Sugestão de Celebração do Dia do Catequista:
Assumir um Ministério é colocar-se a serviço!
PREPARAR O ENCONTRO
- Cada catequista deve levar para o encontro sua Bíblia, material para anotação e um avental (desses que usamos na cozinha).
- Pode ser preparado um pequeno altar para a Palavra de Deus, tendo como toalha da mesa um ou vários aventais, velas e flores.
- Seja convidada uma equipe de canto ou se tenha à mão um aparelho de som (pode ser o celular com uma caixinha amplificadora) com as músicas.
- No ambiente, preparar álcool em gel logo na entrada para a higienização de todos os participantes. Manter o espaço do encontro arejado e com o distanciamento necessário entre os participantes. Todos devem usar máscaras.
BOAS-VINDAS
Um dos catequistas coordenadores fica à porta do local acolhendo todos os catequistas que chegam.
Pode haver uma música ambiente para a acolhida.
Ao horário marcado, um dos membros da equipe de coordenação dirige uma palavra de boas-vindas a todos os participantes, agradecendo-os pela presença e pela possibilidade de reencontro presencialmente.
ESCUTA DA PALAVRA DE DEUS
Pedir que os catequistas marquem em suas bíblias os textos que serão lidos. Convidar três catequistas para fazer a proclamação.
Enquanto se canta, um catequista acende as velas do altar da Palavra
Canto: Eu vim para escutar...
Texto Bíblico 1: 1 Cor 12, 4-11
(Breve silêncio)
Texto Bíblico 2: 1 Cor 12, 28-31a
(Breve silêncio)
Texto Bíblico 3: 1 Ped 4, 10-11
(Breve silêncio)
Canto: Eu quero entender melhor...
Um catequista motiva os demais a fazerem eco da Palavra ouvida, repetindo em voz alta uma expressão ou versículo que lhes chamou atenção.
Em seguida a esse momento, pede para que sejam destacadas três expressões fortes dos textos que foram proclamados – ESPÍRITO – CARISMA/DOM – SERVIÇO.
Concluindo este momento, destacar...
É o Espírito que suscita em nós carismas/dons para serem colocados a serviço.
Para nós cristãos, nossas aptidões não são mérito pessoal, mas graça de Deus, dons que ele infunde em nós e que em nós florescem para que os coloquemos a serviço da comunidade e da sociedade. O Espírito gera pluralidade e não uniformidade. A união, a assembleia que é a Igreja é comunhão dos diferentes dons que o Espírito suscita.
Na Catequese essa pluralidade também se manifesta: catequistas, pais e padrinhos, ministros ordenados, religiosos, comunidade cristã, cada um, de acordo com seu dom é chamado a servir de um modo diferente nesse processo de educação da fé. A catequese não é propriedade exclusiva dos catequistas.
Nós catequistas recebemos do Espírito um carisma, um dom que colocamos a serviço da comunidade fazendo ecoar a Palavra de Deus. Todos somos catequistas. Não apenas catequistas “do Batismo”, “de Crisma”, “de Eucaristia”, “de Adultos”, “coordenadores”. Essas são as etapas, os grupos a que servimos, mas não esgotam nossa vocação. Assim como pai e mãe ora são pais de criança, de adolescente, de adulto, de idoso, mas sempre pais, nós catequistas somos sempre catequistas, servindo às realidades que o Senhor, através da Igreja, nos pede.
Canto: Que sejam um é o que eu quero mais...
REFLETIR A PALAVRA NA VIDA
A reflexão do encontro gira em torno de alguns elementos da Carta Apostólica sob forma de “Motu Proprio” Antiquum Ministerium. Quem coordena a reflexão pode seguir estes ou outros pontos, usando dos recursos disponíveis para sua explanação.
