O espírito jovem invade a realidade de todas as gerações: são jovens que querem viver com total liberdade sua vida; crianças que já se comportam e levam ritmo de vida juvenil; e adultos que não restringem seu ritmo de vida a partir  de sua faixa etária, mas que se sentem revigorados em sua “juventude experiente”.

 

É fato que a juventude é hoje o assunto! É fato também que este ano de 2013 tem uma tônica especial para a Igreja Católica. A Campanha da Fraternidade aborda: “Fraternidade e Juventude” e o lema: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8). Além do mais, em julho, no Rio de Janeiro, ocorrerá a Jornada Mundial da Juventude com o papa que sucederá a Bento XVI.

 

O tempo em que estamos vivendo se insere em um contexto de mudança de época, o que implica que se estão gestando novas formas de viver, a partir de novas visões do mundo, do ser humano e das relações que nos cercam. Novos valores, ideias e atitudes vão se sobrepondo àquelas dos nossos pais e, aos poucos, uma nova cultura vai se forjando. Nesse meio, os jovens tendem a se sentir perdidos, sem rumo e até mesmo apáticos e indecisos quanto à sua vida e ao seu futuro.

 

A Igreja não quer e não pode se furtar a ser o porto seguro, uma bússola a indicar os valores que garantem a felicidade para a humanidade, de modo especial, para os jovens.

 

O jovem busca o sentido da vida. Tal busca iluminará seus caminhos e suas escolhas, ajudará a discernir os valores a defender, pelo que sacrificar a vida, o que esperar dela e o que buscar no outro. Nesta busca descobre que não é fruto do acaso, mas que a origem, a duração e o fim da vida levam a Alguém que criou e governa a história – Deus – que nos ama e se comunica a nós. É Ele a fonte do amor. “Quem ama procura o ser amado e com ele permanece.” (TB 262). Esse Amor, que é Deus, nos leva a amar nossos semelhantes. Quando se age dessa forma, isso provoca alegria.

 

É preciso coragem para vivermos diferentemente, mesmo no âmbito do individualismo e da competição, e ainda desenvolvermos uma consciência crítica e um amor apaixonante por Jesus Cristo. É preciso saber ouvir a Sua voz em meio às vozes do mundo. O jeito de Jesus viver orienta como devemos viver hoje!

 

 “O Senhor despertava as aspirações mais profundas de seus discípulos e os atraía a si, maravilhados. O seguimento é fruto de uma fascinação que responde ao desejo de realização humana, ao desejo de vida plena. O discípulo é alguém apaixonado por Cristo, a quem reconhece como mestre que o conduz e acompanha.” (DAp 277).

 

A partir de Jesus cada de nós, jovens, devemos, necessariamente, viver o amor, a gratuidade, a alteridade, a unidade, a eclesialidade, o perdão e a reconciliação. 

 

 

Geraldo Trindade

Seminarista na Arquidiocese de Mariana/MG

01.03.2013