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Dias de Luta (Ira)
Só depois de muito tempo fui entender aquele homem
Eu queria ouvir muito/ Mas ele me disse pouco...
Quando se sabe ouvir / não precisam muitas palavras
Muito tempo eu levei / Pra entender que nada sei
Que nada sei!...
Só depois de muito tempo / Comecei a entender
Como será meu futuro / Como será o seu...
Se meu filho nem nasceu / Eu ainda sou o filho
Se hoje canto essa canção / O que cantarei depois?
Cantar depois!...
Se sou eu ainda jovem / Passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção / O que cantarei depois?...
Só depois de muito tempo / Comecei a refletir
Nos meus dias de paz / Nos meus dias de luta...
Se sou eu ainda jovem / Passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção / O que cantarei depois?...(2x)
Cantar depois!...
A música fala da passagem para a vida adulta. Verdadeiro hino dos conflitos juvenis, que possivelmente é autobiográfica e retrata os questionamentos do autor em relação ao seu atual papel de jovem e como será seu posicionamento quando se tornar adulto.
Na primeira estrofe o autor (Edgar) relata que somente depois de adulto conseguiu entender as atitudes do pai (Só depois de muito tempo fui entender aquele homem. Eu queria ouvir muito, mas ele me disse pouco). O pai, possivelmente um homem muito ocupado no trabalho de sustentar sua prole, não estava muito presente para responder aos questionamentos do jovem Edgar. Ele reconhece que se houvesse um pouco mais de boa vontade de sua parte (Quando se sabe ouvir, não precisam muitas palavras) provavelmente não cometeria erros de julgamento (Muito tempo eu levei pra entender que nada sei). Aqui ele faz uma citação de Sócrates e seu famoso “Só sei que nada sei”, para mostrar que sua sabedoria está limitada à própria ignorância.
Na segunda estrofe Edgar continua a fazer uma autocrítica sobre o julgamento que fazia do pai, assim como faz a maioria dos jovens (Só depois de muito tempo comecei a entender como será meu futuro, como será o seu?) e mostra suas dúvidas e angústias de como irá se comportar quando chegar o momento de assumir o papel de pai (Se meu filho nem nasceu, eu ainda sou o filho. Se hoje eu canto essa canção, o que cantarei depois?).
O Refrão (Se sou eu ainda jovem…) reforça a ideia de que, quando jovens, costumamos agir com pouca tolerância (passando por cima de tudo), mas deixa claro que também iremos travar batalhas (daí o “Dias de luta”) quando chegar nosso momento de assumirmos nosso papel de chefes de família.
A terceira estrofe serve de fechamento ao relato, quando o autor cita que nossa vida sempre será pautada em lutar e, independente de sermos jovens ou adultos, sempre teremos momentos de paz e momentos de conflitos.
Equipe do site
15.03.2013