Nas nossas reflexões anteriores, aprofundamos os diversos sinais que o evangelista João apresenta para nos dizer quem é o Senhor Ressuscitado para nós.
Desta vez, vamos refletir sobre Jesus que nos dá a verdadeira VIDA.
(Preparar o ambiente: Bíblia, água para aspersão, faixas (ataduras) planta...)
Olhando a vida
Todos nós queremos viver. Apesar das dificuldades, sofrimentos e contrariedades, a vontade de viver continua. A ciência procura mil formas de evitar a morte e prolongar a vida: técnicas de transplantes, diminuição da mortalidade infantil, pesquisas com células tronco, fertilização artificial...
Às vezes, é impressionante ver como se luta para salvar uma única vida, enquanto, ao mesmo tempo, se matam centenas de milhares de pessoas nas guerras, nos acidentes de trânsito, violência, no uso de drogas, desnutrição...
Além da morte física, existe também a morte psicológica, espiritual. Há os que perdem o sentido da vida e não têm mais alegria de viver. Chegam até ao suicídio (podemos colocar algumas experiências que tivemos quanto à valorização ou desvalorização da vida).
Em Jesus encontramos a verdadeira vida
Na narrativa da ressurreição de Lázaro, João quer mostrar que vamos encontrar a verdadeira vida em Jesus. Vamos ler o capítulo 11 de João. (Tempo para leitura)
A ideia central desta leitura é a conversa entre Marta e Jesus. Vamos procurar o que Jesus diz nos versículos 25 e 26. O que Marta responde? (v. 27)
(Ouvimos da boca de Marta, uma mulher, a mesma profissão de fé que os outros evangelistas colocam na boca de Pedro. Confiram em Mt 16, 13-16).
Cada um de nós é como Lázaro
O evangelho de João, em seu rico simbolismo, não visa narrar a ressurreição de Lázaro. Ele se refere à morte e ressurreição de Jesus. Mas, a ressurreição de Lázaro tem algo a nos dizer. Como Lázaro, muitas vezes ficamos atados, presos por mil coisas. Perdemos o gosto de viver, nos isolamos em nossos próprios túmulos, deixando o convívio com outras pessoas. Não vivemos para os outros. Ficamos como mortos, sem ver a luz da vida.
Jesus ordena, primeiro, que tirem a pedra. Chama Lázaro para fora. Quando Lázaro vem para fora, está com os pés e as mãos enfaixados e o rosto coberto com um sudário. Jesus diz: “Tirem as faixas e deixem Lázaro ir”. O que são, em nossa vida, essas faixas, sudário, pedra, que nos impedem de caminhar.
A verdadeira vida brota do amor e é “eterna”. Amar é viver e fazer viver. João não fala somente da vida depois da morte. Já recebemos a vida eterna no batismo. A vida eterna já está em nós. Crer em Jesus, o enviado do Pai, e viver o amor entre nós, é a vida eterna. Quem ama, de verdade, já ressuscitou!
Vamos celebrar
O maior dom que recebemos de Deus é a vida. Ela deve ser cultivada com todo o cuidado. A morte nos amedronta. Mas, para o cristão, a vida não termina aqui. No batismo, já recebemos a vida eterna e ela vai crescendo e se fortificando, cada vez mais, se soubermos acreditar em Jesus e amar-nos uns aos outros. Vamos nos lembrar de que, no batismo, fomos banhados na água da vida eterna.
(aspersão com água, cantando “Banhados em Cristo...”)
Agora, coloquemos diante de Deus as preces que brotam do nosso coração.
Podemos rezar pelas pessoas que não vêem mais sentido na vida, que se sentem ameaçadas, traídas, desprezadas. Lembremos nossa missão de gerar vida ao nosso redor. Quem são as pessoas que mais precisam de nós?
Rezemos pelos cientistas que procuram meios para melhorar a vida, pelos médicos e enfermeiros, por todos que cuidam da vida das pessoas, por aqueles que combatem a violência e a “morte” da natureza.
Depois de cada um colocar sua prece, podemos aclamar: “Senhor, dai-nos vida.
(tempo para as preces)
Podemos terminar com a seguinte oração:
Uma voz (Jesus): Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá.
E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais.
Crêem nisto?
Todos: Sim, Senhor, cremos firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que veio ao mundo.
Canto final:
Todo aquele que crê em mim um dia ressurgirá
e comigo então se assentará à mesa do banquete de meu Pai.
Aos justos reunidos nesse dia, o Cristo então dirá:
“Ó, venham gozar as alegrias que meu Pai lhes preparou.”
Amigos, esta fé é a verdadeira que leva para o céu
aquele que Deus, a vida inteira, no irmão sempre acolheu.
Inês Broshuis
Comissão Regional Bíblico-Catequética do Leste 2