Os dias tornam-se claros, Senhor.
À medida que as horas de luz aumentam, parece que cresce também a extensão interior do tempo.
Gosto do pleno azul dos céus, pois ele nos restitui o sabor indiviso da tua plenitude.
Gosto da nitidez que a matéria ganha, porque sei que nela se manifesta a evidência do Espírito.
Gosto de pensar que hoje subirei pelas ruas iluminadas de sol, por isso espelha a tua promessa de que
venceremos a vida penumbrosa e sombria.
D. José Tolentino Mendonça
In: Um Deus que dança. São Paulo: Paulinas, 2016.