, grupo de liturgia, círculos Bíblicos, grupos de reflexão...
- Esta celebração segue a estrutura da liturgia do 21º domingo comum que se celebra nesse dia 24 de agosto, para estarmos em sintonia com toda a Igreja. Mas onde não há possibilidade de missa, pode ser adaptada como Celebração da Palavra.
- Preparação do ambiente: Colocar a Bíblia, o Círio Pascal, o RICA, o Diretório Nacional de Catequese, um vaso com galhos verdes e secos e (preparar velas e um galhinho verde para cada participante). Acolher a todos com a festa do abraço.
CELEBRAÇÃO
Comentarista: A missão primordial da igreja é anunciar Jesus e testemunhá-lo no mundo; anunciar o Reino de Deus como o próprio Jesus o fez. O/a catequista, vocação que hoje celebramos, assume este serviço da Palavra tornando-se porta-voz da vivência cristã de toda a comunidade e procura transmitir aos catequizandos a experiência do encontro com Jesus, fundamento de nossa fé. Nesta celebração queremos agradecer e louvar a Deus pelos milhares de catequistas que ajudam dinamizar nossas comunidades em todos os recantos do Brasil.
Canto de entrada
1-RITOS INICIAIS
Ato penitencial (feito por três catequistas a partir de limites que ainda existem na realidade local da catequese). E todos respondem “Senhor tende piedade, Cristo tende piedade, Senhor...
Glória - comentarista: Cantemos agradecendo a Deus que nos concede a graça do ministério da catequese em nossa comunidade...
Canto: ( ou um glória mais conhecido)
Deus vos salve Deus! Deus vos salve Deus! / Deus
salve a comunidade onde mora Deus / vos salve Deus!
Deus vos salve Deus! Deus vos salve Deus! / Deus
salve os catequistas onde mora Deus / vos salve Deus!
Deus vos salve Deus! Deus vos salve Deus! / Deus
salve as famílias onde mora Deus! / vos salve Deus!
ORAÇÃO: (o presidente reza a Oração do dia)
2 - LITURGIA DA PALAVRA
Comentarista: A Palavra de Deus hoje convida a nos empenhar com responsabilidade na administração do seu Reino. Isto se realiza na medida em que entramos na profundidade da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus, que são fruto da experiência do encontro com o Filho do Deus Vivo.
1ª Leitura: Isaías 22, 19,23
Salmo Responsorial: 137/138
2ª Leitura: Romanos 11,33-36
Canto de aclamação....
Evangelho: Mt. 16, 13-20
Sugestões para a reflexão:
- O/a catequista deve sempre de novo se questionar sobre quem é Jesus em sua vida. Pois só poderá levar os catequizandos a uma experiência de encontro com Jesus se ele/ela tiver aprofundado por primeiro seu relacionamento com o mestre. Muitas vezes Jesus se torna apenas uma lembrança distante como Elias, ou outro profeta. Para que Ele seja o Filho do Deus vivo é preciso renovar cada dia nosso desejo de viver na intimidade com Ele.
- A esse respeito o papa Francisco nos diz: “Precisamos recomeçar a partir de Cristo. O que significa estar familiarizado com Ele. A primeira coisa que um discípulo deve fazer, é estar com o mestre, ouvi-lo, aprender com Ele e isso é uma jornada que dura a vida inteira. Não basta dizer: Tenho o título de catequista. Isto não ajuda em nada! Como é a presença do senhor em sua vida? Quando você olha para o Tabernáculo, o que você faz? Olhar para o Tabernáculo é ao mesmo tempo deixar se olhar por Ele. Isso aquece o coração, mantém a amizade com o Senhor, faz você sentir que o senhor realmente olha, está perto de você e te ama. Não desanime! Ele ama você! Deixe se olhar por Ele. Nada mais! Eu entendo que para vocês não é tão fácil, especialmente para aqueles que são casados e tem filhos, é difícil encontrar um tempo para estar com o Senhor. Pergunte-se: como posso estar com Jesus, permanecer em Jesus?”
Profissão de Fé: Motivados pelo evangelho que refletimos e as palavras do papa Francisco queremos renovar como catequistas nosso compromisso na educação da fé dos catequizandos dessa comunidade. (cada catequista acende uma vela no Círio Pascal e em semicírculo ao redor do Círio rezam com toda a comunidade o CREIO).
Preces comunitárias:
Presidente: Com muita confiança e gratidão queremos nos dirigir ao Senhor e colocar-nos à sua disposição para construir o reino de vida e de amor...
Todos: EIS-ME AQUI, ENVIA-ME!
Leitor/a 1: Para ajudar que toda a Igreja de Jesus Cristo seja fiel ao seu Senhor reconhecendo nele o Messias Filho do Deus Vivo e principal protagonista da evangelização...
Todos: EIS-ME AQUI, ENVIA-ME!
Leitor/a 2: Para colaborar com o processo de Iniciação à Vida Cristã, uma catequese de inspiração catecumenal que o Concílio Vaticano II recuperou...
Todos: EIS-ME AQUI, ENVIA-ME!
Leitor 1: Para que em todos os regionais da CNBB seja assumido com responsabilidade o processo de preparação do Seminário Nacional de Iniciação à vida Cristã que acontecerá em novembro desse ano...
Todos: EIS-ME AQUI, ENVIA-ME!
Leitor 2: Na Igreja a vocação do catequista é antes de tudo profética. Dai-nos sempre a coragem de assumir o risco de ir para as periferias existenciais para levar a Vida e o Amor Deus...
Todos: EIS-ME AQUI, ENVIA-ME!
Leitor/a 1: Como catequistas, proclamadores da Palavra, sejamos também praticantes daquilo que anunciamos...
Todos: EIS-ME AQUI, ENVIA-ME!
Presidente da Celebração: Rezemos por fim pelogrande número de catequistas fiéis à sua missão até o fim que já partiram desta vida. Que o Deus de amor os tenha em sua misericórdia e contemplem eternamente a sua Face. Isto pedimos por Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo...
Todos: Amém!
Canto do Ofertório
3 -ORAÇÃO EUCARISTICA V
Após a Comunhão:
Comentarista: Para sermos testemunhas vivas da fé em Jesus que anunciamos no processo de Iniciação à Vida Cristã precisamos ser como ramos verdes, cheios de seiva e dinamismo. Queremos manifestar neste momento de ação de graças nosso desejo de caminhar sempre com o Mestre e pedir que ele sempre caminhe conosco, através da oração do/da Catequista.
Gesto:(A coordenadora entrega a cada catequista um ramo verde que está com os outros símbolos)
Todos: ORAÇÃO DO (DA) CATEQUISTA
Como os discípulos de Emaús, somos peregrinos. Vem caminhar conosco!
Dá-nos teu Espírito, para que façamos da catequese caminho para o discipulado.
Transforma nossa Igreja em Comunidade de comunidades, orantes e acolhedoras, testemunhas de fé, de esperança, de caridade e de alegria.
Abre nossos olhos para reconhecer-Te nas situações em que a vida está ameaçada.
Aquece nosso coração, para que sintamos sempre a tua presença.
Abre nossos ouvidos para escutar tua palavra, fonte de vida e missão.
Ensina-nos a partilhar o pão e a vida em nossa caminhada. Permanece conosco, Senhor!
Faz de nós discípulos missionários, a exemplo de Maria, Mãe da fidelidade.
Tu que és o caminho, a verdade e a vida. Amém.
Comentarista: Cada catequista coloca o galho verde num vaso com água lembrando o Batismo e o próprio Jesus que é a água viva, a seiva de nossa vida. Enquanto isso cantamos....
Canto:Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor!
Pra fazer Tua vontade, pra viver no Teu amor.
Pra fazer Tua vontade, pra viver no Teu amor,
Eis-me aqui, Senhor!
1- O Senhor é o Pastor que me conduz por caminho nunca visto me enviou.
Sou chamado a ser fermento, sal e luz, e por isso respondi: aqui estou!
2- Ele pôs em minha boca uma canção, me ungiu como profeta e trovador,
Da história e da vida do meu povo, e por isso respondi: aqui estou!
3- Ponho a minha confiança no Senhor, da esperança sou chamado a ser sinal,
seu ouvido se inclinou ao meu clamor, e por isso respondi: aqui estou!