- Ministério
Algumas definições são possíveis:
- “serviço de homens e mulheres que, obedientes à ação do Espírito Santo, dedicaram a sua vida à edificação da Igreja” (Papa Francisco, AM 2)
- serviço – não é uma porta para privilégios, mas para se colocar à disposição
- de homens e de mulheres – realizado por humanos, com suas potencialidade e limitações; é aberto a todos, não só aos homens e nem só às mulheres
- obedientes à ação do Espírito – quem suscita o dom é Deus, não se trata de uma simples habilidade ou de uma grande ideia humana
- dedicaram suas vidas – o ministério não é exercido nesta ou naquela hora do dia ou da semana, mas sempre; uma vida ministerial, uma vida feita serviço
- à edificação da Igreja – a comunidade-Igreja é onde o ministério nasce e é a esta mesma comunidade que o dom é posto a serviço.
- “carisma em forma de serviço reconhecido pela Igreja” (Bruno Forte)
- carisma – dom doado pelo Espírito
- em forma de serviço – o dom frutifica em ação servidora
- reconhecido pela Igreja – é em nome da Igreja, com o reconhecimento da comunidade que esse serviço é exercido
- “compromisso dado pela Igreja aos fieis que desejam servir com responsabilidade” (Formação para catequistas – Arquidiocese de Pouso Alegre)
- compromisso – é algo exigente, sério, decorrente da missão recebida em nosso Batismo
- dado pela Igreja – o ministério não é “meu” ou “seu”; não são “meus” catequizandos, “minha” turma, “meus” catequistas; ministério não combina com personalismo, mas sim com ação em nome da comunidade
- aos fieis que desejam – o serviço do Senhor é uma proposta, um convite e não uma imposição; assumir um ministério não é um fazer porque não tenha quem faça ou servir porque não se tem escolha. Deus chama; a resposta vem do nosso querer
- servir com responsabilidade – não se trata de qualquer desejo, muito menos do desejo de autopromoção ou de status em troca de benefícios; é desejo de serviço responsável, com comprometimento, ou seja, com envolvimento, sentindo-se parte do processo evangelizador e não simplesmente alguém que faz um favor para Deus e para a comunidade.
- Ministério Laical
O papa Francisco ao instituir o ministério de catequista, sublinha que ele é um mistério laical. Mas o que isso quer dizer?
- “é necessário reconhecer a presença de leigos e leigas que, em virtude do seu Batismo, se sentem chamados a colaborar no serviço da catequese” (Papa Francisco, AM 5)
- reconhecer a presença de leigos e leigas – ser leiga ou leigo não pode mais ser compreendido como ser um cristão de categoria inferior ou superior aos ministros ordenados. Reconhecer o papel fundamental que o laicato exerce na vida da Igreja é de fundamental importância. Para tanto é preciso superar a mentalidade de que os leigos e as leigas são apenas substitutos na ausência ou escassez de ministros ordenados ou que são “donos permanentes” das comunidades em que vivem, delimitando toda a ação pastoral.
- em virtude do seu Batismo – o Batismo é a fonte de todas as vocações. Pelas águas do Batismo todos nos tornamos cristãos leigos; inseridos na vida de Cristo, nos tornamos seus discípulos missionários. Quem se reconhece como quem “é batizado” e não apenas como quem “foi batizado” abre-se ao chamado de Deus para uma missão.
- “A condição laical ajuda enormemente os catequistas a encarnar o Evangelho na vida concreta dos catequizandos” (Manual de Catequética do CELAM, p. 129)
- condição laical – a vida inserida nas diversas instituições da sociedade – família, trabalho, escola, política, cultura – faz dessas instituições terreno natural para o semear dos cristãos leigos e leigas. Essa condição laical de inserção social distingue e ressalta a importância de nos reconhecermos como vocacionados, chamados a ser “sal e luz” nesta terra e neste mundo.
- encarnar o Evangelho na vida concreta – a experiência laical do catequista, ou seja, sua vivência do Evangelho nas relações cotidianas no trabalho, na família, na vizinhança, no mundo da cultura e da política permite que ele
- seja um educador da fé que transmite o que vive e não apenas que ensina uma teoria intelectualmente compreendida. O catequista é chamado a mostrar que uma vida vivida segundo o Evangelho de Jesus é possível a todos.
