Esse curta-metragem nos leva a uma reflexão profunda sobre a natureza das emoções e como elas podem influenciar nossas ações e percepções. A senhora, inicialmente, parece estar em um estado de calma aparente, mas logo é desafiada pela frustração ao lidar com a máquina de biscoitos. Sua irritação cresce à medida que ela tenta resolver o problema, culminando em uma disputa com o jovem ao lado, que ousadamente compartilha seus biscoitos.

Nesse momento, vemos como a raiva e a impaciência podem distorcer nossa visão da realidade. A senhora, tomada pela emoção, não percebe a generosidade por trás da atitude do jovem e entra em conflito desnecessário. Essa cena nos alerta sobre os perigos de agir impulsivamente sob o domínio das emoções, pois isso pode levar a mal-entendidos e conflitos desnecessários.

No entanto, o momento de clareza vem quando a senhora descobre que seus próprios biscoitos estavam dentro de sua bolsa o tempo todo. Esse choque de realidade é um lembrete poderoso de como nossas percepções podem ser distorcidas quando estamos dominados pelas emoções. Ao reconhecer seu erro, a senhora experimenta uma mudança de perspectiva, vendo a bondade no gesto do jovem e sentindo gratidão por sua generosidade.

Assim, o curta-metragem nos convida a refletir sobre a importância de cultivar a consciência emocional e a capacidade de responder de forma ponderada em vez de reagir impulsivamente. Ele nos lembra que, ao agir pelas emoções, corremos o risco de interpretar mal as intenções dos outros e criar conflitos desnecessários. Somente através da autorreflexão e da compreensão das nossas próprias emoções, podemos evitar cair nessa armadilha e cultivar relacionamentos mais harmoniosos e empáticos.

Marcelle Durães
19.04.2024