4 - RITOS FINAIS
(Celebração enviada pela Comissão para Animação Bíblico Catequética Nacional)
Narrador(a): O sentimento pascal é universal. Ele está presente em todas as tradições religiosas, nas culturas, no desejo humano de uma vida que se renova, sempre. Mas a páscoa comercial dura tanto quanto o ovo de chocolate guardado na geladeira. Acaba rápido e logo o comércio vai partir para a próxima data comemorativa, o Dia das Mães.
Leitor 1: E assim, de festa em festa, de data em data, nós, consumidores, vamos sendo consumidos no rolo compressor de um mercado que desempenha uma função quase religiosa. Os supermercados e shoppings são os novos “templos” dessa nova religião que promete um paraíso em cada vitrine.
Leitor 2: É preciso redescobrir o sentido profundo das festas, das comemorações, das celebrações. Para além das coisas, é preciso resgatar o “espírito” das coisas.
Narrador(a): Então, convidamos todos a contemplar o sentido e significado de alguns dos símbolos pascais, dos símbolos da Vida Nova.
Leitor 3: A SEMENTE, UMA PROMESSA DE VIDA
"Eis que o semeador saiu a semear. E, enquanto semeava, algumas sementes caíram pelo caminho, e vieram as aves e as comeram. Outras caíram em meio às pedras, onde não havia muita terra, e logo brotaram. Veio o sol forte e as queimou, e secaram, porque não tinham muita raiz. Outras sementes caíram entre espinhos, e os espinhos cresceram e as sufocaram. Mas uma parte das sementes caiu em boa terra, e elas deram fruto: umas, cem, outras sessenta e outras trinta”. Mateus 13,3-9
Todos: Quem olha para uma semente, tão simples, dificilmente pode acreditar que dentro dela pode morar a beleza exuberante de um girassol...
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Leitor 4: A VELA, A LUZ
“Vocês são a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade construída
sobre um monte; Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo da mesa, mas
no alto, para que ilumine a todos que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês
diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem o Pai, que
está nos céus”. Mateus 5,14-16
Todos: Quem vê a fragilidade da luz tênue de uma vela dificilmente pode
acreditar que uma vida que se ilumina, ilumina o mundo...
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Leitor 5: O OVO, UMA “VIDA NOVA”
“Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância...”. João 10, 10
Todos: O ovo traz em si, promessa e acontecimento. Sob sua casca dura, seca, se esconde o mistério da vida que se renova. E se traduz em mais e mais vida, que teimosamente, a si mesmo se fabrica...
Narrador(a): Que outros símbolos pascais conhecemos? O que eles significam? - Pausa para conversa e partilha
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Narrador(a): Mas é preciso trazer o símbolo para dentro da vida, senão ele perde o sentido, fica só símbolo, vazio, oco, e é devorado, consumido e esquecido, como o ovo de chocolate...
Leitor 1: O símbolo faz uma pergunta ao nosso coração. Se Páscoa é vida nova, onde a vida precisa se renovar, na nossa vida?
Narrador(a): É Páscoa, e a vida nova acontece em nós e à nossa volta quando...
Lado 1: Onde há raiva e rancor fazemos nascer o PERDÃO.
Lado 2: Onde há angústia, fazemos nascer a SERENIDADE.
Lado 1: Onde há medo, fazemos brotar a CORAGEM.
Lado 2: Onde há alienação, fazemos nascer CONSCIÊNCIA.
Lado 1: Onde há a indiferença, fazemos nascer SENSIBILIDADE.
Lado 2: Onde há o consumismo, fazemos nascer SIMPLICIDADE.
Lado 1: Onde há insegurança, fazemos nascer a CERTEZA.
Lado 2: Onde há solidão fazemos nascer SOLIDARIEDADE.
Todos: Onde há egoísmo, fazer nascer e viver o AMOR!
Narrador: A Páscoa acontece todos os dias, em todos os momentos nos quais renascemos para uma Vida Nova. Por isso, é Páscoa no meu coração e na minha vida quando... (partilhar)
Oração:
Todos: Senhor, Deus da Vida, que estás presente na vida que há em nós e à nossa volta. Dá-nos força, coragem, alegria e disposição para vivermos cada instante, cada situação que a vida, na sua liberdade, nos apresenta. Momentos de alegria e de tristeza, de saúde e de doença, de ganho e de perda, de conquista e de fracasso, de coragem e medo. Momentos em que é preciso agradecer à vida e lutar pela vida. Momentos em que somos chamados a superar nossos limites e apontar a vida na direção do MAIS.
Obrigado, Senhor Jesus, porque estás conosco, em todos esses momentos, com o Pai e com o Espírito Santo, Amém!
- Um abraço de Paz e de Feliz Páscoa.
Eduardo Machado
Educador e escritor
Reflexão para o tempo da Páscoa
Introdução
Esta reflexão, própria para o período da Páscoa, talvez seja feita melhor individualmente, no meio da natureza, num jardim.
“Beba” o silêncio do lugar, prepare-se para um encontro pessoal com o Senhor Ressuscitado.
Leia, agora, devagar, o texto acima procurando saborear a sua beleza e profundidade.
Este Evangelho segue, com liberdade, o esquema da esposa do Cântico dos Cânticos”. Agora, vamos deixar-nos inspirar por este livro. É uma coleção de poesias de amor que foram lidas nas sinagogas, na festa da primavera (em Israel), a Páscoa. Na tradição judaica o Canto significa o amor entre o povo eleito e Deus. Na tradição cristã, simboliza o amor entre Cristo e a Igreja (a comunidade).
O assunto não é o casamento, mas o amor. (Leia na sua Bíblia a introdução ao Livro dos Cânticos, para maior esclarecimento)
Para aproveitar do melhor modo esta reflexão, é necessário ler todos os textos citados do Livro Cântico dos Cânticos.
Já perceberam que somente no Evangelho de João se fala que Jesus foi enterrado num JARDIM (Cf. Jo 19,41)? O jardim perpassa todo o livro dos Cânticos, e o evangelho também fala de um jardim (Ct 5,1; 6,1-2; 7,11-14). Faz lembrar também o Paraíso terrestre, talvez fundamentado no Gn 2,23-24.
Vamos agora, passo a passo, acompanhar Maria Madalena na sua procura de Jesus
Ela é uma das três mulheres que estiveram junto à cruz. Ela esperou todo o sábado e a noite do dia seguinte, mas se levanta apressadamente de madrugada (Sl 63,2).
O versículo 1 diz que no primeiro dia da semana, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi ao túmulo e viu que a pedra havia sido retirada do túmulo. Maria ficou do lado de fora, chorando.
Ainda estava escuro. Escuridão, no Evangelho de João, simboliza não somente a escuridão exterior, mas também interior. O coração de Maria estava no escuro, triste por causa dos últimos acontecimentos.
Maria viu dois anjos que lhe perguntaram: “Por que choras?” Ela respondeu: “Levaram meu Senhor e não sei onde o colocaram”. (Verificamos agora, no Livro dos Cânticos, 3,1-4, a angústia da amada.)
Maria virou-se e viu Jesus, mas pensou que era o jardineiro (referência ao jardim). Perguntou novamente: “Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o colocaste, e eu irei buscá-lo”.
Neste momento, se deu o feliz encontro. Jesus pronunciou seu nome, e ela reconheceu o Senhor. Exclamou: “Rabuni” (Mestre).”É a voz do meu amado” ,diz o Cântico (2,8). É a voz do pastor que conhece suas ovelhas, diz João 10,3).
O livro Cântico dos Cânticos termina com uma linda exclamação de amor que é para ler e meditar agora: Ct 8,6-7.
O envio
Jesus disse a Maria: “Vai dizer aos meus irmãos: ”subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. E Maria foi anunciar aos discípulos: “EU VI O SENHOR!”. Maria tornou-se assim a primeira anunciadora da ressurreição.
Anuncio a alegria da ressurreição através de meu testemunho de vida? Posso dizer, como Maria: Eu vi o Senhor, eu ouvi sua voz e ele me chamou pelo nome?
Leia, agora de novo, o texto de João (2,1.11-18). Coloque-se diante do Senhor, como Madalena. Abra seu coração e fale com ele o que lhe brota do coração neste momento. Fique na sua presença, em silêncio, o maior tempo possível. Termina com a leitura de Ct 8,5-7.
Inês Broshuis
Comissão para Animação Bíblico-Catequética do Regional Leste 2
INHABITAÇÃO
Cada um de meus segundos
Bebe de tua eternidade.
Cada um de meus espaços
é pele de tua mão aberta.
Inspiro na brisa
o alento que expiras.
Com teu índice e polegar
juntas os lábios de minha ferida.
Molha-se meu pincel criador
nas cores de tua fantasia.
