“Tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos, luz que clareia o meu caminho”                                                                                                                                                                    do Salmo 119

           

Setembro é o Mês da Bíblia. Tempo de refletirmos sobre nossa relação com esse livro, sagrado para tanta gente.

A palavra Bíblia vem do grego, βίβλια (Biblos) e significa ‘Livros’, no plural. Ou seja, a Bíblia é um conjunto de livros que registra, no Velho Testamento, a história do povo hebreu, sua organização como nação, suas conquistas e atribulações, suas tradições religiosas, tudo sob a ótica da sua relação com Javé, o seu Deus. 

Por isso, a Bíblia, na verdade, não é UM livro. São vários. Exatamente 73, na versão católica, divididos em duas grandes partes:  

O Antigo, Velho ou Primeiro Testamento, com 46 livros e o Novo ou Segundo Testamento, com 27. 

O que chamamos de livro, na Bíblia, não é necessariamente um volume, como estamos habituados a manusear. Há livros da Bíblia que não passam de uma página, como a Carta de São Paulo a Filêmon. Outros podem ter textos extensos, como o livro do Profeta Isaias com seus 66 capítulos. 

O Novo Testamento apresenta a figura de Jesus e, com Ele, abre uma nova página nessa história. Para os cristãos, em Jesus se cumprem as promessas feitas por Javé a Abraão e sua descendência. Ele é o Salvador Prometido, o Messias (Enviado) o Cristo (Ungido, Escolhido). 

O registro de toda essa saga é atribuido a cerca de 40 ‘autores’ nominados, que fizeram seus registros entre 1445 e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento) e 45 e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), abarcando um período de quase 1600 anos. Na verdade, numa cultura onde o conhecimento se transmitia principalmente pela narrativa oral, é mais adequado pensarmos que esses textos foram resultado de registros de comunidades, muito mais que de pessoas.

Eduardo Machado

Educador e escritor

01.09.2015