- Ministério Laical de Catequista
Dentre os diversos ministérios, o ministério de catequista se distingue. Embora o serviço da catequese não seja exclusividade dos leigos catequistas, mas uma missão compartilhada com ministros ordenados, com a família e com toda a comunidade, o catequista exerce um ministério específico.
- “o Catequista é chamado, antes de mais nada, a exprimir sua competência no serviço pastoral da transmissão da fé que se desenvolve nas suas diferentes etapas: desde o primeiro anúncio que introduz no querigma, passando pela instrução que torna conscientes da vida nova em Cristo e prepara de um modo particular para os sacramentos da iniciação cristã, até à formação permanente que consente que cada batizado esteja sempre pronto ‘a dar a razão da sua esperança a todo aquele que lhe peça’ (cf. 1 Ped 3,15)”
- transmissão da fé que se desenvolve nas suas diferentes etapas – a educação da fé é processual; se dá no percorrer de um itinerário. Não é algo que acontece de uma hora para a outra, de forma apressada. É preciso investir tempo para que aconteça. Todas as diferentes etapas desse processo são catequese, assim sendo, catequista não é somente aquele que atua nesta ou naquela etapa, mas todos os que abraçam a missão de transmissão da fé ao longo desse itinerário. O catequista é acompanhante e pedagogo.
- primeiro anúncio – não podemos mais supor que todos conheçam realmente a Jesus e que já tenham feito sua experiência pessoal de encontro com Ele. É preciso apresentar Jesus e propor o seu seguimento, sem imposições ou muitos discursos, mas promovendo oportunidades para que o iniciando/catequizando se encontre com o Senhor. O catequista é testemunha da fé.
- instrução – a expressão “in” quando presente nas palavras de nosso idioma sempre quer trazer a ideia de algo que está ou deve ser posto dentro. A instrução na catequese não se trata apenas de colocar conhecimentos teóricos dentro da cabeça das pessoas, mas de colaborar para que, conhecendo as raízes e as implicações da fé, cada um se decida por se inserir no caminho do seguimento de Jesus e em seu Mistério, tornando-se, cada vez mais, um só com o Senhor. O catequista é mistagogo.
- formação permanente – a educação da fé não se esgota com a Iniciação. Como o próprio nome diz, a IVC é o princípio de uma caminhada na estrada de Jesus. O avançar na vida de fé vai exigindo de nós um igual avançar no processo de educação da fé. Deste modo, a catequese se faz formação permanente, uma vez que cada novo passo dado na vida é também um novo passo dado no caminho da fé. O catequista é mistagogo.
CELEBRAR O DOM DE SERVIR
Um dos catequistas faz a proclamação do texto bíblico do lava-pés (Jo 13, 1-15), interrompendo a leitura no versículo 4. Nessa interrupção, convida os participantes para que, assim como Jesus, coloquem o seu avental.
Quem coordena este momento ressalta que Jesus se reveste como um servidor, assume fisicamente o avental do serviço como sinal de toda sua ação servidora ao longo de seu ministério.
Ao som da música Jesus erguendo-se da ceia, os catequistas são convidados a formarem um grande círculo ao redor da Palavra ou diante do altar (caso estejam na igreja) e consagrar ao Senhor o seu ministério como autêntico serviço a Ele e aos irmãos.
Ao final da música, o catequista retoma a leitura do texto bíblico, interrompendo novamente no versículo 12, quando se menciona que Jesus vestiu novamente o manto.
Quem coordena destaca o fato de Jesus ter se revestido do manto, mas não ter retirado o avental. Jesus é Mestre (manto) servidor (avental). Não há nenhuma contradição nisso. Assim deve ser com o catequista; ensinar servindo e servir ensinando.
Por fim, o catequista conclui a proclamação do Evangelho.
Todos os catequistas retornam para os seus lugares e o(s) catequista(s) coordenador(es) serve(m) a todos um pedaço de bolo, (já preparado em porções individuais) ou um bombom para cada catequista, como agradecimento pelo SIM dado e renovado a este ministério.
Equipe Diocesana da Catequese – Diocese da Campanha-MG
20.08.2021