A sutileza de Deus
O Deus que mora em mim sobrevive de sutilezas.
Ele costuma chegar depois que a solidão armou sua tenda.
O peito arde quando Ele adentra a morada mais íntima.
O meu Deus não é afeito a gritaria.
Ele age no silêncio, na brisa suave.
A vida pede sensibilidade para recolher com Ele.
Ah, o meu Deus gosta menos do espalhafatoso e mais da quietude.
O caminho mais seguro para achegar-se a Ele é o da espera.
Esperar é próprio das almas afetuosas e confiantes.
(Quero ser assim!).
Por incrível que pareça, o meu Deus não é milagreiro.
Também não me dá tudo o que quero. (Ainda bem!).
Embora não sem dor, eu o agradeço por isso.
Algumas vezes, Ele sussurra ao meu ouvido:
"Filho, o maior milagre eu já te dei: a vida e a liberdade".
Ele me desperta a fazer minhas escolhas...E seguir!
Fecho os olhos e, finalmente, compreendo que
O meu Deus não sabe fazer outra coisa
Senão esperar-me e amar-me. Sutilmente.
E ama-me, mesmo que eu não o busque.
Francisco Galvão
In: Blogue Minuto de Resiliência