Tua ressurreição percorre
meus átomos, desejos e vácuos.
Meu credo é de últimos,
de ossos, de perguntas.
Em teu mistério vivo
Como testemunha na luz!
Em teu mistério vives
Como a luz na testemunha!
Benjamín González Buelta sj
Mantra: Indo e vindo, trevas e luz, tudo é graça, Deus nos conduz...
Palavra:
“Javé disse a Abrão: "Saia de sua terra, do meio de seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei.
Eu farei de você um grande povo, e o abençoarei; tornarei famoso o seu nome, de modo que se torne uma bênção.
Abrão partiu conforme lhe dissera Javé” (Gn 12, 1-4).
Peregrino
Quando teu navio
ancorado muito tempo no porto,
te deixar a impressão enganosa
de ser uma casa,
quando teu navio
começar a criar raízes
na estagnação do cais,
faze-te ao largo.
É preciso salvar a qualquer preço
a alma viajora de teu barco
e tua alma de peregrino...
D. Hélder Câmara
És incompreensível.
Mas a escuridão
de teu mistério,
é mais luminosa
que nossas ideologias
pequenas luzes penduradas
nas encruzilhadas.
És inacessível.
Mas tua distancia
é mais acolhedora
do último reduto de meu ser,
que todos os braços
que se fecham com amor
sobre meus ombros.
És indizível.
Mas teu nome
humildemente orado,
vai emanando silencioso
mais sabedoria
que as torrentes de palavras
que circulam pela terra.
És imanipulável.
Mas teu desígnio
traz até minhas veias,
uma gota de vida eterna
que faz brotar
desde o centro de minha realidade
todas as minhas criações.
Benjamín González Buelta sj
Narrador(a)- Estamos no Tempo da Quaresma. Nele, a Igreja nos convida a refletir e caminhar à luz do tema da Campanha da Fraternidade. No calendário litúrgico, o calendário da Igreja, a Quaresma é um período de 40 dias que vai da quarta-feira de Cinzas até o Domingo de Ramos, que abre a Semana Santa.
O número quarenta tem um significado especial. Antigamente, antes do desenvolvimento das vacinas e dos antibióticos, uma das formas de evitar a transmissão de doenças era colocar as pessoas com suspeita de doenças contagiosas em “quarentena”, isoladas das outras, até que se recuperassem, que estivessem curadas.
Leitor 1- Na linguagem bíblica, o número quarenta também tem esse simbolismo de purificação e renovação. Na parábola da Arca de Noé (Gn 7,17-24), por quarenta dias caíram as águas do dilúvio sobre a Terra, preparando uma nova criação. Por quarenta anos o povo hebreu vagou pelo deserto (Nm 33,1-39), guiado por Moisés, até chegar e conquistar a Terra Prometida. Jesus ficou 40 dias no deserto, em jejum e oração (Mt 4,1-11), preparando-se para iniciar sua vida pública. O Tempo da Quaresma é, pois, um tempo de purificação e preparação.
Leitor 2- Mas nos purificamos e nos preparamos para quê?
Todos- Para a festa da Páscoa, o mistério maior da Fé Cristã.
Leitor 1- Mas a maior festa cristã não é o Natal?
Narrador(a)- Não, no Natal celebramos a vida que nasce em Jesus. Na Páscoa, celebramos a vida que renasce por Jesus, que vence a morte, superando todos os limites da experiência humana.
No Natal Jesus nasce. Torna-se um homem como tantos. Vive sua vida no meio de nós. Suas ideias e ações o colocam em confronto com os poderosos do seu tempo. O conflito é inevitável. As consequências também. Ele é preso, julgado, condenado e morto. Seu corpo é colocado num túmulo. Vamos lembrar e celebrar tudo isso na Semana Santa.
Leitor 2- Até aí, Jesus é um personagem que, como tantos outros na História, deu a vida por suas ideias, por seus ideais.
Que pessoas podemos lembrar que viveram e até morreram por um ideal, por um sonho, pela liberdade, pela dignidade humana? Pessoas que são a força de uma família, de um grupo, de uma comunidade; pessoas que são luz e que geram vida para outras pessoas; pessoas “pascais”.
Momento de partilha
Narrador(a)- Essas pessoas morreram por causa das suas ideias, dos seus ideais. Jesus também. Mas, na madrugada daquele domingo, Ele salta da História para o mistério da nossa Fé.
Todos- Jesus está vivo. Nele a Vida RENASCE. E para sempre, pois os dons de Deus são assim, irrevogáveis.
Narrador(a)- Por isso nos preparamos, durante a Quaresma, para celebrar a Páscoa.
Mas vamos lembrar esses acontecimentos num passeio pela memória, um olhar sobre a História...
Leitor 3- A primeira experiência pascal é do povo hebreu, cerca de 1300 anos antes de Cristo. Muita gente se lembra de alguma coisa dessa história. A saga dos descendentes de José do Egito, que se multiplicaram em terra estrangeira e se viram submetidos a cruel escravidão. Deus VÊ a realidade do seu povo, ouve o seu clamor e se compadece.
Narrador(a)- E do olhar, à ação: Deus toca o coração de Moisés e o envia como o libertador. Vem então o confronto com o Faraó, as pragas e flagelos. No último, o Anjo do Senhor passa e fere de morte os primogênitos do Egito, inclusive a casa do Faraó, que, vencido, cede. Moisés inicia, então, a caminhada com o povo Hebreu em busca da Terra que Deus lhes prometera.
Leitor 4- Mas o Faraó se arrepende e envia seus exércitos contra os fugitivos. Eles se veem cercados, acuados diante do Mar Vermelho. Mais uma vez, a força de Deus os conduz na travessia, numa passagem cheia de simbolismo. De um lado fica a escravidão, o sofrimento. Do outro, a promessa de uma terra onde jorra leite e mel, onde se poderá viver em liberdade, louvando o Deus de Israel.
Conquistada a terra, o povo hebreu assimila essa história e a transforma em rito no qual celebra, todos os anos, a passagem da escravidão para a liberdade. É o Pêssach, a Páscoa Judaica que o povo hebreu celebra até hoje.
Narrador(a)- Mais de mil anos depois de Moisés, encontramos Jesus com seus amigos ao redor de uma mesa. Como bons judeus, eles se reúnem para celebrar a Páscoa Judaica. O rito é cheio de gestos, cantos, símbolos e alegria. Toda uma história que começou na casa de Abraão é ali celebrada. À mesa, ervas amargas lembram a escravidão. Mas o cordeiro pascal, o pão, o vinho, falam de fartura e da alegria de ser o povo escolhido por Javé.
Leitor 1- Mas algo misterioso acontece naquela ceia. Jesus, em dado momento, apropria-se dos símbolos da Páscoa Judaica e dá a eles um outro sentido, mais amplo, universal. Já não é mais apenas um povo, fechado em si mesmo, em suas tradições, que é chamado a sentar-se à mesa do Senhor. Jesus convida a passar a uma ‘nova e eterna aliança com todos os homens...’.
Leitor 2- Jesus Parte o pão e revela que o seu corpo também será ‘partido’. O vinho, brinde à vida, antecipa o sangue que será derramado em gesto de amor pleno. E ao final, Ele convida a fazer de tudo isso memória viva da sua presença; “Eu estarei com vocês todos os dias...”.
Todos- Desde então, desde sempre, Ele está no meio de nós...
Leitor 3- As horas seguintes confirmam cada palavra dita ao redor daquela mesa. Em Jesus, uma passagem também acontece. Ele passa pela escravidão feita de traição, prisão, julgamento, tortura e condenação. Na cruz, o sinal de uma derrota aparentemente total. Aquele que passou pela vida fazendo o bem é agora prisioneiro de um túmulo de morte.
Leitor 4- Mas, no amanhecer do domingo, o dia do Senhor... a travessia se completa. Passando da escravidão da Morte para liberdade da Vida, Deus faz a nova Páscoa acontecer. A Ressurreição é a Páscoa de Jesus de Nazaré.
Narrador(a)- Mas essa é outra história, ou melhor, a continuação da história que vamos celebrar, no Domingo de Páscoa...
