Querido catequista, anunciar Jesus Cristo, fazer ecoar sua Palavra no coração dos irmãos e irmãs, é nossa vocação e missão. Ao experimentar o encontro com o Mestre de Nazaré, inspirado pelo Espírito Santo, o catequista vislumbra sua vocação e sente o desejo de levar as pessoas a viverem essa grande graça e maravilhosa experiência, que dá sentido a nossas vidas.
Anunciar é comunicar Jesus Cristo. Uma catequese evangelizadora não existe sem o anúncio explicito de Jesus Cristo e seu Reino de Amor. Jesus fez isso, pois anunciou a Boa Nova do Evangelho!
Você, catequista pode se perguntar: Como Jesus anunciava o Reino e catequizava? Qual era seu método? São os Evangelhos que nos dão a resposta a essas perguntas. Eles são a fonte de onde jorra a riqueza do jeito de Jesus catequizar. E assim, o catequista e a comunidade se inspiram para catequizar com o olhar, com o acolhimento, com a compreensão, do jeito que Jesus o fazia. Jesus desejou uma evangelização libertadora. Seu olhar, de singular ternura, era direcionado para as necessidades de seus discípulos e de todo o povo. A pedagogia do olhar é a que alcança o outro, e Jesus a realizava chamando para estar com ele, acolhendo a novidade do outro, sua singularidade e sua constante construção. O olhar de Jesus é o olhar da misericórdia que ternamente se aproxima e confia. Seu olhar se estendia aos braços, que abraçavam com ternura e afeto!
As ações de Jesus eram o complemento daquilo que ele ensinava. Por isso, Ele podia dizer ‘aprendei de mim’ (Mt 11,29); sendo fiel à vontade do Pai, podia aclamar-se ‘Caminho, Verdade e Vida’ (Jo 14,6). Jesus prezava com amor intenso a pessoa humana, por isso sua vida foi vivida na entrega total até o fim: às crianças, carinhosa predileção ( cf. Mt 18, 3.5); às mulheres o devido valor, numa sociedade que não lhes davam direitos; aos leprosos o toque que os curava . Por isso ele semeava o Reino com firme ternura e beleza, nos cenários de sua terra, às margens do mar da Galileia, nos montes e planícies, contando histórias simples dos costumes e tradições de seu povo.
A vida de Jesus é a inspiração para o catequista realizar sua vocação, fruto de um começo de profundo amor. Como Jesus se deixou inspirar pelo Espirito de Deus, que orientou sua missão, também você, catequista, permita o Espirito moldar sua vida. Ao colocar seu pé e coração no caminho do discipulado-missionário de Jesus, o catequista torna-se um semeador do Reino. É de Deus que nos vem esse desejo de semeadura.
A você, catequista, celebrando seu Dia nesse agosto de “pandemia”, desejo fartas sementes a serem semeadas, para gerarem frutos saborosos de cuidado, zelo e amor para com os catequizandos. Você, catequista é um espectador da beleza, e traz dentro de si, sementes em potencial de fé, esperança e amor, pura Graça! Busque com criatividade, maneiras de se aproximar de seus catequizandos. Que este tempo tão diferente e difícil, seja também de fartura: de escuta, de diálogo, de oração, visitas pelos meios de comunicação e, outras tantas formas que o Senhor Jesus sopre ao seu ouvido e coração!
A experiência de Jesus é um eterno aprendizado. Papa Francisco diz que o catequista “é aquele que guarda e alimenta a memória de Deus; guarda-a em si mesmo e sabe despertá-la nos outros. É belo isto: fazer memória de Deus”. No seu dia, amado catequista, é belo recordar sua missão e parabenizá-lo por ouvir o chamado de Jesus, guardar suas histórias e anunciá-la depressa de mãos dadas com o Mestre de Nazaré!
Rita de Cássia Pereira Rezende