Estamos dando o nosso “último passo” desta série de reflexões sobre o diálogo. Muita coisa foi dita, muitos questionamentos levantados, favorecendo respostas e mudanças nos nossos relacionamentos. Pudemos concluir que estes só serão bons na medida em que houver uma boa comunicação, quando dialogarmos livres de preconceitos, dispostos a ouvir, compreender, sermos transparentes na fala e nos sentimentos. Um diálogo bem conduzido e honesto pode gerar mudanças positivas de pensamentos, atitudes e o encontro de soluções as mais variadas. Há quem diga que os problemas de relacionamento só se resolvem com um “bom diálogo”. Sendo assim, ele é o caminho para a Paz, a harmonia, a serenidade...
Os empecilhos para a paz
O mundo se agita na ânsia do desenvolvimento econômico e tecnológico. Nesta corrida a meta é o Ter. A maioria das pessoas que não têm “equipamentos” necessários para competir, fica de fora, assistindo, infeliz.
A voz interior sussurra indicando que a meta da felicidade é o Ser. Todos deveriam estar bem “equipados”, só que não para uma corrida desenfreada, competitiva, e sim para uma caminhada harmoniosa conduzida pelo espírito de fraternidade. A alegria está em que todos cheguem vitoriosos. O que vale é o coletivo, o bem comum.
O diálogo é o único caminho para resolver os grandes problemas do nosso mundo
“O coração pacífico é mais forte que a bomba atômica, porque a bomba atômica é limitada, mas o coração manso tem poderes ilimitados”, assim dizia Gandhi. Ele disse e deu o testemunho com uma luta pacífica pela independência da Índia, sua pátria. Sua arma foi o diálogo constante mantido tanto com os dominadores como com seu povo e assim tornou-se realidade o seu ideal: a liberdade de seu povo.
Exemplos como este nos motivam e nos dão a certeza de que a paz é sempre possível quando se vive a mensagem: “Amai-vos uns aos outros”. Que bom seria ver o sonho de muitos acontecer, o sonho da Paz Universal. Impossível? Com certeza que não. Difícil, sim. Porque mudanças não acontecem de um dia para outro. Passam por todo um processo e dependem de uma tomada de consciência em massa, respeito pela cultura, religiosidade e riquezas próprias de cada povo. Que as nações se entendam, que haja intercâmbio entre elas, mas sem imposições, interferências nas individualidades, sem jogos sujos de interesses, favorecendo aos mais fortes economicamente. A bandeira a ser levantada deve ser única, a da felicidade universal. O mundo é a casa de toda a humanidade, onde há espaço e recursos para todos viverem bem e serem felizes.
Comunidade - meio para a grande união
A catequese atual é voltada para o aspecto comunitário. Quer despertar para o pensamento coletivo. Começando com pequenas comunidades, vão se entrelaçando, formando uma grande rede. É caminho para a grande união.
Para refletir
1. Nosso diálogo no grupo dos catequistas, na comunidade paroquial, com outras pastorais, tem levado a maior PAZ?
2. Há esforços de diálogo em nossa sociedade? Em nível mundial? Quais?
Para terminar, vamos rezar ou cantar a “Oração de São Francisco”.
Inês Broshuis
(Texto extraído e adaptado do subsídio "Diálogo e Ecumenismo" da Catequese do Regional Leste 2)