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Apresentação do cartaz da Campanha da Fraternidade 2014
Tema– Fraternidade e Tráfico Humano
Lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”
Oração da CF-2014: Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados, fazei que experimentem a libertação da cruz e a ressurreição de Jesus. Nós vos pedimos pelos que sofrem o flagelo do tráfico humano. Convertei-nos pela força do vosso espírito, e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos. Comprometidos na superação deste mal, vivamos como vossos filhos e filhas, na liberdade e na paz. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Eduardo Machado
professor e coordenador de pastoral do colégio Imaculada em BH
1. Acolhida
D: Nesta manhã de janeiro, louvemos juntos a Deus, que nos chamou à Vida e nos quer anunciadores do seu Reino no mundo:
Todos: Em coro a Deus louvemos, eterno é seu amor
Por nós fez maravilhas, louvemos ao Senhor!
D: Celebremos o que nos une: a fé na Trindade Santa, que nos dá a vida, nos oferece um caminho de salvação e nos ilumina com a verdade.
Leitor 1: Glória ao Pai de todos, que nos faz irmãos e irmãs da mesma grande família de Deus.
Todos: Glória ao Deus que nos faz viver e nos chama a ser catequistas na sua Igreja!
Leitor 2: Glória ao Filho Jesus, que com sua vida nos ensina a viver.
Todos: Glória a Jesus, Caminho, Verdade e Vida!
Leitor 3: Glória ao Espírito Santo, luz que nos anima e orienta.
Todos: Glória ao Espírito de amor, que nos faz profetas de esperança!
2. Leitura 1 Rs 19,1-8
“Acab contou a Jezabel tudo que Elias tinha feito e como tinha passado ao fio da espada todos os profetas de Baal. Então Jezabel mandou um mensageiro a Elias para lhe dizer: “Os deuses me cumulem de castigos, se amanhã, a esta hora, eu não tiver feito contigo o mesmo que fizeste com a vida desses profetas”. Elias ficou com medo e, para salvar sua vida, partiu. Chegou a Bersabéia de Judá e ali deixou o seu servo. Depois, adentrou o deserto e caminhou o dia todo. Sentou-se, finalmente, debaixo de um junípero e pediu para si a morte, dizendo: “Agora basta, Senhor! Tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais”. E, deitando-se no chão, adormeceu à sombra do junípero. De repente, um anjo tocou-o e disse: “Levanta-te e come!” Ele abriu os olhos e viu junto à sua cabeça um pão assado na pedra e um jarro de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. Mas o anjo do Senhor veio pela segunda vez, tocou-o e disse: “Levanta-te e come! Ainda tens um caminho longo a percorrer”. Elias levantou-se, comeu e bebeu, e, com a força desse alimento, andou quarenta dias e quarenta noites, até chegar ao Horeb, o monte de Deus”.
3. Estamos sempre a caminho e não podemos nos esquecer de que, mesmo nos piores trechos, Deus caminha conosco.
(acende-se uma vela – e espontaneamente vamos lembrando (em uma palavra) os sinais de que Deus nos sustenta na caminhada catequética, apesar dos “desertos” das tristezas e das tempestades de areia no grupo de catequistas e na comunidade)
Todos: Em coro a Deus louvemos, eterno é seu amor
Por nós fez maravilhas, louvemos ao Senhor! (a cada 5 ou 6 palavras)
4. No desejo de que o curso seja “alimento” e “sustento” para nossa vida e caminhada catequética, rezemos juntos o Pai Nosso.
Bênção
D.: O Deus da compaixão acenda em nós o fogo do seu amor, e nos abençoe agora e sempre.
Todos: Amém!
-Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado!
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
25.01.2014
Para a Celebração vamos precisar de:
- Um presépio
- Uma vela de Natal, bem bonita.
- Um retrato de cada pessoa ou família
- Reproduzir este roteiro para que todos possam acompanhar.
- Um coração cheio de amor.
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ACOLHIDA
Anfitrião (ã) - Estamos reunidos em nome de Deus que é Pai, e Filho e Espírito Santo, em nome de Deus que, na Trindade, se revela família. Amém!
Todos: Somos da família de Deus, seus filhos e filhas amados, reunidos na alegria, em torno da mesa, farta ou simples, da troca de presentes, de afetos, de saudades...
Leitor - Mas o Natal pode e deve ser ainda mais. Nele celebramos a Vida que nasce com Jesus. No Natal, Ele se faz um de nós.
Leitora - É tempo, portanto, de rever essa vida divina que nasce em nós, todos os dias, pensar em como a vivemos e, em especial, como con-vivemos, confirmar o caminho, melhorar o jeito de caminhar.
Leitor - Natal é tempo de, pelo perdão, reatar laços; pela esperança, reabrir horizontes; pela fé, celebrar a alegria; pelo amor, semear no coração os sentimentos que queremos fazer brotar ao longo do ano e da vida: solidariedade, generosidade, carinho, atenção, ternura, sensibilidade para com o outro.
Todos - Por tudo isso, celebramosem família. Afinal, no Natal podemos dizer, mais que em qualquer outro tempo e lugar: ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS!
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Diante do Presépio
Descobrindo Deus que nasce em todas as coisas
E todas as coisas renascendo em Deus...
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1- Os donos da casa onde será celebrada a Ceia de Natal deverão preparar o Presépio num lugar de destaque.
2- Junto ao Presépio, uma vela bem bonita, que os donos da casa acenderão rezando, com todos, a seguinte prece:
“Que a Luz de Deus, que veio a nós por Jesus,
brilhe em nosso coração, em nossa família e ilumine o mundo”.
3- Em seguida, cada família ou pessoa colocará sua foto no presépio, lembrando e sinalizando que somos todos, ao lado de Maria e José, da família de Jesus.
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Rito da Palavra:
Anúncio do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas - Lc 2,1-14
Leitor 1- “Naqueles dias, o Imperador Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento em todo o Império. Todos deveriam ir registrar-se em sua terra natal. José, que era da família e descendência de Davi, subiu da cidade de Nazaré, onde morava, até Belém, a cidade de Davi, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam em Belém, se completaram os dias para o parto e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles dentro da casa.
Leitor 2: Naquela região havia pastores que passavam a noite nos campos, cuidando dos rebanhos. Um anjo do Senhor apareceu a eles e a glória do Senhor os envolveu em luz e eles ficaram com muito medo. Mas o anjo disse aos pastores;
Leitor 3 (jovem ou criança): Não tenham medo! Eu anuncio a vocês uma Boa Notícia que será uma grande alegria para todos; hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o nosso Senhor. Procurem por Ele. Vocês o reconhecerão quando encontrarem um recém nascido, envolto em panos simples e deitado numa manjedoura.
Leitor 1: De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão de anjos. Cantavam louvores a Deus dizendo:
Todos: Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens e mulheres por Ele amados!”
Leitor 1- Essas são para nós, ontem, hoje e sempre, PALAVRAS DA SALVAÇÃO.
Todos: Glória a vós, Senhor!
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Partilha da Palavra
Aqui, fica aberto um breve tempo para os que se sentirem motivados comentarem sobre os SENTIMENTOS presentes em seu coração. Não é uma interpretação intelectual do texto, mas uma partilha de vida a partir da pergunta: “O que Deus está dizendo ao meu coração nesta noite de Natal? Que SENTIMENTOS estão presentes no meu coração?”
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Após a partilha.
Canto: Noite Feliz (ou outro canto, à escolha do grupo)
Oração para antes da Ceia:
Todos - “Senhor, nosso Deus; desde aquela Noite Santa, quando o Céu encontrou-se com a Terra, a História humana tornou-se o Lugar do Sagrado e a vossa presença acabou com a solidão de todos os Homens. Nossa mesa, hoje, é altar. Nosso coração é manjedoura, pronta para acolher vosso Filho no meio de nós e levá-lo ao mundo.
Nós vos pedimos que, renovados por este encontro, possamos também nós ser sinal da presença do Amor em nossa família e pelos caminhos que trilhamos no cotidiano.
Abençoa esses alimentos que são sinal de festa, alegria e fartura. Que essa fartura não nos deixe esquecer os necessitados do mundo. Assim, Senhor, dai Pão a quem tem fome e fome de Justiça a quem tem Pão. Amém!
Anfitrião: - Na alegria do Natal, saudemo-nos uns aos outros, em Cristo, dizendo:
“Que a Paz do Menino Jesus esteja em seu coração!”
Eduardo Machado
Educador e escritor
17.12.2013
material: velas, presépio, estrelas...
Música: Na bruma leve das paixões que vem de dentro, tu vens chegando pra brincar...
(refrão) Tu vens, Tu vens, eu já escuto os teus sinais...
Com.: Viemos por desertos do Oriente da vida em busca de um Menino. Montados em camelos de cansaços, viajamos noites de solidão e dezembro. Uma estrela veio à nossa frente..
