Depois de ter refletido sobre Jesus, a Palavra, o Vinho, a Água, o Pão, vamos ver, agora, Jesus, a LUZ no nosso caminho.

Para criar o ambiente, coloquemos, além da Bíblia, gravuras que mostram luz e sombras, relâmpagos etc. Providenciemos ainda uma vela grande e bonita (que vai ser acesa depois). Podemos colocar lâmpadas, lanternas ou tochas, se quisermos. Bom será fazer a celebração à noite. 

1. O sentido da luz no Primeiro Testamento

No livro do Gênesis, lemos que Deus criou a LUZ e separou o dia da noite. Depois, criou dois grandes luzeiros: o sol e a lua.

Alguém pode ler na Bíblia, no livro Gênesis, o capítulo 1,1-5 e 14-19.

Comentemos a leitura. Observemos as gravuras e os símbolos. O que chama nossa atenção?

Em seguida, podemos rezar, alternadamente, um trecho do Salmo 148 

A. Vinde louvar o Senhor, / vós, criaturas todas, lá do alto do firmamento,

vós que anunciais a grandeza do poder.

B. Sol e lua, todos os astros e estrelas brilhantes, / tudo que existe na imensidão do espaço, / louvai o nome do Senhor.

A. Pela sua Palavra ele nos criou / e nos ordenou para todo o sempre,

segundo uma lei que jamais passará.

Todos: Vinde louvar o Senhor, / vós todas as criaturas da terra e do mar,

reconhecei seu poder criador. 

O Profeta Isaías fala da luz que o Senhor é para seu povo. Saboreemos a beleza deste texto: 

Não será mais o sol a luz do teu dia,

nem será a lua que vai te iluminar a noite.

O próprio Senhor será para ti luz permanente

e o seu brilho será o teu Deus.

Teu sol nunca mais se há de pôr,

tua lua jamais será minguante,

pois, o Senhor é tua luz permanente,

acabaram os teus dias de luto. (Is 60,19-20)

Podemos observar que a Luz do Senhor é comparada ao Sol do dia. Ilumina a terra inteira e todos os povos. Nas nossas celebrações, usamos muito a vela, porque é um contraste com a escuridão da noite. Mas, o grande sol do dia é um símbolo maravilhoso da luz e do calor que Cristo é para nós. (Se a celebração for feita de dia, todos podem contemplar o sol, lá fora, neste momento, e comentar)

Mantra:  Teu sol não se apagará, tua lua não será minguante

Porque o Senhor será tua Luz, / Ó Povo, que Deus conduz.

(Se o mantra não for conhecido, pode-se cantar “A Luz do Senhor que vem sobre a terra...) 

2. O sentido da luz no Novo Testamento

Os evangelhos sinóticos contam sobre diversas curas de cegos. É sinal de que, com Jesus, o Reino chegou. Quer dizer que, em Jesus, o “cego” encontra a verdadeira luz. 

João conta a cura de um cego de nascença (podemos ler Jo 9, 1-41).

O grande problema que é colocado aqui é que os judeus que acreditavam em Jesus corriam o risco de serem expulsos da Sinagoga pelas autoridades judaicas. Mas, o cego enfrentou seus adversários, afirmando sua cura por Jesus.

O homem acreditou em Jesus e este foi o grande milagre que se operou nele. Não era, em primeiro lugar, a cura da cegueira, mas sua fé em Jesus, que ele confessou apesar das ameaças dos judeus. (Ler Jo 9, 35-38)

Vamos refletir

1. Nós anunciamos também, com coragem, nossa fé em Jesus, o enviado do Pai? Esta fé tem influência em nossa vida?

2. Pode ser difícil confessar, às vezes, nossa fé em Jesus e assumir suas conseqüências?

3. O nosso mundo aceita a luz de Cristo? Onde esta luz está faltando? Quais são as causas dessas trevas? 

3. Vamos celebrar

(Acenda-se a vela)

Vamos ouvir os seguintes textos que podem ser lidos por pessoas diferentes.

Jo 1, 9-12   -   Jo 3, 19-21   -   Jo 12,35-36 

Depois de cada leitura, o leitor diz: EU SOU A LUZ DO MUNDO, e todos cantam:

Quem me segue não anda nas trevas, mas terá a Luz da Vida. (2x) (Jo 8,12) 

Depois das leituras, fiquemos alguns instantes em silêncio, refletindo sobre estas palavras.

Observemos a vela acesa e sintamos a presença de Cristo na caminhada da nossa vida. Cada um de nós é chamado a ser luz para aqueles com quem convive.

A Luz de Cristo resplandece através de nós

Cada um de nós é chamado a ser luz no seu ambiente.

Vamos ouvir a leitura de Mt 5,14-16.

Depois da leitura, a vela acesa vai passando de mão em mão e, espontaneamente, cada um expressa um desejo para o outro. 

No final, podemos cantar:

Sim, eu quero que a luz de Deus que um dia em mim brilhou

Jamais se esconda e não se apague em mim o seu fulgor.

Sim, eu quero que o meu amor ajude o meu irmão

A caminhar guiado por tua mão, em tua lei, em tua luz Senhor.

 

Inês Broshuis

Comissão para Animação Bíblico-Catequética do Regional Leste 2