O vídeo está umbilicalmente ligado a um contexto de lazer, e entretenimento, que passa imperceptivelmente para o encontro de catequese. Vídeo, na cabeça dos catequizandos (seja também com os alunos na escola), significa descanso e não "aula", o que modifica a postura, as expectativas em relação ao seu uso. Daí a importância de aproveitar essa expectativa positiva para atrair, chamar a atenção para um tema, para uma reflexão.
O vídeo explora também o ver, o ter diante de nós as situações, as pessoas, os cenários, as cores, as relações espaciais. Isto é um ver que está situado no presente, mas que o interliga não linearmente com o passado e com o futuro. O ver está, na maior parte das vezes, apoiando o falar, o narrar, o contar histórias.
Educar pelo cinema ou utilizar o cinema no processo na catequese é ensinar a ver diferente. É educar o olhar. É decifrar os enigmas da modernidade na moldura do espaço imaginário da tela. Na realidade, quem assiste é consumido pelas imagens, elas nos afetam. Aprender a ver cinema é realizar esse rito de passagem do espectador passivo para o espectador crítico.
A catequese vem incorporando, os meios de comunicação de massa, como a utilização de jornais, revistas, pequenos vídeos e outros. Mas, é preciso ver que esses meios podem ser considerados como espaços de transformações de consciências, de aquisição de conhecimentos. Lembrando que eles dependem de uma pedagogia crítica, de como vamos ver e ouvir.
Exibir filmes na catequese modifica o jeito de realizar os encontros, envolve, faz refletir sobre questões que no discurso somente oral, na maioria das vezes não se consegue. O catequese Hoje tem postado várias indicações de filmes com dicas de reflexões para a catequese.