Dir.: No princípio era o amor, e o amor era a vida.
Todos: E o amor se fez criança e viveu entre nós.
Leitor 1.:“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz...”
(acendem-se as velas)
Todos: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre homens e mulheres a quem Ele quer bem”.
Anúncio
Com.: “Havia naquela região pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho. Um anjo do Senhor lhes apareceu, e a glória do Senhor os envolveu de luz. Os pastores ficaram com muito medo. O anjo então lhes disse: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor! E isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura”.
Leitor 2: “Onde está o rei dos judeus que acaba de Nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.
Com.: São tão poucos os que olham para o céu! Na ironia do nosso cotidiano, dentro de nossas casas ou dos aranha-céus cada vez mais altos, as pessoas se distanciam mais e mais do reino-dos-céus. Os pastores contemplavam as estrelas. Não por opção romântica ou por interesse astronômico, mas porque o firmamento era o seu teto, a luz companheira e as estrelas suas conselheiras. Olhar para o céu. Ouvir as estrelas. Aconselhar-se com a luz... Isto é o Natal: levantar a cabeça, reconquistar a dignidade, ser visitado por Deus, encontrar a Beleza perdida...
(Convidar a olhar o céu de si mesmo. Aconselhar-se com a luz. Revisitar seus sonhos...)
Iluminação...
Dir.: Querido Deus, Luz de nossas vidas. Trazemos nessas estrelas, nossos sonhos e desejos. Queremos ser visitados por Tua Estrela: o menino Jesus. Acreditamos que é possível começar de novo e, mais que isso, queremos nascer de novo.
(colocam-se no presépio as estrelas. Cada um pode dizer seu sonho )
Todos: Menino-Deus, guarda nossos sonhos e alimenta em nós a Esperança e a alegria de Viver!
Benção:
Com.: Deus de ternura e bondade, que assumindo nossa carne no seio de Maria, compreendestes a fraqueza humana... Ilumina nossos passos para trilhar os caminhos da Paz e da verdadeira Fraternidade. Por N.S.JC ...
Todos: Amém!
Com.: Cada um é uma estrela, é Luz na vida do mundo, do outro, da comunidade. O jeito de ser e viver iluminam a caminhada e tornam a vida mais leve. Que Bom que você existe!
(abraços da paz. Ao abraçar cada um diz ao outro: Que bom que você existe!)
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
02.12.2013
(Obs: esta celebração pode ser realizada no encerramento das atividades do ano com o grupo de catequistas. É preciso providenciar uma vela para cada pessoa presente)
Dirigente: Em nome do Pai....
Aqui estamos querido Deus, Sol, Luz de nossas Vidas.
(gesto de inclinação)
Todos: Ó Senhor, que visitas o mundo, enche nossa vida de Esperança, abre nosso caminho para celebrar tua chegada.
Dirigente: Nós te agradecemos, Deus da Luz, pela companhia e inspiração neste ano que passou.
Todos: Toda a glória seja a Ti, ó grande Deus, pelo Teu filho Jesus, luz em meio às trevas e esperança do mundo, a quem Tu envias para libertar a terra inteira.
Palavra
Is. 9,1.5 : “ O povo que andava nas trevas viu uma grande luz, e uma luz brilhou para os que habitavam um país tenebroso. Porque nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado: sobre o seu ombro está o manto real, e ele se chama “Conselheiro Maravilhoso”, “Deus Forte”, “Pai para sempre”, “Príncipe da Paz”.
(momento de silêncio)
Com: Cada um de nós é Luz, revela a Luz, deixa marcas não tanto pelo que faz, mas pelo que é. Agradeçamos a Deus pela Luz que cada um trouxe para a vida do mundo, da Igreja, para a construção do Reino, para vida familiar. Luz que revela a verdade de cada um e é sinal de Vida em Plenitude que Há-de-Vir.
As velas de várias cores, tamanhos e cheiros representam cada um nós. A beleza está na diferença, no colorido e perfume que cada um é.
(Cada um recebe uma vela. Nela há o nome de uma pessoa e a luz que ela revela. Entregar a vela e um abraço para o(a) dono(a) da vela).
Com.: A vela apagada fica triste e sem graça. O segredo é manter a chama do amor acesa, mesmo que a vela vá se consumindo...
Também não podemos querer a Luz, o Sol, a Vida... só para nós...
É preciso consentir em se gastar para que algo novo apareça e aconteça...
(Acender as velas na chama uns dos outros...)
Todos: Toda a glória seja a Ti, Deus da Luz, pelo Dom de Teu Filho, luz em meio às trevas e esperança do mundo, a quem Tu enviaste para trazer liberdade aos cativos e sonho aos cansados. Junto aos pastores e aos anjos, permite-nos louvar Teu nome e contar a todos Sua história, a fim de que todos acreditem e se alegrem e reconheçam Teu grande Amor. Amém
Oração final:
Dirigente: Peçamos a bênção de Deus para nós e para nosso mundo.
Todos: Que o Sol aqueça sempre nossas vidas e dissipe de nossa terra toda a escuridão! Amém!
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
19.11.2013
Acolhida
Dir.: Louvemos juntos a Deus, que nos chamou a Vida e nos quer anunciadores do seu Reino, no mundo:
Todos: Em coro a Deus louvemos, eterno é seu amor. Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor!
L1: Glória ao Pai de todos, que nos faz irmãos e irmãs da mesma grande família de Deus.
Todos: Glória ao Deus que nos faz viver e nos chama a defender a Vida.
L2: Glória ao Filho Jesus, que com sua vida nos ensina a viver.
Todos: Glória a Jesus, Caminho, Verdade e Vida.
L3: Glória ao Espírito Santo, luz que nos anima e orienta.
Todos: Glória ao Espírito de amor, que nos faz profetas de esperança.
Leitura 1 Rs 19,1-8
“Acab contou a Jezabel tudo que Elias tinha feito e como tinha passado ao fio da espada todos os profetas de Baal. Então Jezabel mandou um mensageiro a Elias para lhe dizer: “Os deuses me cumulem de castigos, se amanhã, a esta hora, eu não tiver feito contigo o mesmo que fizeste com a vida desses profetas”. Elias ficou com medo e, para salvar sua vida, partiu. Chegou a Bersabéia de Judá e ali deixou o seu servo. Depois, adentrou o deserto e caminhou o dia todo. Sentou-se, finalmente, debaixo de um junípero e pediu para si a morte, dizendo: “Agora basta, Senhor! Tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais”. E, deitando-se no chão, adormeceu à sombra do junípero. De repente, um anjo tocou-o e disse: “Levanta-te e come!” Ele abriu os olhos e viu junto à sua cabeça um pão assado na pedra e um jarro de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. Mas o anjo do Senhor veio pela segunda vez, tocou-o e disse: “Levanta-te e come! Ainda tens um caminho longo a percorrer”. Elias levantou-se, comeu e bebeu, e, com a força desse alimento, andou quarenta dias e quarenta noites, até chegar ao Horeb, o monte de Deus”.
Momento de Reflexão e partilha...
Este texto nos ajuda a perceber que estamos sempre a caminho e não podemos esquecer de que mesmo nos piores trechos Deus caminha conosco.
(acende-se uma vela – e espontaneamente vamos lembrando (em uma palavra) os sinais de que Deus nos sustenta na caminhada apesar dos “desertos” das tristezas e das tempestades de areia na vida pessoal e na catequese que fazemos. À medida em que vela passa as pessoas partilham brevemente. No final canta-se várias vezes o refrão abaixo)
Todos: Em coro a Deus louvemos, eterno é seu amor. Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor!
Pai Nosso...
Rezemos juntos:
Ó Deus, tu nos amas com amor de mãe e em nome de Maria, mãe de Jesus, nós te pedimos, derrama em nossos corações a graça do teu Espírito, para que as nossas energias e todo o nosso viver sejam consagrados a ti. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!
-Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado!
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
03.11.2013
“O reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra.” Marcos 4,31-32
Semear a novidade
É verdade.
Parte da semeadura
cairá no caminho,
entre espinhos,
entre as pedras,
sobre costumes duros,
entre cobiças asfixiantes
e ombros golpeados.
E se perderá a palavra.
Mas como verdade mais profunda,
sinto a urgência
de afundar a mão
nas sementes da alma,
e lançar ao ar a vida
sem discriminar os terrenos,
nem calcular a resposta,
nem acumular o ganho.
E ao seguir o caminho,
que me reste a alegria
da mão aberta,
sem velhas posses
nos punhos fechados
que já não podem acolher
a novidade que presenteias.
