Elementos importantes para a Preparação e Realização da Celebração Catequética
Há elementos comuns a toda celebração, seja ela uma missa ou um momento celebrativo no próprio lugar onde acontece o encontro catequético. Esses elementos dão uma coerência interna ao esquema da celebração e ajudam a tornar a oração mais interada com a vida, o que leva a uma espiritualidade profunda, autêntica e libertadora.
O objetivo da celebração
As diversas situações da vida e as próprias necessidades percebidas pelo catequista oferecerão motivos para que as celebrações sejam realizadas. Pequenos momentos celebrativos podem surgir espontaneamente, principalmente se o grupo estiver acostumado a eles e se o catequista se sentir preparado para uma certa “improvisação”. Essa não é sempre aconselhada. Pelo contrário, nada melhor do que preparar com antecedência, pensando melhor no esquema geral, no material necessário e nas funções dos membros do grupo durante a celebração.
Assim como as situações que levam a rezar são muitas, também os estilos de oração podem variar bastante. Algumas celebrações serão penitenciais, outras de louvor e ação de graças, outras de renovação de compromissos com a fé e com a Palavra ouvida.
O contexto do grupo celebrante
Nem todas as pessoas celebram do mesmo modo, entendem a mesma linguagem ou partilham de um mesmo universo simbólico. Há um estilo próprio das crianças, outro dos jovens, outro dos idosos. A celebração numa comunidade rural ou em uma periferia de cidade grande certamente contará com elementos, palavras, sinais um pouco diferentes de uma celebração em pleno contexto urbano. Se o grupo é bem diversificado, bem heterogêneo, será necessário optar por uma linguagem que seja compreendida por todos. Por isso é preciso tomar cuidado com celebrações “importadas”. Será preciso sempre adaptar o esquema celebrativo à realidade do grupo celebrante.
A referência constante à vida
Celebramos, não para nos esquecermos da vida, da realidade em que vivemos, mas para encontrar, na oração, a força necessária para assumi-la com entusiasmo e coerência. Por isso, a referência à vida deve ser constante nos momentos celebrativos. Todo e qualquer tema diz respeito ao modo como vivemos e aos acontecimentos de nossa história, a começar pela realidade mais próxima de nós (família, comunidade, bairro, cidade, país, etc). Uma celebração, por mais bonita que seja, se não contemplar os fatos da vida e não conduzir os celebrantes a eles, será pura alienação. É preciso olhar o dia-a-dia do povo sofrido e de tantas pessoas que lutam por um mundo melhor, com seus problemas, angústias, conquistas e alegrias...Esse olhar torna a celebração fecunda.
Pe. Vanildo Paiva
Mestrando em Psicologia e especialista em Liturgia e Catequese