Sinopse

Na ilha de Berk, os vikings dedicam a vida a combater e matar dragões. Soluço, filho do chefe Stoico, não é diferente. Ele sonha em matar um dragão e provar seu valor ao pai, apesar da descrença geral. Um dia, por acaso, ele acerta um dragão que jamais foi visto, chamado Fúria da Noite. Ao procurá-lo, no dia seguinte, Soluço não consegue matá-lo e acaba soltando-o. Só que ele perdeu parte da cauda e, com isso, não consegue mais voar. Soluço passa a trabalhar em um artefato que possa substituir a parte perdida e, aos poucos, se aproxima do dragão. Só que, paralelamente, Stoico autoriza que o filho participe do treino para dragões, cuja prova final é justamente matar um dos animais.

O encontro com Banguela faz Soluço (um viking adolescente) perceber que não combina muito bem com a longa tradição de sua tribo de heroicos matadores de dragões. Seu mundo vira de cabeça para baixo e Banguela desafia tanto ele quanto seus amigos a encararem o mundo a partir de outro ponto de vista.

Comentário:

Pra que serve uma tradição? Quais são os valores que devemos manter? O que é essencial?

Gosto desse desenho porque mostra os rótulos impostos, muitas vezes, pelo peso das tradições. E, que muitas vezes seguimos ou acreditamos em tradições por mecanismos externos ou para sermos aceitos em um meio. 

Soluço nos faz perceber que muitas vezes seguimos tradições mortas. Um novo olhar pode trazer possibilidades de mudanças que geram vida. O "novo" e as mudanças são essenciais para transformar realidades. 

O diferente torna o nosso olhar mais atento, aguça a sensibilidade, nos faz mais humanos e abre caminhos para relações mais profundas e que estimulam o cuidado, o zelo, os laços e o amor.

Ao olhar Banguela, Soluço se descobre como pessoa, como parte, como ser. E os laços superam as tradições. E o matar um dragão já não é o grande sonho de soluço. Ele percebe que quer cuidar, estar próximo, quer amar. 

A amizade nos faz buscar meios de estar juntos e superar as dificuldades - faz crescer e amadurecer! Soluço e Banguela somos nós em nossas relações pessoais, afetivas, familiares e profissionais. E somente o amor é capaz de nos fazer olhar com novo olhar. O amor derruba barreiras... cria pontes! 

O "Eu todo" que se julgava inferior se descobre grande, maior e mais intenso... humano. E já não precisa suprir a expectativa do outro para se sentir parte ou pra ser parte. E tudo que cresce na liberdade, no amor, na gratuidade é o essencial e preenche a vida com mais vida. E, contagia a todos, muda toda a historia.

O filme na catequese: ótimo filme para catequese com crianças pois traz elementos preciosos para a vida cristã, trata-se de ver o filme e perceber valores que ele propõe: aceitar o diferente, a amizade, rever os padrões/preconceitos que nos são colocados pela sociedade... Também Jesus fez o seu grupo de amigos olhar de maneira diferente para todas as coisas. Seu grupo de amigos custou a perceber e aceitar sua proposta, a maioria da sociedade da época o rejeitou e as consequências foram muito tristes.

Marcelle Durães

Equipe do Catequese Hoje