Reflexão...
Pai Nosso...
Rezemos juntos:
Ó Deus, tu nos amas com amor de mãe. Pela memória de Maria, mãe de Jesus, nós te pedimos, derrama em nossos corações a graça do teu Espírito para sejamos semeadores de um novo jeito de fazer catequese. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!
-Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado!
Equipe do Catequese Hoje
01.10.2013
Chegada – silêncio – oração pessoal
Mantra: Ó Luz do Senhor que vem sobre a terra, inunda meu ser; permanece em nós.
(acendem-se as velas)
Graça a ser pedida: Senhor, que eu me deixe encontrar por Ti!
Cântico dos Cânticos 3, 1-4
1 Sobre o meu leito, de noite, procurei aquele que o meu coração ama; procurei-o e não o achei!
2 Levantar-me-ei e percorrerei a cidade, pelas ruas e pelas praças procurarei aquele que o meu coração ama; procurei-o e não o achei.
3 Encontraram-me os guardas que fazem a ronda da cidade: “Vistes, acaso, aquele que meu coração ama?”
4 Mal passara por eles, encontrei aquele que meu coração ama. Segurei-o e não mais o larguei.
(Tradução Bíblia, Edições Loyola)
Aclamação: Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor; lâmpada para os meus pés Senhor, luz para o meu caminho!
Evangelho – Mt 25,1-13
Partilha:
Que “óleo” falta (ou quanto falta) na catequese que fazemos?
Somos lâmpadas acesas na catequese?
Deixo o desânimo, as dores, tristezas, decepções... atrapalharem o encontro com o “Amado”?
Poema: LUZ
...
Tu nos ofereces ser luz desde dentro,
corpos acesos com teu fogo inextinguível na medula do osso
sarças ardentes nas solidões do deserto que buscam o futuro
rescaldo de lar que congrega os amigos
compartilhando pão e peixes
ou relâmpago profético que risque a noite tão dona da morte.
Tu nos ofereces ser luz do povo
fogueira de Pentecostes
na persistente combustão de nossos dias
acesos por teu Espírito,
ser luz em ti, que és a luz,
fundido inseparavelmente
nosso fogo com teu fogo.
Benjamin Gonzalez Buelta sj
Oração: Senhor, fica conosco neste dia, para que tudo o que fizermos tenha um novo sabor e inspiração. Animados pelo teu Espírito de Amor, possamos continuar a sua missão. Isso te pedimos em nome dele, Jesus Cristo, nosso Amado.
Amém!
Abraço da paz!
Lucimara Trevizan
Equipe do Catequese Hoje
16.09.2013
Música instrumental...
Abertura:
D: Vem, ó Deus. Vem caminhar conosco, pois tu somente és nossa força.
Todos: E em ti, nós colocamos a nossa confiança.
D: Vem, ó Deus. Vem caminhar atrás de nós, ao nosso lado, à nossa frente; pois tu somente és nossa proteção, companhia e direção.
Todos: E em ti, nós colocamos a nossa confiança.
D: Vem, ó Deus. Ajuda-nos a louvar-te através desse encontro. Ilumina a nossa vida e a catequese que fazemos.
Todos: E em ti, nós colocamos a nossa confiança.
Poema
Um dia, apanhando goiabas com a menina,
Ela abaixou o galho e disse pro ar
- inconsciente de que me ensinava –
‘goiaba é uma fruta abençoada’.
Seu movimento e rosto iluminados
Agitaram no ar poeira e Espírito:
O Reino é dentro de nós, Deus nos habita.
Não há como escapar à fome da alegria!
Adélia Prado
Leitura da Palavra – Fl 4,1.4-9
Partilha...
Rezemos juntos:
Visite-nos, Senhor, tua alegria.
Seja ela o dom que sustenta esta hora da nossa vida.
Tenha o poder de reedificar o caído,
de aclarar a tenda que a noite atribulou,
de unir aquilo que a tristeza ou o cansaço interromperam.
Seja ela o sinal da leveza com que nos vês,
a carícia que nos estendes no tempo,
o assobio que inaugura as tréguas.
Dá-nos Senhor, neste dia, a alegria como alento revitalizador.
Inscreva ela em nós o sabor da vida abundante e multiplicada;
perfume cada um dos nossos gestos com o outono dos frutos;
traga às nossas palavras a luz com que as folhas douram
e avermelham os caminhos de uma repentina doçura.
(Pe. José Tolentino Mendonça)
Oração: Senhor Jesus, aqui estamos mais uma vez reafirmando o desejo de sermos semeadores do Reino. Que o Espírito Santo que colocaste em nosso coração e mantém viva a tua presença em nós, oriente os passos que devemos dar, para que, fortalecidos com tua graça, possamos ser sinal de Comunhão. Amém.
Gesto - unção (ungir as mãos das pessoas com óleo perfumado e dar um abraço)
Equipe do Catequese Hoje
04.09.2013
Preparar os seguintes símbolos: Crucifixo de costas para os participantes; uma Bíblia fechada e uma vela apagada.
Acolhimento: Todos temos ainda na memória a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, e também celebrada em muitas paróquias e dioceses. Grande foi o ânimo e a vontade de sermos, na vida prática, verdadeiros discípulos e missionários de Cristo.
Vamos iniciar nossa celebração, cantando o Hino da Jornada da Juventude (pode ser também o Hino da CF 20l3)
CANTO:
Sou marcado desde sempre com o sinal do Redentor
Que sobre o monte, o Corcovado, abraça o mundo com seu amor.
Cristo nos convida: “Venham, meus amigos!”
Cristo nos envia: “Sejam missionários!”
Juventude, primavera: esperança do amanhecer;
Quem escuta este chamado acolhe o dom de crer!
Quem nos dera fosse a terra, fosse o mundo todo assim!
Não à guerra, fora o ódio, só o bem e a paz não ter fim.
Do nascente ao poente, nossa casa não tem porta,
Nossa terra não tem cerca, nem limites o nosso amor!
Espalhados pelo mundo, conservamos o mesmo ardor.
É tua graça que nos sustenta, nos mantém fiéis a Ti, Senhor.
Atendendo ao teu chamado: “Vão e façam entre as nações,
Um povo novo, em unidade, para mim seus corações!”
Anunciar teu Evangelho a toda a gente é transformar
O velho homem em novo homem, em mundo novo que vai chegar.
Dirigente: Vamos observar os símbolos. Que nos dizem?
Como catequistas, o Senhor nos faz um apelo forte para sermos discípulos e missionários. Somos enviados aos nossos catequizandos, seu ambiente, sua realidade, a sua família e educadores. Somos também chamados a testemunhar no nosso dia a dia quem é Jesus Cristo, qual sua mensagem. Para muitos a cruz está “de costas”, a Bíblia ainda fechada, a Luz de Cristo apagada.
Somos chamados a anunciar aos nossos catequizandos (seja qual for a sua idade) a cruz e ressurreição de Cristo, abrir-lhes a Palavra de Deus, iluminar seu caminho pela Luz de Cristo.
Vamos ouvir a leitura, preparando nossos corações cantando
É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa.
Tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal.
Tenho medo de não responder, de fingir que não escutei.
Tenho medo de ouvir teu chamado,
Virar do outro lado e fingir que eu não sei.
É como chuva que lava...
Leitura de Mc 8,27-34
Alguns instantes de silêncio
Vamos refletir: (em grupos)
1. Quais são as nossas resistências aos apelos que chegam a nós, catequistas?
2. Em nossa Catequese, colocamos Jesus Cristo no centro da nossa mensagem?
3. Levamos os catequizandos a uma relação profunda e pessoal com Jesus, à participação da Eucaristia como encontro da comunidade, ao amor aos irmãos e ao engajamento para um mundo melhor?
Partilha
Oração:
- Alguém vira o crucifixo e pronuncia uma breve oração. Em seguida, guardem-se alguns instantes de silêncio.
- Depois, todos cantam: Eis-me aqui, Senhor, eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor (2x) Eis-me aqui, Senhor.
-Outra pessoa abre a Bíblia e faz ema breve oração. Alguns instantes de silêncio.
-Todos cantam: Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor,
Lâmpada para meus pés, Senhor; Luz para meu caminho (2x)
- Uma terceira pessoa acende a vela. Breve oração. Silêncio.
- Todos cantam: Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que eu te siga, respondo: “Eis-me aqui!”
Envio (pelo padre ou coordenador(a):
Cristo os envia para anunciar seu Reino. Ele os convida e espera sua resposta.
