Um violeiro toca
Almir Sater/Renato Teixeira
Quando uma estrela cai, no escurão da noite,
e um violeiro toca suas mágoas.
Então os olhos dos bichos, vão ficando iluminados
Rebrilham neles estrelas de um sertão enluarado
Quando um amor termina, perdido numa esquina,
e um violeiro toca sua sina.
Então os olhos dos bichos, vão ficando entristecidos
Rebrilham neles lembranças dos amores esquecidos.
Quando um amor começa, nossa alegria chama,
e um violeiro toca em nossa cama.
Então os olhos dos bichos, são os olhos de quem ama
Pois a natureza é isso, sem medo nem dó nem drama
Tudo é sertão, tudo é paixão, se o violeiro toca
A viola, o violeiro e o amor se tocam.
Esta música é um hino à beleza da vida, em suas diferentes faces. A música, a vida, a tristeza, a natureza, o violeiro, o amor, tudo entrelaçado. Tudo é sertão.
Sentimos o poder da música de iluminar tudo, de transformar o olhar, de aquecer ou entristecer o coração.
Mas, é a vida que vai dando o tom dos acordes, definindo a rima, gerando beleza. Vida que segue e chama a seguir em frente...
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