Para Sempre Alice (2014)
(Still Alice)
País: EUA, França
Classificação: 12 anos
Direção: Richard Glatzer
Elenco: Julianne Moore, Alec Baldwin
Alice era professora universitária, mulher inteligente, mãe de três filhos. O Alzheimer aos 50 anos surpreende Alice e sua família. Avança mais rápido do que o esperado e vai roubando a memória de Alice que se diz aprendendo a perder...
A trama prossegue e o estado de Alice vai piorando. Os filhos e marido não sabem bem o que fazer. Não deu certo o plano de Alice para quando não se lembrasse mais de respostas a perguntas importantes: dormir e não mais acordar. E a memória vai ficando cada vez mais precária apesar da luta intensa que Alice trava para lembrar.
No final o marido sai de cena reconhecendo que a filha caçula, que assume cuidar dar mãe, é melhor que ele. As cenas finais são de mãe e filha juntas, a filha ainda partilhando coisas com a mãe, antes da última cena: um branco total.
Linda interpretação de Julianne Moore, que ganhou o Oscar de melhor atriz por este filme. Este longa é basicamente a documentação da evolução médica de um quadro clínico e nos faz questionar:
- Qual o sentido da vida humana? Ou é possível encontrar sentido numa doença como o Alzheimer?
- Como viver aprendendo a perder?
- Como viver sem memória?
- Como cuidar de quem amamos e não mais nos reconhece?
- Como proporcionar a quem amamos e não sabe mais de si mesma, um final digno, humano, acompanhado...?
Perguntas difíceis de responder. A personagem Alice se lembra da mãe e da irmã que perdeu ainda jovens. Lembra que a mãe lhe falou da vida da borboleta tão breve, mas tão bonita. Parece ser essa a compreensão que Alice vai tendo de si mesma ao lidar com a doença. A vida é breve, a dela foi intensa e feliz. Valeu a pena.
Lucimara Trevizan
Equipe do site
19.09.2019