Ele será seu apoio, sua luz que os acompanha sempre: o Pai misericordioso, o Filho, que nos ilumina e acompanha, o Espírito Santo, que nos congrega no amor.
AMÉM, AMÉM, AMÉM.
Canto final:
Quero ouvir teu apelo, Senhor, ao teu chamado de amor responder.
Na alegria te quero servir e anunciar o teu Reino de amor.
E pelo mundo eu vou, cantando o teu amor,
Pois, disponível estou para servir-te, Senhor. (bis)
Abraço
Confraternização
Inês Broshuis
Comissão para Animação Bíblico-Catequética do Leste 2 e da arquid. de Belo Horizonte
01.08.2013
As 14 estações via-sacra presidida pelo papa Francisco na noite desta sexta-feira, dia 26 de julho, no Rio de Janeiro, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, contaram com a participação de cerca de 700 voluntários, além de atores profissionais.
Ao longo do percurso de 900 metros, os últimos passos da Paixão de Cristo foram coreografados sob a direção do encenador e realizador de televisão Ulysses Cruz.
Peregrinos de várias nacionalidades transportaram a cruz, enquanto que para a coreografia das estações foram escolhidas pessoas em representação de minorias e grupos considerados socialmente mais frágeis.
Os textos das meditações foram redigidos pelo Padre Zezinho e Padre Joãozinho. Apresentamos os vídeos correspondentes às 14 estações, separados pelas meditações proferidas, e o vídeo com as palavras proferidas pelo papa Francisco.
Saudação
- Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Amém.
- Nós te adoramos e te bendizemos, Senhor Jesus Cristo, redentor da humanidade.
- Tua entrega na cruz nos dá a Vida, mostra o Caminho, revela a Verdade!
Oração
- Oremos.
Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo
e escolheste homens e mulheres para que,
por Ele, com Ele e n’Ele, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações.
Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos
os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito,
os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.
Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.
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1.ª Estação
Jesus é condenado à morte
Um inocente foi condenado.
Ele trouxe um projeto de vida.
Ele quis libertar os irmãos.
Veio propor que seu povo tomasse a história nas mãos.
E foi condenado a morrer.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui atraído pelo teu divino Coração. Venho das fronteiras do mundo. Sou missionário e encontro no meu caminho muitos jovens inocentes que todos os dias são condenados à morte pela pobreza, pela violência e por todo o tipo de consequências do pecado que nos machuca desde as origens da humanidade. Quero seguir teus passos na certeza de que tudo posso n’Aquele que me fortalece e se Deus é por nós, quem será contra nós? (Cf. Fil 4, 13; Rm 8, 31-32).
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2.ª Estação
Jesus toma a cruz aos ombros
Assumiu uma cruz que não era dele.
Ele disse que a vida é coragem.
Que é preciso lutar sem cessar.
Veio ensinar que é preciso mudar
o que é trevas em luz.
E eis que lhe dão uma cruz.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui convertido pelo teu divino Coração. Tomaste sobre os ombros minhas dores e misérias (cf. Is 53, 4). Era minha a cruz que te feriu. Quero completar o teu sacrifício em minha vida, deixando-me tocar por tão grande amor e dando testemunho com as palavras e com o exemplo ali onde o mundo precisa. Levarei para sempre a tua cruz no meu peito e as tuas palavras no meu coração. Quero ser instrumento deste amor que nunca se cansa de amar.
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3.ª estação
Jesus cai pela primeira vez
A cruz foi ficando pesada.
Ele disse que a vida é ternura.
Que é preciso saber perdoar.
Veio mostrar que até mesmo quem erra
tem Deus como Pai.
E ao peso da cruz ele cai.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Nas quedas sou animado pelo teu humilde Coração. Sou voluntário numa comunidade de recuperação de jovens que caíram na dependência química. São vítimas de um comércio violento e cruel. São desfigurados e correm o risco de permanecer no chão. Vejo teu rosto na face de cada um deles. Ensina-me a ser como o bom samaritano que, para além dos discursos, tem coragem de levantar quem está caído à beira do caminho e cuidar de suas feridas (cf. Lucas 10, 25-37). Neste gesto de solidariedade salutar, ensina-me que somente em ti encontraremos a total transfiguração.
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4.ª estação
Jesus encontra sua aflita mãe
Dor de filho, dor de mãe!
Ele via o valor das mulheres.
E as mulheres buscou libertar.
Veio mostrar que a mulher traz em si
o mistério do ser.
E vê sua mãe a sofrer.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Contemplo a profunda comunhão de amor entre o teu Coração e o coração de tua mãe. É uma comunhão redentora! Aquela troca silenciosa de olhares no caminho da cruz fala mais do que qualquer discurso ou palavra. A dor do filho é realmente a dor da mãe. Isto faz-me pensar nas lutas em favor da vida da sua concepção até ao seu fim natural. Nós s mulheres temos uma vocação muito forte para defender tudo o que vive. Não podemos aceitar a violência de quem se acha no direito de interromper uma vida indefesa. Queremos proclamar com tua mãe: O Senhor fez em mim grandes coisas. Derruba do trono os arrogantes e eleva os humildes. Manifesta a força de seu braço e sustenta-nos nos caminhos da nova evangelização (cf. Lc 1, 46-55).
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5.ª estação
Simão Cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz
Converteu-se enquanto ajudava Jesus.
Sua cruz carregava cansado.
Esmagado de tanta opressão.
E eis que um colono que chega
do campo levou sua cruz.
Sofria também com Jesus.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Fui chamado pelo teu divino Coração. Sou um jovem vocacionado a caminho do sacerdócio. O teu apelo ressoa muito forte no meu interior: Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz e siga-me! Mas nem sempre compreendo que a luz passa pela cruz. Ao carregar um pouco do teu fardo quero aprender os caminhos da configuração a ti. Que um dia eu possa dizer: eu vivo, mas não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim (cf. Gal 2, 20). Faz de mim um ministro transparente. Livra-me da tentação dos primeiros lugares e ensina-me a ser um bom pastor, que dá a vida para congregar teu povo na unidade.
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6.ª estação
Verónica enxuga o rosto de Jesus
A mulher que não se calou.
Tinha um rosto de homem do povo.
Tinha marcas de luto e de dor.
Tanto sofreu que de escarros e sangue se desfigurou.
Mas alguém o seu rosto enxugou.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Sou consagrada ao teu divino Coração no serviço ao meu irmão. Não posso me calar quando encontro nas vias-sacras da vida tantas vítimas de uma « cultura de morte »: mulheres prostituídas e famílias na miséria, enfermos sem atendimento e idosos desprezados, migrantes sem terra e jovens desempregados, pessoas excluídas da cultura digital e minorias tratadas com preconceito... a lista é grande, meu Senhor. Ao enxugar as lágrimas, o suor e o sangue do rosto destes irmãos e irmãs vejo maravilhada que a tua face fica estampada no lenço da minha solidariedade (cf. Mt 25, 31-46). Ensina-me a sempre unir mística e militância, fé e vida, céu e terra, porque o Pai é nosso e somos irmãos, mas o pão também é nosso e somos cristãos, ou seja, gente que acredita no milagre de repartir.
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7.ª Estação
Jesus cai pela segunda vez
Quem caiu subindo, caiu para o alto!
Ele disse que a vida é um presente.
Para quem não parou nem cansou.
Leva nos ombros com garra e coragem
a cruz dos irmãos.
E mais uma vez cai ao chão.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-nos aqui! Encontramos em teu Coração a nossa morada. Desde que começamos a namorar, ensaiamos o jeito certo de construir uma família que tem papel fundamental na transmissão da fé e da vida. Contemplando a tua paixão, entendemos que tudo isso foi por amor. Aprendemos, porém, que as nossas paixões não são um fundamento seguro. Só constrói sobre a rocha, quem edifica no amor (cf. Mt 7, 24-27). Dá-nos a sabedoria de começar a construção pelos fundamentos e não pelo telhado. Ensina-nos que cada escolha exige renúncias. Se cairmos, Senhor, seja sempre avançando e nunca desistindo. Mesmo nas quedas, não permita que nos afastemos de ti.
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8.ª Estação
Jesus consola as mulheres de Jerusalém
Vocação de mulher: do berço até à cruz.
No caminho por onde ele ia.
A sofrer quase só sem ninguém.
Algumas mulheres chorando seguiram Jesus sofredor.
