O mais certo é cada um e cada uma de nós acordar de manhã e entrar na rotina dos dias, sem muito tempo para pensar como vai e como pode acontecer a nossa vida.
Porém, muitas vezes somos surpreendidos e a vida é moldada por medos que entram dentro de nós sem pedir licença e sem data certa para se retirarem. Alguns, são reflexo do mundo em que vivemos e face a situações semelhantes pensamos que o mesmo nos pode acontecer e aí nasce o medo. Outros, são criações da nossa cabeça, em pensamentos que custam disciplinar. Muitas vezes já nem é das situações reais ou imaginadas por nós que nos escondemos. Escondemo-nos do próprio medo.
A verdade é que o medo pode tolher-nos a vida, desde os reais aos irreais, preenchendo – e muito – o tempo da nossa cabeça e fazendo-nos acreditar que a vida acontecerá de determinada forma, quando, muitas vezes, o seu alinhamento vai noutro sem que queiramos e consigamos ver, mas que no entanto é o mais positivo.
É aqui que entra a fé, essa senhora madura e que nos traz a serenidade necessária para podermos conviver com todos os acontecimento, previstos e não previstos, e tratar com cuidado e sabedoria os rasgões deixados pelos traumas criados pelo medo.
A vida não é isenta de tempestades, mas ainda assim, nestas precisamos de navegar com a firme certeza de que Alguém nos conduz e quer o melhor – só o melhor – para nós. Quanto tempo falta para a tempestade acalmar ou terminar? Não sabemos. Em períodos da vida, muitas vezes umas sucedem-se a outras sem que haja grandes tempos de grande bonança. Ainda assim, é a fé que nos move a remar com confiança e a saber que chegaremos a bom porto. É que esse Alguém que pensamos que nos espera do outro lado da tempestade, já rema connosco. E é a fé o que nos ajuda a colocar todos os acontecimentos em perspectiva.