Fizeste-me sem fim, pois esse é teu prazer.
Esvazias continuamente este frágil vaso,
e de novo sempre o enches de vida fresca.
Levaste por montes e vales esta pequena flauta
de bambu, e nela sopraste melodias eternamente novas...
Ao toque imortal de tuas mãos,
meu pequeno coração perde seus limites na alegria,
e faz nascer inefáveis expressões...
Teus dons infinitos vêm a mim
apenas sobre estas minhas tão pequenas mãos.
Passa o tempo, continuas derramando,
E sempre há lugar a preencher...
Tagore
Poeta indiano