Eram mães solidárias na dor.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! No teu Coração tão humano aprendi o valor salvífico do sofrimento e da dor. Completo na minha carne o que falta aos teus sofrimentos pelo teu Corpo, que e´ a Igreja (cf. Col 1, 24). Não posso esquecer que a redenção se realizou pela tua cruz, ou seja, pelo teu sacrifício. Isto me ensina que a dor faz parte da condição humana e é tocada inteiramente pelo teu amor que salva. Isto não me leva a uma resignação alienada, mas faz-me consciente de que algumas dores são oportunidades para me unir à tua cruz. É um mistério que apenas quem sofre unido a ti pode discernir na medida certa. Ensina-me que na hora da dor melhor do que falar sobre Deus é falar com Deus. A prece consola mais que a explicação.
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9.ª Estação
Jesus cai pela terceira vez
Depois disso, não mais caiu!
Outra queda e já é a terceira.
E ele cai de cansaço no chão.
É como tantos que sofrem de fome de amor e de pão.
E sucumbem de tanta opressão.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! No teu Coração de mestre encontrei a Verdade. Venho do mundo dos estudos. Eles fazem parte da minha missão neste momento. O conhecimento e a ciência me encantam, mas muitas vezes me seduzem e até induzem a imaginar que não preciso de ti. Mas o meu coração tem sede de um amor e de uma verdade que superam os amores e as verdades desta terra. Apenas na tua Verdade encontro a sabedoria eterna. E neste tesouro encontro as forcas para não mais cair. Apenas quem encontra a Verdade, para além dos limites do corpo, fica verdadeiramente de pé
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10.ª Estação
Jesus é despojado de suas vestes
Era pobre e mais pobre morreu!
Arrancaram-lhe as vestes que tinha.
Sortearam a que lhe restou.
Tão despojado e não tendo mais nada
a si mesmo se deu.
Era pobre e mais pobre morreu.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Teu Coração me ensina tantas maneiras de promover a comunhão. Faço parte desta geração que nasceu conectada por meio da Internet. Sei que as redes sociais são uma possibilidade para construir relações verdadeiras, mas exigem muita atenção para não ficar refém das forças de dispersão que despojam a juventude de sua identidade. A manipulação da inteligência é uma delas. Isto pode-nos levar à alienação dos direitos religiosos, sociais e até políticos. Olhando para o teu despojamento total no caminho da cruz, eu peço em nome de minha geração: que a tua graça nos ensine os caminhos para evangelizar o « continente digital » e nos deixe atentos à possível dependência ou confusão entre o real e o virtual, correndo o risco de dispensar o encontro com as pessoas por contactos na rede.
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11.ª Estação
Jesus é pregado na cruz
Feita de dois riscos foi a sua cruz.
Tendo dois assaltantes ao lado.
Foi pregado na cruz que levou.
Crucificado, agredido insultado, Jesus perdoou.
Ao algoz que o feriu e matou.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! No teu divino Coração encontrei a verdadeira liberdade. Estou consciente daquilo que disse João Paulo II: «a pior das prisões é um coração fechado ». Milhões de jovens estão presos, cumprindo pena por um erro cometido. Teu olhar de perdão no alto da cruz me faz pensar que é possível mudar de vida. Ensina-me que a tua cruz uniu a terra e o céu e os teus braços abertos acolhem a todos, até quem está na prisão (cf. Mt 25, 43). É bom saber que amas não apenas quem é justo e santo, mas também o pecador (cf. Rm 5, 8). Obrigado, Senhor, pela tua imensa compaixão!
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12.ª Estação
Jesus morre na cruz
O autor da vida aceitou morrer.
Esmagado ferido e vencido.
Derrotado ele nem reagiu.
Agonizou e expirou como quem nada pode fazer.
É a vida que vemos morrer.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! Em teu Coração encontrei a vida e a vida em plenitude. Conheces bem os limites de minha condição física. Vivo um tempo difícil de purificação. A doença é a minha cruz. Aceita-me unido a ti neste momento. A certeza de que estás comigo faz cada minuto valer a pena. Gostaria de viver muitos anos, mas o que é isso diante da eternidade? Então, Senhor, fortalece em mim a fé, a esperança e a caridade. E que eu escute de tua boca a frase que consolou tantos doentes e sofredores: «Tua fé te salvou, vai em paz!» (cf. Lc 8, 48).
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13.ª Estação
Jesus é descido da cruz
Maria e os discípulos o descrucificaram.
Parecia estar tudo acabado.
Jesus Cristo descia da cruz.
Morto e sem vida Maria o recebe sem nada falar.
É meu povo que eu vejo a chorar.
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-me aqui! É maravilhoso escutar as lições do teu divino Coração. Passo os dias no silencio de sons e palavras. Não consigo ouvir com os ouvidos, mas escuto tua voz em meu coração. Ao ver-te descido da cruz, repousar no
colo piedoso de tua querida mãe, sinto que todos os discursos são insuficientes e uma única palavra já é demais. Existem momentos em que o silêncio e a contemplação falam muito mais. Ensina-me a descrucificar os meus irmãos. Que o meu testemunho seja
um silencioso grito de amor e de solidariedade.
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14.ª Estação
Jesus é sepultado
Semeado no silêncio fecundo.
Sepultado na rocha mais fria.
Nada mais se podia esperar.
Ia com ele o projeto de vida que veio ensinar.
É meu povo escondido e a rezar
Senhor Jesus, Cristo Redentor, aqui estamos, envia-nos! (cf. Is 6, 8). Queremos ser um só coração e uma só alma. Iremos a todas as nações da terra para dar testemunho de que encontramos o verdadeiro caminho para a vida. A semente de tua Palavra caiu em nossos continentes. Não ficará sepultada na terra. Ensina-nos a cultivá-la, para que nasçam os frutos de uma nova evangelização.
– Que o Leste Europeu seja marcado pela paz e pela liberdade religiosa.
– Que a Europa supere a agressiva onda de secularização pelo anúncio corajoso da fé.
– Que a África supere a violência e construa a Igreja como família e a família como Igreja.
– Que a América do Norte reconheça as culturas que afastam do Evangelho.
– Que a América Latina e o Caribe encontrem caminhos para superar a injustiça e a violência.
– Que a minoria cristã da Ásia seja presente como semente fecunda, mesmo quando perseguida.
– Que a Oceânia sinta mais fortemente o compromisso de anunciar o Evangelho!
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Oração
- Nós te adoramos e te bendizemos,
Senhor Jesus Cristo,
redentor da humanidade.
- Tua entrega na cruz nos dá a Vida,
mostra o Caminho, revela a Verdade!
- Oremos.
Ó Cristo, Redentor da humanidade,
Tua imagem de braços abertos
no alto do Corcovado acolhe todos os povos.
Em Tua oferta pascal,
nos conduziste pelo Espírito Santo
ao encontro filial com o Pai.
Os jovens,
que se alimentam da Eucaristia,
Te ouvem na Palavra
e Te encontram no irmão,
necessitam de Tua infinita misericórdia
para percorrer os caminhos do mundo
como discípulos missionários
da nova evangelização.
Por Cristo, nosso Senhor.
- Amém.
Alocução do papa Francisco
Oração final
- Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor Jesus ensinou:
- Pater noster, qui es in cælis:
sanctificétur nomen tuum;
advéniat regnum tuum;
fiat volúntas tua, sicut in cælo, et in terra.
Panem nostrum cotidiánum da nobis hódie;
et dimítte nobis débita nostra,
sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris;
et ne nos indúcas in tentatiónem;
sed líbera nos a malo. Amen.
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imagem: pexels.com
Oração pelas férias
Dá-nos, Senhor,
depois de todas as fadigas
um tempo verdadeiro de paz.
Dá-nos,
depois de tantas palavras
o dom do silêncio
que purifica e recria.
Dá-nos,
depois das insatisfações que travam
a alegria como um barco nítido.
Dá-nos,
a possibilidade de viver sem pressa,
deslumbrados com a surpresa
que os dias trazem pela mão.
Dá-nos
a capacidade de viver de olhos abertos,
de viver intensamente.
Dá-nos
de novo a graça do canto,
do assobio que imita
a felicidade aérea
dos pássaros,
das imagens reencontradas,
do riso partilhado.
Dá-nos
a força de impedir que a dura necessidade
esmague em nós o desejo
e a espuma branca dos sonhos
se dissipe.
Faz-nos
peregrinos que no visível
escutam a melodia secreta
do invisível.
José Tolentino Mendonça
padre e poeta
Equipe do Catequese Hoje
15.07.2013
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