O Catequese Hoje inicia uma série sobre o Diálogo e o Ecumenismo. Na primeira parte da séria vamos refletir sobre o que é Dialogo.

A CNBB coloca omo uma das condições para uma boa evangelização, o Diálogo. Não pode haver verdadeira evangelização sem diálogo. O Papa Francisco recentemente deu importantes passos no diálogo com o judaísmo, o islamismo e Igrejas Cristãs.  Podemos dizer que vários de seus discursos e entrevistas abordam a importância do diálogo entre as religiões e culturas.

Mas, antes de tudo, precisamos aprender a dialogar: dialogar entre nós na nossa própria Igreja, na comunidade eclesial, na catequese, na família, no trabalho... Um bom diálogo deve ser aprendido; requer maturidade.

É por isto que vamos desenvolver, primeiro, a “arte” de dialogar. 

O que é diálogo 

Quando se consulta um bom dicionário, encontram-se as definições: “Comunicação, conversação, colóquio. Troca ou discussão de idéias, opiniões, conceitos com vista à solução de problemas, ao entendimento ou à harmonia”.

Esclarecendo mais, podemos dizer que diálogo é um colóquio ou conversa que procura levar a uma solução de determinados problemas que possam existir entre pessoas ou grupos. O diálogo procura, então, remover obstáculos que impedem uma maior compreensão e um melhor relacionamento entre as partes envolvidas.

O diálogo não é só para resolver problemas no campo emocional. É necessário para planejar, pôr trabalhos em execução, chegar a um acordo sobre determinada linha de ação, esclarecer idéias e princípios etc. O diálogo se torna mais difícil quando as pessoas estão envolvidas emocionalmente. 

O que não é diálogo 

A palavra “diálogo” é facilmente usada. Pensa-se que quando se conversa sobre determinado assunto se está dialogando. Porém, na maioria das vezes, se está longe de um verdadeiro diálogo. É mais imposição das próprias idéias que devem prevalecer de qualquer jeito do que uma escuta e troca de opiniões, respeitando o ponto de vista do outro. 

O desafio está aí 

Todos sentimos que não é fácil dialogar. Há impedimentos psicológicos que dificultam o diálogo. Mas precisamos começar se quisermos que melhore o diálogo entre catequistas e coordenadores, entre o pároco e a coordenação, entre pastorais e movimentos, entre pais e filhos, entre esposos...

Nos próximos artigos, vamos aprofundar as condições para um verdadeiro diálogo. Vamos ver, passo a passo, como agir, como falar. E vocês vão percebendo que, desenvolvendo a arte de dialogar, estão se desenvolvendo, ao mesmo tempo, atitudes positivas, realmente evangélicas, de humildade, paciência, abertura ao outro, enfim, atitudes de amor.

Depois de ter visto o diálogo em nível pessoal, poderemos abordar também o diálogo com outras Igrejas, grupos e culturas.

 

Inês Broshuis

(Texto extraído e adaptado do subsídio "Diálogo e Ecumenismo" da Catequese do Regional Leste 2)